Jack Brabham e Denis Hulme e suas Brabham/Repco.
1965 fora o ano do grande Jim Clark ele e a Lotus 33 Climax foram imbatíveis e 1966 começava com o novo regulamento. Os motores passariam 1.500 cc para os 3.000 cc ( este regulamento permitia motores de 3.000cc aspirados ou de 1.500c comprimidos ) e poucos tinham um motor competitivo para nova regulamentação. A Conventry/Climax que dominara o ano anterior não tinha um motor e conseguiu aumentar a cilindrada dos FWMV V8 para 2.000 cc, a Maserati que fornecia seus motores à Cooper já tinha um motor 3.000 cc que apesar da boa potencia era pesado e consumia muito, a Serenessima fornecia seus motores de 3.000 cc à MacLarem mas não tinham potencia suficiente. A BRM usava um motor próprio de 2.000 c e a Eagle de Dan Gurney usava um motor Conventry-Climax quatro cilindros em linha de 2.700 cc da Copa da Tasmânia.
Originalmente o motor Oldsmobile F85 - que iria para um Buick que nunca foi fabricado - tinha bloco de alumínio. Após algumas modificações, que incluíram um girabrequim de cinco mancais, diminuição da largura do motor, adoção de um sistema de injeção de combustível Lucas o motor ficou com 2.994 cc tendo o diâmetro dos pistões (Repco) 88,9 mm por 60,3 mm de curso do virabrequim. No começo da temporada de 1966 esse motor tinha 285 HP à 8.000 rpm e foi se desenvolvendo durante a temporada chegando ao final de 1967 à 330 HP . Suas vantagens eram o pequeno peso, baixo consumo e confiabilidade.
OS ADVERSARIOS
A Ferrari usou no começo do novo regulamento o motor 246 Dino. Era um seis cilindros em V a 60º com diâmetro de 90 mm e curso de 63 mm com 2.404 cc, duplo comando no cabeçote e duas válvulas por cilindro. Com injeção Lucas e taxa de compressão de 11,2:1 alcançava 249 HP a 8.500 rpm sendo de liga leve seu peso era baixo assim com o carro o Ferrari 246 F I que pesava 468 kg.
BRM
A BRM usou a principio o motor V8 do regulamento anterior aumentado em sua cilindrada até 2.100 cc. Depois lançou seu motor H16, que era a junção de dois 1.500 cc do regulamento anterior. O diâmetro dos pistões era de 69,85 mm e o curso 49,89 mm com 2.997 cc. Quatro válvulas por cilindro, duplo comando no cabeçote esse motor passava dos 550 HP, sua grande desvantagem era o peso muito alto e o consumo mais alto ainda.
O incrível H16 da BRM, na versão tipo 10 com três valvulas por cilindro - duas de admisão e uma de escape chegou aos 600 HP.
A MacLaren/Serenissima.
O motor Sereníssima que equipou a MacLarem era um modelo M166, 308 sendo o 30 de três litros e o 8 de V8. Seu V8 era a 90º, o diâmetro dos pistões era de 85 mm e o curso de 66 mm tendo 2.996 cc. Duplo comando de válvulas no cabeçote, taxa de compressão de 9,75:1 tinha 307 HP a 8.500 rpm. Era também pesado e beberrão.
Weslake
A Eagle de Dan Gurney começou a temporada usando um motor Conventry/Climax de 2.750 cc, motor preparado pela Repco para Copa Tasmânia era um quatro cilindros em linha bastante defasado. Em Monza estreou o motor Weslake, um belo V12 a 60º , duplo comando de válvulas no cabeçote, quatro válvulas por cilindro, esse motor que no começo tinha por volta de 395 HP chegou a 410 HP a 11.000 rpm.
O belo Weslake.
Maserati
O motor Maserati que equipava a Cooper era o tipo 9. Era um V12 com duplo comando no cabeçote, duas válvulas por cilindro. Os pistões tinham 70,4 mm de diâmetro por 64 mm de curso, sua cilindrada de 2.989 c a taxa de compressão 11:1 e desenvolvia 360 HP a 9.000 rpm.Seu sistema de injeção era Lucas.
O motor Maserati.
Conventry-Climax
O Conventry-Climax 1.500 cc Campeão do Mundo em 1965.
NT: A Ferrari levava dois tanques de combustível de 125 l. cada largando com 250 l. enquanto as BRM largavam com 400 l.
A Injeção Lucas era mecânica e na foto do motor BRM pode-se ver o mecanismo de acionamento. Injeção indireta, nos coletores como em nossos carros.
Mas uma surpresa aguardava o mundo da Formula Um, Mike Costin ex colaborador de Colin Chapman e Keith Duckworth construíam um motor financiado pela Ford...
Isso fica para um próximo post...
Agradeço a colaboração de meus amigos Fernando Fagundes e Henrique Mércio.
Agradeço a colaboração de meus amigos Fernando Fagundes e Henrique Mércio.