Jim Clark, Lotus 49T Warwick Farm 1968.
A Tasman Series foi criada em 1964, disputada sempre nos primeiros dois meses do ano,durante o inverno europeu. O automobilismo oceânico estava a anos- luz de organizar seu próprio GP e essa era uma forma interessante para reunir alguns valores locais e pilotos da F1 e ver quem era o melhor. O primeiro certame foi disputado no formato que se padronizou: quatro corridas na Nova Zelândia e outras quatro na Austrália. era um torneio-relâmpago com corrida em todos os finais de semana. O neozelandês Bruce McLaren e seu Cooper T70 Climax foram os grande vencedores de 64. Bruce abriu boa vantagem sobre o conterrâneo Dennis Hulme, vencedor da prova inicial em Levin e engrenou três vitórias seguidas em Pukekohe , Wigran e Teretonga. Assim pode administrar o campeonato nas corridas australianas e conter o avanço de Jack Brabham, que ganhou em Sandown Park, Warwick Farm e Lakeside. Em Longford, McLaren só precisou de um segundo lugar enquanto Black Jack tinha problemas com o câmbio de sua Brabham BT7A Climax. Para Bruce contudo, foi uma conquista amarga. Seu amigo e parceiro de equipe, o norte-americano Timmy Mayer (irmão do futuro chefe da equipe McLaren, Teddy Mayer) morreu durante os treinos para a prova de Longford. Graham Hill foi o vencedor da etapa de encerramento, ele que não correu em todas as provas,assim como dois novatos, Chris Amon e Dave Walker, que não chegaram a pontuar.
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Bruce MacLaren Cooper T70 Climax e Timmy Mayer.
Jack Brabham
Jim Clark, Lotus 32B, 1965.
Sentado no pneu Colin Chapman.
Jim Clark, Lotus 33, 1967.
1967, Richard Attwood, Jim Clark, Jack Brabhan e Jackie Stewart.
Jackie Stewart, BRM P261, 1966.
Jackie Stewart, Brabham Climax Repco, 1966.
Bruce MacLaren, BRM P126, 1968.
Dick Attwood, 1968.
Frank Gardner, 1968.
Em 1965, estréia o homem que seria o "papão" da Série Tasman, o escocês James Clark Jr. ou simplesmente, Jim Clark. e isso que seu começo não foi muito auspicioso. Graham Hill venceu em Pukekohe com uma Brabham BT11A Climax, enquanto Clark abandonava depois de duas voltas e de ter problemas na suspensão do Lotus 32B Climax. A partir de Levin, ele ditou seu ritmo e venceu também as etapas de Wigran, Teretonga e Warwick Farm, já na fase australiana. Nesse ano a Austrália só organizou três corridas e com mais um segundo lugar em Sandown e um quinto em Longford, ele comemorou seu primeiro título tasmaniano, mesmo com as vitórias de Jack Brabham em Sandown e Bruce McLaren em Longford. No campeonato de 66, vez do escocês Jackie Stewart e seu BRM P261. Dos "scotchs", Stewart era menos exuberante pilotando do que Jimmy - entre eles, Jackie era o patinho feio e Clark, o cisne de pescoço negro - mas ele sabia tirar partido das oportunidades e era bastante homogêneo na tocada. Com vitórias em Wigran e Teretonga, na Nova Zelândia e depois em Sandown e Longford, Jackie tornou-se o terceiro vencedor diferente em três anos. Teve a seu favor o fato de que Graham Hill, seu parceiro de equipe, venceu a primeira prova em Pukekohe, mas só voltou à disputa em Warwick Farm, quinta etapa. Pior sorte teve Clark: quatro abandonos e somente uma vitória em Warwick Farm, demonstrando que o Lotus 39 Climax era um daqueles carros em que Chapman errara a mão. Graham venceu em Lakeside e Richard Attwood em Levin, ambos com BRM P261. Na temporada de 67, Jim Clark colocou tudo em seu devido lugar. Sem maiores problemas e com o impecável Lotus 33 Climax, Jimmy foi o primeiro em Levin, Wigran, Teretonga, Lakeside e Sandown, finalizando em segundo em Pukekohe, Warwick Farm e Longford, ou seja esteve em todos os pódios, abriu 27 pontos em cima de Stewart sem dar-lhe qualquer chance. O Vesgo ainda teve a dita de vencer em Pukekohe e Warwick Farm, sobrando para o sumido Jack Brabham, com um Brabham BT23A ganhar em Longford. Entre os novos nomes, Piers Courage, presente em Teretonga e Lakeside com seu BRM P261,mas sem marcar pontos.
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Jimmy
Hill
Piers Courage
Chris Amon
Pedro
Pedro Rodriguez, BRM, 1968.
Piers Courage, 1969.
Rindt, 1969.
Chris Amon.
Jack Brabham
Jimmy 1968
Jimmy e a 49T
Hill e a 48T, 1969
A Tasman Series de 68, tornou-se emblemática, pois foi a derradeira oportunidade de assistir o grande Jim Clark em ação. O campeonato concluiu em março. Pouco mais de um mês depois, Jimmy encontraria seu destino na etapa do Europeu de F2 em Hockenheim, Alemanha. Antes, ele teve tempo de tornar-se o campeão tasmaniano uma terceira vez. Com a fantástica Lotus 49T (versão Oceania), ele encarou um adversário motivado e que não só estava retornando, como introduzindo uma nova marca: Chris Amon e a Ferrari 246T. Amon venceu em Pukekohe e Levin e abriu 18 pontos de Clark, que enfrentou problemas de motor e com a suspensão, respectivamente. O Escocês Voador só reagiu em Wigran, onde venceu e estreou a célebre pintura vermelha e dourada da Gold Leaf. Em Teretonga, vitória do ressurgido Bruce McLaren com um BRM P 126. Clark é o segundo e Amon apenas quarto. Na fase australiana, Jimmy vence em Surfers Paradise, Warwick Farm e Sandown Park. Batido Amon, Clark faz em Longford no dia 4 de março sua última apresentação frente o público australiano e assiste a vitória de um surpreendente Piers Courage e seu McLaren M4A. O recém-chegado Pedro Rodriguez também dá o seu recado: é o segundo na prova com o BRM P261. Em 69, enfim um campeão oceânico após quatro anos da conquista de Bruce McLaren. Para surpresa de seus detratores, Amon aposta na regularidade. Vence em Pukekohe e Levin e depois em Lakeside e Sandown Park. Teoricamente, seu adversário seria Jochen Rindt, com a Lotus 49T vencedora de Clark. Mas o austríaco narigudo começa mal e na metade do campeonato, está atrás até mesmo de seu amigo Piers Courage e seu Brabham BT24. Contudo nas provas australianas, Courage vai mal. Quebra em todas e Rindt só precisa vencer em Warwick Farm para ser o vice-campeão, catorze pontos atrás do "Rei do Azar". a Ferrari vence na Oceania e fecha com chave de ouro a melhor fase da Tasman Series. A série ainda se arrastaria com pilotos de pouca expressão e um ou outro nome mais conhecido como Peter Gethin, Mike Hailwood ou Chris Amon, até terminar de vez em 1976, sem ter recuperado o antigo brilho.
Carlos Henrique Mércio - Caranguejo