A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quarta-feira, 16 de março de 2011

SPEED 1.600 uma volta em Londrina por Pedro Garrafa


Ao amigo Rui


Conforme sua solicitação tentarei traduzir em palavras bem sucintas, a emoção que é uma volta pelo circuito de Londrina no Paraná, de Speed 1600.



Como muitos já sabem o Circuito de Londrina, alem de ser uma pista bem travada, é um dos mais seletivos do Brasil, primeiro porque não tem grandes retas, e suas retas são em curvas, segundo porque é uma pista onde estão reunidos vários traçados, apesar de eu achar uma pista curta porem excelente em desafio, pois existem nela subidas , descidas, curvas curtas e curvas longas, com vários pontos de tangencia, e bem pouca, mas bem pouca mesmo áreas de escape, tem trechos que andamos praticamente colados ao muro, e uma curva no final da única reta, ponto onde se atinge a maior velocidade, com treis tangencias na mesma curva e ainda em mergulho, quero dizer em descida, onde pode-se avistar o muro da rua e o transito passando perto, isto quer dizer que se errar nesse trecho corre-se o risco de sair na rua, pois nesse trecho tem um portão de acesso.Mas mesmo sendo assim um circuito travado e cheio de curvas fechadas e em subidas e descidas não deixa de ser um traçado atraente e seletivo, tanto é que durante o ano a maioria das equipes de Formulas , as fabricas e até os brutos da Formula Truck, utilizam o autódromo para treinos.



Vamos então para uma volta virtual no circuito: saímos dos boxes bem frente a reta de chegada,entramos numa reta em curva com pequena ascendência, ponto de aceleração, mas logo somos obrigados a freiarmos forte pois inicia-se ali o miolo e uma série de curvas de baixa sem praticamente nenhuma área de escape, porem a seqüência de curvas é bastante atraente, pois são curvas curtas e de alta velocidade, pois a gente já vem no embalo da aceleração da reta,é necessário apenas matar um pouco o motor com uma freada bem forte, porem sem deixar de cair o giro, e continuar acelerando e trabalhando forte no volante, pois requer mudanças de trajetória rápidas, feito esse pequeno miolo, partimos para uma subida forte também e em curva, que nos joga pra fora, porem temos que lutar com o volante do carro para trazê-lo para dentro da curva, onde se faz mais rápido e melhor, escorregando temos que corrigir a trajetória se apoiando na zebra externa a direita, corrigida a trajetória já temos pela frente um pequeno trechinho em reta, que dá apenas para nos acertar-mos no banco e ver-mos pela frente uma longa descida quase que em parafuso, descida essa quase cega, e que é conhecida como descida da caixa dágua , ponto onde devemos acelerar e fechar os olhos pois temos pela frente um enorme muro com grades de arame e cabos de aço, isto é quase sem espaço para uma correção se houver uma escapada.


Feito a descida temos pela frente a única quase reta, onde dá para respirar melhor um pouco, conferir os instrumentos, e se acertar no banco, esse trecho é de pé embaixo, e é o ponto onde se atinge a maior velocidade no final dela, mas logo em frente, temos um mergulho, trecho onde são feitas todas as promessas para os santos protetores e oferecidos milhares de maços de vela, pois na mesma curva temos três pontos de tangencia, curva longa e perigosa, onde os homens deixam de ser meninos para tornarem-se verdadeiros homens, pois o muro parece que está cada vez mais próximo a cada passagem pela mesma curva, mas passado esse sufoco temos pela frente uma curva bem fechada, e que também dá acesso a subida dos boxes, essa curva alem de fechada também é em pequeno aclive, não dá tempo nem de se acertar no banco já temos pela frente a subida, mas subida mesmo da curva da vitória, que é uma curva tremendamente ingrata e que joga para o muro frontal todo aquele que ousar fazê-la fora do traçado.



Feita essa curva temos um respiro que é a reta de chegada onde colocamos em ordem todos os neurônios que saíram do lugar na volta.Concluímos assim mais uma volta pelo excelente, porem traiçoeiro traçado de Londrina, e estamos prontos para passarmos todo o sufoco novamente, pois quem gosta de automobilismo de verdade, não se intimida com esse desafio a cada volta

Abraços 
Pedro Garrafa.