A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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domingo, 1 de junho de 2025

Marinho, Bird e Alfredo!

 

Bird

 Bom dia meu amigo Rui,

Aí seguem fotos e vídeos da nossa festa de aniversário de um ano da Clássicos de Competição em 13/06/2010. Foi uma homenagem aos pilotos Marinho (Mario César de Camargo Filho) e Bird Clemente da Equipe Vemag dos anos 60.

Os carros madrinha foram uma carretera DKW pilotada por Bird Clemente acompanhado do Ceregatti e um Malzoni pilotado pelo Marinho acompanhado por mim. Os dois ficaram muito emocionados sendo que o Marinho chorou copiosamente enquanto dava as duas voltas de apresentação na prova comemorativa com os carros clássicos.

Foi muito gratificante para mim também e ficou registrado na minha memória para sempre. Foi um dos dias mais marcantes da minha vida.

Foi a última vez que o Marinho e Bird pilotaram carros de corrida e o mais marcante que foi na pista de Interlagos onde começaram as suas trajetórias de sucesso.

Nunca mais andaram em alguma pista até nos deixarem partindo para um plano superior.

Tenho muita satisfação de ter realizado este presente para eles...

 

Alfredo Ghere



Marinho e Bird
Marinho no Landi-Bianco/DKW
A bela carretera DKW com Marinho

Largada em Piracicaba com as Berlinetas na segunda fila
Marinho
Marinho e Bird no Velocult

Entre Marinho e Bird meu amigo Miguel Crispim Ladeira que com Jorge Letry deu o suporte às inúmeras vitórias deles e de meu amigo Chico Lameorão, que está ao lado de Marinho.
Marinho. Crispim e Bird
Em Interlagos na homenagem.
Bird
Walter Hahn Jr, Chico, Marinho, Alfredo, Bird, Crispim e Edmar Della Barba, feras!

Marinho, Alfredo e Bird. 

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 Bem ... Ia escrever um prólogo para o texto e fotos que recebi de meu amigo Alfredo, depois percebi que seria descabido, pois o texto e as fotos se bastam. Mas, como também gosto de contar histórias aí vai. Quarta-feira que passou em mais uma feijoada do Paulão – Paulo Mello Gomes – já havia conversado com o Alfredo e papeava com meu amigo Elcio Pelegrini que fava de sua paixão pelos DKW. Assim que lhe disse que ia apresentá-lo ao Alfredo este aparece e lá ficamos conversando, quando o Alfredo me disse que enviaria este texto e as fotos. De Bird e Marinho nada tenho a dizer, foram meus heróis do final da infância e juventude, e são até hoje. Com Marinho tive pouco contato, mas foram fraternos e inesquecíveis, já com Bird tive a grande honra de ser amigo.

À memória dos grandes Bird e Marinho, e aos amigos Alfredo e Elcio.

 

Rui Amaral Jr

PS: As fotos da feijoada vem durante a semana,assim como outras que recebi do Alfredo com um Puma-DKW que está à venda.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

REVIVAL SHELBY 2018

Shelby - Rua Padre Machado nº 43 quase esquina com a Av. Domingos de Moraes

Neste sábado 8 de dezembro acontece o Revival Shelby 2018, um espetáculo de réplicas indescritível, meu amigo Ricardo Bifulco vai levar o Malzoni que o Chico Lameirão bateu o record de Interlagos.
Chico e Mestre Crispim lá estarão para autografar o carro e mais tarde ver o Ricardo correr com ele.
Lá estaremos à partir das 17h, abaixo a maravilha feita pelo Ricardo!

O Malzoni em que Chico bateu o record criação do Ricardo


Rui Amaral Jr 

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Injeção de água...

Cerca de trinta anos atrás, pode ser quase quarenta, vinha no carro conversando com um amigo quando ele começa a contar sobre um dispositivo que ele viu com um "engenheiro" que injetava água na câmara de combustão junto com o combustível, pois bem...ele testou em seu carro de rua  e depois pediu ao Crispim fazer o mesmo em seu Super Ve...outro dia enviei este vídeo que recebi de um amigo a ele, logo em seguida ele liga perguntando se eu lembrava...lembrava sim "seu" Chico inclusive o que o Crispim me contou...um dia com tempo você conta aqui!

Um abração Crispim, Chico  e amigos,

Rui Amaral Jr     

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Carcará

Jorge Letry o Carcará e Mario "Marinho" Cezar de Camargo Filho, em Interlagos. 
Retão de Interlagos ao fundo a saudosa curva Três.
 Ao Volante Norman Casar, de óculos Jorge Letry e boné Rino Malzoni.

