A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quarta-feira, 3 de junho de 2015

Uma Formula para nosso automobilismo...










.., pois é amigo RUI, muito legal a sua matéria sobre o FORMULA com motor PORSCHE 1500 que o qual CHRISTIAN HEINS correu, e que logo depois foi fabricada a primeira série de autos, os LANDI / BIANCO com motores de 1000 cc, tanto com propulsores DKW, como GORDINI. Pena que na época os dirigentes não focalizaram bem essa categoria, era só a separarem da MECÂNICA NACIONAL pois inclusive já tinha número mínimo de carros para ter-se corridas específicas para tal. Tinha- se 5 LANDI/ BIANCO, um BEGERROU e um BRIZZI a ser terminado e dois motores no nosso parque industrial que foi os que mencionei acima...!!!!!
Hoje se a houvesse temos mais de 10 motores 1000 cc, dará para se fazer uma MICRO/ MICRO FORMULA UM, e com uma coisa muito positiva que poderia-se ter um MARKETING NATURAL sobre esses motores que nosso parque industrial possui, e que estão a necessitar desse EMPUXO .......!!!!!!!!
Na época existia essa categoria na EUROPA portanto era relativamente fácil de fazer projetos BR TYPE até para correr lá fora. Quem insistiu com vigor nessa categoria, foi o MANUEL de TEFFE, pessoa culta que enxergava longe , pois viu que eram carros muito mais baratos do que as FERRARIS , MASERATIS e outros, tanto os carros em si como para os manter e portanto mais pilotos estariam automaticamente a correr......!!!!!!
Nos dias atuais, seria uma escola muito boa e barata , a pensar . Tecnicamente acredito que estaríamos sem grandes esforços com um peso de +_ 380 com motores aspirados de 100/110 CVs que da um PP em torno de 3.80, com pneus radiais STREET e sem apêndices aerodinâmicos algum, e em uma segunda FASE, com esses mesmos motores com COMPRESSOR com uma potência em torno de 120/125 CVs.......!!!!!! Para essa segunda FASE, o piloto só precisaria de instalar o COMPRESSOR, imagina só .....!!!!! Enfim , idéias que aos poucos, poderão ser executadas , só faltando , """" o querer """" para tal.....!!!!!!!


Abraço amigo de CHICO LAMEIRÃO 

 Chico em seu AC -Anísio Campos - da F. V anos 60.
 Ludovino Perez 

Largada da F. V na década de 60 tendo Emerson na pole.
 Década de 70, a F.Ford, acima Chico e Sergio Mattos no Tarumã, abaixo uma largada em Interlagos com Alex na pole e Julio Caio ao seu lado.
Década de 70 a Super Vê chegou com toda força e apoio da VW do Brasil, acima meu amigo Avallone com um carro fabricado por ele seguido de Giannini e Benjamim "Biju" Rangel ambos de Polar.
Apoio da fabrica e presença de público, sucesso garantido!
Década de 70, na F.Vê patrocinada pela VW muitos carros com a garantia de premios de largada e chegada, mais toda promoção possível.
 Equipes bem estruturadas e profissionais como a de meu amigo Benjamim "Biju" Rangel, na foto com o preparador Giba, Peter Schults e Nelson Piquet.
Da Super Vê saiu "apenas" um tri campeão do mundo da F. Um, ele no podium ao lado de meu amigo Julio Caio e Eduardo Celidonio.
 A Vee de meu amigo Zullino poderia ter sido...

