A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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sábado, 10 de setembro de 2016

Conta Borgmann...




A realização dos 500 km de Porto Alegre em 1964 era aguardada com expectativa principalmente porque a Simca do Brasil estava enviando a sua Simca Carretera #26 com o piloto paulista Jaime Silva. Já havia sido lançado o mais novo modelo da Simca, o Tufão, mas a carretera ainda utilizava o monobloco com desenho antigo. Entre as alterações do Simca Carretera, a principal era no aspecto aerodinâmico, com o teto rebaixado. Mas a mecânica ainda era o V8 tradicional de 2,4 litros flathead retrabalhado. Apesar disso, o favorito ainda era Catharino Andreatta com sua carretera Chevrolet Corvette, freios a disco nas 4 rodas da Retsam, câmbio e blocante Corvette, tripla Holley e vários outros detalhes especiais. E na corrida foi o que se viu, com Jaime na ponta, mas o velho (na ocasião com 53 anos) ficou na espreita e passou Jaime para vencer a prova.

Jaime e a carretera Simca
 Lauro Maurmann Junior, de JK, sendo perseguido por Aldo Costa de Simca.


Classificação da prova:
Força Livre
1) Catharino Andreatta - Chevrolet
2) Jaime Silva - Simca
3) Breno Fornari - Simca

Cat.acima de 1.600cc
1) Lauro Maurmann Jr - JK
2) Aldo Costa - Simca
3) Henrique Iwers - DKW

O circuito da Pedra Redonda, onde se realizou a corrida, era um circuito de rua, anti-horário. As fotos do arquivo de ZH foram obtidas na curva do Posto Sagol, em Ipanema.
Na primeira foto, Catharino segue Jaime, na ponta. Na segunda foto aparece Lauro Maurmann Junior, de JK, sendo perseguido por Aldo Costa. Na última foto, Catharino e seu Chevrolet Corvette.

É interessante também observar uma foto da Simca Carretera, no ano seguinte (1965) já alterada na sua dianteira visando maior penetração aerodinâmica. As rodas, talvez, poderiam ser as das Simca Abarth  que a Simca trouxe para o Brasil via importação temporária, e depois devolvidas ao exterior. Esta já é outra história.

Luiz Borgmann

 Asmuz, Catharino, Cuchiarelli e Tarumã.


Olá Rui, bom dia,


Esta foto do arquivo de José Asmuz registra a assinatura da promessa de compra e venda  da área de 50 hectares onde  se localiza o Autódromo Internacional de Tarumã. O ano é provavelmente 1955. Representando a associação de pilotos, aparecem da esq.para a direita os pilotos Gabriel Cuchiarelli, José Asmuz e Catharino Andreatta. A escritura de compra definitiva foi assinada em 1960. O autódromo foi efetivamente inaugurado em 08 de Novembro de 1970.

Luiz Borgmann

Fotos do José Asmuz

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Conta Borgmann...

 Asmuz e Bird
Asmuz abraça Pace.

Olá Rui

Envio a você novamente a foto do Bird e também outra foto de nosso ilustre piloto brasileiro. Eu acredito que seja o José Carlos Pace.
Estas fotos acredito que tenham sido flagradas nas 12 Horas de Porto Alegre, circuito Cavalhada-Vila Nova em 21/12/1968, quando Bird fez dupla com Pace e obtiveram o 2° lugar na geral com Ford Corcel, prova que  vencida por Emerson e Wilson Fittipaldi em um VW, debaixo de uma insistente garoa. A Ford debutava o Ford Corcel nas pistas, contava também com Catharino e Vitório Andreatta em carro da mesma marca.
Vale lembrar que Pace esteve em outras ocasiões no autódromo de Tarumã,  com Ford Maverick da Mercantil Finasa Motorcraft em dupla com Paulo de Mello Gomes.


