O incrivél circuito do México, hoje Hermanos Rodriguez, que como nosso Interlagos, hoje José Carlos Pace, foi "alterado", transformando a sensácional Peraltada em uma...Chicane!
1967 a Lotus trás Hill
para dividir a equipe com Jim Clark. A equipe estava numa transição, e enquanto trabalhava na 49-Cosworth ainda usava a Lotus 33 na maioria das vezes com
o motor Climax 2.000cc, outras vezes com o Lotus 43 BRM uma tranqueirona que
apenas Jimmy foi capaz de levar à uma vitória.
Hill havia pilotado
para Lotus nas temporadas de 58 e 59 com poucos resultados, pelo que pesquisei
apenas dois sétimos. Agora ele era campeão do mundo, com mais três vices 63/64/65,
além de três vitorias no Principado, e a Lotus era uma das estrelas da
categoria tendo levado Jimmy ao bicampeonato mundial, e ainda por cima preparava
uma verdadeira máquina de vitórias, a 49-Cosworth.
Na primeira corrida do
campeonato Hill e Clark pilotaram a 43-BRM, tendo Clark largado na terceira
posição e ele na decima quinta. Na corrida Hill bateu na sexta volta e Clark
quebrou na vigésima segunda, a corrida marcou a primeira vitória na categoria
de Pedro Rodriguez com uma Cooper-Maserati T81.
Na segunda corrida em Mônaco
a Lotus resolve levar a 33-Climax, que era o motor do regulamento anterior de
1.500cc que havia levado Jimmy à vitória nos mundiais de 1963/65, agora com a
cilindrada aumentada para 2.000cc.
Clark larga em quinto e
Hill em oitavo. Na quadragésima das cem voltas Clark abandona depois de fazer a
melhor volta da corrida e Hill chega em segundo, uma volta atrás de Denny Hulme
de Brabham BT2--Repco-Brabham, com o Urso começando a busca que o levaria ao
mundial.
Na próxima corrida na Holanda estreia a Lotus 49-Cosworth, mas aí já é outra história, que o
Caranguejo ou eu já devemos ter contado por aqui...
Rui Amaral Jr
Quanto mais escrevo,
mais vou enxergando lacunas em meus textos, sei que não sou um pesquisador, nem
o pretendo ser, porém este post demandou horas e horas de pesquisas.
Março de 2010; escrevi
sobre o fabuloso motor e nesta semana escrevendo sobre o campeonato de 1969 me
dei conta de algo que deixei escapar.
link
Era o começo do blog, e
vi algo escrito por mim no primeiro lugar nas pesquisas do Google, tendo
permanecido alguns anos nesta posição. Como vocês poderão notar em 2017 o senhor
Rui Silva de Oliveira encontrou um erro que logo corrigi.
Fui e somos
copiadíssimos, ainda mais de uns tempos para cá onde escrever sobre
automobilismo virou uma febre, infelizmente de muitos que nada, ou quase nada
sabem sobre o assunto...é a mudernidade!
Sério, deixei escapar
que depois de sua temporada de estreia em 1967, nos anos de 1968/69 todas
vitórias na categoria foram com carros que usavam o icônico motor.
1968
Kyalami 1968-01-01 Jim
Clark
Jarama 1968-05-12 Graham
Hill
Monte Carlo 1968-05-26 Graham
Hill
Spa Francorchamps 1968-06-09 Bruce
McLaren
Zandvoort 1968-06-23 Jackie
Stewart
Rouen 1968-07-07 Jacky Ickx
Brands Hatch 1968-07-20 Jo
Siffert
Nürburgring 1968-08-04 Jackie
Stewart
Monza 1968-09-08 Denny Hulme
Mont Tremblant 1968-09-22 Denny
Hulme
Watkins Glen 1968-10-06 Jackie
Stewart
Mexico City 1968-11-03 Graham
Hill
1969
Kyalami 1969-03-01 Jackie
Stewart
Montjuich 1969-05-04 Jackie
Stewart
Monte Carlo 1969-05-18 Graham
Hill
Zandvoort 1969-06-21 Jackie
Stewart
Clermont-Ferrand 1969-07-06 Jackie Stewart
Silverstone 1969-07-19 Jackie
Stewart
Nürburgring 1969-08-03 Jacky
Ickx
Monza 1969-09-07 Jackie Stewart
Mosport 1969-09-20 Jacky
Ickx
Watkins Glen 1969-10-05 Jochen
Rindt
Mexico City 1969-10-19 Denny
Hulme
Vejam que foram vários
chassis, Lotus, Matra, McLaren, Brabham, todos impulsionados pelo binômio
Coshorth DFV/Hewland, duas criações que tiveram o dedo do lendário Colin
Chapman.
