A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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terça-feira, 2 de agosto de 2022

Em busca de um piloto...

Não é de hoje que o Rui me pede pra escrever aqui, e por diversos motivos acaba ficando pra depois, e essa minha "dívida" com o ALICATÃO-MESTRE só aumenta!
Decidi unir o útil ao agradável para essa postagem: descobrir quem é o piloto do Opala 17 da foto abaixo e contar que uma infinidade de carros de São Paulo acabaram nas pistas de terra aqui em Santa Catarina, e quando digo "acabaram" é nos dois sentidos que a palavra traz!
Era muito comum pilotos daqui partirem rumo a São Paulo para buscar carros com os quais pudessem disputar o Campeonato Catarinense de Automobilismo, inclusive o que considero o mais importante de todos (em termos históricos), o Oggi que foi do Emerson Fittipaldi (neste link tem a história).
O Opala 17 em Interlagos, em 1989...
... e depois em São Carlos (SC), em 1990, já tendo como piloto o Henrique João Damo, o "Grilo", de Frederico Westphalen (RS).
Aqui em outro ângulo, tendo ao fundo o Gol 29 do lageano Mário Lüersen Filho, que venceu na geral as "200 Milhas do Oeste", e o Gol 6 do chapecoense Alessandro Gonsales.

Quem puder ajudar a identificar a quem pertencia o 17, fico agradecido!
 
Fotos: Acervo Alex "Xerife" Fernandes 

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Dos tempos da Divisão 3....

 Pedro Victor de Lamare no primeiro Opala preparado pelo Caíto.

 Já faz décadas que, lá em 1970  e início, na extinta categoria Divisão 3 surgiam os primeiros Opalas preparados para pista...

Eles estão de volta, na nova categoria que tem feito enorme sucesso.  A Old Stock Race.


Logo na Etapa teste se demonstrou o sucesso da categoria, lotando o Autódromo com mais de 10 mil pessoas, coisa que a mais de uma década não acontecia a não ser durante a Formula 1.  Logo me recordei dos grandes carros do período, o imbatível Opala 84 pilotado por Pedro Victor De Lamare e preparado pelo “ Caíto” Caio Luiz Mattos de Queiroz Telles.

Pedro já no duas portas.

Caíto trabalhando no Opala D3 da Equipe Itacolomy.
 O  Avallone D4 com motor Opala 6 cilindros de Pedro Victor preparado por Caíto.
O belo Fúria Opala de Pedro Victor também preparado por Caíto. 
O Stock de Moutinho preparado por Caíto, na corrida em Estoril.
 Meu amigo Caíto observa o trabalho no novo OLd Stock que faz com Vinicius Lossaco e seu filho Rodrigo, conheço ele há mais de 45 anos e o cara não envelhece!

Cabeçotes preparados por eles...aí tem mão santa!

Ele vai voltar às pistas. Não Pedro Victor, mas Caíto. Com sua nova equipe, a C&R Competições ( Que significa Caíto e Rodrigo, Seu filho)  mais um Opala vai para as pistas em breve.
Caíto, Rodrigo seu filho, e outra lenda da preparação de motores, Vinicius Losacco, embarcaram nesta categoria e estão finalizando o carro.  A expectativa é que ande já na 4ª. Etapa.  O número escolhido é o 48, número que Rodrigo sempre usou em seus outros carros ( Na oficina há 3 gerações distintas dos protótipos Aldee  que marcaram época, um Clio da extinta copa Clio e o brinquedinho do Caíto, um Opel Olimpia 68 com o qual competia nos primórdios do que é hoje a Classic cup, que no inicio da década de 90 era conhecida como fórmula classic, invenção da APCAH – Associação de Pilotos de Carros Antigos e Históricos. O Carrinho andava, deixando Porshe 914 para trás...

 A categoria está bem organizada, alinhando em média 23 carros, dos 32 prontos, (tem por volta de mais 10 sendo construídos) gravando as próprias provas para exibi-las em breve para todos, e irá sortear diversos brindes para o público. Além disto, haverá o sorteio de uma moto ainda este ano. Coisa rara no automobilismo hoje em dia tamanho investimento e carinho com um publico fiel de quem não é cobrado nada para assistir às provas.

