terça-feira, 30 de setembro de 2025
O efeito Max
segunda-feira, 23 de outubro de 2023
Fado...
Checo. Foto Red Bull Racinglink - link.
Ultimamente quando tenho vontade de escrever algo venho para o computador, começo e logo desisto. Neste mundo que continua cruel, violento, sectário e totalmente injusto, minha vontade é calar sobre tudo.
Falando em Formula Um leio cada bobagem de gente que não sabe nada, mas tendo um espaço na “internet” lê relesses e regurgita para seus leitores, que depois se arvoram como conhecedores. E os assessores de imprensa então!? Fico com o grande A.J.Foyt quando perguntado quem era o seu, respondeu apenas "meu pé direito", pois hoje muitos desses tais assessores são mais rápidos que os pilotos que representam...
Sei que estou cáustico, mas como não sou, muito menos nunca fui "politicamente correto", tenho a obrigação de ser honesto com meus princípios.
Na Formula Um finalmente pegaram Lewis e sua equipe, logo ele o queridinho das entidades que comandam o automobilismo, raspou muito a peça de madeira que fica abaixo do chassi e foi desclassificado. Ora diriam, "uma bobagem de alguns milímetros!", mas vai lá se saber se já não saíram assim, acreditando numa vistoria "um pouco mais condescendente". Desde que ele trouxe a política partidária para categoria, naquele gesto que não vou classificar, perdi toda admiração que tinha por ele.
Agora a Formula Um quer ser politicamente correta e inclusiva e trouxe para os autódromos uma categoria escola para mulheres, já que tanto Lewis quanto eles agora falam em inclusão! Logo a categoria que virou as costas para grandes botas como Lella, Danica e tantas outras. Não existem mulheres ou homens pilotos, existem apena botas, que fazem sua arte ao volante de um carro de corridas, seja a categoria que for.
E Perez? Um grande piloto que está perdido no cockpit. Numa equipe que cada ser trabalha para fazer as vontades de Max, muito justamente, ele à cada classificação ou corrida vem tomando muito tempo de seu companheiro, e infelizmente largando atrás de outros carros que evoluíram e andam muito juntos, e fazendo corridas apagadas.
Vejam, Max é um talento natural, com uma enorme velocidade e uma maior ainda percepção do equipamento em corrida, um piloto como talvez eu não vejo na categoria há quarenta ou cinquenta anos, então é muito difícil querer um parceiro à altura, na categoria hoje penso ser impossível, e Checo sofre, como sofreu Ricardo.
Digo sempre; certas vezes quando você tem que procurar um segundinho que seja e ele não vem, a certa altura você se pergunta se é o carro ou você! Checo deve estar vivendo este dilema.
Rui Amaral Jr
PS: Fado: Para brasileiros o significado desta palavra passa quase desapercebido, mas para os portugueses é uma palavra forte, usada muitas vezes para descrever o desígnio das pessoas.
segunda-feira, 9 de maio de 2022
Rei morto...
Ele vinha caminhando em
minha direção, aquelas pernas tortas e o sorriso simpático era de um Campeão do
Mundo da Formula Um. Lembro alguma coisa de 1964, quando aos doze anos
acompanhava a categoria pelos jornais que lia avidamente, já em 1968
acompanhava e muito, principalmente quando assumiu o lugar de meu grande ídolo Jim
Clark. No comando da Lotus 49C, tomando a si a responsabilidade de tocar o
grande carro como primeiro piloto da equipe venceu seu segundo título mundial.
A cena que descrevo
acima foi durante a Temporada Brasileira da Formula Dois, e Hill apesar de ser
um grande combatente deixava aquela “molecada” brigar pelos primeiros lugares.
Em 1969 ainda correu
pela Lotus, venceu o GP de Mônaco, mas aí já tinha um jovem talento ao seu
lado, muito rápido Rindt classificava geralmente mais rápido cerca de meio
segundo, sendo que em Monza foi 1”700/1000, no campeonato ficou em quarto com apenas
três pontos a mais que Hill o sétimo.
Hill ainda foi correr
com Rob Walker depois na Brabham e no final em equipe própria que o destino não
quis que frutificasse.
Mas porque fico
enchendo linguiça escrevendo sobre dois grandes pilotos que aqui já mostramos
muitas vezes, e haveremos de mostrar muitas mais. O motivo é que ontem na
corrida de Miami da Formula Um senti, sim senti mais do que vi, o ocaso de um
campeão.
Desde Abu Dhabi quando
os comissários desportivos num claro favorecimento a Lewis não o puniram
naquela primeira volta, depois naquela linda última relargada quando Max foi
soberbo e de forma clara e absoluta venceu seu primeiro mundial. Vejo que ele
se retraiu, e ontem vi em sua corrida, quando largou seis ou sete posições à
frente de Russel e na corrida foi superado por ele, não esquecendo estratégia ou
pneus, um claro crescimento de seu companheiro sobre ele.
Quanto à Abu Dhabi 2021
escrevi um longo texto, mas diante do absurdo que perpetraram os comissários naquela
primeira volta e do falatório em torno da grande vitória de Max resolvi calar.
Salve Max.