Rui Amaral Jr
Foi uma grande década para o automobilismo mundial, Black Jack começou como Campeão do Mundo de Formula I pilotando uma Cooper-Climax, aliás Bi já que venceu também em 1959. Foi o começo da F I de 1.500cc, regulamento que valeu até 65, quando começou a F I de 3.000cc.
Seguiram a ele Phil
Hill de Ferrari 1961, Grahan Hill de BRM em 62 que repetiria o feito em 68 de
Lotus-Cosworth. 63 consagrou meu maior ídolo Jim que outra vez foi Campeão em
65 com Lótus, em 64 vindo das motos onde venceu de tudo Big John levou a
Ferrari a seu quarto título Mundial. 66 e 67 Black Jack resolve construir seu
próprio carro de Formula I o Brabham, usava um motor Australiano o Repco
desenvolvido a partir de um bloco de série e em 66 se torna Tri Campeão Mundial
de F I fazendo Hulme Campeão no ano seguinte. 68 vê a chegada do provavelmente
melhor motor de F I de todos os tempos, o Cosworth, dois gênios Ingleses foram
os responsáveis, o projetista Keith Duckworth e Mike Costin, este último vindo
da Lótus, logo a Ford viu no Cosworth DFV V8 um vencedor e encampou todo
projeto vindo o motor a ser Ford-Cosworth. Também foi o ano em que os aerofólios
começaram a ser usados. Em 69 o Campeão foi o piloto que mais batalhou pela
segurança nas pistas Jackie Stewart correndo com um Matra-Cosworth chefiado por
Ken Tyrrel. Ah... 1969 foi também o ano que mostrou Emerson Fittipaldi ao
mundo.
As histórias desses
campeonatos vou com o tempo mostrar todas, hoje quero mostrar que esses super
pilotos nessa época corriam em várias categorias, às vezes no mesmo dia. Eles
não levavam para as pistas massagistas, psicólogos, assessores de imprensa,
simplesmente sentavam em carros de Turismo, Formula 3 e 2, Protótipos e
sentavam a bota, algumas vezes brigando com pilotos mais novos se lançando ao
mundo e com muita vontade de vencê-los.
Clark como já mostrei
corria de Turismo com o Ford-Cortina-Lotus de protótipos com um maravilhoso
Lótus e de Formula 2 e 3. Hill, Brabham, Stewart, Hulme enfim todos, para
inclusive completar seus orçamentos corriam nas categorias menores e nelas
desempenhavam e lutavam com bravura, talvez até esquecendo que já tinham
chegado ao topo.
A todos eles meu
respeito e admiração.
Rui Amaral Jr
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PS: O ano 2010,
começava escrever o Histórias, sempre fuçando em meus arquivos de Autosport,
tentando lembrar muitas coisas, foi quando escrevi este post. Não sabia que nos
próximos anos escreveria sobre tantos amigos queridos, muitos que se juntaram a
mim escrevendo suas memorias e o muito que sabem sobre o automobilismo. Sinto
que deixo de escrever muito, aliás que deixamos, mas tenham a absoluta certeza que
tudo que aparece nestas páginas é feito com carinho, muito carinho.
Tomando a liberdade de
falar por todos nós agradeço de coração os milhões de acessos que tivemos desde
então. E aproveito para agradecer os próximos milhões.
Abraços
Rui Amaral Jr
Vez por outra fuçando
em meus arquivos antigos acho alguma foto de Jimmy Clark pilotando um Ford
Lotus Cortina, já mostrei vídeos, mas nunca escrevi sobre o carro. Então vamos
lá.
Em 1963 a Ford
contratou Colin Chapman e a Lotus para desenvolver seu recente lançamento. O
Lotus-Cortina era a ideia da Ford da Inglaterra cujo chefe de Relações Públicas
da época Walter Hayes passou a tomar parte na fundação da Ford Advanced Vehicle
Operation (Favo), que posteriormente foi responsável por iniciativas como o
GT40 e do Escort RS.
Na época a Lotus estava
desenvolvendo um motor twin-cam ( duplo comando ) com base no bloco do motor
Ford de 1499cc para a sua Elan, Chapman estava muito empenhado no processo. O
que levou Hayes a apresentar a proposta a ele para montagem de 1000 Cortinas
para correrem no Grupo 2 da FIA pois nessa categoria poderiam ser feitas
modificações substanciais nos motores, câmbios, direção e suspensão, nascia
assim o projeto do Lotus Tipo-28, logo após Lotus-Cortina.
Além das pistas esse carro seria vendido ao público como um esportivo de alto desempenho.