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1962 e “seu” Chico com toda sua experiência já pretendia trazer ao Brasil uma categoria muito importante para o automobilismo de base, aquele que além de trazer belas disputas cria condições para nossos pilotos disputarem qualquer categoria do mundo. Sua iniciativa não vingou da forma desejada mas poucos anos depois tivemos a F.Vê de onde saíram nomes como Ricardo Achcar, Carlos Pace, Emerson Fittipaldi ...e logo à seguir no começo dos anos de 1970 aí sim tivemos verdadeiras categorias criadas para o desenvolvimento de nossos pilotos como a F. Ford criada no inicio da década e que fez grandes campeões durante sua existência e as F.Vê e Super Vê organizadas pela Volkswagen onde entre tantos grandes pilotos atuou Nelson Piquet.
Notem que nas categorias citadas os carros tinham medidas regulamentadas e a fabricação dos monopostos era feita por diversos fabricantes o que gerou ao longo de suas durações muitas disputas entre as marcas apesar dos motores das formulas criadas à partir de 1970 tivessem um único fornecedor caso da Ford e VW. Daí saíram grandes marcas como a Polar de Ricardo Achcar e Ronald Rossi, a HEVE dos irmãos Ferreirinha, a Avallone de Antonio Carlos Avallone e tantas outras que muito desenvolvimento trouxeram ao nosso automobilismo criando milhares de empregos.
E hoje o que temos? Fico triste ao responder que nada, nosso automobilismo de base minguou, a última categoria que poderia dar certo foi a criada por meu amigo Roberto Zullino que apesar de usar a ultrapassada suspensão dianteira por barras de torção e o antigo motor VW poderia ter dado certo não fosse a total desfaçatez de nossos dirigentes.
Hoje a Confederação, federações e clubes pensam apenas nas grandes categorias e nos lucros que elas trazem deixando de lado o apoio que poderiam dar aos pilotos que disputam os campeonatos estaduais e regionais, podando qualquer iniciativa que promova nossos campeonatos de base, servindo a direção de nosso automobilismo apenas para regulamentações estapafúrdias e a venda de inscrições e carteirinhas.
Algo precisa mudar urgentemente e talvez os fatos que acontecem hoje no futebol mundial possam nos trazer bons ventos e criar em nossos dirigentes alguma conscientizarão e colocar novamente nosso automobilismo no rumo certo!

Rui Amaral Jr  

NT: Caro Chico ontem  à noite quando conversamos rapidamente já havia escrito meu texto e aprontado todas as fotos quando hoje recebi seu e-mail com o texto acima, veja que mesmo sem que eu tenha mexido uma virgula sequer eles vão à um ponto em comum!
Talvez um dia tenhamos de volta nosso automobilismo, obrigado pelo carinho e amizade e um forte abraço>

Rui

Artigo do F. Junior da revista Quatro Rodas de Março de 1962 digitalizada de meu arquivo.

