A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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terça-feira, 7 de outubro de 2014

HARAGANO

Ingo, Celidonio, Nelson, Troncon...no Tarumã. 
"Ricardo Mallio Mansur no Face-Reparem na foto acima que os pilotos andavam em duplas utilizando o vácuo para se distanciarem... O Ingo Hoffmann com o Eduardo Celidonio, o Nelson Piquet com o MarcosTroncon, no fundo o Chiquinho Lameirão com o Julio Caio e eu em 5º, me virando sozinho... Pô sacanagem! Rsrsrsrs!"
Ricardo Mansur

A etapa gaúcha da Fórmula Super Vê começou a ser disputada sob a sombra de uma dúvida: o piloto Ingo Hoffmann, um dos destaques do certame estaria presente à prova na pista de Viamão? Tudo porque num dos treinos iniciais, Ingo bateu seu Kaimann na Curva 2 e o monoposto ficou bem afetado. A equipe Creditum teve de solicitar peças de São Paulo e os mecânicos trabalharam dobrado para os reparos. Quando muita gente pensava que o “Alemão” era carta fora do baralho, eis que ele foi para a pista e marcou a pole-position. Com 16 carros presentes e as estréias de Fausto Dabbur (Polar) e Jan Balder (Kaimann) a prova também trazia como atração para a gauchada a presença do Muller 742, um Super Vê “gaudério” do piloto Claudio Muller, que estreara em São Paulo. 


 Eduardo Celidonio. 


Julio Caio de Azevedo Marques pulou na frente na largada e ponteou por quatro voltas até apresentar problemas de motor e parar. Ingo, numa corrida cautelosa vinha em segundo e passou a liderança, com Eduardo Celidônio e Chico Lameirão logo depois. A baixa seguinte foi Lameirão, cujo carro começou a perder potência. Sem ninguém para ameaçá-lo, Ingo ganhou fácil, seguido de Celidônio, Mauricio Chulan, Marcos Troncon, Nelson Piket e Ricardo Mansur. Apenas onze carros voltaram para a segunda bateria, também vencida por Ingo Hoffmann. A disputa ficou restrita do segundo lugar para baixo, com Celidônio levando vantagem mas depois sendo superado por Piket. Chulan, Troncon e o santista Mansur completaram os seis primeiros. A bateria decisiva não contou com o estreante Balder e Milton Amaral, cujos motores também apresentaram problemas. Ingo mais uma vez deu o tom, largando na frente. Eduardo Celidônio outra vez o acompanhou, pois Piket perdeu posições ficando em quinto e recuperando-se depois. Amândio Ferreira foi o primeiro ocupante do terceiro posto, contudo perdeu terreno e o pega ficou mesmo entre Troncon, Chulan e Piket. Ricardo Mansur, com sérios problemas em seu Kaimann, que caiu da carreta que o conduzia (conta aí, Mansur) foi obrigado a abandonar. Com Ingo isolado na ponta e Celidônio em igual condição no segundo lugar, o interesse ficou com a animada disputa pela terceira posição, pega resolvido na última volta com uma ultrapassagem de Mauricio Chulan sobre Nelson Piket. Na soma dos tempos, dupla vitória da Kaimann, com Ingo Hoffmann e Eduardo Celidônio fazendo 1-2 e Mauricio Chulan com o Heve em terceiro; Piket com o melhor Polar em quarto e Marcos Troncon logo a seguir e Newton Pereira mais uma vez marcando presença com o Newcar, em sexto. A lamentar-se a ausência do determinado Benjamin Rangel (que houve Biju?). O título, é uma citação ao cavalo fujão e difícil de ser domado, conhecido nos pampas. E também uma homenagem ao preparador gaúcho Dino Di Leone, construtor do protótipo Haragano e da escuderia de mesmo nome. Dino foi por muito tempo, preparador dos pilotos do Rio Grande do Sul na Fórmula Super Vê e depois na FVW1600. Próxima parada, Capital do Oeste.





