A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Há 50 anos - Zeltweeg 1973 - Por Ronald Nazar

 



No dia 19 de agosto de 1973, portanto completando 50 anos, foi disputado o GP da Áustria de Fórmula 1 no circuito de Zeltweg. A corrida foi vencida pelo sueco Ronnie Peterson, após abandono de Emerson Fittipaldi a 5 voltas do término, devido a rompimento do duto de combustível. Assim o escocês Jackie Stewart praticamente selava a conquista do seu 3° título mundial ao conseguir a 2^ colocação. 

Largaram!!! Ronnie Peterson pula na ponta. Atrás vem Emerson Fittipaldi que largou mal e está sendo ultrapassado pelo McLaren de Denny Hulme. Mais atrás Arturo Merzario fez uma excelente largada pulando de 6° para 4° lugar. Ao lado de Merzario o argentino Carlos Reutemann que largou mal e perdeu posições para Merzario e Stewart. Atrás de Stewart vem Pace que também fez boa largada.

Início da corrida. Emerson Fittipaldi após má largada lidera Arturo Merzario e Jackie Stewart.


Emerson Fittipaldi voltou aos melhores dias após o acidente em Zandvoort, qando luxou o tornozelo. Fez a pole position e liderou até 5 voltas do final abandonando com pane seca.

Após excelente largada Pace lidera o francês François Cevert, James Hunt, Beltoise,Jarier e Wilson Fittipaldi.

Wilson Fittipaldi liderando o francês Jean Pierre Beltoise. Wilsinho abandonou. Beltoise chegou em 5°.

Wilsinho levanta o braço. Após ir aos boxes abandono. Chegaria na 5^ colocação não fosse o problema na bomba de combustível.

O argentino Carlos Reutemann tenta segurar em vão José Carlos Pace que está fungando no cangote de El Lole. Reutemann largou na 5^ posição e chegou em 4°. Moco largou em 8° e chegou em 3°. 

Emerson Fittipaldi deixa a Lótus 72 . Abandonou por pane seca. O sonho do BI praticamente acabou a 5 voltas do fim da corrida.

O escocês Jackie Stewart conseguiu um ótimo 2° lugar. Após uma fraca 7ª posição nos treinos Jackie correu dentro das possibilidades do Tyrrell que não se adaptou ao veloz circuito de Zeltweg e contando com os abandonos dos McLaren de Hulme e Revson que estavam velozes, e mais ao fim a desistência de Emerson Fittipaldi, o escocês carregou o Tyrrell no colo. Não fosse a quase pane seca de José Carlos Pace, Stewart teria perdido a 2ª colocação para o brasileiro. Muita sorte e competência do escocês voador.

A Ferrari retornou após ausentar-se no GP da Alemanha. O belga Jacky Ickx não quis correr. No seu lugar o italiano Arturo Merzario que conseguiu completar a prova na 7^ colocação a uma volta do vencedor. As modificações não surtiram efeito.

Ronnie Peterson cruzando a linha de chegada e vencendo pela 2ª vez na F1. O sueco largou na frente, liderou até a 16ª volta, quando sem ordem da equipe deu passagem para Emerson Fittipaldi . Emerson teria vencido , não fosse o duto de combustível rachado. Colin Chapman estava fritando o Rato... 

Durante os treinos, pela 1ª vez a Fórmula 1 adotou esquema do pace car. Tudo por causa do fatídico acidente de Roger Williamson em Zandvoort. Na foto a simulação com o Opel liderando a Emerson Fittipaldi e Jackie Stewart. Lembra o nosso Opala. 

O neozelandês Chris Amon durante os treinos pilotando o Tecno. Após diversos problemas nos motores Tecno , Amon abandonou a equipe e não correu. A Tecno perdeu o patrocínio da Martini e não correu mais na F1. Triste fim para os irmãos Pederzani.


O ídolo local Niki Lauda só participou dos treinos. Com o pulso lesionado devido à batida no GP da Alemanha, Niki não conseguia guiar e não participou da corrida.



