A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 2 de abril de 2024

CULTURA DO AUTOMÓVEL - Abril 2024

 


sábado, 9 de março de 2024

Tigrão

 

Fotos de meu amigo Rogério DaLuz.


  Wilson Fittipaldi Junior foi um empreendedor, um realizador de sonhos, não fui seu amigo, mas o conheci e temos, ou tivemos, muitos amigos em comum.

Empreendedor, realizador, mas acima de tudo quando sentava em um carro de corridas acelerava, e muito, um tremendo bota, um talento natural.
Com quase quatro anos mais que seu irmão Emerson, tinha a mesma velocidade, a mesma capacidade de acerto de um carro de corridas, o mesmo talento.

Com o KG-POrsche da Dacon a frente de Luiz Pereira Bueno e Bird Clemente.
Formula Dois no Brasil.


Abandonou uma carreira onde poderia ter o mesmo sucesso do irmão, ou Pace, e foi concretizar um sonho. Eu, mesmo sendo critico da forma, jamais deixei de ser um apoiador e entusiasta do projeto, e faltou apenas um tantinho   para seguir e dar certo.
Mais tarde voltou a correr no Brasil, e para perpetuar a glória escrita no troféu venceu com seu filho Christian as Mil Milhas Brasileiras, criação de seu pai Wilson Fittipaldi e Eloy Gogliano décadas antes. Venceu em outras categorias com a Stock Cars, mais tarde mostro a vocês, com fotos de meu amigo Carlinhos.
Lembro de muitas corridas dele, de Gordini, Berlinetta, KG-Porsche e mais tarde com os Formula 2, Um e os Esporte Protótipos.
Lembro muito bem, estava perto do "S" original de Interlagos, hoje Autódromo José Carlos Pace, ele com a Lola T70, não lembro se a branca ou a amarela. Foi provavelmente na Copa Brasil de 1971, quando corri em Estreantes e Novatos.
Se me falha a memória da data exata, de meus olhos e minha mente não saem a visão dele chegando à curva naquela pequena reta que levava da curva do Laranja à primeira perna do "S" à direita. Freava forte, o bico do carro quase raspando o asfalto, a traseira abanando, enfiava uma marcha, provavelmente a primeira, tomava a curva e um pouco adiante do ponto de tangência pisava fundo naqueles talvez 50/70 metros que levava até o Pinheirinho, a segunda curva do "S", o original. A frente do carro levantava, entrava outra marcha e contornava o Pinheirinho forte, saindo na zebra de fora acelerando a caminho do Bico de Pato. 
 
É Tigrão eu vi, e nunca vou esquecer! 

Rui Amaral Junior


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Wilson Fittipáldi Junior - 25 de dezembro de 1943 - 23 de fevereiro 2024 - Valeu Tigrão


Valeu Tigrão! Valeu pela linda história de garra e lutas, ao ChristianEmerson, familiares e amigos meu sentimento de pesar, o automobilismo está de luto, virou estrela uma das nossas referências.

Rui Amaral Jr

 

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Tigrão no Campeonato Europeu de Esporte Protótipos 1971.

 



 De um comentário do Barba no post sobre a T210/12, " O Wilson correu neste campeonato com um Abarth, acho que em 71. Lembro de ter lido a respeito na excelente revista argentina Parabrisas Corsa.", tentei encontrar algo a respeito, já que não me lembrava. Fui leitor assíduo da excelente Parabrisas Corsa, lembro bem que aos onze doze anos quando chegava em Montevideo ou Buenos Aires, logo ia a uma banca para compra-la.

Encontrei quatro participações do Wilson no Europeu de 2 litros, três com Chevron B19 Ford-Cosworth, que usava o mesmo motor da Lola T210/212 e uma com o Abarth 2.000 SP.
Meu post sobre a Abarth.

Em Hockenheim, com o Abarth, Wilson larga num excelente quinto lugar logo atrás de Merzario, piloto oficial da marca e de três Lolas T210.