arquivo digital-link
    

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

CBA x ACB

II Seis Horas de Curitiba 1966

Moleque com meus 14/15 anos cheguei à Interlagos para assistir uma corrida, longe em minha memória acredito que havia Simcas, Alfas, Berlinetas...todos alinhados no grid quando chega um oficial de justiça com um mandato que impedia a realização da corrida...balburdia geral, grande confusão e brigas...era a briga ACB -Automóvel Club do Brasil- x CBA -Confederação Brasileira de Automobilismo.
O que acontecia era que o ACB era o representante do Brasil junto à FIA se não me engano desde a década de 1930 e já não atendia mais as exigências de coordenação que a chegada da industria automobilística ao nosso automobilismo de competição exigia e alguns notáveis e nosso automobilismo resolvem criar a CBA, no sistema federativo onde os clubes elegiam os membros das federações de automobilismo estadual e estas os membros da CBA. E a guerra de liminares e ações na justiça perdurou até acredito que 1969/70 quando enfim a CBA se tornou a autoridade máxima de nosso automobilismo. As ameaças à equipes e pilotos que competiam em provas comandadas por uma entidade ou outra eram grandes, descredenciamento, proibição de competir e até a proibição de representa o país em competições internacionais.
E foi isto que aconteceu com Avallone, Emerson, Pace e outros que para seguirem suas carreiras internacionais se filiaram em  clubes ingleses e durante um bom tempo correram sob esta bandeira!
Agora vocês vão pensar “o Rui foi tão vago, onde quer chegar!?”; acontece que no sábado quando cheguei em Interlagos para assistir as corridas do Campeonato Paulista fui de cara informado que a Vee havia sofrido uma cisão(corrigindo, leia-se divisão) e uma nova categoria com os carros dela correria com o nome de Formula 1.600 à revelia dos titulares da Vee. Fui até o Box do Heitor, com quem já havia conversado ao telefone e ele chateado me contou que o grid da Vee seria de apenas oito carro.
Fui procurar o Arturo e Duran como havíamos combinado e o papo de todos era sobre as duas categorias e muita conversa...conversa séria de quem realmente entende sobre o assunto e muita, mas muita mesmo conversa fiada de sapos que querem apenas ver o pior!
Me contaram que a F.1.600 havia oferecido aos pilotos a inscrição e mais algumas outras vantagens e que o grid dissidente seria de 19 carros, infelizmente não fiquei para ver a corrida deles pois fui com o João de Paoli e lá por 15.30h seu filho Gabriel já estava cansado e fomos embora.
Ainda no autódromo conversei com o Zullino, como tempos atrás havia conversado com ele e o Joca os idealizadores da categoria. Não conversei para levar e trazer fofocas, jamais falei “mas ele me disse isto!” apenas ouvi sem contar à nenhum o que o outro dissera pois isto não é de meu feitio, assim como não é a fofoca, diz que me disse e os comentários pelas costas, quando quero falar falo abertamente como escrevo aqui para vocês!
Penso e digo claramente que no campeonato de 2013 as vistorias técnicas foram feitas de forma atabalhoada prejudicando o campeonato e trazendo prejuízos à pessoas que quero e respeito, se foi proposital ou não não tenho como responder, quando souber digo e dou nome aos bois.
Sei que o Zullino parece ser prepotente e ter a fama de não escutar, mas podem ter certeza que meu amigo Zuzu com toda sua inteligência ouve e do fragmento de uma conversa tira sempre o mais importante e a idéia fica em sua cabeça!
O que nós que amamos o automobilismo e vimos na Vee uma forma de aparecimento de novos talentos para um país que hoje é tão carente de grandes pilotos queremos é que ao invés de brigas e discussões estéreis a categoria se fortaleça, volte a ter grids de 30 ou mais carros e continue a fazer o belo espetáculo que deu em Interlagos no ano de 2013!
Os comentários de duas pessoas que prezo e respeito sobre tudo isto, e faço minhas as palavras deles...Regina Calderoni “estou muito triste c/ acontecido, pois fui a Interlagos p/ apreciar 1 bela corrida, + infelizmente, foi de .... sem palavras.... eu quero de volta o que eu assisti e presenciei em 2013...acho que nós pilotos e publico merecemos...simples assim.”, Luiz Eduardo Duran "eu já vi isso acontecer no passado, e não foi bom para ninguém, eu estou na torcida para que tudo acabe bem."

Rui Amaral Jr

NT: Como sempre deixo aqui o espaço aberto à quem quiser se manifestar.

A parte boa do sábado;com os amigos!
 Romeu, Jackie Della Barba e Duran
 Arturo, Regina e Romeu
 não vi, não sei!rs
 Regina, Romeu, Duran , eu e João de Paoli
  Arturão, Zullino, Duran, João de Paoli e Ricardo fazendo pose!
  
 Mara Carrera, Washington, Arturo, Marcos e Duran
 Na chegada com Sérgio Albuquerque, eu, Duran, Arturão e João de Paoli 
 Heitor, Arturo, Duran, Zé Ciccone, Ricardo Bock, João e Gabriel.


terça-feira, 28 de maio de 2013

5a Etapa do Campeonato Paulista de FVee por Heitor Luciano Nogueira Filho

Antes da largada com a filha Julia e o sobrinho Jorge...

