A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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segunda-feira, 3 de julho de 2017

Danilo Julio Afornali

Sabe quem é "o cara" da foto? Não?

Então vou contar:

Danilo Julio Afornali nasceu em 28 de setembro de 1935, em Curitiba, Paraná.
Começou a trabalhar com mecânica de motocicletas em 1950 e nunca mais parou. Exerce essa função ainda hoje e mesmo aposentado, continua trabalhando na área.
Sua carreira como piloto começou no fim dos anos 50, precisamente em Abril de 1959 quando então, preparou um CZ 150 para correr na pista de terra (saibrada) de Joinville, famosa naquela época por sediar corridas de alto nível, nacionais e internacionais.

Na sua primeira participação em corridas oficiais, conseguiu um honroso 3º lugar !

Dentro de sua carreira como piloto, disputou títulos com vários nomes da época como Ubiratan Rios,(que foi seu funcionário na antiga oficina na rua Presidente Farias - Curitiba), Lucílio Baumer (Joinville), enfim, pilotos que hoje tem seu nome escrito na própria história do motociclismo brasileiro.

As máquinas eram diferentes e as pistas também, eram máquinas muito potentes para a época mas que tinham um conjunto que nada facilitava sua tocada, dentre elas pilotou HRD Vincent 500 e 1000, BSA Goldstar 500, BMW 500, Rumi 125, AJS 500, Indian e CZ's, sempre trabalhadas para competição.
A falta de importação obrigava até a fabricação de peças para reposição, o que tornava este esporte ainda mais artesanal !

De todas as máquinas que pilotou, a que mais deixou saudades foi a velha HRD 1000, que com a palavra deste senhor hoje beirando os 82 anos subscrevo-me:

Sr. Danilo: " --- Nada aguentava ... todas derretiam ...Triumph, AJS, Matchless, Indian... foi aí que resolvi comprar uma HRD, adquirida no Edgard Soares... essas não enguiçavam ... depois disso, comecei a ganhar corridas e nunca mais parei ... nem quebrou a motocicleta !"

Foi esta máquina que o consagrou como "o pequeno grande piloto", dado os seus 1,64 m de altura e seus 54 quilos !

A consagração definitiva veio quando venceu em Joinville com a HRD Vincent 1000 ... até então os catarinenses eram insuperáveis em sua pista ... corridas eram realizadas e sempre vencidas por pilotos locais ... Danilo, com sua HRD 1000 conseguiu derrotar essas máquinas na categoria Fórmula 2 (Força Livre) , sendo o único piloto até então que conseguiu pilotar uma máquina deste porte em pista de terra e quebrar a série de vitórias ininterruptas dos catarinenses em sua própria pista !

Sr. Danilo: "--- Era uma máquina muito pesada ...eu conseguia fazer as curvas somente no motor... usava 3 das 4 marchas quase na pista toda ... no velocímetro via o ponteiro a quase 160 km/h, quando era a hora de colocar a 4ª marcha, reduzir novamente e preparar para a freada ... a reta ainda era curta ... mesmo no fim da reta, tinha às vezes que controlar a mão, pois mesmo naquela velocidade ela ainda patinava e queria levantar a frente ... os pneus daquela época ?? Eram Avon, ingleses ... eram lisos e para asfalto !"

Depois desta vitória, propostas para integrar a seleção nacional surgiram mas como o esporte era amador, era mais importante trabalhar, manter sua família e deixar as corridas somente para os domingos quando aí sim, tudo se encaixara perfeitamente.

Sua carreira oficial acabou no fim dos anos 60 , tendo como resultado 7 títulos Paranaenses praticamente consecutivos, um Campeonato Sul-Brasileiro (1965) incontáveis vitórias extra-campeonato e a participação em algumas corridas a nível nacional e internacional ...

Participou de uma 500 Milhas Internacional em Interlagos (1971), fazendo dupla com seu antigo rival Ubiratan Rios, conseguindo a dupla nesta competição um 5º lugar !