Mas o grande nome da corrida foi o brasileiro José Carlos Pace o nosso querido Moco. Após a brilhante corrida na Alemanha em Nurburgring, Moco conquistou o seu 1° pódio ao chegar em 3° lugar praticamente sem gasolina no tanque do Surtees. E para fechar com chave de ouro Pace fez a volta mais rápida da corrida, bisando o feito de Nurburgring.

Moco nos boxes trocando informações para melhoria no carro.

Pace na corrida. Esse foi o melhor resultado da equipe Surtees no ano. Foi o 1° pódio do Moco na F1 e também o último pódio da Surtees.

Moco fazendo o curvão que antecede a reta de chegada já na frente de Carlos Reutemann. Notem o bico do Brabham do argentino na foto.

José Carlos Pace sentando a bota no Surtees TS14. Moco conquistou um brilhante 3º.

Moco recebendo a quadriculada cruzando praticamente sem gasolina. Atrás vem Howden Ganley com o Iso Marlboro uma volta atrás e o argentino Carlos Reutemann na 4ª colocação. Foi apertado mas valeu Mocooo...



Há 50 anos.

GRANDE MOCO...

Ronaldo Nazar


segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Há 50 anos - Nurburgring 1973 - por Ronaldo Nazar

Primeira volta.... Stewart lidera após largar da pole position, por sinal a sua última da carreira. É seguido por Cevert, Peterson, Lauda, Ickx, Reutemann, Revson, Hulme , Pace, Wilsinho , Beltoise, Regazzoni, Stommelen, Emerson , Pescarolo e Haillwood.

Início de corrida . No retão espetacular de Nurburgring , com subidas e descidas, o argentino Carlos Reutemann lidera um pelotão , com Pace, Hulme , os irmãos Emerson e Wilson Fittipaldi o alemão Jochen Mass e mais atrás Clay Regazzoni.

 Após uma semana do fatídico GP da Holanda que culminou com a estúpida morte do jovem piloto inglês Roger Williamson, foi disputado no dia 5 de agosto de 1973, o GP da Alemanha no espetacular, porém perigoso, circuito de Nurburgring. Esse GP ao contrário de Zandvoort, ficou marcado por vários fatos e curiosidades esportivos, graças a Deus. O primeiro e mais importante foi que a corrida foi vencida pelo escocês Jackie Stewart, que assim obtinha a sua 27ª e última vitória. O companheiro de equipe do escocês, o francês François Cevert chegou na 2ª posição, fazendo a dobradinha da equipe Tyrrell. Esse foi o último pódio do piloto francês que morreria 2 meses depois. O 3º colocado foi o belga Jacky Ickx que aproveitou a ausência da equipe Ferrari e foi convidado pela McLaren que alinhou um 3º M23 para o belga. Resultado foi que, sem ter tempo de treinar para adaptar-se ao carro, Ickx fez treinos e corridas magnificas, mostrando que seu talento continuava intacto ao ser durante todos os treinos e corrida o piloto mais veloz da equipe McLaren, suplantando com larga margem seus companheiros de equipe, Denny Hulme e Peter Revson. A corrida do belga também chamado de Rei de Nurburgring, por sempre andar muito lá, só foi suplantada pela do brasileiro José Carlos Pace, que após treinos discretos, acertou o seu Surtees e largando de uma distante 11ª colocação, foi ganhando posições e conseguiu um brilhante 4º lugar e bateu  o recorde de volta por 3 vezes seguidas. Se Pace não tivesse demorado tanto para ultrapassar o Brabham do argentino Carlos Reutemann o que só aconteceu na 7.ª volta, metade da corrida, Moco certamente teria chegado e ultrapassado Jacky Ickx. Wilson Fittipaldi Jr, também fez uma brilhante corrida ao terminar na 5ª posição, após largar da 13.ª posição.  Essa foi tb a última corrida que o Tigrão conseguiu marcar pontos na sua carreira. E para fechar com chave de ouro, Emerson Fittipaldi, conquistou o 6º lugar obtendo o último ponto para a classificação do campeonato, depois de largar na 14ª posição e num esforço tremendo com dores no tornozelo lesionado, conseguiu vencer o duelo com o jovem alemão Jochen Mass que fez boa estreia terminando na 7ª posição. Essa foi a 1ª vez que 3 pilotos brasileiros, marcaram pontos em uma prova do campeonato mundial de F1. 