Rui Amaral Jr
PS: Tenho inúmeros amigos
Ferraristas de carteirinha, alguns oriundi, e com eles no Facebook brinco
sempre quando a Ferrari não vai bem e digo; Ritorna Forghieri! Ontem vendo o
semblante de Binotto após a incontestável vitória de Max, só posso dizer;
Ritorna Forghieri!

terça-feira, 30 de novembro de 2021
Frank 16 Abril 1942 - 28 Novembro 2021
quinta-feira, 22 de abril de 2021
Comparações....
1973 - Mark Donohue, Porsche 917/30, pole em Watkins Glen.1973 - Ronnie, Lotus 72E pole em Watkins Glen.
De seu comentário Walter fui buscar os tempos de classificação no longínquo 1973 e 74, dois anos em que as duas categorias correram em Watkins Glen, para comparar a CanAm com a Formula Um.
1973
Na CanAm Donohue fez a pole com 1`38"846, seu companheiro de equipe com o mesmo carro um segundo atrás, em terceiro Jody com o 917/10 da Vassek Polak três segundos do pole. O quarto Hobbs com a McLaren M20 Chevrolet cinco segundos da pole.
Do primeiro até o sétimo os Porsche 917/10 ou 30, apenas a McLaren de Hobbs entre eles. O sétimo Jackie Oliver, que seria campeão no ano seguinte, com o Shadow DN2 a longos nove segundos do pole.
Na Formula Um, naquele duelo com o Rato, a pole fica com Ronnie, 1`39"657, exatos 657/1.000 mais lento que Donohue. A grande diferença das categoriss é que o tempo de Ronnie é dois segundos e 22/1000 mais rápido para o décimo segundo, Chris Amon em sua rara aparição com o Tyrrel 005.
A melhor volta da corrida na CanAm foi de Donohue com 1`39"571 e a da F.Um de James Hunt com March 731 Ford com 1`41"652. Na CanAm foram duas baterias de trinta voltas, a F.Um cinquenta e nove voltas.
link
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segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
1961...
... os motores da
F.Um mudariam novamente, dos 2.500cc passariam à 1.500cc. A pequena Cooper com
seu motor Climax V8, traseiro entre eixos, havia dominado amplamente a
categoria nos anos 59 e 60, vencendo com Jack Brabham, Bruce McLaren, Stirling
Moss. Das dezessete corridas dessas duas temporadas não venceu em apenas três,
sendo que em 1960 apenas não venceu em Monza. Neste ano os três primeiros
lugares no Mundial de F.Um foram da Cooper,
quando o grande Black Jack Brabham arrasou, tendo como vice seu jovem
companheiro Bruce McLarem e em terceiro Moss.
Para este ano Il Drake
tinha uma carta na manga! A fabulosa 156 Shark Nose, uma jóia que seria tocada
por uma grande equipe com quatro carros, sendo que em Monza foram cinco.
Wolfgang Von Trips,
Phil Hill e Richie Ginther o trio principal, e se juntavam a eles em algumas
corridas Giancarlo Baghetti, Willy Maresse, Ricardo Rodriguez e Olivier
Gendebien, este último com a 156 amarela inscrita pela Equipe Nationale Belge.
A concorrência também
vinha forte, e ao contrário da Ferrari que apostava num chassi tubular, já
vinha com a tendência que perduraria por décadas, chassis em folhas de alumínio
duplas recheadas com anteparos – honey comb -, principalmente os ingleses com o
avanço que sua aviação de guerra havia conquistado nos anos anteriores. Principalmente
a Lotus, do mago Colin Chapman, no começo com a Lotus 18, depois 21, motor
Climax V8.
Monaco
Moss vence.
Ginther deu trabalho, largou ao lado de Moss, foi a melhor Ferrari da equipe.
Quebrado na Gare, Big Jonh desce de seu carro.
Classificação final.
Wolfgang von Trips
Classificação final.
#3 Wolfgang von Trips Ferrari 156
#1 Phil Hill Ferrari 156
#15 Jim Clark Lotus 21
#14 Stirling Moss Walker T53
#2 Richie Ginther Ferrari 156
#10 Jack Brabham Cooper Car Co T55
Pole Phil Hill 1`35"700/1000, von Trips com o mesmo tempo, volta mais rápida 1`35" 500/1000 Jim Clark, Lotus 21.
Spa Francorchamps
Gendebiem lidera as Rossas...
...com sua Rossa amarela.
Classificação final.
#4 Phil Hill Ferrari 156
$2 Wolfgang von Trips Ferrari 156
#6 Richie Ginther Ferrari 156
#8 Olivier Gendebien Ferrari 156
#24 John Surtees Yeoman T53
#20 Dan Gurney Porsche 718
Pole Phil Hill 3`59"300/1000, volta mais rápida Ginther 3`59"800/1000
https://ruiamaraljr.blogspot.com/2012/03/spa-1961-ferrari-faz-barba-cabelo.html
Reims
Gurney chega colado em Baghetti.Baghetti perseguido por Bonnier e Gurney, ambos de Porrsche 718.Clark, Baghetti e Ines Ireland.Classificação final.
Primeira volta, no Bankin, as quatro Rossas seguidas por Clark, que havia largado com o sétimo tempo.