Nas duas primeiras etapas sobrou emoção. Intensa disputa e troca de posições, muitas curvas divididas, rodadas,  batidas leves e fortes, provenientes de erros ou simplesmente de disputas de posição, os carros saindo de frente e de traseira... é preciso muito mais braço do que motor para vencer nesta categoria. Não que a fera seja mansa, são aproximadamente 280, 300cv de potência tentando sair pelo diferencial de uma vez só.

Enfim, Vale a pena ir conferir ao vivo os pegas na pista, é um retorno no tempo e uma emoção de se ver disputas como a muito tempo não havia nas pistas.

Organizados também são os pilotos. Encabeçados por Rodrigo Telles, Nelson Sant´Anna Marcos Maragno, José Curado, Rodrigo Helal, Robson Molly e Regina Calderoni, Eles fundaram a Associação de pilotos de Automobilismo da Old Stock Race. Já são reconhecidos pela FASP e pela diretoria da categoria e conseguiram muitas coisas em pouco tempo.

Com mais de 20 pilotos no momento, o intuito é de colaborar e engrandecer ainda mais o espetáculo,  e eles tem conseguido. Já nesta 3ª etapa que ocorrerá no próximo domingo, 05 de junho em Interlagos, haverá show de acrobacias sobre motos e sorteio de brindes. Tudo proposto pela associação, e aprovado e supervisionado pela direção da categoria e pela FASP.

Parabéns aos pilotos e à diretoria!

Rui Amaral Jr


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

DAVID & GOLIAS

Edson Yoshikuma
Tite Catapanni
Pedro Carneiro Pereira
Luiz Pereira Bueno
Ciro

Naqueles estranhos anos setenta, onde o país passava a ser uma potência do automobilismo em virtude dos resultados de Emerson Fittipaldi, os fãs preparavam-se para conhecer a categoria dos carros mais potentes, os carrões de até 5.000 cc que correriam na Classe C da Divisão 3. Os Opalas, algum Dodge Dart e os Mavericks. Distante de qualquer pista mas com uma boa cobertura da imprensa (havia isso na época), dava para conhecer os pilotos e aquelas grandes baratas incrementadas e era difícil não se impressionar com as equipes de São Paulo, sede de grande parte dos times de então. A mim, encantava a Equipe do Pedro Victor DeLamare, e seu Opala #84, “um carro dominador” com algumas dicas de desenvolvimento de Orestes Berta e cuidado pelo Caito e que em suas evoluções, conquistou o tricampeonato brasileiro da D3 –Classe C, era o carro dos sonhos. E quando ele vinha correr no Sul, nós gaúchos podíamos nos orgulhar, pois nosso piloto, o inesquecível narrador de emoções Pedro Carneiro Pereira e seu Opala Sedã, preparado por Homero Zani não faziam feio. 


Pedro Carneiro Pereira lidera no Tarumã
 Julio Tedesco
 Largada em Interlagos, #111 Luiz Pereira Bueno, #83 Cacó Quartim de Moraes.
O #51 pode ser do Sgarbi, Giannini ou dos irmãos Ostrower. 
 Na Reta dos Boxes em Interlagos, Pedro lidera Luiz 
Reinaldo  Campello de mãos na cintura e seu Opala D3
Dart de Leopoldo
Paulo Prata

Paulo Gomes
Luiz e Paulão no Tarumã

Haviam outros carros igualmente fantásticos como Opala #44 do lendário Cyro Burjato Caires; o Opalão #17 do gaúcho Júlio Tedesco, o Opala #68 do paranaense Dado Andrade, além do Dodge #71 do Leopoldo Abi-Eçab. Mas a coisa ficou melhor depois que chegaram os Mavericks e a disputa Ford x GM começou. Os melhores Mavecos foram o #11, conhecido também como “Maverick Berta” e que foi pilotado por Tite Catapani e Luis Pereira Bueno em dois momentos distintos. A Equipe Greco tinha o seu, que foi dividido entre Paulo Gomes, Bob Sharp e Paulo Prata. Quem sabe que disputas maravilhosas mais não teríamos, não fossem a crise energética ou o destino inclemente? Mas as coisas mudaram e o passado não retorna. Restam apenas...lembranças.

Caranguejo