A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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domingo, 24 de julho de 2022

FORD COSWORTH DFV

 

Zanvort 1967 o começo das vitórias...

Quanto mais escrevo, mais vou enxergando lacunas em meus textos, sei que não sou um pesquisador, nem o pretendo ser, porém este post demandou horas e horas de pesquisas.

Março de 2010; escrevi sobre o fabuloso motor e nesta semana escrevendo sobre o campeonato de 1969 me dei conta de algo que deixei escapar.

FORD COSWORTH DFV 1967

link



Era o começo do blog, e vi algo escrito por mim no primeiro lugar nas pesquisas do Google, tendo permanecido alguns anos nesta posição. Como vocês poderão notar em 2017 o senhor Rui Silva de Oliveira encontrou um erro que logo corrigi.

Fui e somos copiadíssimos, ainda mais de uns tempos para cá onde escrever sobre automobilismo virou uma febre, infelizmente de muitos que nada, ou quase nada sabem sobre o assunto...é a mudernidade!

Sério, deixei escapar que depois de sua temporada de estreia em 1967, nos anos de 1968/69 todas vitórias na categoria foram com carros que usavam o icônico motor.

Alboreto Tyrrel 011 - Detroit 1983



1968

Kyalami     1968-01-01                           Jim Clark

Jarama      1968-05-12                           Graham Hill

Monte Carlo      1968-05-26                           Graham Hill

Spa Francorchamps    1968-06-09                           Bruce McLaren

Zandvoort 1968-06-23                           Jackie Stewart

Rouen        1968-07-07                           Jacky Ickx

Brands Hatch     1968-07-20                           Jo Siffert

Nürburgring       1968-08-04                           Jackie Stewart

Monza       1968-09-08                           Denny Hulme

Mont Tremblant         1968-09-22                           Denny Hulme

Watkins Glen     1968-10-06                           Jackie Stewart

Mexico City        1968-11-03                           Graham Hill

 

1969

Kyalami     1969-03-01                           Jackie Stewart

Montjuich 1969-05-04                           Jackie Stewart

Monte Carlo      1969-05-18                           Graham Hill

Zandvoort 1969-06-21                           Jackie Stewart

Clermont-Ferrand       1969-07-06                           Jackie Stewart

Silverstone         1969-07-19                           Jackie Stewart

Nürburgring       1969-08-03                           Jacky Ickx

Monza       1969-09-07                           Jackie Stewart  

Mosport    1969-09-20                           Jacky Ickx

Watkins Glen     1969-10-05                           Jochen Rindt

Mexico City        1969-10-19                           Denny Hulme

 

Vejam que foram vários chassis, Lotus, Matra, McLaren, Brabham, todos impulsionados pelo binômio Coshorth DFV/Hewland, duas criações que tiveram o dedo do lendário Colin Chapman.


Rui Amaral Jr




domingo, 24 de maio de 2020

FORD COSWORTH 1967

Zandvoort 1967- A primeira vitória só poderia ser dele, Jim Clark, que venceu neste ano quatro das onze corridas da temporada. Denny Hulme duas e Black Jack Brabham duas, devido a confiabilidade do Repco-Brabham. Hulme foi campeão, Black Jack segundo e Jimmy terceiro no campeonato.   

1968 , Clark já não estava entre nós depois de vencer a primeira prova do mundial em Kyalami. Granham Hil  vence as duas próximas e apesar de quatro quebras seguidas vence o mundial com três vitória e três segundos lugares.

Dez anos atrás escrevi este o post, que agora repito, sobre este motor incrível, na época mal sabia teclar, ainda tenho que olhar o teclado, pouco entendia de computadores, ainda pouco entendo. Mas a paixão por escrever me leva a puxar pela memória, pesquisar em meus arquivos e sites confiáveis, sempre olhando as informações e pesando bem sua veracidade.
Nunca usei texto de quem quer que fosse, quando uso coloco entre parênteses e cito a fonte. De lá para cá, a mim se juntaram grandes nomes, não vou citar um a um, e continuamos a escrever com nossas próprias palavras, e sempre pesquisando muito. Muitas vezes escrevo apenas de memória, e quando alguém me corrigi logo trato de mudar.
No dia deste post uma organização de pesquisa, que usava, indicou que mais de duas mil pessoas o acessaram, ficou por muito tempo em primeira página nas pesquisas do Google, depois foi copiado e hoje não sei mais. Sei sim que até hoje ele é muito acessado, hoje mesmo por umas quinze ou vinte pessoas.
Sou grato a cada uma das pessoas que nos seguem e acompanham nossos posts, hoje não estou mais sozinho aqui. Só posso dizer a todos que escrevemos com carinho e amor ao esporte, sem copiar ninguém.

