A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Shadow MKI

 

Follmer encarando Lola, McLaren, Porsche...

Com outra roupagem...

 Oficial da inteligencia dos exercito dos EUA, Don escolheu um nome bem apropriado para sua equipe quando resolveu construir e competir. 

Algo no MKI me faz lembrar o "Caçador de Estrelas" e seu criador Bica Votnamis, afinal todos que lidam no automobilismo são caçadores de estrelas.

Don e o engenheiro projetista Trevor Harris partiram de uma ideia ousada para o MKI, menor área frontal possível, distancia entre eixos bem curta, menor peso num carro extremamente baixo.
Pelo que pesquisei entendi que Don tinha relações comerciais anteriores com a General Motors e Firestone, e na ideia ousada partiram a princípio de um motor Chevrolet big bloc de oito litros, sim, oito litros, e pneus Firestone já com os ‘slicks’ que chegavam.


Para diminuir a área de arrasto a Firestone desenvolveu pneus menores que os usados pelos demais carros da categoria. Na dianteira  para rodas de 10 polegadas (25,4 cm) de diâmetro por onze de largura/tala, as traseiras de 11 polegadas (27,94 cm) de diâmetro por 16 de largura/tala. Pelo que notei nas fotos e sem referências penso que os pneus dianteiros tinham 20 de altura e os traseiros 24/26, me baseio nos pneus que usávamos na D3.
Para caber nas rodas os discos de freios dianteiros eram pequenos, e os traseiros bem maiores in board.  O projeto inicial tinha aparatos aerodinamicos basculantes, como nos Chaparral, que logo no inicio de 1970 foram proibidos pela FIA.
O big bloc Chevrolet tinha 8.093cc, injeção de combustivel e 740 hps,  quando acredito que a grande maioria dos carros da CanAm usavam os Weber 48, e geravam "meros" 650/680 hps!   
Outra curiosidade, os amortecedores por ficção, coisa da décadas de 1920/30, pois era tudo muito diminuto e não havia espaço para os Koni e outros. Sei que escrevi algo sobre, mas não consegui encontrar, então peguei algo na internet e vocês vão descobrir como eram.



O primeiro modelo tinha o volante na horizontal, copiaram Bica, mas certamente a razão venceu e logo em seguida foi colocado na vertical, tudo num habitáculo minusculo!
Pedais apenas de acelerador e freio, pois a fricção era acionado por uma alavanca manual, provavelmente junto a do cambio.( Talvez eu seja mais detalhista, mas realmente não encontrei a tal posição )
No excelente link abaixo muitas fotos e muito sobre o MKI

Logo em sua estreia na primeira corrida da CanAm 1970 em Mosport Park, George Follmer faz o sexto tempo na classificação, para pouco antes da metade por um problema que seria recorrente ante as inovações, o superaquecimento do motor.
Em sua segunda corrida em Mont-Tremblant, quando estreia nova roupagem, larga em décimo e novamente abandona com superaquecimento.
Nas duas próximas corridas apesar de inscrito não participou.
Na quinta corrida da série, em Mid-Ohio, aparece pilotado por Vic Elford, que apesar de ter classificado em sétimo no grid, não corre, entregando o carro a Follmer que na corrida tem problemas de pneus.

Vic deve ter pensado muito bem...

Por minhas pesquisas na temporada de 1970 isso foi tudo, as inovações derrubaram o projeto, mas Don não desistiu e partindo para projetos mais convencionais venceu a CanAm 1974 com Jackie Oliver e o Shadow DN4A. Follmer também foi recompensado por sua coragem e na temporada da CanAm 1974, foi campeão pilotando o incrivel Porsche 917/10.






Na CanAm de 1972 trás Carlos Pace em quatro ou cinco etapas, sendo que na única corrida que terminou nosso campeão chegou em quarto lugar em Edmonton, pilotando o Shadow MKIII. Na sua frente dois 917/10 de Mark Donohue e Mark Donohue, e a McLaren de Denny Hulme.
Não sou pretencioso muito menos exibido, mas sabendo da participação de Pace na CanAm pela Shadow fui pesquisar no Google, e encontrei um post de doze anos de Henrique Mércio, assinado com seu codinome Caranguejo, certamente uma influencia de Don!

Rui Amaral Jr


Motor
Configuração - Chevrolet V8 à 90º.
Localização - entre eixos, montado longitudinalmente
Bloco e cabeçote de alumínio.
Deslocamento - 8.095 cc / 494 pol. cúbicos
Diâmetro / Curso 112,8 mm (4,4 pol.) / 101,6 mm (4 pol.)
2 válvulas/cilindro, OHV
Alimentação Injeção de combustível
Naturalmente aspirado
Potência - 740 cv/552 kW a 6.400 rpm
Torque - 888 Nm / 655 pés-lb a 5.600 rpm
91 cv/litro

Chassi
Chassis - Em fibra de vidro sobre monocoque de alumínio anodizado.
Suspensão - FDianteira e traseira braços duplos, molas helicoidais, amortecedores de fricção, barra estabilizadora.
Direção - cremalheira e pinhão
Freios - Discos ventilados, traseiro interno.
Cambio -  Hewland LG500 4 velocidades
Tração Traseira
Peso - 680 kg 



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

CanAm 1974 - Enfim a vez da Shadow

Oliver e a DN4

Com a nova regulamentação que permitia apenas 170 litros de combustível a potencia dos monstruosos Porsche 917/30 que beiravam os 1.500 hps foi restringida e a Shadow com seu DN4 pode enfim desafiar e vencer.
Era o último ano da primeira fase da CanAm que começou 1966, o interesse das grandes equipes já não era o mesmo por uma série de motivos, inclusive premiação e o campeonato acabou depois das cinco primeiras etapas das 8/9 programadas. Nos  oito anos anteriores apenas a Lola, McLaren e Porsche haviam vencido e agora era a vez da americana Shadow.
Seu DN4 era um carro afilado movido por um motor Chevrolet de 7.439cc com cerca de 780 hps, rápido nas retas e curvas e seria tocado por dois pilotos com experiencia e rápidos, George Follmer e Jackie Oliver, o principal opositor era Brian Redman com o Porsche 917/30 KL mas Oliver venceu as quatro primeiras corridas sendo que a quinta e última etapa foi vencida pela McLaren M20 Chevrolet de Scooter Patrick tendo Follmer quebrado e Oliver depois de problemas chegar no 9º lugar. 

Shadow DN4



Rui Amaral Jr