Após o término da etapa passada da FVee, fiz um apanhado geral de tempos e dados da minha telemetria e cheguei a conclusão que com meu tempo de corrida, que resultou num terceiro lugar, eu teria ganho as outras três etapas anteriores, isso prova que evoluímos, mas os concorrentes evoluíram mais ainda e havia uma coincidência entre eles.....ambos não usavam a famosa ventoinha e eu sim..... Meu foco passou a ser então fazer todo o projeto e realização da retirada da ventoinha do nosso carro. Contudo queria fazer um projeto que fosse 100% reversível, ou seja que eu pudesse a qualquer hora retornar para o sistema de ventoinha sem maiores mudanças. Iniciei então um verdadeiro brainstorming na minha cabeça, pensando em todos os aspectos que envolviam essa mudança e consultei diversas fontes para ter os dados necessários para o projeto. Um dos pontos mais determinantes era também o tempo , pois dispúnhamos praticamente de 16 dias até a próxima corrida, o que é bem pouco quando se pensa em fazer uma mudança dessa natureza da forma correta e mais precisa o possível, pois não se tem muito tempo para treino antes da corrida. Basicamente apenas os treinos de quinta feira, pois na sexta o carro já tem que estar com a configuração que fará a corrida no sábado..... Um dos primeiros a quem recorri foi o Marco Antônio da Kremer Design que tem sido meu " guru" quando o assunto é peças em fibra e aerodinâmica. Como dispúnhamos de pouco tempo, procuramos um molde de " naca" que ele tivesse pronto e se encaixasse no meu projeto....depois de um tempinho procurando achei uma que era 90% do que eu imaginava como sendo o ideal e ai passei a parte de execução da captação do ar da tampa traseira para as latas de refrigeração dos cilindros, que fiz através de dutos de 4 polegadas. Depois de achar um fornecedor, bolei e executei as placas de fixação no chassis para encaixe das mangueiras e determinei o local exato do furo na tampa, para depois encaminhar a mesma para o Marquinhos executar o trabalho de " colar" as "nacas".


 Nas duas fotos do Joel nota-se as novas tomadas de ar que substituíram a ventoinha. 


O trabalho todo ficou pronto na quarta feira véspera do treino e eu achei que tinha ficado muito bom, acabei até fazendo um pequeno corte de 50mm para reduzir a entrada porque julguei ( foi de achômetro mesmo, pois o carro nem tinha andado) que estava um pouco acima do suficiente e com isso geraria um arrasto adicional indesejável nas retas .
Como o motor tinha esquentado um pouco na corrida passada ( vide relato da 4a etapa) preparei também um novo mapa de injeção ( Mapa 6) para testar também na quinta feira, juntamente com a nova tampa e o novo sistema " RAM-AIR " kkkkkkk
Chegou a quinta feira e no primeiro treino chovia, como não traria nenhum resultado que servisse de parâmetro , resolvi abortar e aguardar pelo segundo treino. No segundo treino a pista estava 80% seca mas a temperatura muito baixa ( cerca de 17o) e uma alta umidade relativa do ar. Entrei na pista e fui acelerando com muita cautela, de olho nos relógios de temperatura e pressão de óleo. Depois do tradicional warm-up do motor, comecei a mandar bota e o motor estava meio lento, fruto de uma mistura rica demais, mas por outro lado, logicamente trabalhando gelado...o que foi muito bom, mostrando que o sistema estava dentro do esperado. Obviamente o tempo que viramos ( 02: 03.314 ) foi acima do esperado, e resolvi voltar o mapa da corrida anterior ( Mapa 5) , já que as condições climáticas estavam bem diferentes. Saímos no terceiro e último treino e já na saída senti o motor bem mais "aceso" o que me deixou bem empolgado e continuei controlando bastante a temperatura e pressão de óleo.... o carro estava muito bem e comecei a acelerar forte...viramos 02:02.420, um bom tempo, mais eu queria mais......02:02.120......quero mais......02:01.001...CARACA !!!!! Aí até eu fiquei surpreso !! Temporal, decidi parar e economizar o equipamento, já tinha encontrado o que eu procurava !!!
Na sexta feira preparei um novo mapa ( Mapa 7) para testar como alternativa. Porém já haviam andado antes alguns carros e a pista estava meio suja , após algumas voltas viramos 02:03.670 , mas com boa resposta do motor, mas no meu feeling ainda inferior ao do Mapa 5. No segundo treino estourou um motor de alguém logo na primeira volta e o treino foi totalmente perdido. Procurei apenas rodar para ter certeza da estabilidade da temperatura em períodos mais longos ( 30 min) e foi o que fiz, sem preocupar-me com tempo de volta.
O sábado amanheceu lindo e Graças a Deus no momento que entramos na pista em nossa classificação, encontramos uma pista 100% em condições de acelerar e foi o que eu fiz... no início o melhor tempo girou entre três pilotos, eu o Emilio e o Matheus, depois foi baixando e ficamos apenas eu e o Matheus, e a cada volta um ficava na ponta até que ele estabeleceu o tempo de 02:00.499, um tempo praticamente impossível de ser batido. Meu radio me passou o tempo e disse que eu tinha apenas 3 minutos para o final da tomada, ai foi aquela hora de concentração máxima!! Abri uma nova volta e fui fazendo tudo no limite e sem erros, uma a uma fui percorrendo as curvas do Templo, até chegar na Junção, sabia que se acertasse ela, teria grande chance de tomar a pole do Matheus... mandei o pé no porão, o carro fez absolutamente no limite e..PERFEITA !! Comecei a subida, engatei a quarta e fui para a linha de chegada..... 02:00:337 ..... A POLE ERA NOSSA !!!!!!! 