Meu muito obrigado a todos, um forte abraço,

Rui Amaral Jr

“Sem duvida alguma eu sabia que era o futuro. Percebi na organização da Cosworth, na vinculação com a Ford e nas modernas técnicas de fabricação que isto era um vislumbre dele. A situação tinha se tornado muito complicada e isto significava o início, o começo do futuro, em que o motor era o chassi.” Dan Gurney.

Ao final de 1965 Colin Chapman precisava de um motor para fazer frente a seus adversários, Ferrari, BRM, Maserati e o Weslake que estavam por vir. Chapman e Keith Duckworth resolveram projetar e construir um motor para nova Formula de 3 litros. A eles se juntou Mike Costin que já trabalhava na Lotus e começaram a empreitada. A decisão foi por um motor V8, por ter um menor numero de peças, assim sendo menos vulnerável a quebras e ter menos atrito entre as partes, podendo assim gerar mais potencia.


Outro “pulo do gato” de mestre Chapman, o motor teria de fazer parte da estrutura do chassi na traseira do carro, saindo dele apoio para suspensão e cambio. Era o começo de uma nova era como disse Gurney.

O V8 a 90º tinha 2.993 c , quatro válvulas por cilindro e desenvolvia no começo de 1967 410 HP a 10.000 rpm chegando mais tarde a 470 HP a 10.750 rpm.


Em busca de investidores para empreitada Chapman encontrou a Ford, que depois de rejeitada pela Ferrari procurava um grande motor para se firmar no cenário automobilístico mundial. Nascia o Ford Cosworth DFV
A contragosto de Chapman a Ford logo após a vitoriosa estréia abriu sua comercialização para outras equipes, dando em pouco tempo condições de surgirem varias equipes de ponta usando o binômio cambio Hewland e motor Ford-Cosworth.

Nessa época cada motor custava US $ 12.000. 

O Ford Cosworth DFV e suas atualizações tiveram de 1967 a 1983 “apenas” 155 vitórias na Formula Um, fazendo após sua estréia sete campeões do mundo de 1968/74. E depois sendo campeão mais cinco vezes.

Ah! Cosworth é a junção dos nomes COStin e DuckWORTH.

Todas as vitórias desse incrível motor.


