segunda-feira, 11 de setembro de 2023
Há 50 anos - Monza 1973 - Por Ronaldo Nazar
quarta-feira, 24 de agosto de 2022
Hill volta à Lotus...
1967 a Lotus trás Hill
para dividir a equipe com Jim Clark. A equipe estava numa transição, e enquanto trabalhava na 49-Cosworth ainda usava a Lotus 33 na maioria das vezes com
o motor Climax 2.000cc, outras vezes com o Lotus 43 BRM uma tranqueirona que
apenas Jimmy foi capaz de levar à uma vitória.
Hill havia pilotado
para Lotus nas temporadas de 58 e 59 com poucos resultados, pelo que pesquisei
apenas dois sétimos. Agora ele era campeão do mundo, com mais três vices 63/64/65,
além de três vitorias no Principado, e a Lotus era uma das estrelas da
categoria tendo levado Jimmy ao bicampeonato mundial, e ainda por cima preparava
uma verdadeira máquina de vitórias, a 49-Cosworth.
Na primeira corrida do
campeonato Hill e Clark pilotaram a 43-BRM, tendo Clark largado na terceira
posição e ele na decima quinta. Na corrida Hill bateu na sexta volta e Clark
quebrou na vigésima segunda, a corrida marcou a primeira vitória na categoria
de Pedro Rodriguez com uma Cooper-Maserati T81.
Na segunda corrida em Mônaco
a Lotus resolve levar a 33-Climax, que era o motor do regulamento anterior de
1.500cc que havia levado Jimmy à vitória nos mundiais de 1963/65, agora com a
cilindrada aumentada para 2.000cc.
Clark larga em quinto e
Hill em oitavo. Na quadragésima das cem voltas Clark abandona depois de fazer a
melhor volta da corrida e Hill chega em segundo, uma volta atrás de Denny Hulme
de Brabham BT2--Repco-Brabham, com o Urso começando a busca que o levaria ao
mundial.
Na próxima corrida na Holanda estreia a Lotus 49-Cosworth, mas aí já é outra história, que o
Caranguejo ou eu já devemos ter contado por aqui...
Rui Amaral Jr
segunda-feira, 6 de maio de 2019
...E JIMMY NÃO PASSOU.
Sem certeza do que causara tudo aquilo, Sims teve a idéia de pedir ao fiscal que o levara até o local do acidente, que voltasse aos boxes e dissesse a Michael Gregory que chamasse G.Hill de volta aos boxes.
Quando Graham chegou disse:"OK, Beaky. O que temos de fazer é pegar o caminhão e carregá-lo com tudo isso. Venha e sente-se por alguns minutos. Acalme-se. É isso o que vamos fazer, está bem?" E assim foi. Eles encheram o caminhão da equipe com os destroços do Lotus 48 e voltaram ao paddock. Restava a Hill identificar o corpo de Jimmy. Antes de realizar a triste tarefa, ele determinou que o caminhão não deveria ser aberto para ninguém. Beaky e Carnoustie retornaram ao Hotel Luxhof onde estavam, com o pesado veículo.
Mas logo a Polícia chegou e lhes deu uma contra-ordem. Ninguém poderia sair do hotel ou deixar a Alemanha. O pesadelo particular de Sims continuou com a chegada de Colin Chapman. Era uma da manhã e todos continuavam de pé. "Que diabos você fez?", vociferou Colin a Dave, que retrucou: "Por Cristo. Foi um acidente". Chapman pareceu conter-se. "Certo. Está bem". Fiel da balança, Graham pediu calma. Chapman então disse: "Quero o caminhão fora daqui. Agora". Sims alertou que não poderiam e que o carro da polícia estava bloqueando a saída. Colin não queria saber: "Não importa. Temos que tirá-lo da Alemanha". Meia hora depois, o pequeno Volkswagen da Polícia tinha desaparecido. Dave e Gregory assumiram o volante e Chapman lhes disse: "Vão para o oeste, para a costa; até Zeebrugge na Bélgica". Ao chegarem à costa belga, o passo seguinte seria fretar um barco que transportaria o caminhão até a Inglaterra. Sims recorda:"Então fomos. Subimos uma colina, outra, depois outra. Até chegarmos a uma barreira vermelha e branca. Era a alfândega, mas não havia ninguém lá. Nós prosseguimos, encontramos Zeebrugge no mapa e chegamos. O cara do barco já estava sabendo da tragédia e parecia interessado. Perguntou se conhecíamos Jim Clark. Disse que éramos seus colegas de equipe. Foi quando o sujeito falou que queria olhar o caminhão, tirar fotos". Dave protestou e respondeu que não era possível. O barqueiro foi irredutível: "Sem fotografias, sem barco". Sims e Gregory decidiram rapidamente. Dave abriu a porta do caminhão."Era só uma bagunça, mais nada. Havia uma lona cobrindo o que restara do carro, mas o homem não desistiu e fez algumas fotos". Satisfeito, a última etapa da viagem enfim começou. Em seu destino encontraram a polícia britânica esperando-os no porto.
Mas estavam ali para escoltá-los, pois havia a imprensa por todo o lado e muitos curiosos. De volta à sede da equipe, Sims ficou sem aparecer por algum tempo. Quanto ao que restara do Lotus 48, Colin enviou o motor à Cosworth, o câmbio para a Hewland, os pneus à Firestone e qualquer outro fragmento para a Farnborough Aircraft. Tudo foi examinado e nada encontrado, embora a Firestone apontasse para a deflação do pneu traseiro direito como uma possível causa. Mas os tablóides escolheram Beaky para apontarem seus dedos acusatórios. Quem tocara por último no carro? Sims, aos vinte e sete anos era pouco experiente e deixou-se levar por essa onda, até o dia em que falou com Colin Chapman outra vez e perguntou-lhe o que faria. "O que quer dizer com o que vai fazer?" Beaky retrucou: "Eu era o mecânico do Jimmy e ele morreu. O que faço?" A resposta de Chapman foi direta: "Você vai à Jarama amanhã, levando o novo chassi para o Graham, que o usará no Grande Prêmio".
E assim Dave Sims começou a tentar superar o trauma da morte do terceiro Gigante...
Fotos internet.