A briga nervosa com Carlos Reutemann segurando o qto pôde o seu futuro companheiro de equipe Carlos Pace, com Wilsinho Fittipaldi colado no Surtees e Emerson Fittipaldi um pouco mais atrás. Reutemann abandonou com o motor quebrado.
José Carlos Pace nos boxes durante os treinos. Finalmente o Surtees TS 14A não deu problema e Moco pôde mostrar o seu incrível talento no desafiador circuito alemão.
José Carlos Pace contornando a famosa curva do Karrousell . Moco fez até então a sua melhor apresentação na F1.
Moco... literalmente voando em Nurburgring...quebrou 3 vezes o recorde de volta.
Wilson Fittipaldi voando para a conquista da 5ª colocação. Depois da brilhante corrida em Mônaco o Tigrão andou muito no desafiador circuito alemão , mostrando todo o talento que tem.
Emerson Fittipaldi fez ótima corrida dadas as suas condições físicas. O 6° lugar foi conseguido com muita luta e determinação.


Jackie Ickx conversa com Teddy Mayer o chefão da McLaren. Grande corrida do belga.
Jacky Ickx... adaptação maravilhosa ao McLaren M23.
O belga Jacky Ickx mandou a bota no McLaren M23.. Andou muito.

O "escocês voador". Fazendo juz ao apelido, Jackie Stewart rumando para o seu 27º e último triunfo. Além da pole position nos treinos, que também foi a sua última, Stewart também liderou todas as voltas . Grande vitória . Praticamente selou a conquista do seu 3º título mundial.

Jackie Stewart recebe a bandeirada de vencedor. Um passeio do escocês ...grande vitória.

O podium ... Ken Tyrrell ergue os braços de Stewart e Cevert após vitória triunfal da sua equipe . Foi a última vitória de Stewart, a última dobradinha da dupla Stewart , Cevert. Uma corrida que após os acontecimentos de outubro de 1973 no GP dos EUA , foi uma despedida.



Há 50 anos.

Ronaldo Nazar



segunda-feira, 22 de novembro de 2021

GP Brasil 1973- Algumas lembranças...

 

#1

 Foi a primeira prova válida para o Campeonato Mundial de Formula Um disputada aqui, graças ao empenho de Antonio Carlos Scavone e Mario Patti (pai).

Desta vez fui a todos os treinos, e na corrida não faria como na anterior, que homologou o circuito, quando com uma amiga chegamos tarde e mesmo com credenciais assistimos a corrida do barranco da Subida dos Boxes, isto depois de só conseguir parar o carro na Avon, quando tivemos que subir toda avenida, totalmente congestionada, e conseguir à duras penas encontrar um lugar naquele morro.

Linda foto, não sei de qual autódromo.
O tiro de Ronnie foi curto, cerca de cinco voltas...


Agora o Rato era rei, corria com o #1 de campeão e ainda Pace, Wilson e Luiz lá estavam.

Eu já tinha feito cerca de 7/8 corridas lá como Novato, mal sabia que voltaria a correr apenas na segunda parte do ano já como graduado.

Nos dias que antecederam a corrida fucei e olhei bem em tudo, alguns pilotos já conhecia das corridas da F.Dois e Três em temporadas de anos passados, alguns como Jackie Stewart, o bi campeão do mundo nunca havia chegado perto. 

Nas duas fotos com Ickx e Pace o malabarismo para pilotar os carros de então. Ickx vem saindo de traseira em ambas, na segunda talvez tenha se perdido um pouco, a 312 B2 era um carro complicado. Já Pace com a TS14A vem em ambas saindo muito de frente. 