Dentre sua participações a nível nacional, lembra em Interlagos em 1962, com a famosa Lambretta 111, recordista deste circuito e que fora dos irmãos Tognochi. A mesma havia sido comprada recentemente após uma corrida em Curitiba e ele como piloto oficial daquela equipe, a Cicles Bittecourt, pilotaria nesta prova:

--- "Fui para Interlagos e nem sabia o traçado da pista ... dei 2 voltas e olhamos a vela ... mais 2 para acertar a carburação sob os olhos de Gualtiero Tognochi ... nas 2 voltas seguintes, igualei o recorde da pista, que era de Paulo Tognochi ... durante as 2 horas da prova, liderei 1:45 minutos ... no final da reta oposta, com a mão no fundo, furou o pneu ... ainda consegui fazer a curva, mas não deu pra segurar ... e caí !

Chorei !!! Perdi a chance de ganhar a corrida que valia a Taça Centauro !!!"

A época das Lambrettas tem histórias engraçadas... Giovanni Sgrô, proprietário da Italmotoneta participava das corridas como preparador (Equipe Italmotoneta) que disputava diretamente com a Lambretta de Carlo Papagna (Casa das Motonetas)... a rivalidade entre estas duas equipes era imensa... as Lambrettas de Carlo e Giovanni eram máquinas muito bem feitas e equivaliam-se, sendo a de Carlo Papagna preparada pelos seus amigos Tognochi de São Paulo e a de Giovanni Sgrô por ele próprio... numa destas corridas, na pista mista de São José dos Pinhais (parte saibro/parte asfalto), Danilo estava sentado no barranco ao lado da reta, desolado, pois sua Rumi 125 havia quebrado na bateria anterior, quando de repente, ouviu chamarem, ... era Carlo Papagna, que havia largado na bateria anterior e obtido um segundo lugar (a Lambretta de Giovanni havia ganho a primeira bateria) e que acabara de avistar Danilo sentado, assistindo a continuação das provas... Chamou-o para a pista e não dando-lhe tempo para indagar, colocou-lhe o capacete meio que às pressas e disse-lhe olhando nos seus olhos:

Sr: Papagna: --- "Chegue na frente daquela lá, só dela!!! Não importa a posição, mas chegue na frente!!!"

Esta foi a sua primeira corrida com Lambrettas... nem ao menos tinha treinado ou dado uma volta com tal máquina... conseguiu ainda, sob a autorização da direção de prova, dar uma volta na pista e conhecer a máquina...

Danilo largou e assumiu a ponta trazendo no seu encalço a Lambretta de Giovanni Sgrô... na disputa pelo primeiro lugar, as máquinas e os pilotos eram de níveis próximos e a briga pela primeira colocação intensa... a pista acabou ficando estreita para os pilotos que no calor da batalha, acabaram se enroscando...

Sr. Danilo: --- "As máquinas andavam iguais de reta e não existia diferença... na parte mista do circuito, fomos dividir uma curva e ele ficou por fora... Na ânsia de tentar voltar para dentro da curva, ele acabou perdendo o equilíbrio e caiu por cima de mim... Minha sorte foi que estava acelerando e o motor tinha um torque violento de baixa... na retomada, consegui sair dele, meio avariado, mas saí..."

Danilo que teve mais sorte, levou a Lambretta Iso de Carlo Papagna para a Vitória... ela estava inscrita na categoria Força Livre e arrebatou o prêmio do dia... desta forma, Danilo assumiu a pilotagem desta máquina naquele ano e trouxe muitas glórias ainda para a Equipe Casa das Motonetas...

Também ganhou a corrida de inauguração do atual Autódromo Internacional de Curitiba (1967) pilotando uma BMW 500 de 1951 modificada para a prova.