CARANGUEJO

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

NO PLANALTO CENTRAL


Chico Lameirão -

Uma semana após a boa estréia em Goiânia, o circo da Fórmula Super Vê movimentou-se em direção à capital do país com um grid aumentado: o carioca Mauricio Chulan com um Heve e o paranaense Luis Moura Brito com o seu Manta, iriam estrear em Brasília. Na formação do grid, o então líder do campeonato Ingo Hoffmann fez a pole (2m11’16), seguido por Piket (2m13’24), Lameirão (2m14’02) e o estreante Chulan (2m15’09). A primeira bateria foi dominada por Ingo e seu Kaimann, com Piket e Chico Lameirão envolvidos em uma bela disputa pela segunda posição. À duas voltas do final, Chico conseguiu manter-se na frente do Candango e ficou com o segundo lugar. Depois de Piket, chegou Ricardo Mansur. Na segunda bateria, os líderes foram surpreendidos pela boa largada de Milton Amaral, que juntou-se aos ponteiros. Nelson Piket teve problemas de embreagem que o fizeram ficar para trás. Outro, cujo motor apresentou problemas foi Benjamin Rangel. Com isso, a vitória passou a ser discutida entre Ingo e Lameirão. Chico passava pelo “Alemão” no miolo, mas na reta dos boxes, Ingo retomava a posição. E assim prosseguiram até a bandeirada, com o piloto do Kaimann sendo outra vez o vencedor. Milton Amaral foi o terceiro, Ricardo Di Loreto o quarto e Newton Pereira o quinto. A bateria final prometia ser outra vitória de Ingo Otto Hoffmann, mas ele próprio não estava tão seguro: seu motor terminara a segunda bateria fumando um pouco e seria preciso um pouco de sorte para completar a prova. 

 Chico Lameirão
Milton Amaral

Assim, Chico Lameirão largou e assumiua ponta. Ingo tentou acompanhá-lo ao menos à distância, mas o motor quebrou de vez faltando quatro voltas para a bandeirada. Com Lameirão tranqüilo na frente, o que animou a disputa foi a briga entre Eduardo Celidônio, Ricardo Di Loreto e Milton Amaral pela quarta posição, com vantagem para Celidônio. O segundo lugar ficou com Ricardo Mansur e o terceiro com Newton Pereira. Na soma dos tempos, A vitória foi do Chico, com Newton Pereira e seu Newcar em segundo e Milton Amaral em terceiro; Nelson Piket, mesmo com os problemas de embreagem ainda foi o quarto e Ricardo Mansur o quinto, como o melhor dos Kaimanns. Assim a mais nova categoria nacional deixou o centro-oeste, com a certeza de que seria um sucesso. E demonstrando um grande equilíbrio. O favorito Ingo Hoffmann estava quatro pontos atrás do experiente Francisco Lameirão (13 pts), empatado com Newton Pereira. Ricardo Mansur era o quarto colocado com 8 pontos e depois vinha Milton Amaral com 6. Sem falar no brasiliense Nelson Piket, com 4 pontos. Quem diria que esse moço iria dar tanto o que falar...

CARANGUEJO


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Abaixo o comentário de Ricardo Mansur


