A meus netos, Yasmin, Yzabelli,
Emanuell e Pietro.
Carlos Henrique Mércio - Caranguejo
Fonte de pesquisa e fotos: Uberaba em Fotos
A meus netos, Yasmin, Yzabelli,
Emanuell e Pietro.
Carlos Henrique Mércio - Caranguejo
Fonte de pesquisa e fotos: Uberaba em Fotos
Moss
Pensamento semelhante
tinham os pilotos. Longe dos contratos milionários dos dias atuais e da
exclusividade de uma só categoria, quanto mais competiam, mais ganhavam. Não
era portanto tão surpreendente que a prova de Caracas contasse com Fangio, já
tetra campeão da ou mesmo Moss, duas vezes laureado com o vice-campeonato; os
norte-americanos Masten Gregori e Harry Schell; o sueco Jo Bonnier e o espanhol
Alfonso De Portago, nomes tradicionais do automobilismo mundial e mesmo
exóticos como o dominicano Porfirio Rubirosa. O circuito urbano de Los Próceres
ficava em uma praça de desfiles militares,
na verdade, duas retas paralelas, um traçado difícil que exigia muito
dos poucos eficientes freios da época e das caixas de cambio. A prova marcaria
a derradeira apresentação de Fangio com uma Ferrari, pois o Chueco estava de
partida (ou retorno) à Maserati, embora muitos o criticassem achando que para
um quinto titulo mundial, deveria continuar em Maranello...Nos treinos, muita
disputa entre os rivais Fangio e Moss, com vantagem para Stirling na Maserati
300S. Boa participação de Nano da Silva Ramos e seu Gordini T153S 3.0. Único
representante brazuca na competição, alcançou o 9º tempo. No dia da prova, sem
os discursos bolivarianos de Hugo Chaves (o futuro tenente-coronel estava com
dois anos e três meses e era um garoto pobre de Sabaneta), Fangio larga bem mas
na segunda volta é alcançado por Moss e De Portago. A disputa entre os três só
dura até a décima volta, quando mais uma vez torna-se uma entre Chueco e o
inglês Calvo. A Ferrari 860 Monza de Fangio rende bem, todavia, aos poucos Moss
vai conseguindo desgarrar na ponta.
Faltando vinte voltas
para o final, começa a chover e Fangio abranda seu ritmo devido a instabilidade
da 860 Monza e só volta a andar forte faltando cinco voltas para a bandeirada.
Marca a volta mais rápida da prova (1.43.2), contudo insuficientes para
alcançar Moss. O esquentado Jean Behra termina em terceiro, com outra Maserati,
uma 200S e Jo Bonnier, com a única Alfa-Romeo 6C 3000 termina na quinta
posição, atrás da Ferrari Mondial de Gregory. Silva Ramos abandonou, assim como
o casal Isabelle Haskell e Alejandro De Tomaso e o velocista Fon De Portago,
quando faltavam seis voltas e ele era o terceiro colocado.
No ano seguinte, o
Chueco partiria firme para a conquista de sua quinta estrela, relegando
Stirling Moss a ser seu eterno vice. O Careca só teria uma chance real, sem o
Quíntuple por perto de 1958. Mas isso é conversa para outra ocasião.
A maravilhosa Ferrari
860S Monza de Fangio
GORDINIS AMESTRADOS-
REZENDE DOS SANTOS, NANO E FABRIZIO SERENA.
Resultado
Carlos Henrique Mércio-Caranguejo
NT: Quando pensei em
escrever sobre as três corridas da Venezuela na década de cinqüenta do século
passado logo liguei para o Caranguejo. Numa confusão de números não consegui...São
mais de dois mil e quinhentos posts no Histórias, e por melhor que seja minha
memória não lembrava deste.
Logo após o post sobre
a corrida de 1955 eis que o Caranguejo se manifesta, contando sobre o post “CARRERA
BOLIVARIANA” que mostra a corrida de 1956.
Uma hora e meia de papo
ao telefone, e mostro novamente a vocês este post publicado em 2012.
As fotos e pesquisas
sobre a corrida de 1957, feita em mil quilômetros e denominada “Mil Quilômetros
de Caracas” estão quase prontas, e o Caranguejo vai escrever comigo.
Rui Amaral jr
#20 Luigi Musso, #18 Fangio, #6 Phil Hill...#10 Alfonso De Portago, #18 Fangio e #20 Musso.
1955 a Venezuela nadava
em petróleo.
Antes que alguém venha
dizer que faço apologia a corridas em ditaduras, quero declarar que sou de
direita, e acredito que apenas na democracia podemos levar uma nação a um porto
seguro.
Outra época! Fangio testa a Ferrari 750 Monza que foi usada por Portago!
Nesta época extraiam
cerca de dois milhões e meio de barris por dia, e o preço do barril era mais ou
menos US$2,00 - dois dólares -, isto a
um quarteirão e meio dos EUA, então seus maiores compradores, era então a
quarta economia do planeta. Hoje com um “governo progressista” não extraem nem
cem mil barris!
