A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
Mostrando postagens com marcador Eugenio Dragoni. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Eugenio Dragoni. Mostrar todas as postagens

sábado, 8 de agosto de 2015

SORTE E AZAR

  1964 - Big John vence o mundial pilotando a Ferrari 158 no GP do México, nesta corrida sua Ferrari foi inscrita com as cores da NART - Nort American Racing Tean - de Luigi Chinetti. 
1966 - Spa sua derradeira vitória com a Ferrari 312/66.
1966 - Big John vence no México com a Cooper T81/Maserati.  

Displicentemente, coloco um comentário em uma boa série de fotos da Fórmula 1 nos anos sessenta, mostrada pelo Rui no “Histórias...” e cito que Chris Amon quase foi para a Cooper em 1966. É o bastante para o Rui sugerir que eu conte algo a respeito. Pois bem. Em 1966, a Itália estava convulsionada por greves, que atingiram a Ferrari S.E.F.A.C. em cheio. A equipe, que normalmente inscrevia três carros nas 24 Horas de Le Mans, naquele ano viu-se forçada a competir apenas com dois. Os belos modelos 330 P/3 foram confiados a Mike Parkes/Ludovico Scarfiotti e Jean Guichet/Lorenzo Bandini. Para Enzo Ferrari estava ótimo, principalmente depois que seu assecla, digo, associado norte-americano, Luigi Chinetti, inscreveu uma 330 P/3 Spyder da NART para Richie Ginther/Pedro Rodriguez. Todo o mundo tá feliz? Não, John Surtees, primeiro piloto da Ferrari e campeão mundial F1 em 1964 não estava. 

1966 - Le Mans a bela 330P 
 1966 - A vitória arrasadora da Ford em Le Mans com Bruce e Chris no 1º lugar.

Il capo da Ford cumprimenta os vencedores...

Surpreso pela ausência de seu nome entre os inscritos, foi tomar satisfações com o chefe da equipe, Eugenio Dragoni. A resposta que recebeu o deixou perplexo – e furioso. Dragoni disse-lhe que não tinha certeza das condições físicas do Big John pilotar em uma prova de longa duração, após o gravíssimo acidente que sofrera em Mosport Park, com uma Lola T70 (diz a lenda que Surtees ficou com um lado do corpo quatro polegadas mais curto que o outro). Como precaução não era exagero, não fosse pela tal batida ter acontecido nove meses atrás. Surtees sempre fora um sujeito mirrado e ele tivera um bom começo de temporada em 66, concluindo o International Trophy em segundo lugar e liderando o GP de Mônaco até ter problemas. 

 O acidente com a Lola T70 em Mosport Park


Em Spa, prova debaixo de um aguaceiro torrencial, enfim, vitória. E eram resultados importantes, uma vez que o regulamento mudara outra vez e todos estavam desenvolvendo seus motores de 3 litros. Sentindo-se desprestigiado pela Ferrari e perseguido pelo “Perfumista” Dragoni (antes de seu envolvimento com o automobilismo, Eugenio Dragoni tocava uma fábrica de cosméticos no norte da Itália), Surtees refugiou-se na Cooper. Em sete provas, venceu uma (México), fez um segundo (Nurburgring), um terceiro (Watkins Glen) e teve quatro abandonos (Reims, Brands, Zandvoort e Monza), terminando a temporada como vice-campeão mundial. De certa forma, John Surtees riu por último: a Ferrari amargara a primeira de suas derrotas para a Ford em Le Mans e na Fórmula 1, com seu Cooper-Maserati, ainda ficara à frente da antiga equipe. Mas esse troca-troca pode ter prejudicado a alguém. 

A foto! Chris ou Bruce na McLaren/Sereníssima, o capacete é de Chris.
1966 - Big John em Spa
1965 - Rodando com a Ferrari 158 em Zandvoort.
1964 - Mauro Forghieri, Big John e Dragoni. 

É neste momento que Chris Amon entra em nossa história. Christopher Arthur era então um jovem promissor da Nova Zelândia, protegido de Reg Parnell. Chris, depois de três anos conduzindo os Lotus privados de Parnell, acertara com a Equipe Cooper. Porém, depois de um oitavo lugar em Reims, o time optou por Surtees, o refugiado da Ferrari e com um prontuário mais interessante. O abandonado Amon ainda tentou classificar um Brabham BRM em Monza, mas não teve...bem, vocês sabem o quê. Então quer dizer que Chris Amon só teve frustrações em 1966? Eu não diria isso. A partir desse ano, seu capacete branco com detalhes em azul e vermelho, tornou-se icônico para o automobilismo em todo o mundo, graças ao filme “Grand Prix” e a ligação com o protagonista Pete Aron (James Garner). Amon, em parceria com o conterrâneo Bruce McLaren venceu as 24 Horas de Le Mans/66 com o mitológico Ford GT-40 MKII e foi essa vitória que o fez conhecer Enzo Ferrari, que o contratou para a Scuderia no ano seguinte. Claro, que quando estava a caminho para a Corrida dos Campeões/67, ano de estréia na Ferrari, ele bateu seu carro particular quando se dirigia a Brands Hatch, mas devemos dar um desconto...

1967 - Chris Amon e a Ferrari 312/67 no GP da França no circuito Bugatti em Le Mans.



CARANGUEJO

Bruce
Pace e Big Jonh.
1966 - Um ilustre "velhinho" se prepara para assumir seu lugar no cockpit de seu F.Um, quem seria?