A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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sábado, 18 de fevereiro de 2023

Radio Paddock

 

Tomando o S...

O ano não lembro, 1978/79 ou 80, tinha o carro, dois ou três motores feitos pelo Chapa – Flávio Cuono - e todo resto, mas não tinha a mínima vontade de correr, porem tinha e ainda tenho os amigos  e eis que chega em casa o Adolfo – Cilento Neto – e diz “vamos, você vai correr!”, juntou-se a nós o Ricardo – Bock – e o Celso que seria o mecânico.

O regulamento da Divisão 3 dizia que os escapamentos dos VW não poderiam exceder um certo tanto da carroceria, acontece que os escapamentos 4 x 1 onde as quatro saídas de escape juntavam-se em uma única saída sempre excediam essa medida, o mesmo com os cruzados se bem que menos.

No treino da sexta feira num comunicado nossa Federação alertava para este fato, e a Radio Paddock já tocava alto, quem não estivesse no padrão não largaria.

Serrar um escapamento não é só pegar uma serra e tirar um tanto, a harmonia do conjunto vai-se embora, muda tudo.

Adolfo e Ricardo, que mais tarde viria a se tornar o grande mestre da engenharia automotiva, conversando chegam a um consenso a uma ideia “genial”, soldar uma lata na traseira para que os escapes ficassem “dentro do regulamento”.

No sábado quando chegamos a gozação foi total, “é um aerofólio?” foi o que mais ouvimos, fora outras chacotas. Foi aí que resolvemos largar com ela, já que ninguém respeitou o comunicado pois seria muito difícil que mais de trinta carros se adaptassem a ele, coisa que nunca ocorreu.

Notem que a maravilhosa peça de engenharia foi feita para um escapamento 4 x 1 mas estou usando o cruzado, não me perguntem porquê.

Lembrei agora, a lata era azul! 

Aos queridos amigos Adolfo, que já nos deixou, e Ricardo, um irmão sempre presente.

 

Rui Amaral Jr




segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

ALICATÃO

Era o termo usado por meu amigo João Lindau ao se referir a certos pilotos mais afoitos no uso do pedal de freio de um carro de corridas. 
O que vou contar a seguir aconteceu no ano de 1978 ou 79 e à ninguém digo o nome do protagonista.





Lendo no blog de meu amigo Jr Lara Campos um chega para lá que deu em um dos DIMEP, lembrei do que aconteceu comigo. Um aviso o Jr ao fazer seu blog postou tudo de uma só vez, então para ler é preciso procurar as deliciosas histórias que ele conta. E ainda se faz de desentendido quando o chamo de Portuga!!!
Já havia escrito sobre esta corrida mas numa conversa com meus amigos o “alicatão” foi citado e resolvi contar o resto como foi.

Eu ao lado do  Passat do João Franco, e se não me engano dois carros da Motor Girus.

Na primeira bateria larguei super bem, com a Caixa 2 o carro pulava que era uma maravilha, e na saída da “Três” estava grudado no João Franco com ninguém menos que o Bambino -Adolfo Cilento- em minha cola, na entrada da “Ferradura” passei o João e ele com seu Passat, o motor preparado pelo Ico Cilento com no mínimo uns trinta HP a mais retomou a posição na “Reta oposta”,  grudei novamente no “Sol” e fui tentando ultrapassá-lo, atrás o Adolfo sinalizava freneticamente, achava que queria me distrair, mas era o Álcool do tanque do carro do João que lavava a pista à minha frente, como estava grudado nele não percebi. Na “Junção” aproveitando a freada dele quando fui tirar o carro para a esquerda veio a surpresa, uma rodada que me levou até aquela parte da Junção, já no  “Anel externo”, fiquei tonto.

 Ao sair já era ultimo. Comecei tudo de novo, é cruel, e umas duas voltas depois quando já vinha de novo no meio do pelotão meu pneu furou ao frear para o “Sargento”. Fiquei parado quase na tangencia da curva com aqueles malucos passando pertinho e minha primeira bateria acabava por ai.

Larguei a segunda bateria em ultimo, “espumando” giro lá no alto e o tempo todo trocando  as marchas no limite. 

Comprei este Contagiros de meu amigo Chico Lameirão.