Grid
Pole - Helmut Marko Lola T212 Ford Karl von Wendt Racing 2:07.300
2º - Vic Elford Lola T212 Ford Scuderia Filipinetti 2:07.300
3º - Jo Bonnier Lola T212 Ford Scuderia Filipinetti 2:07.400
4º - Arturo Merzario Abarth 2000 SP/71 Abarth & C. 2:07.400
5º  Wilson Fittipaldi Abarth 2000 SP Abarth & Co  2:07.500
6º - Toine Hezemans Chevron B19 Ford 2:07.700
Como podemos ver a categoria era disputadíssima as diferenças medidas em milésimos de segundo, e só feras na pista.
A vitória depois de duas baterias foi de Helmut Marko, que vinha fazendo uma bela carreira, tanto na F.Um como nos EP de cinco litros, e que meses depois venceria as 24 Horas de Mans. 
Resultado
1º - Helmut Marko Lola T212 Ford Karl von Wendt Racing
2º - Vic Elford Lola T212 Ford Scuderia Filipinetti
3º - Arturo Merzario Abarth 2000 SP/71 Abarth & C. 50
4º - Jo Bonnier Lola T212 Ford Scuderia Filipinetti

Assim como nas outras participações, com o Chevron, Wilson também quebrou em  Hockenheim.
Sem encontrar fotos do Tigrão na Abarth mostro uma da guerreira Lella, quando pilotou uma nos 500 Km de Interlagos 1972. Além dela e Merzario grandes pilotos italianos correram com a Abarth 2.000 SP, os irmãos Brambilla, Giovanni Salvatti, entre outros.

Lella


Chevron B19 Ford-Cosworth. Wilson ou Miles?


Na foto do Chevron, estavam inscritos em Hockenheim Wilson e John Miles, então companheiro de Emerson na Lotus, e não sei qual deles está na foto.   

Valeu Barba.

Rui Amaral Jr


sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Chapa - Flavio Cuono

 

À esquerda da foto Marcos Levorin, eu e o Chapa.





 Dia triste! Hoje Deus levou para junto de sua amada Mari meu querido amigo Chapa - Flavio Cuono -, com ele aprendi muito, nas dezenas e dezenas corridas que esteve ao meu lado, nas milhares de horas que fiquei ao seu lado enquanto ele fechava meus motores, e nas muitas e muitas horas de conversas, a última sentados por um longo tempo, num banco no Largo Cliper na Freguesia do Ó, onde todos que passavam o cumprimentavam com carinho.

À você Monica, filha amada e dedicada, fica o carinho que ele sempre lhe dedicou, a nós a saudades.
Velho... Você estará para sempre em minhas lembranças  e meu coração. Deus o tenha.



Rui Amaral Jr

domingo, 28 de janeiro de 2024

Lola T210/212

A T210 com Bonnier


 Uma pequena joia!


Na Europa a categoria Esporte/Protótipos até dois litros sempre foi muito disputada, nomes de respeito como Chevron, Porsche, Abarth, Alfa Romeo, Alpine, Ligier, e outros compunham um grid disputadíssimo.
Em 1970 foi disputado o primeiro Campeonato Europeu da categoria, e Erick Broadlei projetou e fabricou mais um pequeno foguete, a Lola T210, que nas mãos de Jô Bonnier venceu o campeonato.
O chassi semi-monocoque, na parte dianteira monocoque - honeycomb - até a antepara traseira do habitáculo, na traseira uma estrutura tubular que abrigava motor, cambio e suspensão. Cambio Hewland,  motor Ford-Cosworth de 1.800cc, gerava 245hp, por volta de 135hps/litro, um absurdo para época. 
O motor Ford-Cosworth não era exclusivo da Lola, outras marcas o usavam, como a Chevron. Em uma publicação encontrei uma referência a este motor como sendo metade de um Ford-Cosworth DFV da F. Um, nada mais errado, era um bloco de ferro fundido do Ford Kent, tinha sua cilindrada aumentada para 1.790cc, curso de 74.5mm e diâmetro 85,725mm, cabeçote de fluxo cruzado  da Cosworth com dois comandos  e quatro válvulas por cilindro, injeção de combustivél Lucas e outras modificações, girava 9.000 rpm,  era denominado Ford-Cosworth FVC.