01118 Jun 1967 Dutch Jim Clark Lotus 49

15 Jul 1967 Jim Clark Lotus 49

1 Oct 1967  Jim Clark Lotus 49

22 Oct 1967  Jim Clark Lotus 49

1 Jan 1968  Jim Clark Lotus 49

12 May 1968  Graham Hill Lotus 49
26 May 1968 Monaco Graham Hill Lotus 49B

9 Jun 1968 Belgian Bruce McLaren McLaren M7A
23 Jun 1968 Dutch Jackie Stewart Matra MS10
20 Jul 1968 British Jo Siffert Lotus 49B
4 Aug 1968 German Jackie Stewart Matra MS10
8 Sep 1968 Italian Denny Hulme McLaren M7A
22 Sep 1968 Canadian Denny Hulme McLaren M7A
6 Oct 1968 US Jackie Stewart Matra MS10
3 Nov 1968 Mexican Graham Hill Lotus 49B
1 Mar 1969 South African Jackie Stewart Matra MS10
4 May 1969 Spanish Jackie Stewart Matra MS80
8 May 1969 Monaco Graham Hill Lotus 49B
21 Jun 1969 Dutch Jackie Stewart Matra MS80
6 Jul 1969 French Jackie Stewart Matra MS80
19 Jul 1969 British Jackie Stewart Matra MS80
8 Março 1969 German Jacky Ickx Brabham BT26A
7 Sep 1969 Italian Jackie Stewart Matra MS80
20 Sep 1969 Canadian Jacky Ickx Brabham BT26A
5 Oct 1969 US Jochen Rindt Lotus 49B
19 Oct 1969 Mexican Denny Hulme McLaren M7A
7 Mar 1970 South African Jack Brabham Brabham BT33
19 Mar 1970 Spanish Jackie Stewart March 701
10 May 1970 Monaco Jochen Rindt Lotus 49C
21 Jun 1970 Dutch Jochen Rindt Lotus 72C
5 Jul 1970 French Jochen Rindt Lotus 72C
18 Jul 1970 British Jochen Rindt Lotus 72C
2 Aug 1970 German Jochen Rindt Lotus 72C
4 Oct 1970 US Emerson Fittipaldi Lotus 72C
18 Apr 1971 Spanish Jackie Stewart Tyrrell 003
23 May 1971 Monaco Jackie Stewart Tyrrell 003
4 Jul 1971 French Jackie Stewart Tyrrell 003
17 Jul 1971 British Jackie Stewart Tyrrell 003
1 Aug 1971 German Jackie Stewart Tyrrell 003
19 Sep 1971 Canadian Jackie Stewart Tyrrell 003
3 Oct 1971 US François Cevert Tyrrell 002
23 Jan 1972 Argentine Jackie Stewart Tyrrell 003
4 Mar 1972 South African Denny Hulme McLaren M19A
1 May 1972 Spanish Emerson Fittipaldi Lotus 72D
4 Jun 1972 Belgian Emerson Fittipaldi Lotus 72D
2 Jul 1972 French Jackie Stewart Tyrrell 003
15 Jul 1972 British Emerson Fittipaldi Lotus 72D
13 Aug 1972 Austrian Emerson Fittipaldi Lotus 72D
10 Sep 1972 Italian Emerson Fittipaldi Lotus 72D
24 Sep 1972 Canadian Jackie Stewart Tyrrell 005
8 Oct 1972 US Jackie Stewart Tyrrell 005
28 Jan 1973 Argentine Emerson Fittipaldi Lotus 72D
11 Feb 1973 Brazilian Emerson Fittipaldi Lotus 72D
3 Mar 1973 South African Jackie Stewart Tyrrell 006
29 Apr 1973 Spanish Emerson Fittipaldi Lotus 72E
20 May 1973 Belgian Jackie Stewart Tyrrell 006
3 Jun 1973 Monaco Jackie Stewart Tyrrell 006
17 Jun 1973 Swedish Denny Hulme McLaren M23
1 Jul 1973 French Ronnie Peterson Lotus 72E
14 Jul 1973 British Peter Revson McLaren M23
29 Jul 1973 Dutch Jackie Stewart Tyrrell 006
5 Aug 1973 German Jackie Stewart Tyrrell 006
19 Aug 1973 Austrian Ronnie Peterson Lotus 72E
9 Sep 1973 Italian Ronnie Peterson Lotus 72E
3 Sep 1973 Canadian Peter Revson McLaren M23
7 Oct 1973 US Ronnie Peterson Lotus 72E
13 Jan 1974 Argentine Denny Hulme McLaren M23
27 Jan 1974 Brazilian Emerson Fittipaldi McLaren M23
30 Mar 1974 South African Carlos Reutemann Brabham BT44
12 May 1974 Belgian Emerson Fittipaldi McLaren M23
26 May 1974 Monaco Ronnie Peterson Lotus 72E
9 Jun 1974 Swedish Jody Scheckter Tyrrell 007
7 Jul 1974 French Ronnie Peterson Lotus 72E
20 Jul 1974 British Jody Scheckter Tyrrell 007
18 Aug 1974 Austrian Carlos Reutemann Brabham BT44
8 Sep 1974 Italian Ronnie Peterson Lotus 72E
22 Sep 1974 Canadian Emerson Fittipaldi McLaren M23
6 Oct 1974 US Carlos Reutemann Brabham BT44
