A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Tazio...

"Nuvolari, além de ser sempre meu maior rival, é o melhor corredor de todos os tempos. Não pode ser definido como um mestre mas sim como um artista do volante. Um mestre pode ensinar. A arte não se ensina. 
Achille Varzi"

1946 GP de Marsielles - Tazio e Raymond Sommer, ambos de Maserati 4CL.

Talvez o Caranguejo e eu tenhamos escrito algo em torno de vinte posts sobre Tazio. Soberbo na arte de pilotar vejam como um de seus grandes adversários o definia.
Encontrei esta foto postada por nosso amigo Luiz Carlos Dias. 

Tazio vive cada vez que um grande piloto chega ao seu  ápice... 

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Rui Amaral Jr 

sábado, 10 de junho de 2017

JIMMY E O CARRO DO SEU ROLLA

Jimmy com o Vollsted -Ford

 Jim Clark, o inesquecível campeão, pilotou muitos carros em sua carreira, como o DKW Sonderklasse ou o obscuro Lycoming Special neozelandês. Nessa relação também há o Vollstedt-Ford 67B, o carro com que Jimmy andou na Rex Mays 300, no Riverside International Raceway, em novembro de 1967, cinco meses antes de seu acidente fatal em Hockenheim. 
O camarada Luiz Carlos Dias, que é arqueólogo do automobilismo foi quem citou esse pouco conhecido monoposto pilotado por Clark. O terceiro Gigante só o conduziu uma vez mas ficou uma forte impressão. Nome conhecido também nos Estados Unidos por sua conquista na Indy 500 de 1965, Jim Clark desenvolvia sua carreira nos dois lados do Oceano. Após uma temporada em que fixara residência na França, tinha uma nova namorada – Kate Eccles – e estreara um carro promissor, o Lotus 49 com o motor Cosworth DFV V-8.

Jimmy e o Vollsted em Riversid-1967

Havia boas perspectivas para a temporada de 1968 da Fórmula 1, que começaria no dia 1º do ano. Até lá, poderia aproveitar para aumentar seu pé-de- meia participando em outras competições, no intervalo entre as temporadas. Lembrem-se que estamos falando de um escocês e naqueles tempos, um piloto costumava acertar individualmente com os promotores de uma corrida, o valor de sua participação. Quanto mais famoso, maior o prêmio de largada e ninguém era mais famoso que Jim Clark. Assim, em novembro de 1967, inscreveu-se na prova de Riverside, para conduzir o carro que Rolla Vollstedt projetara e construíra em Portland/Oregon. Cale Yarborough já o pilotara em Indianápolis, mas não completou a prova. Jimmy, pela primeira vez em muito tempo longe das Lotus, a princípio desconfiou da performance do Vollstedt, especialmente devido a uma superfície plana de alumínio, com borda de arrasto ajustável, instalada em cima do motor. 
Nos treinos porém, o bicampeão mudou de ideia. Ao fazer o segundo mehor tempo, logo atrás de Dan Gurney, ficou tão entusiasmado que pensou que esse recurso poderia ser experimentado na Lotus/F1.

Jimmy com o Vollsted encara Gurney na Rex May-1967

A prova, de 116 voltas, mostrou um desempenho inicial muito bom de Jimmy, que ultrapassou o Eagle-Ford de seu amigo Gurney. Por Vinte e cinco voltas, Clark sustentou o primeiro lugar, mas ele teve problemas com uma válvula e abandonou. Sem seu maior adversário, Daniel disparou para a vitória, fazendo dobradinha da Eagle com Bobby Unser e um certo Mario Andretti levando seu Brawner-Ford à terceira colocação. 

Jimmy perseguindo George Follmer em Riverside-1967

No final, outra demonstração de grandeza de Clark: sentindo-se responsável pela quebra, dizem que pediu desculpas pessoalmente a todos os membros da equipe, além de ter passado ao projetista Rolla Vollstedt, sugestões para melhorias no projeto, que sem dúvida, foram importantes e permitiram que a equipe do Oregon continuasse sua trajetória nas pistas até 1976. Com bons resultados, mas jamais voltou a ter um piloto daquele quilate. Pena...De volta à Europa, sabe-se que Jimmy levou adiante seu projeto de testar a inovadora asa traseira, mas parece que Chapman não gostou e impediu que continuasse, até dar o braço a torcer, na temporada de 1968. Mas já então, Clark se tornara uma lenda, correndo apenas na imaginação daqueles que o admiravam

Caranguejo

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Mais uma vez vou palpitar no texto do amigo e sócio...muitas vezes me emociono ao ler ou escrever alguns textos e este foi um deles, ao escrever "Terceiro Gigante" ele obviamente se refere ao Trio Nuvolari/Fangio/ Clark nossos três heróis que levaram a arte de pilotar ao limite extremo!

Rui Amaral Jr     

quinta-feira, 5 de maio de 2016

PORSCHE TWIN



Muito bem, tigrada. O carro em questão é o Stein Porsche Twin, uma tentativa feita na década de sessenta de promover o encontro do célebre fabricante alemão e as tradicionalíssimas 500 Milhas de Indianápolis. Uma semana atrás, o meu amigo Luiz Carlos Dias, da boa cepa dos kartistas cariocas, me questionou sobre esse carro e ao fazer a pesquisa sobre o mesmo, achei sua história interessante, o bastante para ganhar espaço neste prestigiado Blog.


All Stein em sua criação.GettyImages

O Stein Porsche Twin, surgiu da mente criativa do ex-piloto de Midgets da Califórnia, Albert Stein. Estávamos no ano da graça de 1966 e Al Stein queria requentar uma velha idéia dos ovais, o roadster com dois motores. Stein até chegou a pensar em alguma configuração mais convencional, mas um amigo da Europa, ofertou-lhe três motores Porsche 2.0 litros, que custariam menos que um único propulsor ianque. Al visualizou seu carro explorando o baixo centro de gravidade dos motores planos, mais a vantagem adicional da tração nas quatro rodas. A bizarrice teria um motor dianteiro...e outro traseiro. Foi acrescentado um par de transmissões da Lancia, os tradicionais freios Girling e um conjunto de rodas de magnésio. Para projetar o Porsche Twin, foi chamado Joe Huffaker, que criaria um chassi para reunir essa parafernália toda. Só faltava o piloto... 
Talvez Stein, um cara das pistas, tenha pensado seriamente em conduzir o Porsche-Twin, mas ele resolveu chamar alguém do ramo, Bill Cheesbourg, que estivera ativo no oval de Indiana na década passada. Porém durante a qualificação, Cheesbourg não passou das 149 milhas por hora, além da equipe perder muito tempo realizando reparos no carro. A qualificação não veio e apesar da promessa de Al Stein, de retornar ao Brickyard em 67, suas novas negociações com a Porsche não deram certo. Sem novos apoiadores para o projeto, o carro foi desmontado e vendido por partes e por muito tempo não se falou dele.

CARANGUEJO

Oferecido ao Luiz Carlos Dias, responsável pela redescoberta do Porsche Twin.