Aqui uns parênteses, usava um contagiros mecânico Jones com espia, e a chave sempre ficou com o Chapa. 

Na entrada da "Ferradura” já vinha no meio do pelotão, encontrei meu amigo Expedito Marazzi que também tinha largado de traz e seguimos juntos, entramos no “Sol” colados, para no meio encontrarmos o citado senhor andando a uns vinte quilômetros mais lento, devia achar que estava rápido! 
O Expedito tentou ultrapassar por fora, quando vi a manobra coloquei meu carro por dentro do dele, ai o “alicatão” resolveu abrir, o Expedito tira o pé já de lado e eu perto dele vejo o “alicatão” voltando à sua trajetória, tiro também o pé. Fomos o Expedito e eu até a grama e o causador da confusão foi embora, do Expedito não lembro, fui ultrapassado por vários carros e retomei a corrida com muita raiva.
Queria me vingar dele, o “alicatão”, daí em diante corri só para quando o encontrasse dar-lhe um totó de preferência numa curva de alta para que ficasse experto. 
Encontrei-o, logo à seguir, na reta dos boxes uns cento e cinqüenta metros a minha frente e pensei vai ser na “Três”, na tomada da “Um” para minha surpresa ele pisa no freio e eu em frente aos boxes imaginei dar-lhe o totó na “Dois”, mandá-lo para caixa d água. 
Mas Deus, com sua infinita sabedoria e misericórdia foi mais uma vez bom comigo, antes mesmo da “Um” meu motor estourou, fazendo encher minha cabine com a fumaça do retorno de óleo do motor. Fui parando devagar até encostar meu carro no “Retão”, numa pista auxiliar que havia por lá, depois do muro de saída dos boxes que na época ia até o fim da “Dois”. Parado com o bombeiro e o bandeirinha a meu lado, vendo os carros passarem, agradeci à Ele, a meu Anjo da Guarda e a minha Nossa Senhora Aparecida, poderia ter feito algo de que me arrependesse até hoje.

O #14 sobre a carreta Kaimann que comprei do Chico Lameirão, já no chão o carro de meu amigo Ricardo Bock.
Na oficina com Edião e meu amigo Chapa.
  
Todos citados são amigos queridos, com quem tenho ou tive muito prazer em conviver, menos o “alicatão” com quem nunca convivi. Ele foi piloto por muito tempo e correu em varias categorias, em uma delas na classificação em Interlagos era com freqüência 12s ( doze segundos) mais lento que o pole!

Aos queridos amigos que nos deixaram, João, Expedito, Adolfo.

Rui Amaral Jr

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

AUTOGRAFO

Meu carro, a Brasilia do Adolfo e a do Bruninho...