12 Jan 1975 Argentine Emerson Fittipaldi McLaren M23
26 Jan 1975 Brazilian Carlos Pace Brabham BT44B
1 Mar 1975 South African Jody Scheckter Tyrrell 007
27 Apr 1975 Spanish Jochen Mass McLaren M23
22 Jun 1975 Dutch James Hunt Hesketh 308
19 Jul 1975 British Emerson Fittipaldi McLaren M23
3 Aug 1975 German Carlos Reutemann Brabham BT44B
17 Aug 1975 Austrian Vittorio Brambilla March 751
2 May 1976 Spanish James Hunt McLaren M23
13 Jun 1976 Swedish Jody Scheckter Tyrrell P34
4 Jul 1976 French James Hunt McLaren M23
1 Aug 1976 German James Hunt McLaren M23
15 Aug 1976 Austrian John Watson Penske PC4
29 Aug 1976 Dutch James Hunt McLaren M23
12 Sep 1976 Italian Ronnie Peterson March 761
3 Oct 1976 Canadian James Hunt McLaren M23
10 Oct 1976 USA East James Hunt McLaren M23
24 Oct 1976 Japanese Mario Andretti Lotus 77
9 Jan 1977 Argentine Jody Scheckter Wolf WR1
3 Apr 1977 USA West Mario Andetti Lotus 78
8 May 1977 Spanish Mario Andretti Lotus 78
22 May 1977 Monaco Jody Scheckter Wolf WR1
5 Jun 1977 Belgian Gunnar Nilsson Lotus 78
3 Jul 1977 French Mario Andretti Lotus 78
16 Jul 1977 British James Hunt McLaren M26
14 Aug 1977 Austrian Alan Jones Shadow DN8
11 Sep 1977 Italian Mario Andretti Lotus 78
2 Oct 1977 USA East James Hunt McLaren M26
9 Oct 1977 Canadian Jody Scheckter Wolf WR1
23 Oct 1977 Japanese James Hunt McLaren M26
15 Jan 1978 Argentine Mario Andretti Lotus 78
4 Mar 1978 South African Ronnie Peterson Lotus 78
7 May 1978 Monaco Patrick Depailler Tyrrell 008
21 May 1978 Belgian Mario Andretti Lotus 79
4 Jun 1978 Spanish Mario Andretti Lotus 79
2 Jul 1978 French Mario Andretti Lotus 79
30 Jul 1978 German Mario Andretti Lotus 79
13 Aug 1978 Austrian Ronnie Peterson Lotus 79
27 Aug 1978 Dutch Mario Andretti Lotus 79
21 Jan 1979 Argentine Jacques Laffite Ligier JS11
4 Feb 1979 Brazilian Jacques Laffite Ligier JS11
29 Apr 1979 Spanish Patrick Depailler Ligier JS11
14 Jul 1979 British Clay Regazzoni Williams FW07
29 Jul 1979 German Alan Jones Williams FW07
12 Aug 1979 Austrian Alan Jones Williams FW07
26 Aug 1979 Dutch Alan Jones Williams FW07
30 Sep 1979 Canadian Alan Jones Williams FW07
13 Jan 1980 Argentine Alan Jones Williams FW07
30 Mar 1980 USA West Nelson Piquet Brabham BT49
4 May 1980 Belgian Didier Pironi Ligier JS11/15
18 May 1980 Monaco Carlos Reutemann Williams FW07B
29 Jun 1980 French Alan Jones Williams FW07B
13 Jul 1980 Britain Alan Jones Williams FW07B
10 Aug 1980 German Jacques Laffite Ligier JS11/15
31 Aug 1980 Dutch Nelson Piquet Brabham BT49
14 Sep 1980 Italian Nelson Piquet Brabham BT49
18 Sep 1980 Canadian Alan Jones Williams FW07B
5 Oct 1980 USA East Alan Jones Williams FW07B
15 Mar 1981 USA West Alan Jones Williams FW07C
29 Mar 1981 Brazilian Carlos Reutemann Williams FW07C
12 Apr 1981 Argentine Nelson Piquet Brabham BT49C
3 May 1981 San Marno Nelson Piquet Brabham BT49C
17 May 1981 Belgian Carlos Reutemann Williams FW07C
18 Jul 1981 British John Watson McLaren MP4
2 Aug 1981 German Nelson Piquet Brabham BT49C
17 Oct 1981 Caesars Palace Alan Jones Williams FW07C
4 Apr 1982 USA West Niki Lauda McLaren MP4B
9 May 1982 Belgian John Watson McLaren MP4B
23 May 1982 Monaco Riccardo Patrese Brabham BT49D
6 Jun 1982 USA John Watson McLaren MP4B
18 Jul 1982 British Niki Lauda McLaren MP4B
15 Aug 1982 Austrian Elio de Angelis Lotus 91
29 Aug 1982 Swiss Keke Rosberg Williams FW08
25 Sep 1982 Caesars Palace Michele Alboreto Tyrrell 011
27 Mar 1983 USA West John Watson McLaren MP4/1C
15 May 1983 Monaco Keke Rosberg Williams FW08C
5 Jun 1983 USA Michele Alboreto Tyrrell