"Caro Rui, bom dia. 
Com respeito ao motor do Carcará, quero informar que chegou no Rio para procedermos a aferição da marca, equipado com um motor de mais de 100 CV, e durante os primeiros testes em que notamos o problema de estabilidade direcional, sofreu um engripamento em um dos pistões e deve ter perdido em torno de 10% da potência, este fato era muito comum nos Motores DKW porque para obtermos melhor potência, trabalhávamos com mistura bastante pobre, em torno de 16 : 1 quando o certo seria de 15 ou 14 : 1, isto em função da perda de parte do poder de queima da gasolina 100 / 130 octanas em que adicionávamos óleo Castrol R, que prejudicava menos que os óleos 2 Tempo normais. Isto provocava um aumento de temperatura na câmara de combustão que fazia com que o pistão dilatasse ao ponto de prender nas paredes dos cilindros aumentando o atrito e, as vezes, prendendo os anéis de seguimento e prejudicando a compressão do Motor.
Tínhamos motor de + ou – 98 CV e poderíamos ter trocado mas o problema de estabilidade era mais importante e tínhamos pouco tempo para efetuar o teste, resolvemos então não substituir o motor, certo.
Rui creio que era isto que você queria saber.Qualquer dúvida entre em contacto.

Grande abraço,

Crispim "

Voando para o record...





O CARCARÁ foi uma criação do Departamento de Competição da VEMAG comandado por Jorge Letri, junto com Rino Malzoni e Anisio Campos, feito para estabelecer o record Brasileiro de velocidade para veículos até 1.000cc . Sua história é contada em muitas publicações e blogs e sites, aqui quero contar uma parte desta história que me foi contada pelo Crispim uns trinta anos atrás. 
Ontem liguei para o Crispim e perguntei se ele lembrava de ter me contado, e ele com aquela simpatia de sempre começou a contar de novo , ai eu disse põe num e-mail e me manda . Hoje ao abrir meu e-mail vejo ele contando o que segue .

Comentário e considerações minhas no post original de 14 de Abril de 2011, ao meu caro amigo Crispim meu muito obrigado, minha amizade e o respeito de sempre, um abração meu amigo.

Aos amigos João Carlos Bevilacqua e Fabio Farias.

Rui Amaral Jr

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Conta Ricardo...SOBRE SER PILOTO NO BRASIL, ANOS 60

SOBRE SER PILOTO NO BRASIL, ANOS 60
 1 - Quem eram os grandes feras desse tempo? Quem eram as velhas lendas?

Crispim, Bob Charp, Ricardo, Amador Pedro e Chico Lameirão..."apenas" uma miríade de campeonatos vencidos por estas feras!  

Amigo Walter,

Essa é uma questão a qual eu me encontro com limitações para responder com total responsabilidade especialmente nos pontos de qualificação dos pilotos. Posso certamente expressar sobre os pilotos que me causaram direta impressão nos idos dos finais dos anos 60.

Bird e Jorge Lettry
Os incríveis DKW, aqui uma carretera pilotado por Marinho.
 Crispim, Chico e Marinho.

Eu deveria começar pelo Bird Clemente que foi e é para sempre um ícone de inspiração para todos os pilotos com desejo de aprimorar suas observações sobre pilotagem e manobras. Bird pilotou com absoluto êxito os tração dianteira Vemag - DKW e os críticos curto de entre eixos Alpine/Interlagos - Berlinetta. Dois pequenos monstrinhos com enorme diversidade operacional e desempenho. Em ambos, Bird foi completo. Em ambos fazia equipe com o que havia de mais competitivo na época: na Vemag-DKW em dupla com Mario Cesar de Camargo Filho o Marinho e na Willys entre outros bravos, com Luiz Pereira Bueno. De um lado nos boxes com o engenheiro Jorge Lettry adiante de outro com o chefe de equipe dos chefes no Brasil, Luiz Antonio Grecco. Uma poderosa e inigualável salada de conhecimento do automobilismo de competição, suas improvisações e soluções enquadradas dentro um regulamento tão elástico quanto mecânico onde asas, barbatanas, spoilers e aerofólios eram desconhecidos.

 As incríveis Berlinetas pilotadas com maestria por Luiz e Bird, nas fotos no GP IV Centenário no Rio de Janeiro enfrentando carros com maior potencia! 