Se Pace sofria com a TS14A imaginem Luiz com a TS9B, acredito que contemporânea das Alfettas de 1950/51! Notem a "parede" que era a asa traseira! Bico de Pato, Luiz deve ter batido o volante no batente para fazer a curva!   


Sempre gostei de assistir treinos em alguns de meus lugares favoritos, onde podia captar a técnica dos grandes pilotos. Em Interlagos alguns desses lugares me maravilhavam. O barranco da curva do Sol, aquela curva maravilhosa que separava os homens dos meninos, ou pouco antes da linha de chegada, naquele barranco, onde podia ver a descida do Retão, a Três, a Ferradura, Subida do Lago e Reta Oposta, a saída do Sargento, o Laranja, o S até o Bico de Pato e depois virando ver eles passando muito rápido na Reta dos Boxes. Outras vezes ficava na parte de dentro da curva Um ou lá embaixo na Três...Interlagos era intenso, forte e desafiador.

Na Ferradura sempre me impressionou o traçado que Luiz fazia, já tinha visto com inúmeros carros que pilotou, vinha mais aberto que os outros para tomada da segunda perna a esquerda e começava acelerar antes dos outros. Ronnie, Emerson, Stewart, Clay e outros já vinham pendurados, sendo que o Rato deixava o carro escorregar do meio para saída e rumava forte para a Subida o Lago. Outra coisa que nunca vou esquecer, a telegrafada que Lole dava no contorno da perna a esquerda.

Pode ser que deixe de escrever muitas coisas que vi, mais tarde na certa vou lembrar de tantas outras, mas nunca vou esquecer quando em algum dos treinos estava um pouco antes da Ferradura, acredito que tenha parado o carro ou moto naquele estacionamento, no meio da reta que ligava o Sol ao Sargento,  quando vejo Srewart saindo do Sol com Emerson grudado nele e bem na minha frente o Rato tira seu carro para a esquerda e toma o Sargento na frente... é nunca vou esquecer!

A corrida? Bem sobre a corrida talvez um dia lembre muita coisa, apesar da decepção da quebra de Luiz que mesmo naquela tranqueira que Surtees lhe entregou vinha bem, e também com as quebras de Pace e Wilsinho.

 Tudo foi compensado pela brilhante vitória do Rato, e o êxtase de todos e toda alegria de vê-lo no lugar mais alto do pódio.

 

 

Rui Amaral Jr


 

quarta-feira, 22 de março de 2017

Conta Chico...F Junior

Seu Chico, com as mãos no bolso Ettore Beppe, atrás dele Eugeninho Martins e de boné Cacau mecânico por longos anos de "seu" Chico. 
  Nesta foto Ettore e Cacau conversam com "seu" Chico, atrás do carro com a gola levantada Toni Bianco e de costas acreditamos que Christian "Bino" Heins.

HISTÓRIA  &  FATOS

       MANUEL de TEFFE ///' CHICO LANDI  , TONI BIANCO , EUGENIO MARTINS ///  O PORQUÊ ///
       PRIMEIROS PASSOS de PILOTAGEM /// GINETTA JUNIOR  INGLATERRA 2010 ///
       CAMPEONATOS ///  VOLKSWAGEN. SUPER V /// PLURIMARCAS /// MONOMARCAS ///
       NASCE UM PARQUE INDUSTRIAL de COMPETIÇÃO ///  FABRICANTES de MOTORES  1 LITRO

                                          FÓRMULA JUNIOR no BRASIL  ----  ANOS  60 .

                        Segundo PAULO SCALI, escritor e historiador do automobilismo brasileiro, MANUEL de TEFFE foi quem convenceu CHICO LANDI ,TÔNI BIANCO e EUGENIO MARTINS  a fazerem o FORMULA JUNIOR  LANDI/BIANCO e lançar a categoria para fomentar o nascimento de uma nova geração de pilotos, pois nesta época  não eram muitos que tinham condições de possuírem uma FERRARI ou uma MASERATI e muito mais  de manter esses autos em condições de competir .