Vitorias copiadas do Fórum 8W - http://forix.autosport.com/8w/dfv.html


                                  http://f1-facts.com/results

                                  
NT: Alguns anos após recebi este comentário do sr Rui Silva de Oliveira, a quem agradeço.


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

McLaren a primeira vitória


Bruce-McLaren Ford Cosworth DFV seguido de Pedro Rodriguez-BRM P133  


1968 - Bruce buscava desde 1966 a afirmação de sua equipe na Formula Um, nos dois anos anteriores o carro e a equipe que levavam seu nome haviam usado os motores BRM V8 e V12 e um Ford V8, agora para temporada de 68 tinham o fabuloso Ford Cosworth DFV V8, lançado no anos anterior com uma magnífica vitória de Jim Clark  em Zanvoort seguidas por mais três vitórias do Escocês. 1967 ainda seria o ano dos motores Repco-Brabham-Olds menos potentes porém mais confiáveis e o campeonato ficou com Denny Hulme pilotando uma Brabham-Repco.
Chega a quarta corrida da temporada, a Lotus havia dominado as três anteriores, com a vitória de Jim Clark em Kyalami e depois do trágico desaparecimento de Jimmy no acidente de Nurburgring correndo de Formula 2 as duas vitórias seguintes foram de Graham Hill pilotando a então imbatível Lotus 49 Cosworth DFV.


Na largada Amon dispara com a Ferrari alada para quebrar na oitava volta.

Em Spa a pole foi de Chris Amon, era a primeira corrida em que os carros usavam asas na F Um e a Ferrari alada de Amon enfiou quase quatro segundos no segundo colocado. A Lotus agora com Jackie Oliver ficaram apenas com o 14º de Hill e 15º de Oliver.
Foi a quarta e derradeira vitória de Bruce na Formula Um e a primeira de seu carro e equipe; a McLaren...

Largada   

 1º #22 Chris Amon - Ferrari 312/67/68 - 3'28.600
 2º #7   Jackie Stewart - Matra MS10 - 3'32.300
 3º #23 Jacky Ickx - Ferrari 312/67/68 - 3'34.300 
 4º #20 John Surtees - Honda RA301 - 3'35.000
 5º #6   Denny Hulme - McLaren M7A - 3'35.400
 6º #5   Bruce McLaren - McLaren M7A - 3'37.100



Bruce e a McLaren M7A


Ickx e a Ferrari 312 67/68



Resultado

1º #5 Bruce McLaren - McLaren M7A
2º #11 Pedro Rodriguez - Arthur Owen P133
3º #23 Jacky Ickx - Ferrari 312/67/68
4º #7  Jackie Stewart - Matra MS10
5º #2  Jackie Oliver - Lotus 49B 15  
6º #15 Lucien Bianchi - Cooper T86B    

Campeonato 

1º Graham Hill - 24 pontos
2º Denny Hulme - 10
3º Bruce McLaren - 9
4º Jim Clark - 9
5º Pedro Rodríguez - 6

Construtores

1º Lotus-Ford - 29
2º McLaren-Ford -17
3º BRM - 12
4º Cooper - BRM - 9
5º Ferrari - 7       


quarta-feira, 10 de julho de 2013

ENCONTRO DE GIGANTES

É hoje que meu amigo Caranguejo fica mais velho!  Procurei seu primeiro post no Histórias mas lá se vão quatro anos, 102 posts assinados como Caranguejo e outros tantos como Carlos Henrique Mércio então resolvi mostrar novamente um dos tantos posts sobre Jimmy, uma grande admiração que dividimos. Além de Jimmy ele é fã de carteirinha de dois outros gigantes, Tazio e Fangio, sobre quem também escreveu uma série de posts.
Parabéns meu amigo, um forte abraço! 