A evolução das Berlinetas o Willys Mark I vencendo as Mil Milhas Brasileiras de 1967, #21 Luiz Pereira Bueno/Luiz Fernando Terra Smith e #22 Bird Clemente e Marivaldo Fernandes.
Os incríveis Gordini da equipe Willys...tomando a curva num nítido sobresterço!

Esse conjunto de capitães nas suas respectivas áreas geraram monstros da mecânica de competição como Nelson Enzo Brizzi mais a imagem é indelével e o completo Miguel Crispim Ladeira.
Preciso ser conciso e deixar claro que uma miríade de outros extraordinários e históricos participantes mereceriam citação e mensagem. Mas este contexto responde uma pergunta pessoal quer em observação quer em apreciação.

2 - Quais os melhores carros desse tempo?

Esta é uma resposta que merece atenção e sobretudo objetivo do que pode ser considerado o melhor carro sob o ponto de vista esportivo e formação de pilotos.

Foi um privilégio a Ford Willys associada a Renault na época no Brasil buscar produzir o projeto do Jean Rédélé - Alpine/Interlagos no que tange a formação de pilotos e pilotagem. Carro campeão dos Alpes nos idos dos anos 50 tratava-se de um veículo extremamente difícil de conduzir em alto desempenho mas que propiciava recursos de pilotagem uma vez dominado como acesso a tangência das curvas num angulo ou corda mais profunda o que propiciava aceleração completa em "full drift"- derrapagem controlada com tração.

O detalhe da tração era visceral na condução esportiva desse carro que possuía uma suspensão semi-elíptica atrás bem conhecida de nós através do Fusca. Esta tinha tendência a suspender a  roda interna nas curvas e perder tração por ausência na época do sistema de autoblocante que na real deformou em muito a capacidade de pilotagem ao nivelar centenas de pilotos que jamais teriam desempenho no nível dos dois pilotos acima mencionados.

Uma exacerbada afinação e sensibilidade era exigida do piloto em alto desempenho para não permitir perda de tração nesse carrinhos o que rapidamente resultava e perda de controle por perda de tração. Este detalhe é diferencial e muito importante. Observando Bird e Bueno podia-se ver claramente que o primeiro lançava com total segurança o carro em full drift enquanto que o segundo "navegava" o carro como se estivesse cortando marola e o resultado era de total competição entre ambos num nível de difícil discernimento de quem desempenhava melhor.

Observar esta dupla nos dias de ontem foi e é uma glória. Anos mais tarde eu vi o Ronie Peterson fazer o Sol inteiramente nas quatro em drift de controle da saída de frente chamando a traseira no acelerador no seu Lotus F-1 que na época tinha 40% de autoblocante. Naqueles tempos, idos dos anos final de 70 os pneus ainda não resistiam em coeficiente de aderência a um blocante mais presente ou nos tempos atuais...controlados eletronicamente...!!!

Ronnie em Monaco 1973...

Viva Bird e Bueno, um legado de perícia inestimável perdido na bacia de estupidez de um país que teima em não entender que o esporte motor é apenas a primeira indústria geradora de negócios, oportunidades e desenvolvimento técnico de um país - vide a Inglaterra.

Ricardo e Luiz na Inglaterra.
 Luiz Pereira Bueno toma com maestria em seu March 721 o Bico de Pato em Interlagos no GP Brasil 1972
500 KM de Interlagos 1972 - Luiz à frente de Reinold Joest na curva Dois.
Luis no Bino, a tocada do Mestre era rápida e suave.


Foquei nessa dupla impagável em detrimento de um batalhão de outros gênios do volante que, peneirados, quer por pilotagem, quer por apoio e patrocínio, quer por sorte e oportunidade, nos deram oito títulos mundiais.

1970 Torneio BUA de F.Ford, Ricardo vence a primeira bateria à frente de Emerson.

O Brasil nunca mais será campeão porque enquanto dormimos imbecilmente nos louros destes campeões vitoriosos o mundo não parou desenvolvendo categorias e oportunidades no esporte motor disciplinado, regrado e de desenvolvimento total.

Ricardo Achcar

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Lendas..