                         A categoria já existia há época na EUROPA. Regida pela FIA, aceitava qualquer motor de produção de até  1.1 litro. Portanto teríamos teoricamente quase as mesmas condições técnicas do velho continente, pois por aqui tínhamos a VEMAG com seu motor DKW de três cilindros de 1 litro e a WILLYS OVERLAND com o motor RENAULT GORDINI  da mesma cilindrada .

                          Entusiasmado com a idéia de MANUEL de TEFFE, " SEU " CHICO e TÔNI BIANCO fizeram três monopostos com motor RENAULT GORDINI, sendo  um para a EQUIPE WILLYS  para CHRISTIAN HEINS, outro para OCTAVIANO CURY é um terceiro para ANTONIO CARLOS SCAVONE.  O quarto carro BIRD CLEMENTE comprou, este com motor DKW que depois passou para a EQUIPE VEMAG, em que MARINHO e BIRD iam pilotá-lo. Ainda tinha um outro fórmula de JEAN BEGEROUT, sendo que este não tenho a certeza que fosse um LANDI  ou o próprio BEGEROUT o tivesse fabricado, pois sua aerodinâmica era diferenciada . Como JEAN era piloto de aviação, pode ser que tenha modificado sua carroceria, não sei...!!!!!! Além destes autos, LANDI  fez mais dois sendo um com motor ALFA ROMEO e o outro com motor SIMCA. Estes dois carros corriam na categoria MECANICA CONTINENTAL. Iriam pilotá-los o próprio "" SEU"" CHICO  e CELSO LARA BARBERIS e com o motor SIMCA , JAYME SILVA. No auto de SCAVONE, após ele ter um acidente no circuito de ARARAQUARA  em uma berlinetta INTERLAGOS passou este para as mãos de LUÍZ PEREIRA BUENO  já em ARARAQUARA mesmo e depois nos 500 QUILOMETROS de INTERLAGOS em que eu próprio iria fazer parceria com LUIZ. Mais tarde LUDOVINO PEREZ fez também algumas corridas com esse carro. Com o passamento de BINO HEINS nas 24 HORAS de LE MANS, WILSON FITTIPALDI passou a pilotar o monoposto da EQUIPE WILLYS .


                                  OS PORQUÊS da F. JUNIOR NÃO TER IDO PARA A FRENTE

                       Realmente uma pena, pois tinha tudo para dar certo. Houve a bem da verdade uma grande pressão dos pilotos da MECANICA CONTINENTAL, que eram em sua maioria os carros chamados de """" baratinhas """ com motores adaptados. Está claro que os F. JUNIORS com suspensões mais modernas, autos mais leves e ágeis estavam incomodando e não pouco...!!!!! Os cartolas, por sua parte, não souberam  fazer corridas específicas para esta categoria. Se o tivessem feito com certeza que o rumo teria sido outro pois mais pilotos começavam a ficar interessados. Mas largando todos juntos ficava difícil. Está claro que os próprios carros LANDI  ainda tinham muito campo para se desenvolverem, mas mesmo como se encontravam eram uma """" pedra no sapato """ da CONTINENTAL. Além dessa pressão houve o acidente  com o CELSO LARA BARBERIS. A bem da verdade uma disputa de pista que acabou muito mal. Talvez aí "" SEU """ CHICO  tenha se desanimado em continuar com o projeto acrescido com a pressão  da categoria CONTINENTAL  e com a falta de visão dos cartolas da época seu final estava declarado .......!!!!!!!!  Vejam bem , alguns anos mais tarde foi lançada a FORMULA V, com motores VOLKSWAGEN  1.2 e posteriormente 1.3 . Sem duvida carros bem menos competitivos dos que os  F. JUNIORS. Em um comparativo pelo anel externo de INTERLAGOS, enquanto  um F. V virava em 1'30"/1'28" os JUNIORS  anos antes com motor GORDINI 1.0 andavam em 1'16"/1'17" e os da VEMAG próximo a 1' 10" .......!!!!!!!