--- "A BMW resolvi modificar um pouquinho ...mandei fundir 2 pistões maiores e cabeçudos, trabalhei válvulas e cabeçotes ... foi para quase 650 cc... para complementar, coloquei 2 carburadores maiores e o resultado foi assombroso ! Além dela ficar rápida, as marchas eram elásticas e rapidamente o ponteiro do velocímetro engolia os 190 km/h !"

Trabalhou também como mecânico-preparador, pois um piloto aposentado, não consegue viver fora das pistas ... angariou diversos títulos em cada categoria que passou... Vice-Campeão Paulista nas TZ 350 com Adilon Mendes, em 1980 e Vice-Campeão Brasileiro na mesma categoria assessorando Ubiratan Rios, em 1981 e 1982 ... entre outros !

Participou também como preparador nas corridas de velocidade na terra e em diversas cilindradas .

Nos anos 70, o motociclismo no Paraná ficou jogado ao ostracismo e o autódromo de Pinhais (Internacional de Curitiba) abandonado ... os campeonatos praticamente inexistiam e o que se fazia para que o motociclismo não desaparecesse eram provas esporádicas...

Dentre essas provas, destacam-se as seguintes participações como preparador:

Prova de aniversário de Curitiba (1969) sob a pilotagem de Ubiratan Rios com uma Ducati Diana 250 de rua ... esta Ducati, no dia anterior, teve problemas no comando de válvulas que desgastou pelo entupimento num caninho de óleo... o comando foi refeito durante a madrugada com solda oxigênio e uma mola de amortecedor (acredite se quiser !), limado até casar nos graus certos , polido e retemperado com maçarico, óleo e prusciato ... no domingo, Ubiratan liderou a corrida deixando para trás a Aermacchi Alla D´oro pilotada por José Ferreira de Carvalho, sendo essa especial de fábrica ! Liderou mais de 2/3 de prova e abandonaram por fatídicos problemas elétricos !

Preparou uma Yamaha RD 250 para uma prova extra-campeonato em 1976, que pilotada por Mauro Bernoldi venceu a categoria Força Livre, sendo que nessa participavam motocicletas de concessionárias de Curitiba, como a exemplo de uma Honda 750 Four com Kit especial de fábrica 900 cc, que ficou em 2º lugar !

Nunca deixou de coexistir com este esporte nem com o ronco dos motores ... nunca desistiu da velocidade ...

Dos velhos tempos sobraram apenas as lembranças e as marcas de acidentes ocorridos nas competições ... sobraram também alguns troféus, medalhas, pistões, enfim, uma série de lembranças que jamais se perderão enquanto houver alguém que se interesse pelo passado das motocicletas e por esses homens que fizeram a história do motociclismo !

Será que temos história?
  
Marcelo Afornali...

Lembre-se:

Somente quem guiou um carro de corridas e sentiu a sensação da velocidade, sabe porque tantas pessoas deram a sua vida pelo esporte!!!!

"Sono i dettagli che fanno la differenza!!!"


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Sim...sei muito bem quem é Danilo Julio Afornali pois através de minha amiga e colaboradora do Histórias Graziela Rocha conheci o grande jornalista Ari Moro e através dele as histórias do grande Danilo. Mais tarde minha querida amiga Regina Calderoni me apresentou seu filho Marcelo Afornali, piloto de kart e Maestro Restaurador dessas pequenas grandes máquinas, que entre tantas outras atribuições é amigo e parceiro de meu grande amigo Claudio Zarantonello. 

Quero deixar aqui meu fraterno abraço ao senhor Danilo, minha admiração, respeito e carinho.

 Tomo a liberdade de lembrar aqui, entre tantos amigos motociclistas como eu,  três que lá do alto certamente olham por nós... Edgard Soares, Expedito Marazzi e Nivaldo Correa.

Rui Amaral Jr








quarta-feira, 24 de abril de 2013

O Macacão

Nivaldo e a Yamaha TZ350cc.
Sua Yamaha era numero 13 , com meu adesivo na lateral da bolha.