Ricardo Mallio Mansur4 de setembro de 2014 20:39
Essa prova de Brasilia ficou marcada na minha memória por uma frase dita por um grande e experiente piloto após a 2ª bateria: Newton Pereira! "Quando pilotos de ponta, começam a se enroscar comigo, não duram mais que duas voltas!" Realmente, ele estava correto, rsrsrs! Não consegui tempo bom para classificação, o Kaimann não chegava aos 6.000 rpm! Se em Goiânia meu carro era o 11º em velocidade na reta, em Brasilia certamente era o último! O Ingo até estranhou meu tempo, 2,19'10 contra 2,11'16 sua melhor volta! Como estávamos em 1º e 2º no Campeonato de Construtores, por duas vezes ele tentou me ajudar e "puxar" no vácuo mas o #98 não ia nem com reza brava... O máximo que conseguia era pegar sua turbulência! O tempo do alemão era fantástico, 2 segundos no Piquet e 3 no Lameirão! No limite, com "ajuda" dele, alinhei na 3ª fila com o 6º tempo: 2,17'42.
Na 1ª bateria o "sangue" esquenta e não sei como cheguei no 4º lugar, ótimo!
Na 2ª bateria, foi terrível! Foi aí que veio a frase do Newton Pereira... 
O Kaimann se negava a andar, só funcionavam três cilindros, eu tinha que entrar nas curvas acima do limite pois não tinha torque pra sair, o carro entrava "solto" e saía uma barbaridade de frente... Nessa inusitada situação, me aproximo de um carro de ponta: Nelson Piquet com um cheiro terrível de embreagem queimada, fumaça, chegava a arder os olhos... Na mesma situação que eu, sem torque pra sair de curva, ele fazia as curvas sem trocar de marcha, para tentar colar o disco... Nós dois nessa situação, quando "lotado" passa por nós o Newcar do Newton Pereira, passou e sumiu... Rsrsrs! Por quatro voltas o Piquet e eu ficamos trocando posições até finalizarmos em 7º e 8º respectivamente!
Para última e 3ª bateria achei meu problema: Uma pequena fissura no coletor de admissão! Peguei emprestado os carburadores completos do Claudio Dúdus da Sabrico e o carro virou um "corisco"... Chiquinho ganhou e eu cheguei em 2º... Bom também!!! Rsrsrs!

Valeu, Rui! Abs.





terça-feira, 2 de setembro de 2014

Super Vê a primeira corrida.

Chico no Polar, que nesta corrida usou motor preparado por Henrique Iwers.

Cerca de um  ano e meio antes dessa corrida de estréia da categoria a VW do Brasil reuniu a nata do automobilismo brasileiro em sua sede, no Pavilhão 0, e anunciou que apoiaria no Brasil a categoria que era um sucesso na  Europa e que entre tantos pilotos revelara um jovem que começava à fazer uma carreira vitoriosa na Formula Um o austríaco Niki Lauda!
Junto com o anuncio apresentou o regulamento técnico e desportivo e apoiaria a categoria oferecendo peças à preço de custo, apoio da rede de concessionários, um calendário sólido, prêmios substanciais de largada e chegada. 

Benjamim "Biju" Rangel no primeiro carro feito pela Polar

Na Europa o chassi vencedor era o Astro Kaimann com 7 ou 8 campeonatos, inclusive com Lauda, e um deles foi importado para servir de modelo para os fabricados aqui. Foi este modelo importado que foi utilizado por Ingo Hoffman os outros Astro Kaimann eram fabricados no Brasil pelo Guimarães com o nome de Magnun-Kaimann. Nesta reunião logo se sobressaiu Ricardo Achcar dizendo que sua Polar onde era sócio de Ronald Rossi fabricaria um chassi inteiramente nacional. Logo após alguns outros construtores aderiram à idéia, entre eles  o saudoso, talentoso e sempre presente Antonio Carlos Avallone que faria a réplica do chassi Supernova.
Vamos à corrida...

Newton Pereira

Ricardo Mansur foi o primeiro a chegar à Goiânia e com uma relação de marchas bastante longa, com a qual havia treinado em Interlagos, foi logo marcando 1'45 (melhor do que o recorde, 1m47'92 de Antonio Castro Prado com Avallone-Ford D4). Era terça-feira e logo apareceram Claudio Dudus e um jovem da região, Nelson Piket.
O Ingo que tinha o melhor esquema, com Wilsinho Fittipaldi comandando e Darci como "meca" só veio na quinta e marcou 1m40'6, sendo o único a usar os amortecedores Koni enquanto os outros usavam os Spark.
O favoritismo do Magnum-Kaimann era patente e tínhamos seis deles, contra três Polares (Piket, Lameirão e Biju Rangel), um Heve do Milton Amaral e o Newcar do Newton Pereira, um F/F modificado. 

GRID

Ingo 1.37s.69/100
Chico 1.38s.56/100
Piquet 1.38s.61002 

1ª bateria
Ingo, Nelson e Chico.