Mil Milhas Brasileiras 1961 Interlagos SP
Realizada em 25-26/11/1961,  o contingente gaúcho era grande, haviam mais de 20 pilotos do RS. As fotos que envio a você são da participação de José Asmuz em dupla com Aristides Bertuol na carretera Ford #37. Na primeira foto aparecem perseguindo a carretera Chevrolet #2 de Ivo Rizzardi/Caetano Damiani, e na outra estão atrás do  DKW #60 de Antonio Serrador/Moisés Saubel do RJ.
A classificação da prova foi:
1) Orlando Menegaz/Italo Bertão, Chevrolet n° 9
2) Christian Heins/Francisco Landi, JK n° 1
3) Mario Olivetti/Ailton Varanda, JK n° 5
4) José Asmuz/Aristides Bertuol, Ford n° 37
5) Ivo Rizzardi/Caetano Damiani, Chevrolet n° 2
6) Mario Cesar Camargo F°/ Bird Clemente, DKW n° 10

Luiz Borgmann









José Asmuz 


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As fotos acima meu amigo Luiz Borgmann recebeu de seu amigo José Asmuz, um incrível arquivo do campeão que ele divide conosco, e tem muito mais!
Destas fotos que recebi dele já existem algumas historias que depois conto.

Obrigado Borgmann, um forte abraço.

Rui Amaral jr   

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

José Asmuz por Luiz Borgmann


 José Asmuz em sua carretera.


Olá Rui, boa noite,
Sim o José Asmuz, o Turco, faleceu ontem 01 Agosto, aos 88 anos, sua esposa já havia falecido no ano passado.
Vou aproveitar este momento para enviar a você algumas fotos que havia recebido dele quando fez 80 anos.

Na foto onde aparece o motor da carretera, ele está com o mecânico Homero Zani. Talvez esse seja o motor ao qual o grande Bird Clemente se refere em seus comentários.

Opala D3 de Asmuz. 

Na foto onde aparece a largada das 12 Horas de 1962, realizada no circuito da Cavalhada-Vila Nova, suponho de Asmuz seja este que se dirige ao DKW #23. Nesta mesma foto também se pode identificar o Henrique Iwers , DKW #9, também Antonio Pegoraro no Simca #17. Em outra foto, na mesma prova, o Simca #17 de Pegoraro e Dante Carlan também está sendo perseguido pelo DKW #23.
As fotos da carretera exposta no antigo Museu da Ulbra (já desativado) vê-se que ela foi mantida sem qualquer tipo de restauro desde o abandono das pistas, exatamente como havia participado de sua última prova. Anos depois, foi reativada para participar de uma volta noturna em Tarumã quando Asmuz foi homenageado antes da realização das 12 Horas, a carretera nesta ocasião fumaceou bastante devido ao longo período de inatividade, mas completou o circuito de 3.016m.(matéria do jornal Zero Hora).





Aí Rui um grande abraço, até breve.

Luiz Borgmann

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Algum tempo atrás em conversa com o Borgmann pedi que ele transmitisse ao Asmuz minha admiração e enviasse um abraço. Hoje Borgmann volta nos trazendo assim como o Bird um réquiem ao amigo.

Um forte abraço Borgmann,

Campeões não morrem, apenas sobem e viram História!

Rui Amaral Jr 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Conta Borgmann...

AUSTIN A40 DE CORRIDA. De corrida?







Se você já é veterano e passou dos 50 anos, old guys, como diria o Emerson, você sabe o que é um Austin A40.
Pois é, aquele carrinho franzino, que vendeu aos milhares no Brasil, não era um tipo especialmente destinado às competições. Motor 1200 quatro cilindros, 40 e poucos HPs, suspensão dianteira com molas helicoidais e traseira semi-elíptica, alto centro de gravidade, rolling acentuado nas curvas. Era mais um pacato carrinho para a família, que chegou ao Brasil no início da década de 1950.
Aqui no sul do Brasil, em Porto Alegre, havia uma pista de corridas em um circuito de rua improvisado, chamado Circuito do Parque Farroupilha, anti-horário, montado em torno do parque do mesmo nome (Parque da Redenção).