Keith Duckworth, Chapman, Clark e Hill olham o Ford Cosworth DFV.

Zandvoort/67


Corrida divisor de águas, foi nela que o mundo das corridas viu estrear o mais vitorioso propulsor da Fórmula 1 de todos os tempos, o motor Ford Cosworth V8, que sob muitos aspectos, foi o componente que garantiu a sobrevivência da categoria e permitiu o surgimento de muitas novas equipes. Zandvoort era uma pista próxima do litoral holandês, com uma estranha característica: proporcionava um novo desafio aos pilotos devido a areia que invadia o asfalto, formando uma perigosa mistura com o óleo dos carros. Nunca se conseguia determinar a quantidade desse “produto” na pista, apenas seu perigo real. Teria sido o fator determinante no acidente fatal de Piers Courage em 1970. Na corrida de 1967 estrearam alguns carros novos como o Brabham BT 20, BRM P83 e Eagle-Weslake T1G, além do Lotus 49-Cosworth. Enquanto Hill já o conhecia e testara, Clark só viu o novo carro na pista holandesa.

Chapman e Clark

 Nos treinos, Graham foi o melhor na sexta-feira (1:25,6). Gurney, o segundo, apenas dois décimos atrás. E Clark, só problemas. G.Hill e “The Great Daniel” continuavam debatendo a pole e Dan, após estabelecer 1:25,1 parou achando que não seria alcançado. Hill continuou e em sua última tentativa marcou 1:25,0 (mas os cronômetros oficiais acusaram 1:24,6). Para Clark, só a terceira fila, ao lado de Hulme e Surtees. No dia do GP, já na largada, Jimmy ganhou duas posições, pois a direção de prova holandesa (sempre inepta) esqueceu que um dos fiscais ainda estava no meio do grid e largou assim mesmo. Hulme e Surtees tiveram que desviar do bandeirinha e perderam tempo.
As primeiras voltas foram num ritmo tranquilo e na volta 7, Gurney parou nos boxes . Ele voltaria só para abandonar na volta seguinte, com problemas na injeção de combustível. Uma volta depois, Hill abandonava na liderança: um dente de uma engrenagem de seu motor quebrou. A Brabham de Old Jack assumiu a ponta, mas após 15 voltas, Clark já estava pegando gosto pela nova barata. Ele havia ultrapassado Rindt e na volta seguinte deixa Black Jack para trás. Rodriguez quebra, Rindt e Stewart também.


Hulme é quem consegue sobreviver. Ele se impõe no terceiro lugar e resiste aos ataques de seu compatriota, Chris Amon. O “Rei do Azar” será o quarto colocado, à frente de Mike Parkes e Ludovico Scarfiotti, todos de Ferrari. Clark vence fácil, 23 segundos à frente de Brabham. Para Clark, Lotus e Cosworth era o começo de uma relação curta, porém marcante e vitoriosa. O grande campeão morreria numa prova de F2 na Alemanha em 68. Já o Cosworth só encerraria sua jornada em 1983.



C.Henrique Mércio


Clark já no grid.
Durante a corrida notem suas mãos a volante e a tocada suave.
Clark e a Lotus em Monaco.
Seu lugar de direito, o alto do podium.

Post de 20 de Abril de 2010

sábado, 1 de dezembro de 2012

F.Um x F.5.000


Ontem mostrei o F.5.000 Lotus 68/70 do Mario, e hoje resolvi fazer uma comparação entro os F.5.000 e os F.Um, sem muitas consultas, apenas a dados técnicos e algumas publicações que achei, entre elas a de meu amigo Carlos de Paula, vou tentar com meus parcos conhecimentos, fazer a comparação.
Em 1968 quando foi criada a categoria a Formula Um já vinha em seu terceiro ano com os motores de  3.000cc, 66/67 foram anos dominados pelos motores Repco/Brabham/Oldsmobile, um motor com bloco de série mas tremendamente desenvolvido pelos Australianos da Repco e que deu dois campeonatos do mundo ao seu idealizador Jack Brabham, em 66 com ele mesmo e 67 com Denis Hulme. Alguns outros motores já vinham sendo desenvolvidos, como o Ferrari V12, depois Flat 12, BRM, Weslake, Alfa Romeo, especialmente para Formula Um. Acontece que esses motores eram de altíssima performance, feitos com tecnologia de ponta, para época, e caríssimos, um Cosworth DFV, por exemplo, na época de seu lançamento custava absurdos US$12.000, uma dinheirama para época, e ainda por cima sua manutenção também era cara.