Ludovino Perez larga para os 500 KM de Interlagos de 1965. Com motor Gordini de 1.000cc larga à frente de vários Mecânica Continental para chegar no oitavo lugar.
O Willys-Gávea, Formula 3 com motor de 1.100cc   


                               PRIMEIROS PASSOS PARA SABER da ARTE de PILOTAR
                                                 UM CARRO de CORRIDA

            A receita tem que passar necessariamente por motores de pouca potência, pneus STREET de perfil alto, sem apêndices aerodinâmicos, mas com o mesmo peso potência de um KART para os dias de hoje.  Nos anos 60 isso se traduzia nos autos RENAULT GORDINI de 850 CC com """" 40HP de EMOCAO """"" segundo a propaganda """, como se dizia à época ......!!!!!!!  Se você andasse muito  forte o motor  """"" caia no chão """", pois não se tinha potência suficiente para te tirar da """ entortada"""", anda-se que nem uma """" pata choca"""", não ia virar tempo então andava- se naquele limite tênue para se virar um ótimo tempo. Dai nasceram LUIZ PEREIRA BUENO, CARLOS PACE, CAROL FIGUEIREDO e todos da EQUIPE WILLYS dispensando apresentações. Confrontando essa escola de pouca potência, pneus finos e autos difíceis de se  pilotar adequadamente com a outra de grande potência, tenho um episódio a demonstrar acontecido à época na EQUIPE  WILLYS:

                                  1500 QUILOMETROS de INTERLAGOS, o auto era uma CARRETERA GORDINI, motor de 1.0 litro traseiro mas colocado entre os eixos com um câmbio COLOTTI. GRECCO convidou um piloto acostumado com as carreteiras com motores CHEVROLET CORVETTE. CARLOS PACE e eu nunca havíamos pilotado essa CARRETERA GORDINI. Nos mandaram para que chegássemos a INTERLAGOS no final da tarde. O piloto convidado, treinou praticamente o dia inteiro, virando em sua melhor volta em 4'26". Quando chegamos GRECCO pediu para eu ser o primeiro a sair para experimentar o carro. Na minha segunda volta virei em 4' 18" 5"' e MOCO  também em sua segunda volta baixou esse meu tempo para 4' 17" 6"'. O piloto convidado , ficou tão desesperado que na sua última saída piorou o seu próprio tempo , virando em 4' 28" e alguns quebrados ......!!!!!! Isto foi um fato inconteste, sobre uma escola em relação à outra...!!!

                                       OUTRO FATO ESTE RECENTE...:
                                       CATEGORIAS GINETTA JUNIOR
                 INGLATERRA/2010 - GINETTA G 40/GINETTA CARS FACTORY
 A bela briga das Ginetta
Marcos Lameirão e a G40 projetada por ele. 

             O GINETTA G 40 é um carro GT com um motor FORD de 4 cilindros de 180 CVs. A fábrica, resolveu reescalonar esse mesmo auto para uma categoria de jovens de 13/14  anos recém saídos do KART. Sua potência foi reduzida para 100 CVs por meio de uma flange na admissão, pneus STREET finos, sem apêndices aerodinâmicos, a meu ver esse GINETTA é uma reencarnação dos RENAULT GORDINIs da nossa  época, no quesito de pilotagem. O resultado está sendo fantástico, nascendo ótimos pilotos dessa GINETTA JUNIOR. Saindo depois para outras categorias como a LE MANS SERIE, a FÓRMULA 3, em que até a McLAREN TEAM de FORMULA 1 assinou um contrato para bancar a carreira de um jovem nascido e saído dessa categoria, LAUDO NORRIS. Como veem , bateu no que venho dizendo a alguns anos ......!!!!!! Aqui no BRASIL , me dizem que os pais dos pilotos , falam que se o auto não tiver pneus largos e aerofolios , seus filhos não vão andar , pois isso """" não 'é um carro de corrida""""....!!!!!!!!! Acontece que 99,99 % dos pais , não entendem nada sobre esse assunto .