Ao ler ontem no blog do Carlos de Paula seu texto sobre manecas em corridas "Consultoras" me veio a memória uma corrida, o ano 1977 ou 78. Eu estava já algum tempo sem correr, neste ano havia patrocinado Nivaldo Correa em motos e o Chico Lameirão em Super V, e tinha comprado do Luizinho Pereira Bueno um VW D3 em que o Alex Dias Ribeiro tinha defendido as cores da HOLLYWOOD, e dois motores do Gigante, só que ainda não tinha dado tempo de correr. Comecei em uma prova do Brasileiro de D3 em Interlagos, já nos treinos uma roda do Passat do João Franco passou por mim na entrada do "S", e na classificação um motor estourado. Na época os boxes eram divididos por equipes, cada uma ficando com uma porta que ia até o fundo área do Padock, coube a mim um box ao lado do mesmo João Franco, perto do Adolfo Cilento. Bons tempos, antes de abrirem a saída para o GRID, os fiscais passavam de box em box avisando, 20 min, a adrenalina subindo, motores esquentando, alguns já se atando aos carros, uma loucura! O João e eu conversávamos atrás do box quando surgiu aquela visão, duas manecas, que na época participavam de uma promoção da FIAT, e faziam demonstrações com carros e macacões cor de rosa, vieram nos cumprimentar e continuaram sua caminhada. O João ficou atônito, seus olhos faiscavam e me puxando, esquecendo a largada que se aproximava, fomos conversar com elas. Pedimos um autografo, e uma delas me deu uma etiqueta colante com seu nome e telefone, a outra pegou uma caneta para dar o autografo ao João, e disse "autografo aonde?", no que ele imediatamente abriu seu macacão, tirou a malha e disse "aqui!" batendo no peito, o que ela fez imediatamente.
Grande cara o João, se os bandeirinhas fossem mulheres acredito que ele não terminasse uma corrida sequer, ficaria com elas acompanhando "seu trabalho". E a corrida? Bem depois de toda essa emoção, eu que estava largando do meio do pelotão, depois de uma largada excelente, passei pelo João na entrada da "Ferradura", devia estar entre os cinco primeiros, na "Reta Oposta" ele me tomou novamente a posição, eu grudado nele via o Adolfo no carro de trás me acenando, pensava "quer me distrair, para passar por mim", na entrada da "Junção" percebi o por que dos acenos, do bocal do tanque do carro do João escapavam rios de álcool, e o Adolfo sempre cavalheiro e o grande homem que foi, estava me avisando, rodei até ficar parado meio tonto naquela reta usada pelo anel externo, vendo todo mundo passar e tendo que voltar ao fim do pelotão, depois de umas duas voltas um pneu furado na curva do "Sargento" me tirou daquela bateria.
Na segunda bateria , depois de largar lá atraz, encontro no meio do caminho o Expedito Marazzi, e viemos ganhando posições, eu atraz dele, até que no meio da curva do "Sol", antes da segunda perna desta curva maravilhosa, encontramos um conhecido "alicatão", uns 20 Km mais lento que nós, e acabamos nos enroscando, o "Velho" tentou passá-lo por fora, eu vendo seu carro abrir coloquei por dentro, foi uma loucura, não batemos por puro milagre, e o referido piloto ( não escrevo seu nome nem sob tortura ) foi embora. Logo no termino desta volta, em frente aos boxes meu segundo motor explodiu, fui estacionar na entrada do "Retão", numa pista paralela que havia para serviços, onde um bandeirinha e um bombeiro vieram me ajudar a sair do carro, assustados com aquela fumaceira toda.
Desolado sentei-me ao lado do carro, e ao abaixar a parte de cima do macacão, vi colado na manga aquele adesivo, que aquela loira maravilhosa havia me dado, não pensei mais no prejuízo, nem na corrida, os carros passavam e eu não ouvia, só pensava na loira. O dia não era para correr, era para namorar, pena que não tivesse percebido antes da primeira largada. Quanto ao João , deve ter ficado com aquele autografo no peito por um bom tempo, duro deve ter sido explicar para patroa! 


_____________________________________________________________________-

NT: Escrevi este texto logo no começo do blog, em 7 de Fevereiro de 2009, hoje não sei por que cargas d`água em  minhas estatísticas haviam 8/9 visitas nele. Então resolvi mostra-lo novamente. 
Apenas uma coisa não contei e agora conto para vocês; 
Quando da manobra do alicatão no Sol, quase o Expedito e eu nos demos mal, isso a mais de 170/180 km/h. E quando me acertei, fui atrás do tal alicatão para dar um totó nele. Sabia ser uns 20/30 km/h mais rápido que ele na curva Um e era lá que ia novamente encostar nele. Mas Deus é Pai, e na frente dos boxes, meu segundo motor daquele fim de semana explodiu!


quarta-feira, 18 de abril de 2012

LARANJA MECÂNICA

Ontem contei aqui das fotos que o Marquinhos e o Edu acharam de meu carro, hoje vou mostrar dois posts que fiz tempos atrás sobre ele, o que eu conto como comprei o carro e o outro em que o Duran conta sua primeira corrida. Para nossa alegria, o carro que está ao lado da Brasilia do Adolfo e do meu naquela foto da largada é justamente o dele em sua primeira corrida. Apenas me pergunto; o que fazia o Alicatão a nosso lado?rsrsrs 

COMPRANDO O #14



#88 Duran, #77 Adolfo, #14 Rui, mais atrás vejo o Fabinho Levorin, Ricardo Bock, João "Alicatão" Lindau  Neto, Dimas...