Lotus-Cortina MK I 1963
MOTOR
Baseado no bloco do motor de cinco mancais do Cortina usou muitas peças da Ford, mas com certeza não se parece muito com os motores standard do Cortina. A preparação foi projetada para a Lotus por Harry Mundy. Os projetos iniciais foram baseados em bloco Ford 1340cc de três mancais, utilizados na Anglia Classic 109E, de 1499cc, com o virabrequim aumentado para 82,55 milímetros com isso a cilindrada aumentava para 1558cc, para se adequar ao limite da classe 1600cc. Foram modificados ainda bielas, pistões e ainda usado o cabeçote Lotus de duplo comando de válvulas em alumínio.
Este cabeçote de duplo
comando com duas válvulas por cilindro, desenho das câmaras hemisféricos com os
lóbulos do comando agindo diretamente sobre as válvulas, possibilitou a Lotus
mudar o esquema original onde coletor de admissão e escape estavam do mesmo
lado para um esquema de coletor de admissão de um lado e escape do outro,
podendo assim colocar as válvulas em um angulo onde a aspiração e escape fossem
altamente favoráveis.
Com dois carburadores Weber 40DCOE horizontais esse motor foi equipado com um limitador de giros a 6.500rpm. Os números de desempenho oficiais Lotus foram 105bhp a 5500rpm, com torque máximo de £ 108 pés a 4000rpm. Alguns números do carro, velocidade máxima de 170 kph, 0-100 kph em apenas 10 segundos, ótimos para época.
Uma curiosidade; para
manter o mesmo esquema de acionamento de bomba de água e óleo o comando
original foi mantido no bloco apenas para essas funções.
Nos carros de pista os motores chegaram aos 170 HP.
CAMBIO
O Lotus-Cortina nasceu
com a caixa de velocidades desenvolvida para o Lotus Elan, com os ralis em
mente. Esta caixa de câmbio tinha as relações muito curtas e próximas, suas
relações; 4ª 1.000, 3ª 1.23 2ª 1.64 e 1ª 2.51, diferencial 2.807:1.
Posteriormente para os
carros de uso nas ruas e estradas foi oferecido dois diferenciais mais longos
de 3.96 e 3.32 assim como algumas outras relações de marchas de outros carros
da Ford.
SUSPENSÃO, FREIOS E DIREÇÃO
O primeiro-Cortinas Lotus tinha o eixo traseiro com feixe de molas e sem tensores o que provocou algumas quebras de diferencial pois com a torção o óleo vazava. Em 1964 o esquema foi mudado com a troca do feixe de molas por molas helicoidais e adicionado um tensor partindo do chassi que dava mais segurança ao conjunto.
A suspensão dianteira
era MacPherson com barra estabilizador e apenas foi mudada em carga de
amortecedores e molas e em seu aliamento; cambagem, caster, e angulo de
convergência ou divergência.
Os freios dianteiros
eram Girling de 9 polegadas e os traseiros a tambor, as rodas eram de 5.5
pol.
CARRO
O Cortina, Lotus-Mk.I. montados pela Lotus em sua fábrica Cheshunt no norte de Londres. Os primeiros eram sedãs de duas portas, com capota, portas e tampa da mala em alumínio para diminuição do peso. Sto. Antonio e arcos tubulares foram adicionados para enrijecimento de seu chassi.
Corridas
Para homologar o carro para o Grupo 2 1000 teriam que ser construídos em 1963, e o carro foi devidamente homologado em setembro de 1963, depois que 228 foram construídos. Coisas da FIA à parte no mesmo mês, na primeira excursão do carro, em Oulton Park Gold Cup, o carro terminou em 3 º e 4 atrás de dois Ford Galaxies, mas venceu os Jaguar 3,8 litros que tinham dominado as corridas da categoria por um longo tempo. Logo o Ford Lotus Cortina estava rodando em toda Grã-Bretanha, Europa e nos EUA. Com o Team Lotus correndo na Grã-Bretanha para a Ford, e Alan Mann Racing correndo na Europa, também em nome da Ford. Os pequenos Lotus-Cortinas venceram quase tudo, exceto os 7 litros V8 dos Galaxies e, posteriormente os Mustangs.
Em 1964, um
Lotus-Cortina na liderança em uma curva com a sua roda dianteira no ar
tornou-se uma visão familiar, como os carros foram montados com suspensão
traseira macia e a dianteira rígida isso era normal. Jim Clark venceu o British
Saloon Car Championship com facilidade, nos EUA Jackie Stewart e Mike Beckwith
venceram as 12 horas Malboro, e Alan
Mann Racing também tiveram um bom desempenho no Europeu de Touring Car
Championship, incluindo uma vitória 1-2 nas
Seis Horas International Touring Car Race em Brands Hatch.