                                                      CAMPEONATOS
                                                                   
                     Os REGIONAIS devem ser fortes, esse é o rumo a ser  seguido. O item viagens em terras tupiniquins, quebra qualquer orçamento. O BRASILEIRO, poderia ser igual ao que o KART já faz, em sorteando uma pista, em um final de semana se realiza o campeonato. Sem mais! Com isso, muitos mais pilotos correrão durante o ano, sem dúvida alguma. A escolha dos cinco melhores pilotos por temporada é extremamente importante. Desses cinco alguns poderão ter mais sorte do que outros em sua carreira mas assim é a vida . Não é bom se apostar em um único piloto, aí é deveras arriscado no meu modo de entender ......!!!!!!


                                                      VOLKSWAGEN  SUPER V
Chico vencendo com o Polar construído por Ricardo e com o bico feito por Toni Bianco.


                           Quando ao chamado para uma primeira reunião da VOLKSWAGEN do BRASIL no começo de 1973 na ALA-ZERO, praticamente todo o pessoal do metier de corrida estava presente  e curiosos estávamos, pois nunca esta grande fábrica havia se pronunciado a favor do automobilismo de competição. Extremamente organizados, sob a batuta de seu presidente SAUER, seu diretor FLAUMER e seus assistentes OTTO KUTNER e STEFANO CAMPHILIA nos apresentaram um regulamento igual ao do campeonato EUROPEU da categoria VOLKSWAGEN SUPER V, em que até já tinham uma data para a primeira corrida, que seria realizada ao justo de um ano.  O regulamento era bem simples: CILINDRADA de até 1600 CC, com dois carburadores de duplo corpo de 40 mm. CHASSIS de concepção livre como também sua procedência  também, mas fabricado no BRASIL. Em um primeiro momento se importou um ASTRO- KAIMAN, que detinha em seu cartão de visitas oito campeonatos EUROPEUS ganhos. Nessa mesma reunião o piloto RICARDO ACHCAR anunciou que iria desenhar e fabricar um seu monoposto, o POLAR. Seus três primeiros fregueses foram BIJU RANGEL, NELSON PIKET ( à época com K mesmo ) e...eu. Seguindo RICARDO, os irmãos FERREIRINHA, HERCULANO e ANTONIO seguiram a mesma linha com um projeto nacional, o HEVE.


                                              NASCE um PARQUE INDUSTRIAL de COMPETIÇÃO

                  A base de um automobilismo saudável , 'é ter um parque industrial forte , com o maior número de empresas atuando no setor . """" VÍDE""" como sempre a INGLATERRA , grande referência mundial deste parque , em que a alguns anos atrás , 5 % de seu PIB era provenientes do automobilismo de competição .......!!!!!!!! Com uma mentalidade extremamente aberta, a VOLKSWAGEN do BRASIL fez questão que na parte de chassis houvesse o maior número de fabricantes possível , igual aos modos europeus, pois com isso haveria mais empregos com mais pessoas voltadas e concentradas para o mesmo prisma , a competição , o que refletia além do trabalho , em um aprimoramento de componentes para a própria fábrica , além de um marketing  tecnológico /// esportivo natural . Chegou- se a ter em certo momento , motores com preparação BR de até 150 CVs. Os números da SUPER  V como categoria , 'a data de 1974 em diante , foram deveras  muito fortes . Começando em sua primeira corrida com oito autos , com dois anos de existência , teve- se grids de 44 carros . A uma média de 8 pessoas a trabalhar diretamente em cada equipe , chega- se a 360 empregos em que contando com seus dependentes chegará- se a quase 1500 pessoas . Sem contar as pequenas firmas de componentes como tanques de óleo , escapamentos  uma infinidade de peças .....!!!!!! Somente a POLAR chegou a fabricar 88  SUPER Vs . Dos fabricantes dos autos , a ASTRO KAIMAN  foi a primeira a se apresentar para quase em sequência a POLAR , a HEVE , o AVALLONE este com um projeto inglês o SUPER NOVA. Destacadamente a POLAR de RICARDO ACHCAR dominou a categoria com um projeto  completamente BR, vencendo os campeonatos de 74/75/76/77/78, tanto PAULISTA como BRASILEIRO. Foi sem dúvida alguma a época de ouro do automobilismo  tupiniquim, pouco valorizado pela imprensa dita especializada.....!!!!!! Simplesmente batemos o AUSTRO-KAIMMAN  que detinha oito campeonatos europeus  ganhos, que pilotos famosos como NIKI LAUDA e KEKE ROSBERG pilotaram. Época em que se punha a """" cara para bater"""" em que ninguém  se """ escondia”””  protegido de sua “””MONOMARCA"""". Em todas estas atuais, quem pode garantir que seus carros são bons ou mesmo razoáveis, se estes não tem a concorrência de outras idéias...?????? Entramos com isso em uma estagnação técnica atroz. Há, diga se, mas a PLURIMARCAS encarece. Grande erro em se afirmar isso, pois basta saber-se fazer um regulamento simples mas inteligente, com medidas MINIMAS & MAXIMAS em que os fabricantes terão uma ou no máximo duas """ janelas """" de desenvolvimento por ano e com um preço máximo estipulado por cada """ janela"""