Chico com a primeira marcha mais longa, pois optou por usar a primeira marcha na curva mais lenta do miolo, pulou em terceiro atrás de Ingo e Nelson que brigavam na ponta. Na sexta volta Chico ultrapassa Nelson e briga com Ingo pela ponta, sendo que nas demais posições estão Ricardo Mansur, Biju Rangel e Ricardo Di Loreto. Na última volta Chico vem em primeiro cruzando a linha de chegada 5/100 à frente de Ingo sendo que nesta briga aloucada pela vitória abriram 15 segundos de Nelson o terceiro colocado seguido por Ricardo Mansur e Biju Rangel.
Coube então à historia registrar como a primeira bandeirada de primeiro lugar desta categoria que revelou tantos campeões, entre eles um tri campeão mundial de F.Um, à dupla Chico Lameirão/Polar de Ricardo Achcar!

2ª bateria
Nelson

Na segunda bateria o vencedor da primeira resolve mexer na carburação e o que se viu foi um domínio predominante de Ingo, tendo Nelson ficado pelo caminho com um pneu furado e Biju Rangel estourado o motor na última volta mesmo assim terminando em sexto. Ingo venceu com 8 segundos de vantagem para Chico sendo o terceiro o sempre combativo Ricardo Mansur, 4º Newton Pereira, 5º Eduardo Celidonio e 6º Biju Rangel. 

3ª bateria
Ricardo e Benjamin Rangel.


A seguir o depoimento de Ricardo Mansur

"A 1ª Prova de Super-Vê no Brasil mexeu com toda a imprensa especializada, tanto do país como também internacional. Eu ainda não havia calculado o que tal acontecimento representava! A Equipe Pinhal S/A foi a primeira a chegar em Goiânia e todo acontecimento se centralizou em nós! Eram convites para entrevistas, jornais, revistas, televisão, fotos, ginkanas... Um assédio total! Uma das fotos para a divulgação da prova para a Volkswagen e consequentemente para a inauguração do autódromo era um "press release" para 134 países! Foram quase duas horas dentro do cockpit com macacão e capacete! O calor chegava aos 40º e eu parado na "Curva do S" até os responsáveis pela divulgação acharem a foto ideal! Ficou ótima! O Kaimann 98 parecia um "dragster" e o slogan era: "SE VOCÊ NÃO CORRER, NÃO VERÁ UM SUPER-VÊ CORRENDO"

CONHECENDO A PISTA E TREINOS

FOI UM BATISMO DE FOGO!

Aprender a andar de fórmula, seus ajustes de suspensão, motor, escalonamento de marchas, achar os "macetes" da pista e principalmente não atingir os "curiangos"! Era incrível a quantidade desses pássaros na pista, dificilmente completava uma volta sem desviar de algum!

Quando todos os pilotos chegaram e os treinos começaram pude perceber que meu tempo de 1,38 era razoável embora meu motor só chegasse aos 6.600 rpm. Cronometrado por Alexandre Freitas Guimarães, meu carro ocupava o 11º lugar para percorrer os 1100 metros do retão! Eu fazia experiências utilizando marchas acima para vários trechos, chegando a conclusão que a curva "1" poderia ser feita em 4ª marcha que o tempo total seria o mesmo!

Numa de minhas saídas de box, fui atrás de um fórmula de aparência horrível, bitola bem estreita, alto demais mas rápido o suficiente para abrir uns 60 metros até a curva "1"! Não o ultrapassei e fiquei surpreso como era esquisito e mais ainda pelo calor do asfalto, acima de 50º que dava impressão do fórmula estar decolando pela deformação da imagem!

Quando parei no box, o Jabão me informou que aquele arremedo de carro era de um tal de Nelson Piquet... Estava feio por que em vez de "slicks" estava utilizando pneus radiais, sem rebaixar... Que? Radiais? Virou quanto? 1,40... Aí disse o Jabão: Trata de baixar seu tempo... Quando ele puser os "slicks"...