Cuchiarelli e seu A40 ao lado do Renault 4CV.
#76 DKW 900 de Karl Iwers.
#12 SIMCA 8 da Gabrielauto.
Simca de Cuchiarelli e Aldo Costa nas 500 Milhas de Interlagos  1962.

Pois ali o piloto gaúcho Gabriel Cuchiarelli desenvolveu seu Austin A40, competindo na categoria até 1200cm3, contra Renault 4CV, DKW Auto Union, Simca 8 e outros. Mais tarde as corridas também passam a ocorrer no circuito da Pedra Redonda, zona sul de Porto Alegre, quando então Cuchiarelli já está a bordo de um Simca 8 (Gabrielauto). Desde já se observa a preocupação com a aerodinâmica, sendo confeccionados novos cofres de motor e carenagens de radiador, inspiração buscada nas corridas dos hermanos na Argentina, onde o esporte era muito desenvolvido. Também pode ser visto o DKW 900 de Karl Iwers. Mais tarde, Cuchiarelli teve algumas participações com Simca Chambord, como na foto  com Aldo Costa em Interlagos nas 500 Milhas de 1962 (observe a placa de sinalização com o tempo de volta). Meu pai trabalhou na concessionária Austin, e depois, no mesmo local, a partir de 1959, na concessionária da Simca do Brasil. Início da década de 1960, ainda garoto, fui até a oficina e vi chegando uma carreta com dois Simcas de competição de fábrica, #26 e #44. Logo os carros foram cobertos por uma lona. Essa história fica para outra ocasião.

Luiz Borgmann

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Conta Borgmann...

CARRETERA x OPALA = onde irão se encontrar?
 José Cury Neto em Curitiba.
Opala D3 de Nelson Ely Filho.


Olá Rui, olá amigos,

O ano de 1968 marca, no sul, o fim do apogeu das carreteras no Sul.  Realizada a última corrida em pista de rua improvisada, os 500 km de Porto Alegre, no Circuito da Pedra Redonda, teve a vitória incontestável do BMW de Francisco Landi e Jan Balder. Em seguida será inaugurado o Autódromo de Tarumã, e a única carretera que ainda se mostrará competitiva será a do paulista Camilo Christófaro.

"Seu" Chico e Jan com o troféu da vitória dos 500 KM...à esquerda Vitório Andretta segundo colocado e direita Henrique Iwers terceiro.

A carretera do Catharino Andreatta, no Sul, tinha muitos admiradores.
A história da carretera vem de SP, nas mãos de José Gimenez Lopes, que importou motor e câmbio de Chevrolet Corvette para seu Chevrolet visando  a participação nas Mil Milhas Brasileiras em 1957. Mais tarde, quando passou às mãos de Camillo Christófaro, teve a carroceria rebaixada, freios a disco nas 4 rodas, e outros aperfeiçoamentos. Foi vendida depois ao paranaense José Cury Neto, que depois a vende ao gaúcho Catharino Andreatta.
Encerrada a fase das carreteras, o piloto Ruy Souza Filho adquire o carro e participa de vários km de arrancada.

 José Gimenez Lopez e o motor Corvette V8.
Gimenez Lopez nas Mil Milhas Brasileiras de 1958.
Nelson Ely Filho X Ruy Souza Filho em Lajeado 1978
Ruy Souza Filho arrancada em 2 de Agosto de 1969.
Ruy Souza Filho.
Pedro Victor e o Opala D3.

