A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Ayrton...

 




"Entre tantas outras histórias escolhi essa para contar. Numa manhã de segunda feira o telefone do aeroporto de Angra dos Reis toca, era Ayrton Senna, preocupado pois seu helicóptero de prefixo PT-HNJ não acionava o motor devido o switt bat dormir ligado e descarregado a bateria. Como ir para São Paulo viajar para Europa para trabalhar? Calma estou indo com uma bateria carregada para substituir em seu helicóptero, peguei o ultraleve e fui para Porto Galo onde era a casa de veraneio de Ayrton, enquanto fazia o serviço conversava com Ayrton sobre aviação, dizia que não completei minhas horas de voo pois o preço do combustível estava muito caro. terminado o serviço acionamos o motor do helicóptero. Ayrton perguntou quanto ficou o serviço, disse não é nada pois você é associado ao aeroporto de Angra dos Reis paga suas mensalidades em dia esta incluso esse tipo de serviço. Ayrton embarcou e foi para São Paulo, quando cheguei de volta ao aeroporto de Angra tive a surpresa, Ayrton passara lá e deixou 100 litros de gasolina pagos para completar minhas horas de voo de ultraleve. 

Wagner Muniz." 


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Interessante; Recebi em junho de 2009 um e-mail do Wagner contando esta passagem com o Ayrton que postei no dia 10, era o começo do Histórias, ontem algumas visualizações no post me fizeram lembrar. No dia acredito que umas dez visualizações, e hoje, que nos mais de três mil posts e milhões de acessos vejo que mesmo algo tão longínquo é acessado pelos que nos seguem.

Perdi o contato com o Wagner, a quem agradeço a gentileza de compartilhar conosco sua lembrança.

Agradeço também de coração a cada um de vocês que aqui estão comigo, e com todos que dividem a deliciosa tarefa de escrever sobre nossa paixão.

Rui Amaral Jr

AYRTON PARA SEMPRE

LINK PARA O POST ORIGINAL





terça-feira, 4 de agosto de 2020

F1 - eis por que Senna não foi para a Ferrari. Prost bypassou a hierarquia e se fez recontratar pelo Agnelli.

Ayrton e Luca

 "O então presidente Pietro Fusaro revela os verdadeiros motivos. Estava tudo pronto! Senna deveria ir para a Ferrari em 1991 depois de ter vencido seu segundo campeonato. Teria sido a apoteose, mas alguma coisa deu errado. Na primavera de 1990, Cesare Fiorio já tinha feito os contatos iniciais com o brasileiro. Fiorio apresentou o acordo para a cúpula da Ferrari e para o grupo FIAT, em detalhes, mas a assinatura nunca veio. E por que não veio, explica Fusaro: "O contrato estava nas minhas mãos, mas o Alain Prost não respeitando a hierarquia, pediu um encontro com o Agnelli. Na saída desse encontro, Prost declarou oficialmente que estava recontratado para a temporada de 1991. Fusaro diz que foi pego no contrapé por essa declaração e, por respeito a hierarquia da empresa, consultou Cesare Romiti quanto a assinatura no contrato do Senna, mesmo porque a renovação do Prost excluía automaticamente a contratação do campeão brasileiro. Disse ele que tentou convencer a FIAT que a contratação do Senna teria enorme vantagem também para a filial brasileira. A repetida insistência se alongou por muito tempo para concluir-se ao final com um NÃO! e com o aviso de que a confirmação de Prost não deveria nem ser colocada em discussão, haja vista que, certa ou errada, tinha sido uma escolha do Agnelli. Ao final, a escolha de não contratar Senna foi ratificada pelo comitê executivo que na época era composta por Pietro Fusaro, Piero Ferrari, Cesare Romiti e Luca di Montezemolo. Por ironia do destino, no ano seguinte, o francês foi afastado ainda na metade do seu contrato depois de ter declarado que a Ferrari era "um caminhão" após ter chegado em 4º lugar a 1´20"de distância do vencedor Berger com Mclaren. O casamento Senna-Ferrari permanece como uma das maiores frustrações da F1. Já no tempo do Enzo Ferrari, o nome do Ayrton circulava em Maranello. Em 1984, depois do incrível segundo lugar em Montecarlo com a Toleman, o Drake ficou impressionado, mas preferiu confirmar Arnoux. Também em 1986 existiram outros contatos, mas o contrato nunca se concretizou. Finalmente, um outro episódio contado pelo Montezemolo. O ex-presidente fez mais uma tentativa antes do trágico acidente de Imola em 1994. "O Ayrton disse que o seu sonho era vir para a Ferrari, portanto tentaria liberar-se da Williams e que falaríamos depois de Imola."




