A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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sábado, 21 de maio de 2016

Monaco 1970...

Jochen
Black Jack à frente de Amon com a March 701.

...Rindt já era um piloto completo, arrojado, rápido e combativo, Black Jack ou como o Ronaldão diz "Old Jack" já era ele mesmo, tri campeão do mundo, construtor de sucesso sua equipe era bi campeã com carro de sua fabricação e motor desenvolvido por ele e Tauranac em parceria com a Repco...chega 1970 a Lotus lança o incrível 72 substituindo o não menos incrível 49 que feito para usar o motor Ford-Cosworth DFV e dar a Jimmy seu terceiro titulo e que depois do trágico acidente de Hockenhain foi muito bem aproveitado por Graham Hill.
Stewart campeão do ano anterior vinha com novo equipamento, a March 701 Cosworth e havia vencido a segunda etapa da temporada em Jarama, a primeira em Kyalamy foi vencida por aquele que o Ronaldão chama de "Old Jack" mas que de "Old" nada tem, continua mandando a bota!  
Chegam ao Principado na terceira corrida da temporada e Stewart faz a pole  com Rindt largando em oitavo e Black Jack em quarto...Stewart larga na frente e vem liderando com certa vantagem...a certa altura Black Jack já está em segundo e atrás dele a briga é "de cachorro grande" com Peterson, Amon e outros se pegando como se a corrida fosse de dez voltas, e Rindt? Bem o austríaco vem  apenas "babando" e chega em Black Jack, a briga é das boas com o "Velhinho" segurando com garra o austríaco quando na Rascasse perde o ponto de freada e toca no guard rail entregando a vitória à Rindt e ainda chegando em segundo lugar!
Foi a terceira vitória seguida da Lotus 49 em Mônaco sendo Hill em 1968/69...Rindt que com Milles havia estreado a Lotus 72 em Jarama escolheu correr  com a confiável 49 assim como Hill e Milles.
O resto é historia...


 Jochen à frente de Piers Courage com a De Tomaso. 
Piers Courage
 Hill vence em 1968...
...e 1969 com o #1 de campeão do mundo à frente de Beltoise de Matra MS120.
 Jochen no lançamento da 72 ao lado de Chapapman e Keuth Dickworth e equipe.
Hill testa a 72.

À todos esses grandes pilotos que aprendi à admirar desde muito cedo, e ao meus amigos Ronaldão, Ricardo e Cezar.

Rui Amaral Jr 


Abaixo os vídeos de Mônaco 1970


 Old Jack bate...


todos os vídeos

e por fim...
Ronaldão, Raul Boesel, Cezar e eu em Interlagos.


   

terça-feira, 10 de maio de 2011

Jochen Rindt

Com Chapman e equipe na Lotus 72.

Um piloto triste e amargurado, assim era Rindt em 1969, havia perdido vários amigos nas pistas e apesar de uma carreira brilhante e sempre brigando pela ponta desde sua primeira corrida na Formula Um em 1964, pilotando uma Brabham BT11/BRM de Rob Walker - Rob Walker Racing Tean - no GP da Áustria, não havia até então vencido nenhuma corrida.

Formula 3 1965, Outon Park, Denis Hulme lidera seguido de Jim Clark, aquela viseira branca grudada no carro de Jim é Jochem Rindt.


Em 1965 foi contratado pela Cooper para fazer dupla com Bruce MacLaren na pilotagem dos modelos T73 e T77 ambos com motores Climax de 1.5 litros, ano de poucos resultados tanto para ele quanto para Bruce.
Em 66 com a chegada da nova formula de três litros a Cooper sem muitas opções de motores corre em seu novo carro o T81 com o antigo e pesado motor Maserati de 12 cilindros em V. Para seu companheiro de equipe após a terceira corrida da temporada trás ninguém menos que John Surtees campeão do mundo em 1964, correm ainda na equipe e algumas provas Richie Ginther, o jovem Chris Amon e ainda Moisés Solana este apenas no GP do México. Neste ano Rindt começa a mostrar todo seu potencial, já na segunda corrida da temporada o GP da Bélgica em Spa debaixo de um dilúvio lidera 20 das 28 voltas, isso mesmo depois de uma grande rodada a mais de 260 km/h na Masta Straigh. Toma a ponta de Surtees que ainda pilotava para Ferrari e estava com a 312/66 nas primeiras voltas e lidera durante vinte voltas de chuva, com a pista começando a secar Big John com um carro nitidamente mais rápido encosta e deixa Rindt para trás, vencendo sua última corrida pela Ferrari e deixando o Austríaco em segundo.

Spa 1966 com a Cooper T81 Maserati.
 Big John e Rindt com as Cooper T81 Maserati em Brands Hatch.
O Cooper T81 Maserati, um motor pesadissímo, aqui numa saída de frente. 
Denis Hulme, Branham BT26 e Rindt Cooper T81 em Brands.
  Silverstone 1965  Rindt e a Cooper T77 Climax brigando com Lorenzo Bandini de Ferrari.