Recebo um telefonema do Chico Lameirão, na época éramos apenas conhecidos, contando que estava com patrocínio apenas eventual da Motoradio para a Super Vê e perguntando se eu não poderia cobrir a verba dele por algumas corridas. Pensei bem e achei de certa forma interessante ter a marca de um produto que tinha muito a ver com o setor automobilístico divulgado por ele. Foram apenas duas ou três corridas, uma no Rio quando acho que correu também com a marca Marlboro e outras em São Paulo. Não assisti a nenhuma das corridas, no Rio até tentei mas na sexta feira quando descia do avião tropecei numa aeromoça e quando me dei conta já era segunda feira e a corrida tinha sido no Domingo. Coisas da vida!
Conversando ele me pergunta se eu não tinha vontade de acelerar novamente e conta que o Luiz Pereira Bueno estava vendendo um VW D3 da extinta equipe Holywood. Fomos até o Luiz no galpão da equipe, e lá estava o D3 sem motor, não lembro bem da cor mas acho que era branco com alguma pintura da Holywood desbotada, saí de lá com o carro comprado.
Aqui um parêntesis para falar de duas pessoas maravilhosas, campeões no automobilismo e na vida, modestos por tudo que conseguiram nas pistas e um exemplo para todos nós. Sei que o Chico e o Luiz não vão ler esse texto, o Chico não sabe nem tocar nessa maquina mas deixo aos dois minha grande admiração e um forte abraço.
O carro veio com três jogos de rodas algumas peças um belo Sto Antonio, mas estava parado já a algum tempo. Levei para uma oficina preparada para ele e comecei a mexer com a ajuda do Thomás Sawaia um estudante de engenharia e meu mecânico. Hoje um baita empresário.
Do Chico comprei ainda dois Webber 48, meu contagiros JONES, uma carreta Karman amarela, e algumas outras peças. O cambio era uma Caixa2 e veio junto com o carro bem como algumas engrenagens de 3ª e 4ª marchas e outra coroa e pinhão.


Na internet achei essa foto do contagiros, que está do mesma forma que usava, apenas o termômetro era de óleo. Na foto do carro do Ricardo Bock, atrás está o #14 na carreta comprada do Chico.

Faltava o motor e comprei do Gigante dois motores de ponta - ponta de estoque- e pensei que já estava preparado para começar a acertar o carro.




Antes disso levei com a carreta o carro ao João Lindau, meu saudoso amigo, para fazer uma nova pintura. Eu queria vermelho mas o João disse que tinha uma tinta laranja do Corcel e que ele daria um toque dele na tinta e ficaria bonito. Ah João! Alicatão, amigão, até que não ficou tão feio!

A única foto que tinha do carro, box, Interlagos, Brasilia branca José Antonio Bruno, #77 Adolfo.
Tomada do S, BRITÂNIA era a marca de jeans fabricada pelo Adolfo, Valvoline que sempre me ajudou e atrás o Chapa,  preparador e amigo. Todas adesivos feitos por Ricardo Bock, amigo de todas horas e sempre. Antes que alguém comente sobre a placa acima dos escapes, vou contar! Chega o Adolfo e diz que a vistoria não iria permitir que os escapes ficassem a mais do que certa distancia do final do carro. Entre outros eu usava um 4x1 como podem ver pela única saída na "beleza" que o Ricardo fez, pois bem aí com o 4x2 a distancia ficou quase certa, mas a belezura continuou!!! 

Quando o Tito fez essa maravilhosa réplica, foi com aquela única foto que eu tinha e minhas lembranças! 


Começando o acerto do carro  foi um fracasso total, os dois motores de ponta foram para o espaço logo de cara, do freio a disco traseiro direito vazava óleo e isso provocou uma rodada daquelas em plena curva “Dois”, lembra Jr da fina que vc tirou e depois da gozação? É isso Portuga um dia ainda acerto tudo com você!!!!
Nessa corrida da foto ainda não contava com a preparação do Chapa apresentado a mim por meu amigo Manduca (Armando Andreonni) tempos depois.
Corri com a ajuda de três amigos do coração, Adolfo Cilento, Ricardo Bock e do mecânico Celso que chamávamos carinhosamente de Caveira. Os adesivos BRITÂNIA eram de uma marca de jeans fabricados pelo Adolfo e foram recortados cuidadosamente e com a habilidade nata do Ricardo, um virtuose em tudo que faz, ainda ele fez aquela pintura preta nos paralamas e alguns outros retoques estilísticos.
O resto é história e algum dia conto mais...