Eis que o piloto gaúcho Nelson Ely Filho adquire o Opala 4 portas que pertencia ao piloto de SP, Pedro Victor de Lamare, este passando aos GM de 2 portas.
Vale lembrar que os dois veículos mencionados são de épocas diferentes e nunca haviam competido juntos, mas...
Em 1978 o Opala e a carretera se encontram para medir forças em um KM de Arrancada, na cidade de Lajeado (RS). Dizem...dizem...que foi uma das poucas derrotas que a carretera sofreu. Será que foi nesta prova?
Hoje, restaurada, a carretera se encontra no Museu do Automobilismo Brasilweiro (Paulo Trevisan) em Passo Fundo(RS). Tive oportunidade de ver a carretera restaurada, maravilhosa...
A respeito de um comentário no seu blog, questionando o paradeiro da carretera "Brigite" que pertencia ao Catharino Andreatta: penso que a carretera #2 que mede forças com a #75 na foto abaixo, seria a famosa Brigite. Será? 

Um abraço


Luiz Borgmann

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Conta Borgmann - Quem?

No desafio proposto pelo Borgmann alguns amigos estão impedidos de participarem por motivos óbvios, então vamos ver quem pilota a carretera #20 e o Opala D3 #23 e a origem destes carros.



segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Conta Borgmann...

A CARRETERA ARGENTINA (TC) QUE FOI TENTAR A SORTE NA EUROPA
 Embarque da TC no transatlântico, rumo à Europa.
Página da revista com a propaganda de um dos patrocinadores.

Em 1953, o automobilismo argentino dominava o cenário latino-americano, especialmente com Juan Manuel Fangio, que já brilhava nas competições da Europa.
ERNESTO PETRINI, piloto que brilhava nas corridas de estrada argentinas (TC Turismo Carretera) acreditava que sua carretera Ford com motor 4.500cm3 faria sucesso nas pistas européias. Aprontado o carro, foi feita a apresentação à imprensa, tendo inclusive a presença do presidente argentino General Juan Perón, que era um apreciador das corridas de automóveis, apoiando o esporte e levando seu nome pintado nos carros.

 Apresentação da TC de PETRINI com o Gen  JUAN PERÓN. Note o motor V8 flathead com 4 carburadores. 
 Revista COCHE A LA VISTA de Julho 1953 ( na capa estão os três irmãos GÁLVEZ todos pilotos da TC com sua mãe).

A carretera foi embarcada no transatlântico argentino "EVA PERÓN", no qual também seguiu o piloto ERNESTO PETRINI, seu co-piloto FIORENTINI e o jornalista OSVALDO AGUILAR que enviaria as matérias cobrindo a participação.
A intenção do piloto PETRINI era de participar da corrida Liège-Roma-Liège na categoria esporte, com extensão, non-stop de 3.500 km.
Esta corrida já tinha sido vencida em 1951 pelo Jaguar XK120 de Johnny Claes e Jacques Ickx (pai do piloto de F1 Jacy Ickx), e em 1952 vencido por um Porsche 356.
Talvez julgando o percurso excessivamente longo e também considerando a necessidade de carros de apoio, PETRINI anuncia sua decisão de não participar mais. Informa então que participaria de algumas provas locais na categoria esporte e também de subida de montanha. Participou ca corrida de AOSTA onde chegou em 5° lugar, prova vencida por SCOLTI com Ferrari.
Assim, PETRINI retorna à Argentina e se prepara na participação da IV Carrera Panamericana, no México, com um automóvel Lincoln na categoria Turismo.

Revista COCHE A LA VISTA de Dezembro 1953 em que aparece o Lincoln #64 de PETRINI durante a IV Carrera Panamericana.
Um Porsche se preparando para a largada.
Foto da equipe Porsche de apoio;

A IV Carrera Panamericana de 1953 teve como vencedor Juan Manuel Fangio Lancia)com o tempo de 18h11min à média de 169,220kph. Na categoria Turismo o vencedor foi o norte-americano CHUCK STEVENSON (Lincoln) com o tempo de 20h31min à média horária de 149,910kph. PETRINI (Lincoln) chegou em 9° lugar coim o tempo de 22h28min.

Luiz Borgmann