Ricardo Mállio Mansur"


"Esse é o "S" de Goiânia e o estado do pneu dianteiro nas curvas de baixa. As "blisters" provocadas pelo erro da geometria, refletiam em pequenas vibrações na grande reta de 1100 metros mais à frente. Ricardo Mansur"
"Esses foram os momentos que antecederam a largada para a 3ª bateria. De óculos, o construtor do Magnum-Kaimann, Alexandre Freitas Guimarães que sempre me dava um cliclete para tirar a tensão antes da largada. Gostava demais dele! Onde anda? Ricardo Mansur"


A terceira bateria, por conta do calor goiâno foi dramática, mas com um lindo lance do Nelson que estava de volta à disputa. Na quarta volta, Ingo e Lameirão vinham por dentro na Curva 1: Piket pegou o vácuo dos dois e os passou por fora.
Na décima volta, os motores dos dois protagonistas começaram a apitar. E restavam duas voltas. Se nenhum deles terminasse, a vitória poderia ficar com o santista Ricardo Mansur. Na última volta o motor de Lameirão entregou os pontos na entrada do miolo e Ingo ainda conseguiu arrastar o Kaimann até a bandeirada. Ingo venceu seguido de Nelson em segundo, Ricardo Mansur em terceiro seguido por Chico Lameirão, Newton Pereira e Milton Amaral. 
Vencendo Ingo a bateria e na soma total dos tempos a 1ª corrida  da Super Vê no Brasil.

Chico o 3º na geral, Ingo o vencedor e Ricardo Mansur o 2º.

Coube a Chico Lameirão a melhor volta da corrida, foi na primeira bateria com o tempo de 1.37s 29/100 recorde para categoria no Autódromo de Goiânia. 

"Nessa foto, Walter Varga me entregando o troféu e o cheque, Newton Pereira, General Elói Menezes e Stéfano Giusepe Campiglia. — com Walter Varga, Newton Pereira, General Elói Menezes e Stéfano Giusepe Campiglia em Goiânia 1974. Ricardo Mansur"


Agradeço a ajuda neste post dos amigos sempre presentes Chico Lameirão, Biju Rangel, Ricardo Mansur e Caranguejo, os três primeiros que escreveram paginas inesquecíveis da historia do automobilismo e o último que não esquece nunca nenhuma delas.
À três amigos, Miguel Crispim Ladeira que não citei em nenhum  momento do post mas foi uma figura importante escudando o Chico, Ricardo Achcar e ao inesquecível Antonio Carlos Avallone. 

Rui Amaral Jr

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Crônica de um post.

A semana passada mostrei as fotos do Biju e Ricardo dessa corrida e da última do campeonato, nos comentários o Caranguejo citou alguém que o contestava numa dessas páginas do Face que discutem corridas. Então resolvi escrever este post, no sábado pequei algumas fotos do Biju e minhas e guardei, o texto estava na cuca, ainda no sábado comentei com Biju e acabamos mudando de assunto. No domingo Lembrei das fotos do Ricardo Mansur e fui tirar uma soneca quando toca o telefone e é o Chico, conversamos longamente sobre outros assuntos e mais tarde lhe contei o que ia escrever. Aí foi uma enxurrada de informações, algumas coloquei em meu texto a maioria deixo para o dia em que ele resolver colocar suas memórias em papel. Levantando chamei o Ricardo pedi sua autorização para usar suas fotos e pedi um texto. Finalmente na segunda consegui conversar com o Caranguejo que me enviou algumas partes do texto e ainda conversei com o Chico para dirimir uma duvida e depois com o Biju.
Foi assim...

Abraços à todos.

Rui

NT: O texto do Ricardo me lembrou uma conversa que tive dois anos atrás com Amador Pedro quando ele contava da chegada de Nelson Piquet à Goiania e seus primeiros treinos sem pneus slicks...

sábado, 30 de agosto de 2014

40 anos Rui!



Pela manhã o Biju liga...seria apenas para comentar o menu que hoje a patroa prepara para ele, sacanagem dele pois 400 km longe fico apenas com água na boca, minha vingança é que ele vai engordar!
Daí vejo a foto de seu arquivo que ele postou no Face e comentamos, a certa hora digo "puxa 30 anos se passaram!" e ele pensativo fazendo os cálculos, acredito que pegou até uma calculadora" diz "30 não 40 anos Rui!".
Na foto de óculos o Gal Elói de Menezes presidente da CBA (pois é, tivemos dirigentes competentes!) à sua esquerda Milton Amaral e à sua direita Ricardo Mansur, Nelson Piquet, Eduardo Celidonio, Claudio Dúdus, Benjamim "Biju" Rangel e...Cardoso!
Quem seria o Cardoso? Um dia talvez eu conte algumas histórias deste personagem incrível, algumas ouvidas dele outras por amigos, que muito ajudou inúmeros pilotos com suas peripécias e não sei por que ficou conhecido por senhor Shadow! rs Um dia conto alguma coisa...