                                           PARQUE INDUSTRIAL  BRASILEIRO de MOTORES de 1 LITRO                                                      
                                           

                    FIAT /// FORD /// VOLKSWAGEN /// CHEVROLET /// RENAULT /// HINDAY

                               KIA /// NISSAN /// SMART /// HAFFEI /// CHERY



O Formula Junior que Chico projetou e constrói em sua oficina, o começo da nova categoria. 


                Imaginem os amigos, uma FORMULA JUNIOR com todos esses motores, que """ propaganda """ não se faria...??????  E que bela categoria, hein...?????




                                                  RUI, grande abraço e obrigado pela oportunidade, desculpe pelo papiro...!!!!!!!!!!

Abraço amigo a todos, Chico Lameirão.



                                                             ________________________________________

Caro Chico, você bem sabe que a casa aqui é sua, o "papiro" que não é tão extenso, mostra bem sua ideia e principalmente sua vontade de fazer nosso automobilismos outra vez competitivo.
Peço aos amigos que considerem algum erro que cometi na transcrição do texto e aproveito para mandar meu abração para tantos amigos aqui citados, Ricardo, Bird, Biju Rangel e tantos outros e a você Chico.

Rui Amaral Jr

NT: Já que outra vez me intrometi no texto do Chico não poderia deixar de citar aqui outro amigo que batalha muito para trazer novamente as disputas às nossas pista, um abração Zullino.   

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

6 Horas de Curitiba - arquivo Sergio Sultani

Ao ler o texto de meu amigo Ari Moro outro amigo o Sergio me enviou a reportagem da então ótima revista Auto Esporte sobre a corrida e a vitória da dupla Bird e Wilsinho com um pequeno Gordini sobre as carreteras com três vezes mais potencia fazendo dobradinha na corrida o outro Gordini da dupla Carlos "Moco" Pace e Carol Figueiredo chegou em segundo. 
Qual a mágica?
Na época eu tinha apenas 12 anos mas já acompanhava o automobilismo, impressionado com aqueles pequenos Gordinis que conhecia bem, um dia conto, o que eu não imaginava era o quanto andavam aqueles pequenos foguetes, isto só vim à saber anos mais tarde em conversas com meus amigos Bird e Chico Lameirão. Eram Gordinis sim mas impulsionados pelo fabuloso motor do Renault R8 de 1.108cc câmaras de combustão hemisféricas que alimentado por dois carburadores Solex duplos C40 PHH produziam cerca de 95 hps tudo isto com a caixa do R8 de quatro marchas.

Obrigado Sergio um abraço.

Rui Amaral Jr









A pequena usina de força que impulsionava os Gordinis!

Ari Moro
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