quarta-feira, 6 de setembro de 2023
GUERRA ALL’ITÁLIA
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
1.000 KM de Caracas - 1957
1957, a corrida
venezuelana se transforma, mudam o circuito para um com cerca de dez quilômetros,
sinuoso, com alguns trechos apertados, perigoso, e a distancia é de mil quilômetros.
A nova denominação para
o GP da Venezuela é “1,000 KM de Caracas”, prova válida para o “F.I.A. World
Sports Car Championship”, sendo sua sétima etapa.
Válida para o mundial
quarenta e um carros se inscreveram e largaram trinta e oito.
A 335 Sport de Collins/Phil Hill, 1º lugar .
A Ferrari com nove
carros, quatro da equipe, duas 335 Sport para as duplas Hawthorn/Musso e Phil
Hill/Collins. Duas 250 TR-58 para Von Trips/Seidel e Trintgnat/Gendebien.
450S de Moss/Brooks.450S de Behra/Brooks.A bela 200S de 2.000cc de Sergio Gonzalez/Alberto Gutierrez, inscrito por equipe venezuelana.
A Maserati também com nove carros, quatro da equipe, duas 450S para Behra/Moss/Schell com Brooks de reserva e a outra Moss/Brooks com Behra e Schell na reserva. Duas 300S Bonnier/Scarlatti/Brooks e Gutierrez/Godia-Sales/Scarlatti/Brooks.
Masten Gregory/Duncan com
outra 450S, da equipe Bueli.
Porsche seis carros.
Corvette quatro
AC seis.
Osca três.
Um Aston Martin DB3S e uma Lotus Seven.
Três mulheres
inscritas, Isabelle Haskell com Alessandro de Tomaso numa Osca MT4. Ruth Levy e
Denise McCluggage de Porsche 550 RS que chegaram em décimo terceiro lugar,
quarto na categoria até 1.500cc.
A grande ausência foi
Juan Manuel Fangio, recém coroado com seu quinto Campeonato Mundial de Formula
Um.
GRID
Nos treinos Moss detona os cronômetros, as Maserati 450 S são mais rápidas que as Ferrari 335 Sport. Na classificação Moss crava a pole com 3`41``100/1.000 segundos, média de 161 km/h, meio mais rápido que seu companheiro Tony Brooks e quatro e meio mais rápido que a Ferrari de Hawthorn/Musso os terceiros.
O circuito é rápido e
perigoso...
A CORRIDA
Masten Gregory.Masten Gregory toma aponta com a 450S, para logo ao final da reta dar a primeira do que seria uma série de pancas! Saiu rápido do carro que já ameaçava pegar fogo.
Hawthorn toma a ponta.Depois Behra, provavelmente dando volta no 550 RS de Edgar Barth/von Hanstein, 5º colocado e vencedor na categoria até 1.500cc.
Hawthorn e Collins com as 335 Sport tomam a ponta com Behra na 450S vindo logo atrás. Moss que caiu para último na largada já vem em décimo. Na volta trinta e um Moss crava 3”39””449/1.000 a melhor volta da corrida, quase dois segundos abaixo da pole, vem no segundo lugar, atrás de Collins, para logo a seguir encontrar o AC-Ace de Dressel, e numa bobeada do inglês e talvez dele mesmo, batem numa freada!
Algumas volts depois Behra trás sua 450S para reabastecer, e numa cena de arrepiar, quando Behra dá a partida uma chama começa a arder na traseira do carro, ele pula e cai se machucando, o mecânico chefe da Maserati se queima gravemente. O chefe da Maserati manda Moss tomar o lugar de Behra, o inglês ainda meio atordoado por causa da panca, sai com o carro para na volta seguinte parar...seu traseiro queimava com alguma brasa do fogo. Schell assumiu a 450S para em algumas voltas tomar a ponta.
A Maserati de Binnier no poste e a de Shell no muro...e pega fogo!
Vinte três voltas
depois Schell vem ponteando soberbamente sobre as Ferrari, e ao colocar volta
sobre seu companheiro de equipe Jo Bonnier, com uma 200S de 2.000cc. Estoura um
pneu de Bonnier e os dois batem, segundo o relato da Wikipédia, ambos conseguem
pular de seus carros antes das batidas, em artigo que li talvez décadas atrás e
que não encontrei, o autor afirma que foram lançados. A 200S de Jo se parte ao meio
na batida com um poste, tendo ele se ferido. A 450S de Harry bate num muro e
felizmente ele saiu ileso.
Fim da corrida para a
equipe da Maserati, as 335 Sport, que não eram páreo para as 450S, nadaram de
braçada...
RESULTADO
A Maserati que havia
chegado a Caracas com uma mão no titulo mundial, agora via sua arqui rival colocando
quatro carros nos quatro primeiros lugares. A Ferrari vencia o mundial, apenas
cinco pontos à frente.
A equipe Ferrari cruza a linha de chegada com os quatro carros alinhados, como fez cerca de dezoito anos depois em Daytona! Pena que não encontrei a foto.
Depois dessa corrida a Maserati, leia-se família Orsi, resolveu acabar com a equipe de fábrica, havia vencido o mundial de Formula um com Fangio, e este seria seu segundo campeonato sobre a equipe de Enzo.