Tradução Milton Bonani

Miltão-" Rui, vc viu esta reportagem?"
Eu - "Não Miltão"
Miltão-"Vou traduzir e enviar..."

Pois bem aí está, na bela tradução de meu amigo a história, no Corrieri,  da ida de Ayrton para Ferrari.
Os desdobramentos...

Obrigado Miltão, pelo carinho e amizade de sempre.

Rui Amaral Jr

OS DESDOBRAMENTOS

1990 Suzuka - Prost Ferrari 641 e Ayrton McLaren MP4/5B
1991- Prost e a Ferrari 643 a "carroça"!







  



segunda-feira, 3 de junho de 2019

Conta Carlos...

Guga no alto do podium e Carlos em segundo de camiseta amarela.

Rui, durante um período o Rio foi a capital do Kart no Brasil. Este fato ocorreu em função do trabalho excepcional do Henrique Ribas, "Seu" Ribas para todos. Engenheiro, dono de indústria (Leite de Rosas) e dono de uma paixão enorme pelo esporte. Não por acaso, pai do Guga, nosso primeiro campeão mundial de kart. Enfim, graças a uma organização excelente, colocávamos 120 karts na pista a cada corrida. Na época, justamente por conta de política e desorganização, muitos pilotos paulistas corriam o campeonato carioca.

Foto Bruno Gorski - Guga mostrando sua arte em Limeira dois anos atrás.

Na ocasião, em função de problemas pessoais, tinha parado de correr. Fui convidado por “”Seu” Ribas para fazer a comunicação com a imprensa e tínhamos uma boa cobertura.
Numa quinta feira, na sala do Seu Ribas, discutindo a estratégia para a imprensa, ele atende ao telefone e numa breve conversa pediu o telefone do interlocutor. Era o Senna que relatou o fato de não ter mais o suporte financeiro do pai e não poderia continuar a carreira na Inglaterra. Senna perguntou se não seria possível ajudá-lo a conseguir um patrocínio que pudesse mantê-lo no jogo.
O Ribas pediu um tempo ao Senna e ligou para o pai do Pedrinho, Dr. Pedro da Matta que era na ocasião o vice presidente do Banerj. Perguntou ao mesmo se o Banerj não toparia bancar o patrocínio. Uns 15 minutos depois Dr. Pedro retornou e marcou uma reunião para a terça feira seguinte com o Senna.

O resto da história é de conhecimento público, todos se lembram do carrinho branco com o BANERJ escrito nas laterais.

O que ninguém sabe é que o Senna, enquanto viveu, nunca esqueceu o apoio e sempre tratou o Pedrinho como um amigo, tendo, inclusive, fechado uma temporada para o Pedrinho correr na Fórmula Ford inglesa. De passagem, o Pedrinho guiava muito. Muitas coisas aconteceram durante este período, mas ficou marcado o fato do Senna, o dono do mundo, nunca ter abandonado a amizade e o carinho para com quem o ajudou.

Talvez por ter sido testemunha destes acontecimentos eu tenha tanta dificuldade de aceitar até como brincadeira o monte de gente que publica ofensas a uma pessoa que chegou por mérito próprio ao pináculo de nosso esporte.

Carlos Mano 

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 Hoje em alguns grupos do Facebook existe uma “”guerra” renhida entre Piquesistas & Sennistas, alguns levam tão à sério que brigas homéricas acontecem.
Exageros de ambas as partes, tanto nos elogios quanto nas ofensas, muitos chamando os Sennistas de “viúvas”, chamo o Piquet de Candango! 
Eu apenas brinco e quando as pessoas envolvidas são amigos.
Ídolos todos temos, vejam que mesmo aqui o Caranguejo e eu sempre falamos nos “Três Gigantes” quando nos referimos à Tazio, Fangio e Clark. Mas acontece que na Formula Um e outras categorias grandes pilotos se destacaram, e cada vez que um deles, e entre eles alguns amigos pessoais levaram a Arte de Pilotar ao seu extremo, não podemos deixar de admirá-lo!