Chevy 302 Small Bloc, com os Weber 48 
Cosworth DFV

A F.5000 usava motores de série, preparados obviamente, mas sem os requintes e a cara manutenção. Vários motores foram usados em seus campeonatos, nos EUA, Europa, Tasmânia e outros. De motores de 3.5 litros, passando por alguns de 4 e 4.5l até que a maioria dos carros passou a usar os small-bloc americanos de 302 pol³ ou 5.000cc (4.832cc). Nesta Lotus 68/70 o motor é um Chevy 302.

As diferenças; enquanto na F Um, tomando-se como base os Cosworth DFV V8, blocos e cabeçotes eram de alumínio ou alguma outra liga especial, os motores americanos como o Chevy, usavam blocos de ferro fundido e em grande parte dos casos cabeçotes do mesmo material. No DFV os comandos de válvulas eram nos cabeçotes, acionados por correntes, dois por cabeçote que tinha quatro válvulas por cilindro. Nos 5.000 o comando era central e no bloco, acionando ao válvulas através de varetas e balanceiros.
Vejam bem, enquanto os êmbolos do DFV acionavam diretamente as válvulas, no big bloc o comando central movia uma vareta, que acionava um balanceiro, isto além de dificultar o posicionamento das válvulas na câmara de combustão, criava um momento de inércia altíssimo, não permitindo que esses motores passassem das 7.500/8.000rpm, enquanto os DFV já em seu lançamento em 67 alcançavam 10.500rpm. Alem disso a F.Um já usava injeção de combustível enquanto a 5.000 usava ainda carburadores, no caso os magníficos Weber 48 duplos, que eu tanto usei e aprendi a admirar.
Com cerca de 420hp os DFV tiravam 140hp/litro enquanto os 5.000, que por volta de 69/70 deveriam ter entre 470 e 490hp tinham no máximo 100hp/litro.
O motor mais pesado e com torque aparecendo a rotações mais baixas exigia também uma caixa de cambio mais forte, no caso da F.Um geralmente a usada era a Hewland DG300 e na 5.000 a Hewland LG600 ou DG400 ambas de cinco marchas.
Motor e caixa de cambio mais pesados exigiam um chassi mais reforçado, e freios mais potentes, enquanto na F.Um o peso mínimo era de 500kg, os 5.000 eram bem mais pesados. 
Não achei nenhuma referencia ao peso mínimo dos 5.000, tampouco tive paciência para procurar, perdoem este pretenso escritor, certamente se tivesse pedido ajuda a algum amigo como o Jr Lara ou Crispim este texto/post teria saído bem melhor!


 A suspensão traseira do Louts 68/70, com molas, amortecedores, barra estabilizadora e o motor Chevy 302 com os Weber 48, e sem a tampa de válvulas, mostrando o balanceiro, molas de válvulas, pratinhos. Notem os parrudos semi-eixos. 
Aqui um momento de saudosismo, usei muito os Weber 48, depois da obrigação do uso do álcool, era dificílimo acerta-los sem um banco de fluxo, coisa que por lá eles deveriam ter, além de usarem gasolina. Meu banco de fluxo se chamava Carlão!
A Lotus 72, visivelmente bem mais delicada, a suspensão traseira com amortecedores e barra de torção, e o Cosworth DFV.
 A suspensão dianteira da 72, com os discos on board, e barras de torção.



Na 5.000, balança superior e inferior com mola e amortecedor.
 Na 72 os relogios Smith, contagiros até 12.000rpm, temperatura de água e óleo juntas e pressão de óleo e combustível em outro.
Na 68/70 o belo contagiros Jones até 10.000rpm com espia,  idêntico ao meu!
A complexidade do Cosworth DFV




segunda-feira, 19 de setembro de 2011

COSWORTH DFV

O funcionamento do motor que foi o maior vencedor da Formula Um de todos os tempos e abaixo o link de um post que escrevi sobre este incrível motor e suas vitórias.




