Até onde campeonatos nacionais fomentam o esporte local?
Em outubro, Mato Grosso do Sul foi palco de mais dois grandes eventos, o Itaipava GT Brasil e Pro Tork Brasileiro de Motocross. Com estrutura e organização profissionalizada, esses eventos serviriam de exemplo e fomentar o esporte a motor em MS. Gerar feedbacks aos organizadores locais. Mas, pelo visto, salvo exceções, não têm sido seguido.
O presidente da Federação de Automobilismo de MS Valdemir Terra alegando falta de verba, diz que não divulga os eventos estaduais, por ter poucos participantes. Dito isso passaram 3 anos e nada muda.
Ora, caro presidente, se a sua estratégia fosse a mais correta, estaríamos com grid cheios há algum tempo. Se atualmente temos poucos participantes é devido que eles tem pouco incentivo.
O que um piloto ganha ao disputar o estadual de kart ou de carro, alem de troféu? Nada.
Para correr de carro ou kart hoje, gasta se R$1000,00 a R$4000,00 por corrida. É obvio que se pelo menos tivessem ajuda das empresas, a historia seria outra. Mas quem vai patrocinar um evento que ninguém sabe, quem, quando nem onde são as corridas?
Eu não devia, mas vou dizer o que deveria ser feito para encher o grid de pilotos:
Sortear e ou premiar quem participa;
Apoiar com uma mídia promocional que tenha boa audiência;
Enviar mala direta para as empresas saberem que o automobilismo existe, e quem são os pilotos;
Seguir um calendário fixado no final do ano anterior ou no máximo no inicio do referido ano;
Formar parceria com as imprensas locais;
E outras coisas mais.
E quanto à verba para isso? A federação tem recebido verba da Fundesporte, é só reservar uma parte para a promoção.
Feito isso garanto que dias melhores virão.
Um abraço e até a próxima.
Por Mauro Takashi
Editor da revista virtual EsporteaMotor