Toca o telefone, atendo e falo"fala Biju!" ( na verdade digo "fala Bijuca!" mas não ia comentar isto com todos sobre  uma pessoa tão séria quanto o senhor Benjamim Rangel!rs) de lá ele diz"estou tomando uns chops com uns amigos..." e na continuação querendo me enganar entra alguém e continua a conversa "pois é estava com o Ricardo - Achcar-..." na terceira palavra saco de cara que quem  falava então era o Crispim - Miguel Crispim Ladeira - amigo de tanto tempo, gente que mora em meu coração.
Pois é sempre assim, o Biju sempre tentando me enganar, outro dia foi com seu primo Gil e o Wagner - Gonzalez - e outro dia foi o Julio Caio - Azevedo Marques - ligando do telefone dele, não me enganam nunca!
Aí vocês me perguntam o por que do titulo "Lendas"...apenas por que são lendas vivas e com a graça de Deus somos todos amigos e sempre que podemos estamos juntos.

Crispim e o senhor Rangel fingindo derrubar um Scotch ontem à noite!
Maneco Combacau, Julio Caio de óculos, Crispim, Wagner dois senhores que não recordo o nome agora e sorrindo Ricardo - Achcar.
 Ricardo - Bock- Crispim e eu na FEI.

Ao Crispim, Biju e todos os amigos meu abraçalhão.

Rui Amaral Jr

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

CANCHA RETA V - Formula Ford 1971

TRÍPLICE COROA
Figurinha do álbum "Brasil Pátria Amada" 1971 cedida por Pedro Hiraoka.
Chico e Sergio Mattos.
Pedro X Clóvis.


É, meu caro leitor. Quando pensavas que eu ia esquecendo deste empolgante relato, eis que volto com a conclusão da saga Cancha Reta- Tríplice Coroa ou como foi a disputa do primeiro Campeonato Brasileiro de Fórmula Ford em 1971. Bom, depois de quatro corridas onde constatou-se a superioridade do F/F #14 de Francisco Dias Lameirão, preparado pelo Miguel Crispim Ladeira, acompanhado de perto pelo #84 de Pedro Victor DeLamare, pudemos ver que os pilotos gaúchos aprendiam rápido: Claudio Ricardo Muller, F/F #11 e o #22 de Clovis de Moraes haviam progredido muito. 

Claudio Muller.
Clovis Moraes.
Leonel.
Pedro Carneiro Pereira.

Na etapa decisiva então, outra vez em Tarumã, a concorrência tinha objetivos diferentes: enquanto alguns pensavam em carimbar a faixa do campeão, outros prometiam que se Chico vencesse, haveria protesto. E assim foram para o grid. Lameirão, largou na frente e foi seguido por Clovis, Muller, PV DeLamare e Pedro Carneiro Pereira. E quem estava esperando muita disputa, ficou frustrado. Chico Lameirão só recebeu alguma pressão de Clovis de Moraes, que para acompanhá-lo, estabeleceu a volta mais rápida da bateria (1m17’73). Terminaram juntos, mas com o paulistano à frente. Entre os ponteiros, alteração só nas posições de Pedro Carneiro Pereira e Leonel Friedrich, com Leonel à frente. Mas ainda tinha mais. Na segunda série, Chico mais uma vez deu as cartas e “correu de pijama”. Marcou até a melhor volta, (1m17’55) e outra vez terminou à frente de Clovis. Pedro DeLamare conseguiu superar Claudio Muller, que ao tentar dar o troco, rodou o F/F #11 na saída do Tala Larga. Com habilidade porém, manteve-se adiante de Friedrich. Incidente a registrar, só a batida no guard-rail de Alex Dias Ribeiro, que fraturou o pulso. Após a corrida, o carro do vencedor foi protestado quanto ao seu peso e teve aberto o motor. Nenhuma irregularidade foi encontrada e Francisco Lameirão, sagrado campeão brasileiro, paulista e gaúcho de Fórmula Ford. A categoria dava seus primeiros passos no Brasil e gaúchos e paulistas a disputariam ferozmente por duas décadas e meia. Papo para outra vez.

CARANGUEJO

 Alex Dias Ribeiro envolve-se em acidente e acaba no guard rail.  


RESULTADO



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NT: Dedico estes posts à todos meus amigos que disputaram a primeira temporada da Formula Ford no Brasil, foi uma pena a categoria ter acabado, e especialmente ao Chico e Crispim, amigos de longa data e ao Caranguejo fiel escudeiro e autor de belas páginas de nossas historias.
Agradeço também ao meu amigo Luiz Henrique Pankowisk que me presenteou com sua coleção da revista Quatro Rodas de onde digitalizei as fotos deste post.

À todos um forte abraço,

Rui Amaral Jr