A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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sábado, 13 de junho de 2020

O SONHO DO CARRO DE CORRIDAS:

Escolhi, para ilustrar este post, uma foto de Tazio nas Mille Miglia de 1948...
No post do Caranguejo, todos vão saber o motivo...
Mille Miglia 1948 - link


Ter um carro de corrida é um sonho pessoal.

Um dia quando estiver muito velho e quando não puder andar mais, estará na minha garagem, ou nas minhas fotos do escritório, ou casa, assim como todos os troféus que serão as minhas memórias.
Conheci pessoas que me ensinaram alguma coisa e têm o mesmo espírito e conheci outros que fico feliz por ter esquecido.
Me molhei,
Senti frio,
E senti calor,
Senti medo,
Eu caí,
E ME LEVANTEI,
Até me machuquei,
Mas também, ri a rir dentro do capacete, um sentimento único, ninguém mais o sentiu!
Falei mil vezes comigo mesmo.
Cantei e gritei de alegria como um louco,
E sim... Às vezes, também chorei e ainda às vezes choro na minha solidão.
Já vi lugares maravilhosos e vivi experiências inesquecíveis.
Parei mil vezes para ver uma paisagem.
Falei com perfeitos desconhecidos, e esqueci-me de pessoas que vejo todos os dias.
Eu saí com os meus demônios dentro e voltei para casa com uma paz absoluta no coração.
Eu sempre pensei o quão perigoso é, sabendo que o significado da coragem é avançar mesmo sentindo medo, mas sempre o controlei.
Toda vez que eu subo para um carro de corrida eu penso no quão maravilhoso ele é.
Parei de falar com quem não entende, (simplesmente não entendem) e aprendi através de gestos a me comunicar com outros apaixonados como eu.
Gastei dinheiro que não tinha, renunciando a muitas coisas, mas todas essas coisas não valem nem um momento sobre um carro.
Não é um meio de transporte nem um pedaço de ferro com rodas, é a parte perdida da minha alma e do meu espírito.
E quando alguém me diz: "você tem que vender o carro e tem que ser uma pessoa mais séria",... Eu não respondo. Simplesmente balançando a cabeça e sorrio.
Andar em um carro de corrida....... só entende quem os ama...
Que Deus abençoe os meus amigos e os seus brinquedos de gente grande!

- Autor desconhecido –

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Este texto estava na página do Facebook de meu amigo Evandro Lontra, pedi-lhe autorização para postar. Como ele não sabia o autor, pois parece que apareceu em um grupo de pilotos, vou posta-lo. Caso o autor queira, dou os devidos créditos, ou se quiser retiro a postagem.

Ah... Esta paixão!

Quando comecei o Histórias, em umas de minhas primeiras postagens, conto das voltas que dei em Interlagos, ao lado de meu irmão Paulo, em seu Porsche 550 RS com o qual ele correu os 500 Quilômetros de Interlagos de 1961. Tinha 9 anos, e lá conto da sensação de estar nos boxes, e das voltas que dei.
Escrevo sobre aquele cheiro de óleo, gasolina, pneus... do vento em meus cabelos quando estava na pista.
Hoje, quase sessenta anos depois, quando muitos daqueles heróis que lá estavam se tornaram meus amigos, e até dividi a pista com alguns, aquelas sensações, cheiros ainda estão entranhadas em meu ser, e os cabelos ainda sentem aquele vento.  

Anos depois era eu que lá estava.

A todos que tiveram as mesmas sensações.
A todos que caminharam comigo.
A todos que dividiram as pistas comigo.
A todos os amigos que fiz.
Ao autor deste grande texto.

Rui Amaral Jr