Comprimento - 3.450 mm 
Largura - 1.670 mm 
Bitola 
Dianteira - 1.320 mm 
Traseira - 1.320 mm 
Entre eixos - 2.155 mm 
Peso - 550 kg

European Sportscar Championship

1ª etapa - Françça, Paul Ricard
Pole - Jo Bonnier, Lola T210
Vitória - Brian Redman, Chevron B16 Ford

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2ª etapa - Finlandia, Ahvenisto
Pole - Bonnier
1ª bateria - John Burton Chevron B16 Ford
2ª bateria - Jo Bonnier
Final - John Burton, Chevron B16 Ford

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3ª etapa - Salzburgring
Pole - Jo Bonnier
1ª bateria - Dieter Quester, Abarth 2000 SP
2ª bateria - Jo Bonnier
Final - Jo Bonnier

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4ª etapa - Anderstorp
Pole - Jo Bonnier
1º bateria - Jo Bonnier
2ª bateria - Jo Bonnier
Final - Jo Bonnier

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5ª etapa - Hockenheim
Pole - Kurt Ahrens, Jr. Abarth 2000 SP
1ª bateria - Jo Bonnier
2ª bateria - Jo Bonnier
Final - Jo Bonnier

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6ª etapa - Mugello - valeu também para o Campeonato Italiano.
Jo Bonnier não participou.
Pole - 
Final - Arturo Merzario, Abarth 2000 SP SE019

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7ª etapa - Pergusa - valeu também para o Campeonato Italiano.
Pole - Jo Bonnier
1ª bateria - Jo Bonnier
2ª bateria - Jo Bonnier
Final - Jo Bonnier

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8ª etapa - Nürburgring,  500 Km
Bonnier não participou
Pole - Brian Redman, Chevron-Ford B16 Spyder 
Final - Brian Redman, Chevron-Ford B16 Spyder 

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9ª etapa - Spa, 500 Km
Pole - Brian Redman, Chevron-Ford  B16 Spyder 
Final - Brian Redman, Chevron-Ford B16 Spyder 

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O 1º European Sportscar Championship terminou com Jo Bonnier entre os pilotos e a Chevron campeã de marcas.

Alguns dos protagonistas
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Chevron B16 BMW - Dieter Quester

Chevron-Ford B16 Spyder

Abarth 2.000 SP , Arturo Merzario
Abarth 2000 SP , Nino Vacarella
Porsche 907, 2.000.
1971 - Peterson tocando a Lola T212 que dividiu com Bonnier na vitória em Montjuich.
Tite Flexa Catapanni no Mineirão.



  


Fotos do chassi

o Ford-Cosworth FVC
O cabeçote 


Rui Amaral Jr

 










 



 











 

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Lola T70 MKIII

 

Antonio Carlos Avallone, o Baixinho era fera!

 A Lola Cars de Erick Broadley fez alguns carros de grande sucesso.

Emerson com a T210, Wilsinho com a T70 e Ferrari 512S de Gianpiero Moretti.
Copa Brasil 1970
Das quatro etapas Wilson venceu a segunda com a T70, Emerson duas e Jorge de Bragation com o Porsche 908/2 uma.
Norman Casari também pilotou uma Lola T70 MKIII
Na foto de meu amigo Rogério, a T70 MKIII de Avallone.

Jamais vou esquecer daquela pequena T210, com um pequeno motor de 1.800cc, voando em Interlagos nas mãos de Emerson, ou com Peterson e alguns outros grandes pilotos nas pistas europeias, vencendo na categoria e às vezes andando na frente de carros de maior cilindrada.

Nos primeiros anos da década de 1960, projetou a maravilhosa Lola MK6 GT/E, projeto vendido à Ford e que deu origem ao Ford GT40.
Então Erick partiu para outro projeto, um carro para o Mundial de Esporte Protótipos e outras categorias, inclusive a CanAm, a Lola T70.
Seu chassi monocoque - honeycomb -, revestido de fibra uma obra de arte, ou muito me engano, ou a primeira exemplar desta inovação nas pistas foi a campeã Lotus 25, projetada por Colin e equipe.







