A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

FURACÃO BELLOF

Bellof e a Tyrrel no GP da Alemanha 1985.
Mônaco 1884.

As carreiras de Ayrton Senna e Stefan Bellof sempre possuíram algum paralelo. Sucesso nos Karts, bons resultados nas Fórmulas de promoção e o cruzamento de seus rumos no histórico GP de Mônaco em 1984. Daí para a frente então, destinos diferentes: Bellof, morto em um acidente em Spa-Francorchamps no ano seguinte e Senna, falecido em acidente em Ímola, dez anos depois. A trajetória de Senna é bastante conhecida, atentemos portanto, para Bellof, piloto alemão cujo nome é sempre citado junto ao de Ayrton, como os “vencedores morais” daquele encharcado GP monegasco. Stefan nasceu em Giessen. Franzino e de cabelo desgrenhado, começou a competir nos Karts em 1973, ficando nos micromonopostos por sete anos, tornando-se campeão alemão. Ainda em 80, passa para a Fórmula Ford 1600 de seu país, vencendo sete corridas. 
Na Formula Ford 1.600.
Testando a MacLaren em Silverstone no mesmo dia de Ayrton.

No ano seguinte, ao mesmo tempo em que experimenta a FF2000, arrisca-se na Fórmula 3 alemã,vencendo três provas. Bellof acaba atraindo a atenção de Willy Maurer, que o leva para sua equipe de Fórmula 2 em 1982. Verdadeiro furacão, vence em suas duas primeiras apresentações na categoria, em Silverstone e Hockenheim. Mas os motores BMW não são páreo para os Mugen e termina na quarta posição no campeonato. Em 1983, alterna a F2 com as provas de Protótipos. Na Fórmula 2 os resultados são fracos, mas para a Porsche, vence em Silverstone, Fuji e Kyalami, estabelecendo ainda o recorde de volta definitivo em Nurburgring: 6m25,91. Em 84 estréia pela Equipe Tyrrell na F1 e com os Protótipos, pilotando o Porsche 956 em dupla com Derek Bell, supera os grandes nomes da categoria, vencendo em Monza, Nurburgring, Spa-Francorchamps, Ímola, Fuji e Sandown Park. Ao final da temporada, torna-se campeão mundial de Protótipos, onze pontos à frente de Jochen Mass.

Na Fórmula 1 porém, tem seus resultados cassados após a Tyrrell ser desclassificada por irregularidades. Talvez por isso em 1985, resolve focar sua atenção à F1, onde teria de partir para um novo começo. Ao mesmo tempo, continua competindo nas provas de Endurance, até por uma questão financeira. Em 1º de setembro, está participando nos 1.000 Km de Spa em dupla com o local Thierry Boutsen. Larga da 22ª e última posição,mas recupera-se e na altura da 78ª volta, já está em perseguição a Jacky Ickx, a quem tenta ultrapassar na temida Eau Rouge. Choque inevitável, embora hajam controvérsias, Ickx teve sorte pois seu carro bate de traseira nos rails,depois de rodar; Bellof, no entanto, bate de frente à 200 km/h e o carro pega fogo. É o fim. Muito se discutiu em todos esses anos,sobre a participação de Jacky Ickx nessa tragédia. Teria Ickx se sentido ultrajado ao ser suplantado pelo jovem alemão atrevido, em Spa, “sua” pista e diante de sua torcida? A título de curiosidade, podemos dizer que as investigações sobre a causa do acidente podem não ter ido tão a fundo, pois o piloto belga era na época o administrador da lendária pista...

Carlos Henrique Mércio - Caranguejo

Bellof e Ickx na Eau Rouge.

O impressionante acidente de Spa visto do carro de Ickx.

A CARREIRA