Ao João e Adolfo que lá no alto devem estar arrumando grandes confusões.

Rui Amaral Jr

Luiz Eduardo Duran- A primeira corrida a gente nunca esquece.

" Naquele ano de 1977 eu tinha feito a escola de pilotagem do Toninho de Sousa , e estava preparando meu VW de D3 para correr o Campeonato Brasileiro de 1978 , como o carro estava pronto resolvi fazer a ultima corrida do campeonato em Interlagos . Na época a pista estava em reforma , por isso nossos boxes eram no estacionamento que havia no "Sargento" . Na escola usávamos somente o circuito interno , na "Junção" em vez de subir , descíamos contornando a "Quatro" ao contrário , por este motivo não estava acostumado ao circuito inteiro , ou seja "Um" "Dois" e "Três" para mim eram desconhecidas . Já nos treinos achando que fazia a "Um" e "Dois" rápidas , tomei uma ultrapassagem do Edgard de Mello Filho entre as duas , só ouvi o ronco de seu Chevette , e a hora que vi ele estava me passando numa velocidade que para mim era absurda .
Tomando mais conhecimento do circuito completo , já que treinei toda vez que a pista abria , consegui me classificar para a largada em 12º lugar , embora alguns dos trinta carros que largaram não tivessem feito classificação .




No grid ao olhar para o lado vejo o Adolfo Cilento , já me arrepiei todo, pois sabia que ele era um piloto rápido e eu era seu admirador, ao baixar a placa de um minuto ele olha para mim e faz um sinal de positivo, ai sim pensei "o que faço aqui?"
Eu estava acostumado a racha ,e na largada aproveitando-me de uma primeira mais curta pulei bem , entre a "Um" e "Dois" estava em 4º ou 5º , olhando no retrovisor me assustei com aquele bando atrás de mim , todos pilotos experientes brigando por uma posição , todos "babando" ai rápido e tentando não atrapalhar ninguém joguei o carro para grama , eu não era bobo de ficar com aquela turma, nisto perdi tudo que havia ganho na largada e mais um pouco.
Estacionei entre as duas curvas e só sai quando o ultimo carro passou, estava um "pouco " assustado, continuando ainda passei um ou dois carros, quando do meu box me sinalizaram para que eu entrasse, era 4ª ou 5ª volta, e vazava óleo do retentor traseiro do motor, fiquei aliviado, pois ainda não estava completamente acostumado ao circuito todo , estava achando tudo uma loucura."

Luiz Eduardo Duran




sexta-feira, 13 de maio de 2011

Bambino e Manduca


Passat #8 Francisco Freire, Brasília #77 Adolfo Cilento e VW #75 Armando Andreoni.

  Conheço as duas feras a mais de quarenta anos, o Manduca morava no Pacaembú mesmo bairro que eu e tirávamos rachas homéricos em nossa juventude, o Bambino conheci tempos depois.
O Bambino -Adolfo Cilento Neto- já subiu, faz uma falta danada e o Manduca -Armando Andreoni - com a graça de Deus está firme e forte certamente nos braços de sua amada Iolanda com que se casou no final do ano passado.
Ontem revendo alguns recortes de jornais onde os dois aparecem em uma corrida de Divisão 3 do Campeonato Paulista, corrida em Jacarepagua no Rio de Janeiro pois nosso Interlagos estava em reformas, fiquei aqui lembrando de mil loucuras feitas com os dois amigões. 
Depois conversando com o Tito e comentando sobre o carro do Manduca recebi dele a foto do Francisco Freire em que eles aparecem ao lado dele em Jacarépagua. As fotos do Bambino com a Brasília recebi tempos atrás do Caíque Pereira.
Aguardo ainda algumas fotos que o Manduca ficou de me enviar mostrando os vários carros em que correu e mais para frente ainda conto muitoooooo desses dois amigões. Do Adolfo já contei sobre a nossa carretera, as Mil Milhas em que ele correu com o Ricardo Bock e tem muito mais do Manduca aos poucos vamos contando mais.
Falando de amigos esta corrida de Jacarepagua foi a primeira vitória do Jr Lara Campos na D3, Jr na época era cunhado do Manduca, e foi motivo de um belo texto escrito por meu amigo Caranguejo. 