O ano 1977/78, me liga um amigo e pede uma ajuda para um corredor de motocicletas seu amigo, peço que ele me ligue. Logo depois me liga o Nivaldo, pergunto-lhe o que precisa ele diz "tudo, corro o campeonato Paulista no domingo e não tenho patrocínio, preciso da inscrição, combustível e tudo mais". Marco com de passar em sua oficina no começo da noite para conversarmos. Ao chegar em sua oficina em Moema ele fica feliz ao me ver de moto e fico sabendo que era verdade, ele precisava de tudo! Aqui abro um parêntesis para escrever sobre os corredores de moto, muito diferentes dos de automóvel, mais despojados, diria até mais simples que os de automóvel, a grande maioria correndo por amor ao esporte. Ajudei nessa 1ª corrida que foi difícil, pois até os amortecedores de sua moto já não tinham mais condições, a moto chimando muito. Tiramos os amortecedores de minha moto, uma BMW R 90 RS mas não couberam na sua. Foi assim mesmo.
Para 2ª corrida fui falar com Edgard Soares, expliquei a ele a situação conversamos algum tempo ai ele me diz " Rui passa amanhã por aqui " ( escrevendo agora seu sotaque e sorriso me vem à mente ). Dias depois vou à "esquina do veneno" como o Edgard havia pedido, de carro. Dos fundos de sua loja vem um auxiliar seu com algumas caixas, eram camisas, pistões e um monte de peças. Colocado tudo em meu carro pergunto a ele " quanto te devo ? " e ele " é tudo usado, é minha parte para ajudar o menino, você faz o resto "
Levei tudo a oficina do Nivaldo, que ficou surpreso e feliz, a próxima corrida seria melhor. Não lembro sua colocação mais foi bem melhor , inclusive com pneus novos, coisas que ele nunca tinha usado.

Jacaré abraça Jonny Ceccoto , ao lado Tucano , Edgard sorri.
À esquerda um casal amigo, de boné o mecânico ao lado Nivaldo e namorada e eu tentando caber na Yamaha TZ350... 

O Nivaldo e eu ficamos amigos, passeávamos de moto com as namoradas e estávamos sempre conversando. Um dia ele me pede " Quando der me compra um macacão, este que uso comprei do Jacaré e antes que pudesse pagar aconteceu o acidente em que ele perdeu a vida. Quero deixar este macacão na Igreja das Almas e pedir uma missa a meu amigo ". ( Esta igreja fica se não me engano na Av Liberdade ). Como a grande parte dos motociclistas que conheci ele era devoto de Nossa Senhora Aparecida, como eu, e disse-lhe que compraríamos o macacão para próxima corrida.
Uns dias depois passo em sua oficina à noitinha para ver como andavam as coisas e a encontro fechada. Como tinha luz lá dentro bati, e aparece alguém que não me lembro, " Cadê o Nivaldo" e a pessoa me diz " foi assassinado, três dias atrás ladrões entraram na oficina, e o mataram, não tínhamos seu telefone por isso não deu para avisar"
Sai desolado , fui andar de moto , não dava para acreditar ...
N.T. Só hoje tive coragem de contar isso que me aconteceu, trinta anos depois guardo na memória como se fosse ontem. Dedico à memória de três grandes motociclistas, meus amigos Edgard e Nivaldo e ao Jacaré - Carlos Alberto Pavan - a quem não tive tempo de conhecer bem.


Agradeço ao Ricardo da Motoclassicas 70 , a seguir o link para bela matéria sobre o Jacaré .
http://www.motosclassicas70.com.br/carlos_alberto_jacare_pavan.htm


NT: Hoje tive vontade de ver este post que escrevi no começo do blog, consertar alguns erros e adicionar novas fotos e postar novamente. Sempre com a mesma emoção que tive ao escrevê-lo e ainda com a lembrança de outro grane motociclista e amigo Expedito Marazzi.