 O chassi monocoque (honeycomb)  consiste em chapas de alumínio, que posicionadas conforme o lugar, em duas chapas recheadas por tiras de alumínio em ondas, em outras partes em chapas de alumínio dobradas, sempre para dar mais resistência a torções, e mais leves que aquelas centenas de tubos dos chassis tubulares. Perdoem a minha descrição, nas fotos talvez ela fique mais clara, no Google poderão encontrar mais exemplos. A Lola já havia usado este conceito na maravilhosa Lola MK6 GT/E, projeto depois vendido à Ford que se tornou o GT40. https://ruiamaraljr.blogspot.com/2018/08/lola-mk6-gte.html



No berço do motor espaço para um grande V8, inclusive um Big Block. Com ligações com a GM escolheram um motor Chevrolet de cinco litros, digamos como padrão, e que foi adotado por várias equipes que usavam a T70, como Jô Bonnier. Os V8 americanos, derivados de blocos de carros de série, desenvolviam então cerca de 400/430 hps, foi então que Ferrari e Porsche projetaram seus carros para categoria com motores de cinco litros, feitos para competição tinham no mínimo 120/150 hps à mais que os V8 americanos.

Na CanAm a T70 spider foi campeã nas mãos de Big Jonh Surtees, e mesmo depois do grande sucesso da McLaren ainda venceu.

Surtees e a T70 Spider


Agora a T70 MKIII/IIIB mesmo nas mãos de grandes nomes, seria impossível citar a todos, mas entre eles Jo Bonnier e o incrível Antonio Carlos Avallone, que foi uma espécie de garoto propaganda da marca, sendo homenageado numa bela exposição no  ROYAL AUTOMOBILE OF LONDON  em Londres, nos cinquenta anos na marca. Link >>> https://ruiamaraljr.blogspot.com/2010/05/antonio-carlos-avallone-ii.html , venceu pelo que sei apenas uma grande corrida na categoria Esporte Protótipos.

24 Horas de Daytona 1969 - 

A nata da categoria estava inscrita, os protagonistas: Lola com quatro T70, a #6 da Roger Penske Racing - com Mark Donohue/Chuck Parsons, a #8 da International Racing - com Ed Leslie/Lothar Motschenbacher e a com #9  Scooter Patrick/Dave Jordan,  e finalmente aquele que levou a marca Lola, em diversas categorias, à todas partes do mundo, com a #60 Jo Bonnier que correu com Ulf Norinder pela Sportscars Unlimited Switzerland e tinham um carro reserva. Vários GT40 das principais equipes, a Porsche com o 908 ainda em sua primeira versão.
Ao todo quase oitenta carros inscritos nas várias categorias, sessenta e seis se classificaram para largada.

Porsche 908/2 Coda lunga, pole com Vic Elford e Brian Redman.
A T70 de Donohue, ao volante, e Chuck Parsons largou com o segundo tempo.



A pole foi do 908/2 Coda Lunga de Vic Elford/Brian Redman da Porsche  System Engineering, vindo logo a seguir a T70 de Donohue/Parsons, tendo a seguir outra Lola, mais dois 908/2 e em 8/9º dois GT40 da J. W. Automotive Eng.
Ao final das 24 horas a T70 de Donohue/Parsons vence com trinta voltas à frente de outra T70 de Ed Leslie/Lothar Motschenbacher. Tendo as demais feras da categoria ficado pelo caminho, tanto que o terceiro lugar foi de um Pontiac Firebird e o quarto de um Porsche 911, mais de trinta de cinco voltas atrás.


No excelente Racing Spots Cars tudo sobre a corrida.



No Brasil a primeira T70, creio eu foi de Marcelo De Paoli, em conversa com meu amigo João seu filho, ele contou os detalhes da compra, hilariantes, e outro dia o Cadu Avallone me contou que seu pai foi o intermediário desta compra. Acredito que mais duas ou três para cá vieram, inclusive que meu amigo Jan Balder pilotou uma delas, vencendo inclusive em Angola, se não me engano.
Mas foi com Antonio Carlos Avallone que ela ganhou notoriedade por aqui, aguerrido o Baixinho levou a T70 à várias provas, muitas quebras e acredito que apenas uma vitória, a conferir. Vendeu-a a Marinho Antunes, que num  treino bateu bem em frente aos boxes de Interlagos, já escrevi aqui. Expedito e eu do outro lado da alta cerca, que dividia a pista das arquibancadas, vimos o começo do fogo sem nada poder fazer, os segundos que Marinho demorou à deixar o carro foram horripilantes, graças a Deus nada aconteceu a ele.