1965 viu o
Lotus-Cortina ganhar tudo, com a nova suspensão traseira o carro ficou
imbatível. Sir John Whitmore dominou e venceu o Europeu de Touring Car
Championship, Jack Sears ganhou a sua classe no British Saloon Car Championship
(um Mustang ganhou na geral), Jackie Ickx venceu o belga Saloon Car
Championship, e um Lotus-Cortina venceu a Nova Zelândia Gold Star Saloon Car
Championship. Outras vitórias foram Nuburgring na corrida de seis horas, o
Campeonato Nacional da Suécia e a Snetterton 500 na Inglaterra.
A partir de 1965 com o MK-II e a nova regulamentação para o Grupo 5 da FIA foi possível a utilização do motor Cosworth FVA com 210 hp, mas aí já existiam carros mais modernos de concepção e os Lotus Cortina chegavam a seu desenvolvimento máximo.
Para mim o que ficou
para sempre é a imagem de Jimmy vindo com ele no limite máximo nas várias
pistas onde deu um show pilotando-o.
Escrevi este post há
dez anos, sempre que vou dar uma espiada no que as pessoas estão vendo no
Histórias algumas, ou muitas, visualizações, isto me envaidece.
Ao procurar mais sobre o carro o super Racing Sports Cars me direcionou para o Histórias, fico ainda mais envaidecido!
Comecei à admirar o
Cortina quando meu ídolo Jim Clark aparecia em alguma revista com ele, sempre
no fio da navalha.
Tantas coisas para
escrever e infelizmente nestes tempos nebulosos a cabeça desatina e quando
penso que vou decolar...
Ainda bem que tenho
encontrado alguns amigos, domingo passado um café muito bom com o Chico – Lameirão
– à noite pizza com o Erasmo De Boer, juntando o tempo destas duas amizades
algo maior que um século!
Miguel Yoshikuma me convidou
para um almoço no Paulão, não pude ir, o Erasmo foi e disse que estava muito
bom.
Encontrei também a
minha querida amiga Regina – Calderoni -, pediu meu VW-Fusca por algum tempo e
veio busca-lo, todas multas acima dos 180 km/h serão dela.
Desculpem se escrevo
tudo isto, gosto demais de estar com os amigos, apenas me deu vontade.
Um forte abraço a
todos,
Rui
Jimmy e a Lotus 33 Conventry Climax 1.500cc-1965.
O Campeonato Mundial de Formula Um de 1965 havia terminado com o domínio absoluto do Escocês Voador e sua Lotus 33 Climax. Terminava era em que a F.Um usava motores de 1.500cc.
A Lotus 33, que pesava 460 kg, correu grande parte do campeonato com o motor Climax V8 de quatro válvulas por cilindro e que desenvolvia cerca de 212 hps à 9,700 rpm, com ele Clark venceu seis corridas das dez do campeonato. Após Monza, quando o motor foi modificado e teve sua potencia aumentada, Clark apesar das poles em Monza e México, não venceu mais.
México 1965, última corrida do campeonato e a vitória do incrível Richie Guinther e o Honda RA272.
Chega 1966 e a nova formula de três litros, e o já lendário Jack Brabham vem com o pulo do gato! Enquanto as equipes se debatiam por um motor, Black Jack aparece com seu novo Brabham BT19 com o motor Repco/Brabham, desenvolvido por ele e a Repco na Nova Zelandia.
Black Jack e a BT33 Repco, soberbo! Zandvoort - Black Jack crava a pole um segundo e seiscentos milésimos à frente de Hil com a BRM P261, mas quem o aperta na largada eée Claark com a 33 com o motor Climax de dois litros. #16 Jack Brabham, #9 Jim Cllark, #18 Denny Hulme Brabham BT20, #4 Mike Parkes, depois Hil e Gurney.
Nas duas primeiras corridas do ano, o novo BT19 sofre com a modernidade. Em Monte Carlo vence Stewart com a BRM P261 e Spa com a vitória de Jonh Surtees e a Ferrari 312/66, tendo Brabham chegado em quarto. A partir daí vence quatro seguidas, Reims, Brands Hacth, Zandvoort e Nurburgring. Ludovico Scarfiotti vence em Monza com a Ferrari, Clark em Warkins Glem com a Lotus 33 equipada com o pesadíssimo motor BRM H16, depois de correr quase o campeonato inteiro com o motor Climax de 2.000cc . E Big Jonh Surtees em Mexico City agora com Cooper, depois de sair da Ferrari, brigado com o Comendador...espera! Isto é história para o Caranguejo, eu apenas me atenho aos fatos!
Jack Brabham é tri Campeão do Mundo, com seu carro e o motor que desenvolveu ao lado da Repco.
A Jack. Jim, Richie, Graham, Jonh, Dan. Hulme...obrigado!
Rui Amaral Jr