Adolfo, grid a noite em Interlagos e em Jacarépagua. Fotos de Caíque Pereira.


Grid no Rio atrás Arturo Fernandes.



A rodada do Ricardo a curva da Vitória, já rendeu um texto que nós colocaremos o livro sobre a Divisão 3 que estamos preparando, a alicatada de meu amigo é o mínimo hilária!    


No link o belo texto do Caranguejo sobre a vitória do Jr.

Ricardo Bock em Jacarépagua.

Grid das Mil Milhas Brasileiras de 1983, Adolfo ao volante conversando com Zé Rossi, coçando a cabeça Claudinho Carignato, primo do Manduca, ao seu lado Zé Fercolin, Dudu conversando com Ricardo Bock .

Rui , certa noite de sexta- feira , fomos o Adolfo e eu amaciar o motor da Brasilia na marginal Pinheiros , que na época tinha duas mãos.Depois de duas voltas entre as pontes do morumbi e socorro ele passou o volante para mim e pediu para continuar por mais umas dez voltas que ele iria embora para descansar.Acontece que o carro tinha um spoiler muito baixo e no final das voltas eu entrei num posto Shell e entortei o spoiler.No dia seguinte , encontrei com ele na oficina do Manduca e ele ficou muito puto comigo.Na primeira volta que ele deu,acabou com o spoiler na freada da curva tres e me redimiu do ocorrido. Era muito encostado no chão e eu não tive culpa. Claudio Carignato


Felicidade poder mostrar um pouco dos amigos e um pouquinho do que vivemos.



sábado, 8 de janeiro de 2011

XIII MIL MILHAS BRASILEIRAS - 29/30 de Janeiro de 1983

No grid, Adolfo pronto para largar conversa com Zé Rossi, Claudinho Carignato conversa com Zé Fercolin e Ricardo com Eduardo.

Agora parece que ficou tudo mais claro, a XIII edição das  Mil Milhas Brasileiras aconteceu no dia 28/29 de Janeiro de 1983, já tinha mostrado algumas fotos e escrito que a corrida era de 1983, mas ao olhar a foto em que estão os carros do Ricardo/Adolfo e Jr/Fabinho me confundi com a data colocada por meu amigo Sydnei o fotógrafo. 
No livro “ MIL MILHAS BRASISILEIRAS - 50 ANOS” o autor cita apenas a data como 30 de Janeiro de 1983 e a edição como a 13ª. Acredito que a data colocada pelo Sydnei nas fotos é a mais precisa, tendo a corrida começado às 24 H do dia 29 e terminado no dia 30.
Lembro bem desta corrida pois trabalhei feito um louco no Box de meus amigos Ricardo Bock e Adolfo Cilento, na batalha que foi fazer com que o Passat #31 chegasse até o final. Lembro bem da bela vitória do Passat #9 de Vicente Correa/Valdir Silva/Fausto Wajchemberg e do segundo lugar de meu amigo Mike Mercede no Opala #15, quase Stock, que dividiu com  Luiz Evandro/Dede Gomes.
Depois do post de ontem recebi inúmeros comentários de meus amigos, vou adicioná-los abaixo, Fernando Fagundes, Fabiano Guimarães, Ferraz, Duran, Francis e Jr que correu esta edição, e por fim uma foto enviada pelo Leandro Sanco que mostra a data certa da corrida.
Pretendo ainda reunir os depoimentos de meus amigo que correram e contar sobre essa corrida na visão de cada um. 
Este post vai para o Adolfo e o João que lá de cima devem estar rindo à bessa da minha atrapalhada!   

A foto que causou toda confusão, nela o Passat do Adolfo/Ricardo e o VW de Jr Lara/Fabio Levorin

A foto enviada por Leandro Sanco: Os pilotos eram o Antônio Miguel Fornari, Renato Conill e Paulo Hoerlle. Três feras da época dos 147. Eram adversários ferrenhos na pista e acabaram correndo juntos nessa tradicional prova. A foto é do arquivo do Fornari. Leandro Sanco

José Ferraz que correu com Luiz Eduardo Duran e Julio Migliolli.