Um baita abração Biju, Ricardo e à todos meus amigos,

Rui Amaral Jr 


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Chico Lameirão, Marcos Troncon, Ricardo Mansur, Claudio Dúdus e Eduardo Celidonio...


"Olá, Rui! O Bijú apronta mesmo! Rsrsrsrs! Quanto ao piloto entre o Celidônio e o Benjamin, é o Claudio Dúdus, gente finíssima que infelizmente mudou de categoria, senão certamente estaria nos azucrinando! Ele até me deu uma foto onde estávamos na entrada do "S" em Interlagos com uma dedicatória: Acho que era "À equipe Sabrinhal"! Isso por estarmos sempre juntos em Goiânia e Brasilia trocando preciosas informações com seu preparador Juan Samos Jimenez, O Gato! Sabrinhal era a mistura de SABRICO + PINHAL! Cheguei até a usar um Weber 40 de seu carro na 3ª bateria em Brasilia, chegando em 2º lugar! Um amigão! Em Interlagos no meu 3º lugar, quando chegou minha vez de beber o champagne, ele e o Celidônio "secaram" a garrafa... Eles podiam! Abs à todos!

Ricardo Mallio Mansur"



quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Escapamentos II...

Matra MS11- Foto enviada por meu amigo Helio Canini.

Continuando o tema os depoimentos de meus amigos Jr Lara, Ricardo Mansur e Carlos Manzetti no Face da D3 onde mostrei o post anterior. Três grandes pilotos e que em suas carreiras fizeram a maioria das corridas com os motores VW boxer na Divisão 3 e Formula Supe Vê.

Manzetti - Eu lembro que o Elcio Pellegrini colocava o motor no Polar (F-2 da epoca) 4x1 e quando tirava o motor pra encaixar no fusca ele colocava 4x2 e olha que andava bem no fusca de 4x2, ele fez isso numa prova F-2 sul americana em Interlagos, quando acabou a F-2 logo em seguida teve a hot cars e ele correu nas duas, ele andava muuito...., fica ai mais uma História da D-3.

Ricardo M. Mansur - O correto é 2+2 cruzado (direto) e o 4x1 (central). A escolha do escapamento tem muito a ver com a topografia da pista. Para Interlagos, que tem subidas, descidas, o ideal seria um volante ligeiramente mais pesado, um comando com uma faixa de torque maior e mais pronunciada e um escape 4x1. Esse escapamento proporciona mais torque, ideal para o circuito paulista! O 2+2 cruzado faz o motor virar mais alto, quando não é tão essencial o torque, próprio para pistas planas como Goiânia! Aí sim é possível se utilizar um comando bem mais forte e um volante levíssimo! Nesse caso, uma relação de marchas com escalonamento bem próximo, é essencial! Quanto ao som dos motores boxer de cilindros contrapostos, é possível se identificar qual escape utilizado sem olhar! O 4x1 tem o som mais grave, mais definido! O 2+2 é um som bem mais agudo, metálico, parece dissonar! Pra mim, os dois são música... Da melhor qualidade!

Jr Lara - O Ricardo Mallio Mansur já falou tudo, mas com relação ao 4x1 o regulamento não permitia que o escape ultrapasse mais de 20 cm do capo traseiro, fora os pentelhos que entortavam propositadamente a longa corneta...

Ricardo M. Mansur - Bem lembrado, Junior! No início eu reclamava do tamanho das "cornetaças" mas, nós do interior não tínhamos força para que fosse cumprido o regulamento! Meu carro sempre esteve nos "conformes", rsrsrs! Um erro no vácuo e você poderia tirar um "rabudo" da pista e ir junto caso danificasse seu radiador! Algumas cornetas chegavam a meio metro! Abs!