Quero dedicar este a três grandes atores do cenário do automobilismo; Roger Penske, que como piloto e dono de equipe venceu de tudo, e continua vencendo. Jo Bonnier que levou a marca Lola à todas pistas do mundo e ao  incrível Antonio Carlos Avallone.

Rui Amaral Jr
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Escrevi este texto há sete dias, um cabo de ‘internet’ rompido e a péssima prestação de serviço da Terra Fibra, atrasaram a postagem. Agradeço ao excelente técnico que veio consertar o estrago.



O bom da história é que pude saber que nas 24 Horas de Daytona 2024 o brasileiro Pipo Derani pilotando o Cadillac #31 cravou o tempo de 1`32"656 numa volta voadora e largará na pole position na geral, seus companheiros na tocada do Cadillac são Tom Blomqvist e Jack Aitken. Além de Pipo vários outros brasileiros estão em destaque nessas 24 Horas.

Boa corrida a todos.

Rui








segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Potencia é tudo

 

Bruce no começo com um motorzinho de 5.500cc.

Hulme e Gurney, já sem Bruce.
M8F 8.300cc mais de 850 hps, Revson substitui Bruce e é campeão.
Amon em Laguna Seca 1969, a Ferrari 612P com motor de 6.220cc.
Pedro x Dan, a diferença era muita.


Dias atrás recebo de um amigo um e-mail que começa assim comentando corridas de 1971; "Para mim, o Porsche 917 e a Ferrari 512 são míticos, os maiores protótipos de todos os tempos, motores enormes, potência inacreditável. Mas, quando correram contra os CanAm, foi uma humilhação..."
Então...
Os carros de Esporte Protótipos aproveitavam corridas da categoria nos EUA para correrem provas da CanAm com datas próximas e assim amealharem alguma verba extra!
São duas configurações de motores totalmente diferentes, enquanto os carros do Grupo 7 da CanAm de 7/8/9 litros com blocos de série as 512 e 917 tinham seus motores limitados à cinco  litros com blocos, cabeçotes e outros feitos especificamente para eles.

Na 512 o motor de bloco e cabeçotes de alumínio, V12 com quatro comandos nos cabeçotes, quatro válvulas por cilindro. À 9.000 rpm desenvolvia cerca de 610 hps com potência específica de 122 hps litro.

O 917 também com bloco e cabeçotes em alumínio, 12 cilindros contrapostos (flat) quatro comandos nos cabeçotes e duas válvulas por cilindro. À  8.000 rpm gerava cerca de 600 hps, ou cerca de 120 hps litro. 

Já na CanAm eram usados os big bloc, nesta época MacLaren e Lola os principais adversários usavam motores de 8.000/8.300 litros, um motor da então Formula Um de três litros à mais de cilindrada. Eram obsoletos se comparados aos da Ferrari e Porsche, comando de válvulas no bloco, com varetas acionando o balanceiro e as válvulas, que eram duas por cilindro,  não tenho a especificação, mas acredito que giravam à cerca de 6.500/6.800 rpm, em compensação geravam muito mais torque que os motores giradores, e certamente numa rotação muito mais baixa, dando aos monstros da CanAm uma saída de curva muito mais forte.

É o que penso.

Agora meu caro amigo Walter, não podemos esquecer que tanto as McLaren quanto as Lola eram feitos na Inglaterra e tinham equipamentos como freios, cambio e outros tão bons quanto Ferrari e Porsche, além da mão de obra. Feitos ao feitio de dois pilotos que projetaram e pilotaram F. Um, Big John e Bruce. Seus chassis tubulares eram parecidos com os dos adversários. E com muitos hps à mais realmente eram mais rápidos.
Não se decepcione... Potencia é tudo!  
Antes que esqueça, já mostrei aqui uma vitória do Porsche 908/2 de Toni Dean na CanAm.
            
Outra coisinha! Sabe aquela comprinha pretendida por você? Quero dar uma voltinha... Pilotando!

Como sempre uma fonte confiável.

Abração 

Rui Amaral Jr





domingo, 7 de janeiro de 2024