A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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sexta-feira, 16 de maio de 2025

Potência é tudo.

Na bela foto, que me parece na Subida do Café, Greguinho vem liderando.


 1982 – Quando escrevi “Pé no fundo, anel externo” contei que no Campeonato Paulista da D3 daquele ano fizemos uma corrida pelo desafiante Anel Externo de Interlagos, no mesmo dia correram os monstros da Turismo 5.000, em sua grande maioria Mavericks com o motor 302 pol ou 4.984cc, que com a preparação permitida gerava 320/350 hps, e faziam todas suas corridas pelo mesmo circuito.

Antes da corrida conversando com meu pessoal comentava, talvez ingenuamente, que nossos VW D3 com 1.600cc e com meros 150/155 hps, isto os carros de ponta, deveriam virar tempos parecidos ou até mais rápidos que os Mavericks. A nosso favor, os pneus slicks, freios a disco nas quatro rodas, menor peso, quase a metade e outros. Só me esqueci de um pequeno detalhe, da saída da curva Três, até a frente dos boxes é uma subida só, mais acentuada da Quatro até o Café, mas sempre subida, e aí como me disse Bob Sharp “potência é tudo!”. Não lembro meu tempo de classificação, mas na corrida fiz a melhor volta como tempo de 1`03”90/100, à um média de 180 kmh.

O carro de Greguinho da Escuderia Lobo do grande e saudoso Camilo Christofaro o Lobo do Canindé. 


Pois bem, outro dia, depois de tanto tempo perguntei ao amigo Joannis “Greguinho”  Lykouropoulos que corria na T.5000 e era piloto de ponta e a resposta dele;

“A Turismo 5000

Em 1982, largavam apenas 33 carros, em média tinham 40 carros inscritos, foi o ano apogeu da categoria. A volta na época pelo anel externo em 1.02 minutos. Na reta alcançavam 240 por hora, a média era de 185 kmh.



Os motores tinham preparação livre, mas era restringida no carburador que era bijet, mas com livre preparação interna, mais ou menos 370 hps. Pneus eram radiais, a maioria dos pilotos de ponta usava os Goodyear de aço, eram mais rápidos que os Pirelli CN 36. Os freis a disco apenas nas rodas dianteiras.”

Lembro que na época certo dia meu carro parou um pouco depois do meio do Retão, e fiquei lá observando os Mavericks treinarem, quando eles passavam por mim o deslocamento do ar era grande, impressionava, eles saiam da curva Dois bem mais lentos que nossos VW D3, mas ganhavam velocidade rapidamente, e passavam por mim acredito que aos 240 kmh que fala o Greguinho, lembro que num dos treinos para aquela corrida pelo  Anel Externo peguei um vento de traseira e se não me engano cheguei à Três à 217 kmh, pelo circuito completo era cerca de 207/210. A grande diferença era a freada da curva Três, os Bichões vinham tirando o pé cerca de 200 metros antes, para frear faltando uns 150 metros, já os VW mais rápidos freavam na placa dos 50 metros, alguns mais ousados até um pouco depois!

Notem que nos 3.100 metros do Anel Externo e no tempo que eles viravam e nós, à cada 30 voltas eles abriam uma em nós, ou seja mais ou menos 100 metros por volta.   

Valeu Joannis, obrigado.

 

Rui Amaral Jr

 

terça-feira, 26 de abril de 2022

Tempos...

 

Mestre Luiz à frente de Joest, 500 KM de 1972.

  Então vamos bater um papo, uma conversa informal, eu daqui matutando.

Ontem ao postar sobre as 250 Milhas de Interlagos 1971 -GP Iguatemi- fiquei matutando sobre os tempos de voltas.

Logo de cara vi um erro sobre a melhor volta de Luiz na prova, 58.100/1000 para os 3.207 km do Anel Externo de Interlagos, ao fazer o calculo me deparei com uma velocidade média de 199.02 km/h, ao contrário do 187.599 km/h da revista QR. Usei para tanto o site https://www.calkoo.com/pt/tempo-velocidade-e-distancia .

Lembremos que em 1971 os pneus slicks ainda não eram utilizados, no ano seguinte nos 500 KM de Interlagos Luiz já com o carro mais acertado e com slicks virou na classificação o tempo de 53.864/1000 segundos à velocidade média de 214.34 km/h (segundo o site acima citado), quase cinco segundos mais rápido. Carro mais acertado para competir com as feras, pneus slicks...

Comparando com Silverstone 1971 quando a pole foi de Clay com o tempo de 1`18”100/1000 e depois em 1973, já com os slicks Ronnie cravou a pole com 1`16”300/1000 e Zetwelg 1971 quando a pole foi de Siffert com 1`37”440/1000 e em 1972 de Emerson com 1`35”970/1000

 Luiz ganhou cerca de 2 segundos com os slicks e o resto de acerto e conhecimento do carro, fora a batalha com iguais, coisa que não aconteceu em 1971.

Lembro de conversar com o Luiz sobre o 908/2 mais de uma vez, e ele contou ao nosso amigo Chico que com o tanque de combustível cheio tirava de leve o pé para fazer a curva Um de Interlagos, e do meio tanque para baixo fazia cravado, isto à mais de 250 km/h!

250 Milhas 1971
500 KM 1972

Hoje pensando melhor lembrei que um amigo que corria com Puma 2.000cc virou, não lembro se nesta corrida 1`13”, então errei ontem, duvido que estes VW D3 com os Cinturatto e o Simca virassem abaixo dois 1`18”.  

A quase panca de Luiz em 1971.

Rui Amaral Jr