 Ricardo
Jr Lara
Manzetti





domingo, 13 de outubro de 2013

Super Vê - Ricardo Mansur


No "trânsito", o bico fino era muito mais permissivo, menos riscos! Mas, o que faltava mesmo era um aerofólio. Fazer as curvas "1" , "2" e "Sol" cravados e sem asa, era terrível! As asas só foram utilizadas a partir de 1976. Esse bico só tinha uma real vantagem: Retorno publicitário... Rsrsrsrs! Abs.

Ricardo Mallio Mansur


segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Ricardo Mansur



6ª Etapa do CPVT de Divisão 3 - Interlagos.

Essa etapa teve alguns lances inusitados, trágicos e divertidos. Largando na segunda fila com o quarto tempo na geral, senti que tinha boas chances de subir ao pódio, pelo menos na classe A. Com meu câmbio "caixa 2", minha velocidade final era muito baixa, inferior aos 180 km/h. Cheguei ao fim do retão já em 7º ou 8º. Tinha que recuperar várias posições no "miolo". Na 5ª volta, após vários carros à frente quebrarem, já ocupava a 4ª posição. Ultrapassei o Dabbur no "Bico de Pato", indo para 3º. Quando passei em frente aos boxes, sinalizaram que eu diminuía a diferença para Ingo Hoffmann! Deveria ter problemas. É hoje! Pensei! No meio da reta para a "Ferradura" notei que realmente encurtava espaço para Ingo e forcei ainda mais. Na subida da "Junção", sem ninguém a frente, meu pára-brisa simplesmente virou uma malha de caquinhos. Com a visibilidade 90% prejudicada e também com a própria vista, pois minúsculos pedaços voavam na minha direção e o pior, não alcançar para tirar o restante dos vidros, pois o cinto bem apertado não permitia. Era terrível administrar a situação, pois tinha que defender posição com estilhaços no olho, acelerador que travava e embreagem que não voltava. Tinha que trocar marchas no tempo para evitar que patinasse. Minha porta, com a pressão, nas curvas de alta para direita se abria: "Lago", "Sol" e "Laranja" A sensação de ver o asfalto, dos vidros no banco, em volta do pescoço e no rosto dentro do capacete eram horríveis. Perdi posições para o Fausto Dabbur, Claudio Cavallini e para o Fabio Sotto Mayor, chegando na 5ª posição. Foram três voltas intermináveis. O Ingo realmente teve sérios problemas por respirar grande quantidade de monóxido de carbono e quase desmaiou ao descer da Brasília. 
Bem, no meu caso, para tirar o capacete bem apertado e cheio de cacos cortando o rosto foi dificílimo, mas o inacreditável foi a quantidade de vidros dentro da cueca... Rsrsrs! 
Depois disso tudo havia a possibilidade de desclassificação por atitude antiesportiva: Abrir literalmente a porta, com propósito de evitar ultrapassagens. O reclamante: Fabio Sotto Mayor! Pô, Fabinho! Manéra aí...

Ricardo Mállio Mansur

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Curva 3




                                                     
O Ricardo - Ricardo Mallio Mansur - me envia essa foto e conta um pouco da satisfação dele, em ter corrido na Divisão 3, e ainda mais de ter deixado sua marca na Curva 3 de Interlagos, em uma pancada com o Beto Fanucchi.
Felizes fomos nós Ricardo, que tivemos oportunidade de pilotar nesta grande pista, que hoje é apenas uma sombra do que foi. Junto com Jacarepaguá soçobrou, a idéias idiotas de nossos politiqueiros.
Hoje sobrou apenas a desafiante Tarumã.
Pois bem os VW D3 mais rápidos chegavam ao fim do Retão de Interlagos a 200/205 km/h, aí era a freada da 3. Os mais rápidos esperam a chegada da placa dos 50m e só depois freavam. Aí conforme o cambio engatavam 3ª marcha, pendurados nos alicates, a tangencia dela era um pouco antecipada, pois logo se saía para fazer a tomada da 4 e entrar no Miolo.
Ineeeesssssqueeeeeciiiivelllllllllllllllll...