Continuou fabricando
carros de corrida, apenas que agora apenas os vendia a equipes particulares. Um
grande exemplo foi a Mod 61-Birdcage, uma sucessora à altura das grandes 250F e
450S.
Rui Amaral Jr
Fontes de pesquisa e fotos:
WIKIPEDIA https://en.wikipedia.org/wiki/1957_Venezuelan_Grand_Prix
Racing Sports Cars https://www.racingsportscars.com/race/Caracas-1957-11-03.html
terça-feira, 27 de outubro de 2020
GP da Venezuela 1955
#20 Luigi Musso, #18 Fangio, #6 Phil Hill...#10 Alfonso De Portago, #18 Fangio e #20 Musso.
1955 a Venezuela nadava
em petróleo.
Antes que alguém venha
dizer que faço apologia a corridas em ditaduras, quero declarar que sou de
direita, e acredito que apenas na democracia podemos levar uma nação a um porto
seguro.
Outra época! Fangio testa a Ferrari 750 Monza que foi usada por Portago!
Nesta época extraiam
cerca de dois milhões e meio de barris por dia, e o preço do barril era mais ou
menos US$2,00 - dois dólares -, isto a
um quarteirão e meio dos EUA, então seus maiores compradores, era então a
quarta economia do planeta. Hoje com um “governo progressista” não extraem nem
cem mil barris!
Ao contrário de Cuba
onde as corridas eram na pré temporada européia, na Venezuela eram ao final da
temporada.
E grande parte da nata
do automobilismo estava inscrita.
2-A-Eugenio Castellotti-Scuderia
Ferrari
4-A-Umberto Maglioli-Scuderia Ferrari
6-A-Phil Hill/John Von Neumann-Ferrari
8-B-Harry Schell-Scuderia Ferrari
10-A-Alfonso de Portago-
Ferrari
12-A-Piero Carini-Scuderia
S. Ambreus-Ferrari
14-A-Francisco Landi-Scuderia
Guastalla-Ferrari
16-A-T. de Granferried-Ferrari
18-A-Juan Manuel Fangio-Officine
Alfieri Maserati
20-A-Luigi Musso-Officine
Alfieri Maserati
22-A-Roberto Mieres-Officine
Alfieri Maserati
24-B-Luigi “Gigi”
Villoresi-Officine Alfieri Maserati
26-B-Joao Rozende Dos
Santos-Officine Alfieri Maserati
28-B-Maria Tereza de
Filippis-Officine Alfieri Maserati
30-B-Oscar Cabalén-Officine
Alfieri Maserati
32-A-Robert Manzon-Equipe
Gordini
34-B-Nano da Silva
Ramos-Equipe Gordini
36-B-Luis Chiron-Osca
38-B-Harry Chapmann-Osca
40-B-Pancho Pepe
Croquer-Maserati
42-A-Julio Pola-Ferrari
44-B-Ramón López-Ferraril
46-B-Bob Said-Ferrari
48-B-Huschke von Hainstein-Porsche
50-B-Chimeri-Ferrari
A Maserati com Fangio,
Musso e Mieres nas poderosas 300S, Gigi Vilorezi com 200S, e algumas A6GCS
entre elas a da brava Maria Tereza de Filippis.
A Ferrari com uma 857 S para Castellotti, uma 121 LM para Magioli e um 500 Mondial para Schell. Phil
Hill também vinha com uma 121 LM, mas inscrita por uma equipe norte americana.
“Seu” Chico, o Landi,
com uma Ferrari 250 MM inscrita pela equipe Guastalla.
A Gordini com dois
carros, o T15S para o brasileiro Hermano da Silva Ramos, na categoria até dois
litros, e o T24S para Robert Manzon, com motor três litros.
Um Porsche 550 para o
alemão Von Hanstein.
A equipe Madunina com
um Osca T24 para Chiron, Além de duas Ferrari e uma Maserati, para pilotos
locais.
Como vemos, a Ferrari
com doze carros, depois a Maserati com oito, Osca e Gordini com dois carros
cada e um Porsche.
Na época Fangio estava
com quarenta e quatro anos, já era tri campeão do mundo de Formula Um. O mais
velho era Chiron com cinquenta e seis anos. Depois “seu” Chico com quarenta e oito
e Gigi Viloresi com quarenta e seis...
A pole foi de Musso, com Fangio ao seu lado 20/100 mais lento e De Portago 20/100 mais lento que Fangio.
#8 Ferrari 500 Mondial de Castellotti/Schell vencedores na categoria até dois litros, seguido pela Ferrari 121 LM de Umberto Magioli.
Fangio já na ponta, seguido por Musso.Ferrari 750 Monza de Emmanuel de Graffenried, terceiro colocado.
Sobre a corrida o excelente “Juan Manuel Fangio – um tributo ao chueco”, descreve de forma que eu jamais poderia fazer, muito menos copiar...
http://www.jmfangio.org/gp1955venezuela.htm
CLASSIFICAÇÃO FINAL
Schell/Castellotti venceram na categoria até dois litros com Hermano Silva Ramos em quarto. Chico Landi com a Ferrari 250 MM quebrou na quadragésima segunda volta.Pesquisa e fotos;
J.M.Fangio-Um tributo ao chueco... link
Racing Sports Cars link
Rui Amaral Jr
NT: Foram três corridas na Venezuela, 1955/56 e 57. Breve trago as outras.