Ao contrário de Cuba
onde as corridas eram na pré temporada européia, na Venezuela eram ao final da
temporada.
E grande parte da nata
do automobilismo estava inscrita.
2-A-Eugenio Castellotti-Scuderia
Ferrari
4-A-Umberto Maglioli-Scuderia Ferrari
6-A-Phil Hill/John Von Neumann-Ferrari
8-B-Harry Schell-Scuderia Ferrari
10-A-Alfonso de Portago-
Ferrari
12-A-Piero Carini-Scuderia
S. Ambreus-Ferrari
14-A-Francisco Landi-Scuderia
Guastalla-Ferrari
16-A-T. de Granferried-Ferrari
18-A-Juan Manuel Fangio-Officine
Alfieri Maserati
20-A-Luigi Musso-Officine
Alfieri Maserati
22-A-Roberto Mieres-Officine
Alfieri Maserati
24-B-Luigi “Gigi”
Villoresi-Officine Alfieri Maserati
26-B-Joao Rozende Dos
Santos-Officine Alfieri Maserati
28-B-Maria Tereza de
Filippis-Officine Alfieri Maserati
30-B-Oscar Cabalén-Officine
Alfieri Maserati
32-A-Robert Manzon-Equipe
Gordini
34-B-Nano da Silva
Ramos-Equipe Gordini
36-B-Luis Chiron-Osca
38-B-Harry Chapmann-Osca
40-B-Pancho Pepe
Croquer-Maserati
42-A-Julio Pola-Ferrari
44-B-Ramón López-Ferraril
46-B-Bob Said-Ferrari
48-B-Huschke von Hainstein-Porsche
50-B-Chimeri-Ferrari
A Maserati com Fangio,
Musso e Mieres nas poderosas 300S, Gigi Vilorezi com 200S, e algumas A6GCS
entre elas a da brava Maria Tereza de Filippis.
A Ferrari com uma 857 S para Castellotti, uma 121 LM para Magioli e um 500 Mondial para Schell. Phil
Hill também vinha com uma 121 LM, mas inscrita por uma equipe norte americana.
“Seu” Chico, o Landi,
com uma Ferrari 250 MM inscrita pela equipe Guastalla.
A Gordini com dois
carros, o T15S para o brasileiro Hermano da Silva Ramos, na categoria até dois
litros, e o T24S para Robert Manzon, com motor três litros.
Um Porsche 550 para o
alemão Von Hanstein.
A equipe Madunina com
um Osca T24 para Chiron, Além de duas Ferrari e uma Maserati, para pilotos
locais.
Como vemos, a Ferrari
com doze carros, depois a Maserati com oito, Osca e Gordini com dois carros
cada e um Porsche.
Na época Fangio estava
com quarenta e quatro anos, já era tri campeão do mundo de Formula Um. O mais
velho era Chiron com cinquenta e seis anos. Depois “seu” Chico com quarenta e oito
e Gigi Viloresi com quarenta e seis...
A pole foi de Musso, com Fangio ao seu lado 20/100 mais lento e De Portago 20/100 mais lento que Fangio.
#8 Ferrari 500 Mondial de Castellotti/Schell vencedores na categoria até dois litros, seguido pela Ferrari 121 LM de Umberto Magioli.
Fangio já na ponta, seguido por Musso.Ferrari 750 Monza de Emmanuel de Graffenried, terceiro colocado.
Sobre a corrida o excelente “Juan Manuel Fangio – um tributo ao chueco”, descreve de forma que eu jamais poderia fazer, muito menos copiar...
http://www.jmfangio.org/gp1955venezuela.htm
CLASSIFICAÇÃO FINAL
Schell/Castellotti venceram na categoria até dois litros com Hermano Silva Ramos em quarto. Chico Landi com a Ferrari 250 MM quebrou na quadragésima segunda volta.Pesquisa e fotos;
J.M.Fangio-Um tributo ao chueco... link
Racing Sports Cars link
Rui Amaral Jr
NT: Foram três corridas na Venezuela, 1955/56 e 57. Breve trago as outras.
Moss e a Ferrari 335 Sport Scaglietti. Foto arquivo Marcel Massini.
A festa continua...
A situação política e
econômica da bela ilha estava complicada, o bando no poder lutava para
mantê-lo, com Fulgencio Batista na presidência, outro bando, formado
principalmente por ricos fazendeiros, que se auto intitulavam revolucionários, tentava derrubá-lo.
Mas... A grana do
turismo e principalmente dos cassinos rolava solta, e era muita.
A corrida de 57 havia
apresentado uma prévia, e agora se via uma profusão de Maseratis, Ferraris,
três Porches e até uma Osca. Se parte da nata do automobilismo mundial havia
participado em 57, agora ela chegou a peso para 58.
A bela 300S de Fangio, ao volante Guerino Bertocchi seu escudeiro.
A Maserati com dois
carros da equipe, duas 300S, uma para o agora Quintuple Juan Manuel Fangio a
outra para Jean Behra. Maurice Trintignant, Carrol Shelby e Jim Kinberly, vinham com as 450S. Jo Bonnier, Harry Schell e Giorgio Scarlatti
com as 200S. Cesare Perdisa, Francisco Gordia-Salles
com 300S.