Classificação; a Junção feita de maneira perfeita... 

Final de classificação....muitos cumprimentos, coisa e tal, mas já estava focado na corrida, minha equipe HT GUERRA fez uma série de checagens em pontos chave do carro , tentando reduzir ao máximo qualquer chance de quebra.



Hora da largada... fiz uma largada média, pois deixei as rodas patinarem um pouco além do ideal, mas mantive a ponta na entrada do S do Senna, porém na reta oposta o Matheus aproveitando-se do meu vácuo ultrapassou-me antes mesmo da freada do Lago e cai para segundo, foi ai que dei uma bobeada e mantive a linha externa na descida e o Emilio enfiou o carro e me tomou o segundo na entrada do Laranjinha. Passei para terceiro, mas estava confiante que na minha vez de usar o vácuo teria condições de passá-los. Na primeira volta ambos estavam duelando forte na entrada do S e resolvi recolher e fazer um traçado mais redondo. Na curva do Sol tentei colocar por fora do Emílio pois vinha bem mais lançado mas ele ao me ver deixou o carro rolar pra cima e me mandou na grama, o que me obrigou a reduzir e voltar para trás. Fiquei meio decepcionado com a atitude dele, pois na corrida passada o Matheus fez a mesma manobra em cima de mim e eu permiti que ele passasse, já que tinha tomado a linha externa antes do final da curva. Bom, fiz todo miolo atrás dos dois e me preparei para fazer uma bela Junção e foi o que aconteceu... perto da linha de chegada peguei um vácuo cruzado dos dois carros e puxei para o lado de fora no final da reta, conseguindo vantagem suficiente para entrar por fora na frente de ambos no S do Senna e fazer um contorno bem veloz que impossibilitou-os de tentar pegar meu vácuo na reta oposta. Quando percebi que tinha aberto essa vantagem, acelerei tudo que podia e que também não podia (kkkk) e fui abrindo uma vantagem milimétrica volta a volta, tirando eles do meu encalço, passando a administrar apenas os mostradores do meu painel, conferindo as condições da máquina. E assim foi até a bandeirada final !!!!


