A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
Mostrando postagens com marcador Lembranças.... Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Lembranças.... Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Lembranças...

 

Fotos de Ricardo Suplicy Goes filho do Agnaldinho.

 Outro dia no Facebook uma imagem me chamou atenção, estava numa página denominada Interlagos Antigo (link), que sempre aparece em meu perfil do Histórias. Sei que já escrevi várias vezes sobre os 500 Quilômetros de Interlagos 1961 várias vezes, mas vendo a foto, que não sei quem é o autor, lembranças me vieram a mente, e resolvi dividir com vocês.

Meu irmão me contava que o motorista do carro madrinha havia contado a ele que era apavorante andar na frente das feras com um carro que devia ter uns quarenta hps, as feras vinham pressionando o tempo todo.

E na foto que deve preceder a largada nota-se isto, as feras emboladas a Ferrari Testa Rossa de Aguinaldinho de Goes tentando se enfiar entre os ponteiros, a Maserati de Celso Lara visivelmente irrequieta e lá no meio do pelotão meu irmão bem quietinho num canto da pista logo após a saída da Junção. Garoava forte, foi sua primeira e única corrida e fico imaginando a tenção da largada, notem os pneus molhados.

Notem lá no alto da foto a curva Três e como era inclinada na época, lembrei daquele dia em que fui a um treino, lá um mecânico pilotando uma Ferrari voou, não sei o nome dele e nem de quem era a Ferrari.

Lembro muito bem que de repente os boxes ficaram vazios, todos desciam ao local do acidente, eu com nove anos fui atrás, ali ao lado dos carros que estão à esquerda na pista, vocês podem ver o mato cortado e amontoado ao lado, pois no dia em que descia ele estava bem alto, eu na beira da pista só prestando atenção se não vinha nenhum carro. Para atravessa a Junção, com o mato também muito alto prestei muita atenção, poderia vir um carro apesar da corrida e treinos ser apenas pelo Anel Externo.

Lembro depois de atravessar a pista e subir até a Três, era um subidão, chegando lá uma ambulância parada, todos pilotos que havia visto e conhecido nos boxes, não lembro de ver meu irmão ou o Luciano. E lembro perfeitamente dos socorristas carregando na maca o mecânico ferido, não tenho e mínima ideia do que aconteceu com ele.  

Da corrida... Não, não me deixaram ir, provavelmente neste dia que relato minha mãe estava viajando e pude ir com os dois plays boys, meu irmão e o Luciano!

Bem, dez anos depois fiz o caminho inverso, pois num dos treinos de minha primeira corrida dei uma deliciosa rodada na Junção, daquelas que depois de sentir o carro saindo vê-se a pista de onde vinhamos e logo rodar mais.   Como o Autódromo saía da grande reforma o acostamento ainda era de terra e o carro ficou encalhado na parte interna da curva. Este foi o primeiro de muitos que dei naquele ano de aprendizado.

Nesta outra foto, que já mostrei aqui, o acompanhante no Gordini parece pedir calma às feras, notem que estão todos mais ou menos “calmos” e alinhados! rs Vejam a descida que era da Três.

 

Obrigado por aturarem minhas lembranças, abraço a todos.

 

Rui Amaral Jr