A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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sexta-feira, 7 de agosto de 2020

PAPAI BACANA

Richard e Lee


 Não estamos aqui para discutir a grande importância do pai na vida de um filho, para a formação de uma pessoa. É de conhecimento geral. Imaginemos então o orgulho de um pai quando seu filho segue seus passos, prossegue sua jornada na Terra, seja ela qual for.
 Uma felicidade...mas e no mundo competitivo, argentário e individualista do esporte a motor?
Também seria assim?
Para que todos pensemos, uma historinha, envolvendo uma das mais famosas dinastias da celebrada NASCAR.  14 de junho de 1959, um jovem Richard Petty leva a bandeira quadros no Lakewood Speedway, em Atlanta na Georgia. Este seria o primeiro grande triunfo de “The King” na NASCAR Grand National...seria, não fosse o protesto do segundo colocado, não outro que não seu próprio pai, Lee Petty!! Disputava-se a Lakewood 500, prova dura e que durante as dez voltas finais premiou os presentes com uma disputa entre gerações. Os Pettys disputaram cada centímetro da pista. Venceu Richard, mas protestado, perdeu a que seria sua primeira vitória. O protesto de Lee foi acatado e o Petty mais velho declarado vencedor.
A reclamação devia-se, alegava Lee, que seu filho ou melhor, seu concorrente (seu companheiro de equipe igualmente) não completara as 150 voltas regulamentares. Após uma hora de deliberações, Lee Petty foi oficializado o primeiro colocado e conquistou o prêmio de US$ 2.200,00. Richard em segundo ganhou US$ 1.400,00. Os seguintes foram Buck Baker, Curtis Turner e Tom Pistone.
Lee fora o 37º de um grid de quarenta carros. Pela manhã chovera e os tempos não foram tomados. Richard estava dez posições à frente. A Lakewood 500 era uma prova longa, um teste de resistência. Os Pettys vindos de trás, tiveram sua recuperação facilitada por pelo menos seis batidas sérias. Taxado por alguns de egoísta frio, Lee Petty justificou-se, dizendo que protestaria até sua mãe, fosse o caso. Mas claro, havia a grana... Lee estava pilotando um Dodge do ano (1959) e a NASCAR premiava com um bônus para quem vencesse com um carro novo (US$ 500,00).  O novato  Richard,   no  auge  de   seus  21  anos, fizera sua primeira corrida em julho do ano anterior e contava com um Oldsmobile meio defasado. Lee já havia contabilizado na ocasião dois títulos na NASCAR. 
Sorry, filho. Eu te amo, mas tenho duas mil e setecentas razões para esquecer disso temporariamente....

CARANGUEJO


Lee
Richard

Prólogo

EMPATIA

Empatia...palavra de ordem nos dias atuais.
Não estamos sós no mundo, devemos nos preocupar com nossos semelhantes; temos que protegê-los. Somos responsáveis uns pelos outros e pelo melhor tipo de relacionamento com aqueles próximos de nós.
Mas pais e filhos são diferentes. Conhecem-se muito bem, convivem sob o mesmo teto, estimam-se...é o que se espera. No mundo do esporte motorizado, onde a individualidade impera, ser mais rápido e chegar na frente são as palavras de ordem. Ainda assim, vemos pais e filhos disputando o mesmo espaço. Competir contra o próprio filho? Um adversário é um adversário, mesmo que tenha o mesmo DNA...mas quem não se sentiria tocado de ver seu filho, a quem se ensinou tudo, levando a melhor?
Sentimentalismo barato? Coisa de latinos?  Vamos adiante...

À Yasmin e Izabelly. 

Carlos Henrique Mércio - Caranguejo