Já na ponta...
O mapa da corrida feito pela Julia...
Classificação final, 5.943s à frente!
 Vitorioso com Julia e Mariana, lá atrás Santo...

Zullino, Heitor pai, Humberto Guerra e Heitor conversando... 
Heitor recebendo o troféu das mãos de sua mãe Lia...


Mal podia acreditar que dessa vez tudo tinha dado certo, nada falhou, foi quase como um daqueles filmes de ação, onde tudo dá certo.......kkkkk
Engraçado que logo depois do final da corrida, quando saí do carro me veio uma estranha seqüência na cabeça......5a etapa dia 25/5 ...mapa 5 , vence o carro 55. será mesmo apenas coincidência ???
Abraço a todos e até a próxima

Heitor Luciano Nogueira Filho

FOTOS: Ana Luiza Andreoni, Joel Marcos Cesetti, Humberto da Silva Fotografia 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A história do numero 55,



Quando resolvi ingressar na FVee no final do ano passado, foi por um antigo desejo de correr em monopostos, aliado ao baixo custo para participar da categoria.
Minha última participação oficial em um carro de corrida tinha sido em 1992, quando participei da etapa de São Paulo ( Interlagos) do Campeonato Brasileiro de Formula Ford, defendendo as cores da Equipe do Amandio " Gigante" Ferreira, preparador mais do que competente e que me deixou " com água na boca" de participar do campeonato todo, mas infelizmente naquela época não tinha nenhum patrocínio e o tive que desistir desse sonho........



Acabei descobrindo o automodelismo radio controlado com motores a explosão e mergulhei de cabeça nesse hobby. Depois de muito trabalho e dedicação consegui ganhar praticamente todos os títulos possíveis, Campeonato Paulista, Campeonato Brasileiro e Campeonato Sudamericano, ficando somente o Mundial fora dessas conquistas, até porque aí realmente fica muito difícil, pois eu comecei meio tarde ( 30 anos) quando a maioria que compete nesse nível vem desde criança, são filhos de ex-pilotos , trazendo uma bagagem e "horas de vôo" infinitamente superior á minha. 
Chegou em um ponto que comecei a me questionar se tudo que aprendi nos 15 anos de automodelismo, serviriam na preparação e acerto de um carro de verdade.....
Acabei indo atrás do que se fazia em termos de automobilismo nos dias de hoje e descobri a FVee !!
Um monoposto interessante, com uma limitação de regulamento visando equacionar os equipamentos e reduzir os custos, era exatamente o que eu tinha em mente ( e que cabia no meu bolso).
Fiz duas corridas em carros de aluguel para ver se realmente era o que eu queria e acabei confirmando minha escolha....ERA COM CERTEZA AQUILO O QUE EU BUSCAVA !!
Iniciei então a fase 2 do meu planejamento, iria buscar uma equipe/preparador para montar meu carro, mas a condição imperativa é que eu pudesse freqüentar a oficina, dar opiniões e trabalhar efetivamente na montagem do carro. Acabei escolhendo a HT Guerra do Humberto Guerra, pois lá encontrei todas as condições que eu desejava, além de contar com boas referências sobre o trabalho do mesmo.
Comprei o chassis em setembro de 2012 e a montagem levou praticamente 3 meses, o que é de certa forma bem demorado, mas 1/2 da demora foi de moleza do Guerra mesmo..kkkkk e 1/2 foi porque o carro foi resolvido nos mínimos detalhes, não deixando nada " pra depois"......
Depois de finalizada a montagem do carro, veio a questão.... " como será a pintura ?" Praticamente não tive nenhuma dúvida em fazer uma pintura semelhante ao do D3 do meu Tio Lara Campos Jr , pois foi dentro daquele carro que passei muitas horas da minha vida, sonhando que pilotava em Interlagos, quando ainda tinha 10 anos.