#44 Ferraz/Duran/Miglioli

Reabastecimento, Ricardo ajuda a empurrar com Adolfo ao volante, Zé Fercolin e eu de camisa vermelha fazendo força!



Outra parada, agora Adolfo ajuda Ricardo a colocar o cinto. Quem abastece o carro é o filho do João Lindau.

Pela manhã Ricardo sai, empurram Zé Rossi e Zé Fercolin. Lá atrás João Lindau e eu observamos.




Mike/Dede/Aguia a caminho de um brilhante segundo lugar.






Ricardo no Passat e o VW de Ricardo Mogames/Amadeo Campos, tomada do Pinheirinho.



Chegar ao fim das Mil Milhas Brasileiras já é uma vitória.


Fotos dos arquivos de: Antonio Miguel Fornari, Mike Mercede e Ricardo Bock. Sydnei Fotos.

Os comentários do post anterior








 Duran disse...




















eiiita, então tambem vivi fantasias. trabalhei no Box com a dupla João Lindau e Formiga, andamos sem correia a partir das 2hrs da matina, quando quebrou a ultima que havia, rsrrs terminamos corrida na frente do Ricardo e do João Franco, conversando com o João Franco lembramos dessa corrida, e ele achava que eu tinha guiado tambem.








ferraz disse...




















Eu já falei Rui esse negocio de MIl Milhas é complicado, as coisas são muito velhas eu não lembro, era criança, só começei a entender algo foi em 1983 pra cá...hahahaha..abs.

Hiperfanauto disse...








Oi Rui,

Estranho, o seu "post" me chamou a atenção e fui ver numa pasta em que tenho arquivado todas as Mil MIlhas Brasileiras, e por incrivel que pareça ela pula de 1981 para 1983, e não há nenhuma anotação se houve ou não a corrida.
Merece uma investigação mais profunda.

Abs,

Fernando









 fabiano70 disse...




















Rui, se não me engano a prova foi denominada "Mil Milhas 1982" porém realizada em Dezembro de 1981. Os carros que participaram são os que correram nos campeonatos de 1981.

Abs,

Fabiano.









 Leandro Sanco disse...




















Rui, a prova foi realizada no dia 28 de Janeiro de 83, mas foi denominada Mil Milhas Brasileiras 82. Ao menos pelo Sydnei...

Abração,
Sanco









Hiperfanauto disse...




















Oi Rui acho que matei a charada.

20 de dezembro de 1981 era realizada a 12a Mil MIlhas Brasileiras, após oito anos de interrupção.
Foi vencida pelos irmãos Giaffone com Opala Stock Car em 12 horas 32 min. O João Lindau Neto e José Lenci chegaram em 14o lugar com um Volks Hot Car.

No ano de 1982 não houve a realização das Mil MIlhas Brasileiras em razão da crise economica que passava o Pais.

30 de janeiro de 1983 era realizada a 13a Mil MIlhas Brasileiras.
Vicente Correa, Valdir Silva e Fausto Wajschemberg venceram com um Passat Hot Car.

Abs,

Fernando









Fabiani C Gargioni #26 disse...




















Grande Rui,que dúvida.Mas eu confio mais em vcs.Hahahahaha!!!
Obs:como eu faço p/ter um exemplar deste belo livro do Lívio Oricchio???









 Junior Lara Campos disse...




















Mil Milhas, estava entre os 5 primeiros no grid, choveu pouco antes da largada pista molhada e eu larguei de pneu Slick,conto essa historia no blog, que sufoco!!









 Francis Henrique Trennepohldisse...




















Estou a procura deste livro já faz um bom tempo e não acho.
Vou continuar na vontade de tê-lo na minha estante...
Abraço









 fabiano70 disse...




















Até e-mail para o Lívio Oricchio eu mandei para comprar o livro, mas como ele é "muito importante" nem me respondeu. Se alguém mais humilde publicasse o livro talvez conseguiríamos.
Fabiano.

Agradeço a meus amigos, é com a ajuda deles que escrevo este blog e para mim é uma honra.