A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

GP da Alemanha 1953 - Nurburgring

 Alberto "Ciccio" Ascari no #1 no terceiro carro o #3 Mike Hawthorn.
Fangio na Maserati A¨GCM/53 seguido de Ciccio.


Teve azar o Ciccio neste GP da Alemanha em Nurburgring. Largou da pole mas perdeu a liderança para o Fangio e para a A6 GCM. Ele recuperou-se e deixou Fangio brigando pelo segundo lugar com o "Ruivo"Hawthorn.
Tudo fazia crer que Alberto ganharia fácil mas ele perdeu uma roda e teve de levar aos boxes a Ferrari. Ao retornar, Nino Farina havia superado a dupla Fangio-Hawthorn e era o novo líder.
Devia estar chateado o Dottore, pois não precisou empregar nenhum de seus truques sujos para ultrapassar os dois.
Carro recuperado, Alberto vinha detonando os cronômetros, marcando volta mais rápida em cima de volta rápida, mas o carro não estava bom e ele precisou trocá-lo com o de Luigi Villoresi. Um atraso considerável.
Enquanto Farina abria um minuto (!!) em cima de Fangio, Ciccio continuava sua tarefa inglória de descontar o atraso. Mas a Ferrari 500 começou a fumaçar e ele teve de se contentar com a oitava posição, nesta que foi a última vitória num Grande Prêmio de Giuseppe Antonio Farina.

 Ciccio, o Quintuple e Farina.
Taruffi, Nino Farina e Ciccio.

Caranguejo



Aos 2.43s do vídeo Ciccio para nos boxes e reclama, depois que desce do carro a decepção!

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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Spa 1953


Fróilan toma a ponta seguido de Fangio...

Não fazia muito que voltara o Fangio às pistas, depois de seu bizarro acidente em Monza no ano anterior. O Chueco estava em busca de um bom resultado, especialmente para provar a si mesmo que ainda era "um dos Gigantes".
Na Bélgica, a Maserati apareceu mais portenha do que um tango: seus pilotos eram Juan Manuel Fangio, Froilan Gonzalez e Onofre Marimon. Os Maseratis A6GCM era velozes mas 52-53 foi o período de dominação de Alberto Ascari e da Ferrari 500. "Ciccio" conseguira uma série de vitórias do GP da Bélgica/52 ao GP da Bélgica/53, onde simplesmente não tivera adversários. 
Pole, o Chueco foi surpreendido por Froilan, demonstrando a velocidade dos Maseratis, que no entanto padeciam de confiabilidade. Na volta 12, abandona o Pepe, com o pedal do acelerador quebrado e duas voltas depois é a vez de Fangio, por falha do motor. Ascari passa tranqüilo para a ponta.

O Quintuple e a Maserati A6GCM

A Maserati determina que o belga Johnny Claes (uma curiosa mistura de trompetista de jazz e piloto de corrida) ceda seu carro a Fangio para que ele possa voltar à briga. Marimon passou a defender a honra da Officine Alfieri Maserati, mantendo-se em terceiro, atrás de Mike Hawthorn e sua Ferrari 500. "Pinocchio" Marimon porém, tem que diminuir o ritmo, para não acabar como seus mentores e perde a posição para Luigi Villoresi. Entrementes, fazia o Fangio uma corrida prodigiosa, avançando do 15º lugar para a quarta posição, que um vazamento de combustível no carro de Hawthorn  transformou em terceiro lugar. A corrida alucinada do Fangio contudo, acaba em uma saída de pista na última volta, quando a Maserati se detém num barranco e joga o piloto do cockpit (sorry, nada de cinto de segurança). A batida é forte e o carro por pouco não completa o giro, caindo sobre o piloto. Mas o Maserati termina pousando sobre o eixo traseiro novamente.
Era o tipo de acidente que já cobrara a vida de muitos pilotos antes, com a palavra, Il Maestro:"Suerte. La suerte fue muy importante en mi vida. Y yo tuve mucha..."
A sinceridade (e modéstia) própria dos grandes.
Ciccio Ascari concluiu seu passeio pela região das Ardenas em primeiro, acompanhado por Gigi Viloresi e Onofre Marimon. 
Restava ao Chueco seguir amadurecendo a vitória que representaria a retomada de sua carreira...

Caranguejo


1952 o acidente em Monza