às 17:01   Marcadores: Carlos Pavan, Edgard Soares, Jacaré, Nivaldo Correa, Yamaha 350cc TZ
Postado por Rui Amaral Lemos Junior

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O MACACÃO

Nivaldo e a Yamaha 350 cc TZ .


Sua Yamaha era numero 13 , com meu adesivo na lateral da bolha .
O ano 1977 , me liga um amigo e pede uma ajuda para um corredor de motocicletas seu amigo , peço que ele me ligue . Logo depois me liga o Nivaldo , pergunto-lhe o que precisa ele diz "tudo , corro o campeonato Paulista no domingo e não tenho patrocínio , preciso da inscrição , combustível etc " . Marco com ele de passar em sua oficina no começo da noite para conversarmos . Ao chegar em sua oficina em Moema ele fica feliz ao me ver de moto e fico sabendo que era verdade , ele precisava de tudo !!!! Aqui abro um parêntesis para escrever sobre os corredores de moto , muito diferentes dos de automóvel , mais despojados , diria até mais simples que os de automóvel , a grande maioria correndo por amor ao esporte . Ajudei nessa 1ª corrida que foi difícil , pois até os amortecedores de sua moto já não tinham mais condições , a moto chimando muito . Tiramos os amortecedores de minha moto , uma BMW R 90 RS mas não couberam na sua . Foi assim mesmo .
Para 2ª corrida fui falar com Edgard Soares , expliquei a ele a situação conversamos algum tempo ai ele me diz " Rui passa amanhã por aqui " ( escrevendo agora seu sotaque me vem aos ouvidos ) . Dias depois vou à "esquina do veneno" como o Edgard havia pedido , de carro . Dos fundos de sua loja vem um auxiliar seu com algumas caixas , eram camisas , pistões , cilindros um monte de peças . Colocado tudo em meu carro pergunto a ele " quanto te devo ? " e ele " é tudo usado , é minha parte para ajudar o menino . você faz o resto "
Levei tudo a oficina do Nivaldo , que ficou surpreso e feliz a próxima corrida seria melhor . Não lembro sua colocação mais foi bem melhor , inclusive com pneus novos , coisas que ele nunca tinha usado .
Jacaré abraça Jonny Ceccoto , ao lado Tucano , Edgard sorri .

O Nivaldo e eu ficamos amigos , passeávamos de moto com as namoradas e estávamos sempre conversando . Um dia ele me pede " Quando der me compra um macacão ? Este que uso comprei do Jacaré e antes que pudesse pagar aconteceu o acidente em que ele perdeu a vida . Quero deixar este macacão na Igreja das Almas e pedir uma missa a meu amigo ". ( Esta igreja fica se não me engano na Av Liberdade ) . Como a grande parte dos motociclistas que conheci ele era devoto de Nossa Senhora Aparecida , como eu , e disse-lhe que compraríamos o macacão para próxima corrida .
Uns dias depois passo em sua oficina à noitinha para ver como andavam as coisas e a encontro fechada . Como tinha luz lá dentro bati , e aparece alguém que não me lembro , " Cadê o Nivaldo" e a pessoa me diz " foi assassinado , três dias atrás ladrões entraram na oficina , e o mataram , não tínhamos seu telefone por isso não deu para avisar "
Sai desolado , fui andar de moto , não dava para acreditar ......
N.T. Só hoje tive coragem de contar isso que me aconteceu , trinta anos depois guardo na memoria como se fosse ontem . Dedico à memoria de três grandes motociclistas , meus amigos Edgard e Nivaldo e ao Jacaré - Carlos Alberto Pavan - a quem não tive tempo de conhecer bem .
Agradeço ao Ricardo da Motoclassicas 70 , a seguir o link para bela matéria sobre o Jacaré .

http://www.motosclassicas70.com.br/carlos_alberto_jacare_pavan.htm