Dedico este ao casal Diana e Guga Ribas conheci-os em Limeira apresentado por meu querido amigo Victor Chiarella.

Ao Carlos.

Abraços

Rui Amaral Jr




sábado, 1 de junho de 2019

A foto inédita... Não tão inédita agora.







                Há sete anos, publiquei essa foto no meu Facebook. Na época era uma foto inédita, que somente eu tinha. Os comentários na minha timeline  foram muitos, alguns ficaram surpresos, outros fizeram perguntas até inocentes, tipo: esse é o "uniforme" que o Senna usava no dia do acidente?  Ou ainda: essa é a médica que tentou salva-lo?  E por ai foi. Porem, houve muito mais perguntas "in box", e, a maioria bastante desagradáveis. Umas mórbidas, outras me ofendendo, como se eu estivesse manchando a memória do Senna.  Na época, me arrependi de ter publicado, mas dias depois, passei por cima da ignorância alheia, mesmo assim, fiquei pensando o quanto há de maldade nos corações das pessoas. Enfim, vamos em frente.
Celso Lemos
                Essa senhora é a minha "tia" Cirene Lemos, mãe do meu "primo" Celso Lemos, que era diretor do Instituto Ayrton Senna. Digo "tia" e "primo", pois não somos parentes, mas tivemos uma convivência muito próxima, e assim nos tratávamos, como se fossemos realmente parentes.
                Meu primo, por motivos que só ele pode explicar, quis ficar fora dessa historia do acidente, mas ele estava em Imola com o Senna, tanto no famoso jantar que o Galvão Bueno tanto fala, mas não menciona o Celso, assim como foi o primeiro do staff do Senna a chegar na Tamburello, e acompanhou o Senna até o hospital no helicóptero. Ele contou ao meu irmão, toda a historia do acidente, do jantar na noite anterior, até o desfecho fatal, mas não deu autorização para divulgar o relato, por esse motivo, não posso contar tudo que sei, mas garanto, foi tudo muito triste, e Senna, realmente não queria correr naquele dia.

 
O broche.
              
Em 1995, meu tio, José Lemos e tia Cirene, vieram a Macaé visitar meus pais, e ganhei de presente, essa foto, e mandado pelo Senna através do meu primo, um broche do capacete do Senna (foto) uma camiseta que o Ayrton tinha usado um dia antes do acidente, e estava manchada com molho de macarrão, por tanto, não podia ser lavada. Mas, minha desavisada esposa, achou que tinha sido eu quem tinha sujado, e colocou na trouxa de roupas sujas. Infelizmente, procurei hoje a camiseta para fotografá-la, mas não achei, deve estar tão bem  guardada em algum "lugar para eu não esquecer", que não lembro onde, uma hora eu acho e escrevo outro texto. Meu primo havia comentado com o Senna, que eu gostava muito de automobilismo, então ele tirou a camisa, juntou com o broche, e disse:
-Então manda essas lembranças minhas para ele.
Apesar de não ser Sennista, fiquei muito emocionado quando recebi os presentes, e é claro que tenho um enorme respeito pela sua carreira.
                O macacão foi dado ao meu primo por algum funcionário do hospital, ele quis devolver a Viviane Senna, mas ela não o quis, e eu entendo os dois lados, o do Celso em tentar devolver, e o da Viviane em não aceitar. Na foto, minha tia estava vendo com poderia costurar o macacão. A ideia, não era emendar, mas dar alguns pontos para que ele não se desfizesse. Tia Cirene era muito divertida, e me disse que só costurava durante o dia, pois morria de medo de mexer no macacão a noite, pois o Senna podia puxar o pé dela. Infelizmente ela e o meu tio Zé, não estão mais com a gente.
                Não sei qual foi o destino do macacão, pois perdi o contato com meu primo. Porem, acredito que continue com ele.



Meus tios e minha família.
                Achei essa foto com meus tios e minha família. Essa camiseta que estou usando, é a que ganhei. Se eu achá-la, escrevo outro texto só para colocar as fotos.
Um forte abraço.
Mario Souto Maior,

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Comparações...

 Rindt demorou alguns anos para vencer sua primeira corrida, Jimmy foi Jimmy!
 O Quintuple na D50.
Ayrton na Lotus em Jacarepaguá.