Neste ano Rindt tem alguns bons resultados, culminando com um bom segundo lugar em Watkins Glen, mas é Surtees quem vence a única corrida para a Cooper, o GP do México.
1967 a Cooper trás o Mexicano Pedro Rodriguez para o lugar de Surtees que logo de cara vence o GP da Africa do Sul em Kyalami, ano de muitas quebras para Rindt consegue apenas dois quartos lugares na Bélgica e Itália.
Em 68 vai para Brabham, , a equipe bi campeã do mundo em 66 com Jack Brabham e 67 com Dennis Hulme e agora contrata  Rindt par substituir Hulme, ainda na equipe Dan Gurney para algumas corridas.  Na Brabham agora enfrentando o novo motor Ford Coswhorth da Lotus consegue apenas dois terceiros lugares na África do Sul e Alemanha.
1969 é enfim contratado pela Lotus que vinha de uma perda irreparável quando im Clark perdeu a vida em uma corrida de Formula 2 e de um campeonato do mundo em que vencera de forma incontestável com Grahan Hill que seria seu novo companheiro de equipe. Mesmo na Lotus foi um ano de muitas quebras, talvez seu pé direito pesado demais e conseguiu apenas um quarto lugar na sexta corrida da temporada na Inglaterra, depois disso um segundo em Monza na Itália e um terceiro no Canadá. Aí veio o GP dos EUA em Watkins Glen e sua primeira vitória na categoria após de cinco anos de batalhas.
Como disse antes em 69 ele pensava em abandonar a carreira, mas... Colin Chapman trouxe ao mundo o novo Lotus, o 72, com um novo conceito de aerodinâmica, suspensão dianteira com anti mergulho, traseira que se mantinha à mesma altura nas freadas, freios um board, barras de torção e o sempre confiável motor Ford Cosworth DFV. Apesar de estranhar muito o carro no inicio, resolveu correr a temporada de 1970 com ele.
Começa a temporada de 70 quebrando na África do Sul e Espanha, mas a partir do GP de Mônaco o que se vê é Rindt dominando a categoria, apesar de apenas um oitavo lugar na corrida seguinte na Bélgica. Vence quatro corridas seguidas Holanda, França, Inglaterra e Alemanha e quebra na Áustria. A partir do GP da Inglaterra tem um novo companheiro na equipe, um jovem brasileiro recém saído da Formula 3, Emerson Fittipaldi.
Lembro perfeitamente que em uma de suas primeiras entrevistas quando testava pela primeira vez um Formula Um Emerson contou que ao testar um Lotus 49C com Rindt, ao reclamar que o carro saia um pouco de frente, Rindt apenas lhe disse “aperta mais o pé direito!” e certamente nosso campeão seguiu o conselho.
Veio o GP da Itália em Monza e nos treinos a tragédia, andando sem o aefolio traseiro Rindt escapa na Parabólica e lá encontra seu fim. Muita coisa foi escrita sobre o acidente, que estava sem a parte que prende as pernas do cinto de segurança, etc. etc. mas a verdade é que os carros de Formula Um na época eram inseguros e a probabilidade do piloto se machucar em um acidente séria.
Nas quatro etapas que faltavam para o fim do mundial ninguém conseguiu chegar aos 45 pontos dele, apesar de Regazzoni vencer em Monza e Ickx vencer as duas das três ultimas corridas , ambos pilotando Ferraris 312B. No GP dos EUA onde conseguiu sua primeira vitória Rindt foi muito bem representado pelo menino que ele havia aconselhado a pisar mais no acelerador, a vitória foi de Emerson pilotando o carro dele.
Rindt Campeão do Mundo de 1970, sem duvida alguma um pé direito pesado, um grande piloto.

Rui Amaral Jr

Caranguejo: 
Rui. Essa é a história desse veloz, temperamental e atirado piloto meio alemão, meio austríaco. Nada a acrescentar, exceto talvez que na Áustria, Rindt virou tema de ópera. Tenho algumas histórias engraçadas sobre ele, mas acho melhor explorá-las mais adiante ou perderíamos o enfoque mais dramático da vida de Jochen.

E com ele, as coisas eram mesmo dramáticas: perdeu os pais num bombardeio na II Guerra Mundial; foi alertado sobre seu destino por Ron Tauranac quando foi para a Lotus e viu sem nada poder fazer, a morte de seu amigo Piers Courage na Holanda em 1970.
ah, e tinha como empresário um inglês baixinho, um certo Bernard...Ecclestone, se não estou errado.



domingo, 7 de novembro de 2010

LOTUS 72

Digitalizei dezenas de fotos para este post, mas escolhi dois desenhos maravilhosos de meus amigos geniais Ararê e Mauricio para iniciar. Acima a extraordinária criação do Ararê para o Lotus 72 #24 em que Emerson conquistou sua primeira vitória na Formula Um. Abaixo a obra de tirar o fôlego do Mauricio para o Emerson já Campeão. No fim do post uma foto do amigo fotografo  Paulo Sallorenzo com o carro do Ayrton. Aos três meu muito obrigado e um forte abraço.   