Luigi Chinetti, que na
época ainda não era o senhor da NART – Nort American Racing Tean -, inscreveu
em seu nome duas Ferrari, uma 335 Sport para Stirling Moss e uma 315 Sport para
Wolfgang Von Tripps. Phil Hill com 335 Sport, Masten Gregory com 410 Sport, Von
Tripps com 315 Sport e até Porfirio Rubirosa com uma 500 TRC faziam parte do esquadrão
das quinze Ferraris inscritas... Além de Armando Garcia Cifuentes com uma 500
TR.
A Porsche era
representada por três carros, Von Dory, Ulf Norinder e Roberto Mières os
pilotos.
A pequena OSCA era
pilotada por Luigi Piotti.
No dia anterior à corrida, o bando que disputava o poder com Batista, seqüestra ninguém menos que Fangio, cinco vezes campeão mundial de Formula Um e a principal atração da corrida.
A corrida...
Fangio ainda sequestrado é substituído por Maurice Trintgnant.
Grid de largada, #12 Masten Gregory Ferrari 410 Sport, #14 Ed Crawford Ferrari 290 MM, uma Maserati que não consegui identificar, #8 Phil Hill Ferrari 335 Sport...
Na foto de Bernard Cahier/Road & Track (link)
#10 von Tripps, #38 Harry Schell, #330 Piero Drogo, #60 Luigi Piotti e a pequena OSCA, #14 Ed Crawford.
Na corrida Moss e Gregory vinham na liderança, quando na
quinta volta a Ferrari 500 TR de Armando Garcia Cifuentes derrapa em mancha de
óleo, e saindo da pista atinge o público. Sete espectadores morrem no local e
mais de quarenta são feridos. Cifuentes escapa milagrosamente com vida...
Masten Gregory à frente de Moss.Foto de 1957 que não consegui excluir!#10 von Tripps aparece rodando, #2 Maurice Trintgnant.
Duas voltas depois a corrida é interrompida, Moss é declarado vencedor.
1º- #4 Stirling Moss - Ferrari 335 Sport
2º- #12 Masten Gregory - Ferrari 410
Sport
3º- #6 Carroll Shelby - Maserati 450S
4º- #10 Wolfgang von Trips - Ferrari
315 Sport
5º- # Harry Schell - Maserati 200S
6º- #64 Jo Bonnier - Maserati 200S
7º- #22 Jean Behra - Maserati 300S
Pesquisa Racing Sports Cars
Rui Amaral Jr
NT: Peço desculpas pelos erros na postagem, não consegui me adaptar à nova plataforma.
Maurice Trintgnant, Fangio e Fulgencio Batista.
1957 o então ditador da bela ilha, Fulgencio Batista, com o apoio da grana dos cassinos e outras atividades turísticas, resolve promover uma grande corrida na capital Havana. A nata do automobilismo mundial é convidada à participarem. Maserati, Jaguar e Ferrari, trazem seus principais nomes. Fangio, Carrol Shelby, Peter Colins, Alfonso de Portago, Stirling Moss, Gendebian, Phill Hill, Trintgnant, von Trips, Behra, de Portago...Fico imaginando a fábula, para época, que foi oferecida como prêmio de largada e depois de chegada!
1957
Na corrida Fangio reina absoluto com a magnifica Maserati 300S, Moss com a 200S ainda oferece alguma resistência mas abandona na septuagésima oitava volta...
1º- Juan Manuel Fangio, Maserati 300S - 90 voltas.
2º- Carrol Shelby, Ferrari 410 Sport, um minuto e vinte e dois segundos atrás.
3º- Alfonso de Portago, Ferrari 857S - 89 voltas.
4º- Peter Colins, Ferrari 500 TR - 87 voltas.
5º- Olivier Gendebiem, Ferrari 500TR.- 85 voltas.
6º- Alfonso Gomez-Pena, Jaguar D-Type. 83 voltas.
7º- Piero Drogo, Ferrari 500 TR. 79 voltas.
8º Masten Gregory, Ferrari 500 TR. 79 voltas.
Rui Amaral Jr
NT: Minha ideia é escrever sobre os três GPs de Cuba, mais para frente escrevo sobre os de 1958 e 1960.
As fotos deste post recebi tempos atrás, encontrei ontem em meus arquivos. Caso o autor se pronuncie darei os devidos créditos. Outras encontrei no Pinterest.
Como sempre minha confiável fonte de pesquisa foi o excelente Racing Sports Cars (link).
Por fim, gostaria de contar que o Blogger mudou a plataforma e está muito difícil escrever e postar. Perdi um post completo, com todas minhas pesquisas sobre o grande Richard Petty, e como prometi ao meu grande amigo Milton Bonani, tento recompensá-lo com esta grande vitória de Fangio e a fabulosa Maserati 300S, o carro de seu cuore.
A você Miltão e todos nossos amigos,
Um abração
Rui