Ontem assistindo a bela vitória de Lewis em Silverstone entre algumas considerações ouvi do comentarista que já andou na F.Um que muitos pilotos e gente que acompanha a F.Um desde muito tempo, que Jimmy Clark foi o maior de todos...ora bolas, hoje em dia a carreira dos pilotos é longa, mais de vinte GPs por temporada e muito tempo para bater os recordes dos grandes!
A carreira de Jimmy foi de apenas 72 corridas quando fez 33 poles, 28 voltas mais rápidas e 25 vitórias...Fangio então largou 52 vezes fez 29 poles, 23 voltas mais rápidas e venceu 24 GPs...Ayrton largou 161 vezes, fez 65 poles, 19 voltas mais rápidas e venceu 41 vezes!
Ora...hoje Lewis já chegou à casa dos 200 GPs disputados, Schummy disputou 308 GPs, Vettel já está também na casa de 200 GPs.
A categoria mudou e muito, hoje os carros ponteiros são sempre os mesmos as disputas estão marcadas, no tempo dos Grandes havia mais disputa, não que Lewis e Vettel se corressem naquela época também não se destacariam, pelo contrário são grandes pilotos mas...

Dizer o que de Tazio?
E de Amon que sequer venceu uma corrida da F.Um?
E Moss com seus múltiplos vice campeonatos?
E do Sueco? 


Rui Amaral Jr    

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Bastos


Hoje estive na FASP - Federação de Automobilismo de São Paulo para visitar minha amiga Monica Figueiredo Soutto Mayor e o Bastos, Monica e eu batemos um longo papo e derrepente chega o Bastos que hoje ia ao Rio votar na eleição do novo presidente da CBA - Confederação Brasileira de Automobilismo. Do longo papo que tivemos o Bastos sabe que nada vou comentar aqui, e como sempre disse à ele este espaço estará sempre disponível para qualquer coisa que ele queira transmitir. 
Sou um critico contumaz da administração de nosso automobilismo, mas sei separar muito bem as criticas dos amigos que prezo...
Derrepente ele vai até o carro e vem me mostrar esta preciosidade que havia acabado de receber dos organizadores do GP de Portugal, na foto Bastos conduz Ayrton ao podium depois da vitória dele em 1984, abaixo a descrição da foto segundo os portugueses...
"1. Gerard Ducarouge, Chefe de equipe da Lotus.
2. José Aloizio Cardozo Bastos com o seu famoso apito na boca!
3. Ainda um menino chamado Ayrton Senna.
4. Um cara qualquer ...
5. Armando Pinto ao fundo, chefe de comissários de gabardine cinza.
6. Um aspone da Ferrari a levar o capacete do Michelle Alboreto.
7. O Michelle Alboreto."   
...e nos parace que ainda lá atrás na foto está o Claudinho.

Obrigado Bastos, neste momento espero que as eleições na CBA tenham terminado à bom termo para nós automobilistas, e como sempre digo o espaço aqui está à sua disposição!

Mônica, eu e Barbara na FASP.
Ayrton, Estoril 1985.

Beijo Mônica e Barbara e um abração Bastos.

Rui Amaral Jr

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Conta Avila


Sou eu sim Rui, inclusive nesta prova venci com as orientações do Beco (Ayrton Senna), que debaixo de um temporal corria de curva em curva do kartodromo de Interlagos, me mostrando onde não haviam possas da água. 
Complementando diria que  travavamos nós os pilotos da Sulam um duelo acirradissimo com os pilotos da Mini como o Paulo Carcasci que era meu vice ao final do primeiro turno do Paulista, denominado "Copa São Paulo". No segundo turno com o advento da obrigatoriedade pelo Governo do uso do álcool como combustível as posições se inverteram pois a Mini contava com a preparação dos motores pela Araça do "químico" Gera. Portanto o Campeonato Paulista de 1979 acabou sendo vencido pela Araça e o Paulo Carcasci e eu fui vice.
Não poderia deixar de ressaltar que meus motores eram preparados pela Speedmaster-Cobra by Waltinho Travaglini, Baldo e Catroque.
Obrigado, essas fotos são da Revista Auto Esporte de julho ou agosto de 1979. Abraçaços !

Jose Eduardo Avila

Beco testando o kart de Avila.