1969 Jochen Rindt estava pensando em abandonar a carreira, a Lotus 49 C já não era competitiva e ele pensava que nunca se tornaria Campeão do Mundo.
Mas Colin Chapman e Maurice Phillippe já estavam com o modelo 72  pronto e Rindt começava a testá-lo para temporada seguinte juntamente com Grahan Hill e John Milles.

Notem que nos primeiros testes no ano de 1969 os pneus ainda não eram Slics. Acima Rindt, Chapam, Phillippe. Abaixo Granham Hill.


Era um novo conceito na Formula Um, com barras de torção na frente e atrás e com ação anti mergulho na frente e anti agachamento atrás. A parte dianteira do carro era bastante leve, já com o uso de fibra de carbono. Seus radiadores foram colocados na lateral atrás do piloto  o que dava a frente um perfil cuneiforme e segundo Chapman “ o exemplo mais perfeito em aerodinâmica da história das corridas”. O carro era todo uma asa e tinha uma pequena resistência ao ar em retas e seu perfil atuava como uma asa gigante.  
 O carro tinha inúmeros problemas provocados pela suspensão dianteira anti mergulho, a traseira que parecia querer levantar nas curvas e seus braços triangulares quebravam com certa freqüência. Fora isso os freios dianteiros um board que se aqueciam demais e aqueciam também os pés dos pilotos, enfim estava difícil.



Outra novidade na temporada de 1970 Rindt teria como companheiro de equipe um jovem brasileiro de 22 anos com pouca experiência na categoria mas um enorme potencial, Emerson Fittipaldi.
Livrando-se do anti mergulho na dianteira e anti agachamento na traseira o carro se mostrou rápido e fácil de pilotar o que deu a Rindt novas esperanças.
O Campeonato Mundial de Formula Um de 1970 mostrou um Rindt quase imbatível, ele venceu os Gps de Mônaco com a 49C, Holanda, França, Inglaterra e Alemanha e estava na liderança do Mundial quando perdeu a vida em um treino em Monza.  Aí veio o GP dos EUA em Watkins Glen e a primeira vitória de seu jovem companheiro de equipe Emerson Fittipaldi. Mesmo sabendo que a vitória de Emerson se deu pela quebra dos então favoritos, entre eles Pedro Rodrigues ela foi incontestável pois o jovem brasileiro acompanhou durante toda corrida o ritmo dos mais experientes e soube aproveitar sua chance.
1971 foi um ano difícil e sem vitórias no Mundial, mas chegou 1972 com Emerson já um piloto experiente, grande acertador e com uma vontade férrea de mostrar ao mundo todo seu valor.
Na prova extra campeonato em Interlagos o mesmo problema que afligia desde o começo voltou a tirar uma vitória folgada de Emerson, a suspensão traseira. Mas daí em diante foi um show de Emerson, vencendo os Gps da Espanha, Bélgica, Inglaterra, Áustria e finalmente a vitória triunfal em Monza sagrando-se Campeão Mundial de Formula Um aos 25 anos, o mais jovem até então.

1973 o Grande Emerson já Campeão do Mundo vence em Interlagos.

1973 e Chapman contratou o sueco Ronnie Perterson para ser companheiro de Emerson e apesar das sete vitórias a “briga” interna na equipe permitiu que Jackie Stewart se tornasse Campeão do Mundo com a Tyrrel.
O Lotus 72 e o 72D foram Campeões do Mundo de Construtores nos anos de 1970/72/73,
consagrou Rindt, Campeão postumamente e nosso eterno  Campeão Emerson Fittipaldi.

Vitórias

1970

Jochen Rindt - GP da Holanda, Zandvorth
Jochen Rindt - GP da França, Clermont-Ferrand
Jochen Rindt - GP da Inglaterra, Brands Hacth
Jochen Rindt - GP da Alemanha, Hockenhein
Emerson Fittipaldi - GP dos EUA, Watkins Glen

1972

Emerson Fittipaldi - GP da Espanha, Jarama
Emerson Fittipaldi - GP da Bélgica, Nivelles.
Emerson Fittipaldi - GP da Inglaterra, Brands Hacth
Emerson Fittipaldi - GP da Áustria, Österreichring
Emerson Fittipaldi - GP da Itália, Monza

1973

Emerson Fittipaldi - GP da Argentina, Buenos Aires
Emerson Fittipaldi - GP do Brasil, Interlagos
Emerson Fittipaldi - GP da Espanha, Montjuich
Ronnie Peterson - GP da França, Paul Ricard
Ronnie Peterson - GP da Áustria, Österreichring
Ronnie Peterson - GP da Itália, Monza 
Ronnie Peterson - GP dos EUA, Watikins Glen

1974

Ronnie Peterson - GP de Mônaco, Monte Carlo
Ronnie Peterson - GP da França, Dijon-Prenois
Ronnie Peterson - GP da Itália, Monza  



Não poderia deixar de lembrar nossos dois Campeões que também correram na Lotus. Acima Ayrton em Jacarepaguá 1985 em foto de Paulo Sallorenzo. Abaixo Nelson no GP da Espanha 1990.