Dentro do esquema de pintura do D3 o número do Jr era o 5 e meu grande ídolo de F1 era justamente o Nélson Piquet que corria com a Brabham BT49 de numero 5, mas que tinha no formato do numero 5 uma maneira única que eu nunca havia visto igual, muito característico, feito só com retas, sem curvas. E dessa forma, decidi fazer o numero 5 do meu carro no formato ' Brabham Nélson Piquet'. 






Bom, para a estréia do carro, na ultima etapa do Campeonato de 2012 ( mas que foi corrida em janeiro de 2013) devido ao pouco tempo disponível, optei por correr com ele branco, e fiz o adesivo 5 no formato ' Brabham' e levei o carro para a pista. Cheguei na pista, fiz minha inscrição com o numero 5 e tudo Ok, no entanto, algum tempo depois apareceu outro piloto que estava já com o numero 5, mas que já não participava há algum tempo e com isso , perdeu o direito de usar o número 5. Ele me procurou e disse que usava o 5 porque gostava muito e inclusive o CHASSIS do carro dele também era o numero 5. Como eu não sou de muita briga e achei convincente o argumento do chassis número 5, resolvi abrir mão do numero 5 e passei o meu para 55, que também havia sido numeral do Lara Campos Jr, mas no seu Stock Car. Feita a alteração na direção de prova, lá fui eu correndo cortar mais três números 5 para adicionar nas laterais e no capo dianteiro do carro.
Treinamos com o carro nos dois treinos da sexta feira como Shake-Down e resolvemos alguns problemas, mas o carro mostrou-se bem competitivo desde o primeiro instante que entrou na pista.
No sábado entramos na classificação e após três voltas senti a embreagem patinar um pouco e entrei nos boxes.
Comuniquei o problema na embreagem e solicitei que fizessem o ajuste. O Humberto Guerra me disse que estávamos com a 12a posição entre os 26 participantes. Olhei bem para ele e disse : " não esquenta Guerra, ainda não pude acelerar, vamos ver agora o que nosso carro pode dar...", fechei minha viseira e voltei para a pista.



Dei mais três voltas , dessa vez exigindo tudo do carro e recebi a bandeira de final de treino, fiz a volta de desaceleração e quando estava na parte final da rampa dos boxes, vi que o Humberto vinha correndo....abri minha viseira e ele disse.." PORRA...você foi o primeiro !!!! POLE_POSITION !!!!. Eu quase xinguei ele ...tá certo que o carro tava bom, eu até achei que estava rápido..mas nem tanto.....desci do carro e ele continuou dizendo que eu era o POLE-POSITION e eu achando que era mais uma das brincadeiras dele ! Somente quando outra pessoa veio me cumprimentar é que realmente caiu a ficha....
Poxa...POLE-POSITION na primeira corrida do carro..sem ter feito nenhum treino para acerto... só um mísero Shake-Down !!!
Comecei a explodir de alegria... aqueles longos três meses tinham enfim surtido resultado !!!
Assim o carro foi batizado de 55 e com esse fantástico resultado, jamais eu pensaria em mudar para outro número....
Aí vocês estão perguntando.... mas e a corrida ? Como foi ?
Essa já é uma outra história.............kkkkk
Abraço a todos


Heitor Luciano Nogueira Filho


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Neste Sábado 25 de Maio mais uma etapa do campeonato, nele Heitor divide a liderança com Fernando Monis, estaremos todos lá torcendo por sua primeira vitória na categoria e a consolidação no campeonato.
Estaremos lá em bando para torcer...já combinei com o Arturão, Jacob, Duran, Fabio, Reginaldo, Ricardo, Joel e certamente lá estarão a Vera e Lia mãe do Heitor!
Convido à todos para prestigiar essa etapa da VEE e do Campeonato Paulista, nosso automobilismo precisa do público, nossos pilotos também.
Quem for assistirá belas disputas em todas categorias...afinal, além da paixão pelo esporte cada vez que sentamos em um carro de corridas é o incentivo do público que nos motiva ainda mais!

Abraços à todos,

Rui Amaral Jr