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Avila faz sinal de positivo em Mogo Guaçu ao seu lado o Secretário do Desenvolvimento  Social do Estado de São Paulo Floriano Pesaro, Arturão e eu. Um dia relato a viagem tim tim por tim tim! 
Na viagem que fizemos ao lado do Floriano e Sandro Kuschnir. 

Essas fotos quem conseguiu foi o Caranguejo, logo enviei ao José Eduardo Avila que em 1979 dividia a equipe Sulan com seu amigo Beco. Avila sob o patrocino da Staroup correndo na 125cc e Beco com a marca Gledson na 100cc, outro dia enquanto iamos para Mogi Guaçu, Arturão, Avila e eu relembramos esta época, mais para frente o Avila conta mais.

Valeu Avila um abração.

Rui Amaral Jr


terça-feira, 3 de junho de 2014

HOT GARAGE na homenagem à Ayrton




Excelente o programa em que os antigomobilistas da Moóca homenageiam Ayrton Senna com a presença de seu primeiro preparador o mítico Tche. Ótimas as perguntas de meu amigo Marcos à todos entrevistados, Tche, Luiz, Claudemir e Ney conseguindo extrair de cada um pouco da paixão pelo automobilismo e da imagem do ídolo homenageado.
Embora tardia quero agradecer ao Marcos em nome de meus amigos Regina, Manduca, Arturão, Duran, Aguia e em meu o carinho da lembrança!

Parabéns Marcos, um abração!  

   

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Podia ser...Mônaco 1984

 Senna
Bellof

1982: fui até o kartódromo de Interlagos pedir ao meu amigo Victor Chiarella um banco de kart, acreditem ou não naquela época usávamos eles em nossos D3, olho para pista e vejo incrédulo um piloto treinando muito forte, sua tocada era perfeita e eu que conheço grandes kartistas fiquei por uns 10 minutos olhando admirado, naquela época ele já tendo vencido na Formula Ford inglesa e estava naquela difícil fase de parar ou continuar!
Chega o Vitão e pergunto quem era o piloto, ele responde “Ayrton Senna” ao que retruco “caso esse menino sente num F.Um certamente vai ser uma sensação, vai ser campeão do mundo!”. E foi...desde o dia em que pela primeira vez tocou o Toleman-Hart no Rio de Janeiro até o fatídico acidente de Imola.
Acompanhei sua carreira na Formula 3 inglesa e a chegada à Formula Um, um tempo incrível onde por alguns anos tivemos dois grandes talentos na categoria, dois talentos naturais dois herdeiros natos de uma leva de grandes campeões! 
Outro dia meu querido amigo Ronaldão Nazar coloca em meu perfil do Face uma entrevista que o jornalista Livio Orichio(link) fez com outro grande piloto, o belga Jacky Ickx, por ocasião do último GP de Mônaco. Acontece que o jornalista praticamente toma satisfações de Ickx sobre a interrupção do GP de 1984 e inclusive faz uma alusão à grande corrida que também fez Stefan Bellof aludindo ser mais “fácil” pilotar um carro com motor aspirado naquela situação.
Ora bolas! Apenas quem nunca colocou a bunda em um carro de corridas pode dizer tal leviandade, aquela corrida mostrou ao mundo dois talentos naturais, dois grandes pilotos que certamente foram os nomes da corrida; Senna e Bellof . E querer reviver trinta anos depois a atitude tomada pelo diretor da prova é no mínimo estranho! 
Acredito sim que Ickx tomou a decisão acertada para aquela hora, pois piloto experiente sabia muito bem tudo que poderia acontecer.
Com sua experiência evitou algo pior pois com certeza sabia que ele mesmo dentro de um daqueles carros gostaria de continuar acelerando fossem quais fossem as condições, aliás como é natural em cada piloto competitivo, nunca se importando com as condições querendo sempre acelerar!
Longe da F.Um vou mostrar à vocês duas condições parecidas, uma na D3 quando nosso amigo e piloto experiente Álvaro Guimarães foi atestar as condições da pista antes de um largada, nas fotos de Luiz Guimarães podemos ver as conseqüências.
A outra que envolve um grande amigo meu o Ricardo Bock quando um diretor de prova autorizou a largada e infelizmente no aguaceiro que caia sobre o Retão de Interlagos os carros aquaplanaram e na batida que envolveu vários carros perdeu a vida o piloto Valdir Del Greco.
Por fim quero dizer que devemos celebrar nossos grandes campeões que tantas alegrias nos deram na F.Um desde a primeira vitória de fabuloso Emerson Fittipaldi em Watkins Glem, passando pelo fantástico Nelson Piquet e lembrar do inesquecível Ayrton Senna por cada uma das poles e vitórias, deixando de lado intrigas disse me disse e outras fofoquinhas.
Salve os nossos três “ON”, Emerson, Nelson e Ayrton...e que um dia possamos ter novamente outro piloto à altura deles! 


