A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Conta Borgmann...

AUSTIN A40 DE CORRIDA. De corrida?







Se você já é veterano e passou dos 50 anos, old guys, como diria o Emerson, você sabe o que é um Austin A40.
Pois é, aquele carrinho franzino, que vendeu aos milhares no Brasil, não era um tipo especialmente destinado às competições. Motor 1200 quatro cilindros, 40 e poucos HPs, suspensão dianteira com molas helicoidais e traseira semi-elíptica, alto centro de gravidade, rolling acentuado nas curvas. Era mais um pacato carrinho para a família, que chegou ao Brasil no início da década de 1950.
Aqui no sul do Brasil, em Porto Alegre, havia uma pista de corridas em um circuito de rua improvisado, chamado Circuito do Parque Farroupilha, anti-horário, montado em torno do parque do mesmo nome (Parque da Redenção).

Cuchiarelli e seu A40 ao lado do Renault 4CV.
#76 DKW 900 de Karl Iwers.
#12 SIMCA 8 da Gabrielauto.
Simca de Cuchiarelli e Aldo Costa nas 500 Milhas de Interlagos  1962.

Pois ali o piloto gaúcho Gabriel Cuchiarelli desenvolveu seu Austin A40, competindo na categoria até 1200cm3, contra Renault 4CV, DKW Auto Union, Simca 8 e outros. Mais tarde as corridas também passam a ocorrer no circuito da Pedra Redonda, zona sul de Porto Alegre, quando então Cuchiarelli já está a bordo de um Simca 8 (Gabrielauto). Desde já se observa a preocupação com a aerodinâmica, sendo confeccionados novos cofres de motor e carenagens de radiador, inspiração buscada nas corridas dos hermanos na Argentina, onde o esporte era muito desenvolvido. Também pode ser visto o DKW 900 de Karl Iwers. Mais tarde, Cuchiarelli teve algumas participações com Simca Chambord, como na foto  com Aldo Costa em Interlagos nas 500 Milhas de 1962 (observe a placa de sinalização com o tempo de volta). Meu pai trabalhou na concessionária Austin, e depois, no mesmo local, a partir de 1959, na concessionária da Simca do Brasil. Início da década de 1960, ainda garoto, fui até a oficina e vi chegando uma carreta com dois Simcas de competição de fábrica, #26 e #44. Logo os carros foram cobertos por uma lona. Essa história fica para outra ocasião.

Luiz Borgmann