Rui Amaral Jr

NT: A melhor volta no GP foi de Ayrton com o tempo de 1.54.334 seguido por Bellof com 1.54.978 sendo a 3ª melhor volta do Leão quando liderava com sua Lotus 95T com o tempo de 1.55.112. Bellof chegou em 3º à 13s de Ayrton mas foi desclassificado por irregularidades em seu Tyrrel.  

 Le Mans 1969 protestando contra o tipo de largada em que os pilotos corriam para seus carros e muitos não afivelavam o cinto de segurança Ickx retarda sua largada para afivelar o seu...
e parte para a vitória. Ford GT40 Jacky Ickx/Jackie Oliver

 Ickx com a Ferrari #4 parte para vitória em Nurburgring 1972.
Bellof e Ickx na Eau Rouge pouco antes do trágico acidente que tirou a vida do jovem talento.

Feliz com sua bela corrida não ouvi protesto algum de  Ayrton


Senna avança

Bellof, vejam a grande ultrapassagem sobre a Ferrari de René Arnoux

E o Alváro "Bico" Guimarães achou de dava...
 Sequencia de fotos de Luiz Guimarães e seu filho Fabiano.
 Mogames roda...
 Tide Dalécio vai para os boxes e Alécio Durazzo sai rodando... 
e por sorte pega a entrada do box de traseira!
 Meu amigo Luiz Eduardo Duran não se recuperou até hoje da rodada de mais de 400m, quando vinha em 4ª marcha acelerando! Conde -Luiz Henrique Pankowski- já espetado no guard rail!

A trágica largada...
  


( Os recortes estão em tamanho grande, clique para ampliar) 

À todos os pilotos que cada vez que puseram seus traseiros em um carro de corridas foi para mostrar a beleza de sua arte não importando a categoria e a posição que disputavam, aos meus amigos que se foram e estão sempre presentes em nossos pensamentos e conversas, aos amigos que com a Graça de Deus sobreviveram a todas loucuras e aos nossos grandes campeões!


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Toleman-Hart TG 183B


O primeiro teste de Ayrton na equipe.

Equipe pequena mas muito bem gerida a Toleman foi campeã da Formula 2  no ano de 1980 com Brian Henton. Partindo de uma equipe bem estruturada entrou na Formula Um, trazendo como projetista Rory Byrne, estreou no mundial em 1981 na corrida de Imola tendo como pilotos Brian Henton e Derek Warwick. Como previa o regulamento da época a sua opção desde o começo foi usar os motores turbo da Hart.
1981/82/83 foram difíceis anos de aprendizado, mas para 1984 com a saída de Warwick para a Renault dois novos pilotos foram contratados, o campeão do motociclismo Johnny Cecotto e a estrela da Formula 3 Ayrton Senna.
Com Ayrton vieram bons resultados e a quase vitória em Mônaco, tendo conquistado com ele os 13 pontos dessa temporada. Fato curioso desta temporada foi o contrato com a Pirelli para o fornecimento de pneus, quando a Toleman descobriu que os pneus entregues à equipe não eram da mesma qualidade dos entregues às outras equipes como a Ferrari! 

Rui Amaral Jr     




As fotos dos primeiros testes de Ayrton na Toleman, na pista de Silverstone. 
 Nas duas fotos imagens de Kyalami 1984 e o primeiro ponto conquistado por Ayrton com o 6º lugar.

Detroit 1984 já com a Toleman TD184



O motor Hart. Fotos Wouter Melissen

Motor 

Hart 415T

4 cilindros em linha
Bloco e cabeçote em alumínio
4 válvulas por cilindro
Diâmetro 88mm x curso 61.5mm
Cilindrada 1.459cc
Taxa de compressão 7:1
Potencia 580hp à 9.500rpm
Injeção Lucas
Turbo Garret  
Peso 136 kg