A primeira vitória.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Jochen Rindt

Com Chapman e equipe na Lotus 72.

Um piloto triste e amargurado, assim era Rindt em 1969, havia perdido vários amigos nas pistas e apesar de uma carreira brilhante e sempre brigando pela ponta desde sua primeira corrida na Formula Um em 1964, pilotando uma Brabham BT11/BRM de Rob Walker - Rob Walker Racing Tean - no GP da Áustria, não havia até então vencido nenhuma corrida.

Formula 3 1965, Outon Park, Denis Hulme lidera seguido de Jim Clark, aquela viseira branca grudada no carro de Jim é Jochem Rindt.


Em 1965 foi contratado pela Cooper para fazer dupla com Bruce MacLaren na pilotagem dos modelos T73 e T77 ambos com motores Climax de 1.5 litros, ano de poucos resultados tanto para ele quanto para Bruce.
Em 66 com a chegada da nova formula de três litros a Cooper sem muitas opções de motores corre em seu novo carro o T81 com o antigo e pesado motor Maserati de 12 cilindros em V. Para seu companheiro de equipe após a terceira corrida da temporada trás ninguém menos que John Surtees campeão do mundo em 1964, correm ainda na equipe e algumas provas Richie Ginther, o jovem Chris Amon e ainda Moisés Solana este apenas no GP do México. Neste ano Rindt começa a mostrar todo seu potencial, já na segunda corrida da temporada o GP da Bélgica em Spa debaixo de um dilúvio lidera 20 das 28 voltas, isso mesmo depois de uma grande rodada a mais de 260 km/h na Masta Straigh. Toma a ponta de Surtees que ainda pilotava para Ferrari e estava com a 312/66 nas primeiras voltas e lidera durante vinte voltas de chuva, com a pista começando a secar Big John com um carro nitidamente mais rápido encosta e deixa Rindt para trás, vencendo sua última corrida pela Ferrari e deixando o Austríaco em segundo.

Spa 1966 com a Cooper T81 Maserati.
 Big John e Rindt com as Cooper T81 Maserati em Brands Hatch.
O Cooper T81 Maserati, um motor pesadissímo, aqui numa saída de frente. 
Denis Hulme, Branham BT26 e Rindt Cooper T81 em Brands.
  Silverstone 1965  Rindt e a Cooper T77 Climax brigando com Lorenzo Bandini de Ferrari.

Neste ano Rindt tem alguns bons resultados, culminando com um bom segundo lugar em Watkins Glen, mas é Surtees quem vence a única corrida para a Cooper, o GP do México.
1967 a Cooper trás o Mexicano Pedro Rodriguez para o lugar de Surtees que logo de cara vence o GP da Africa do Sul em Kyalami, ano de muitas quebras para Rindt consegue apenas dois quartos lugares na Bélgica e Itália.
Em 68 vai para Brabham, , a equipe bi campeã do mundo em 66 com Jack Brabham e 67 com Dennis Hulme e agora contrata  Rindt par substituir Hulme, ainda na equipe Dan Gurney para algumas corridas.  Na Brabham agora enfrentando o novo motor Ford Coswhorth da Lotus consegue apenas dois terceiros lugares na África do Sul e Alemanha.
1969 é enfim contratado pela Lotus que vinha de uma perda irreparável quando im Clark perdeu a vida em uma corrida de Formula 2 e de um campeonato do mundo em que vencera de forma incontestável com Grahan Hill que seria seu novo companheiro de equipe. Mesmo na Lotus foi um ano de muitas quebras, talvez seu pé direito pesado demais e conseguiu apenas um quarto lugar na sexta corrida da temporada na Inglaterra, depois disso um segundo em Monza na Itália e um terceiro no Canadá. Aí veio o GP dos EUA em Watkins Glen e sua primeira vitória na categoria após de cinco anos de batalhas.
Como disse antes em 69 ele pensava em abandonar a carreira, mas... Colin Chapman trouxe ao mundo o novo Lotus, o 72, com um novo conceito de aerodinâmica, suspensão dianteira com anti mergulho, traseira que se mantinha à mesma altura nas freadas, freios um board, barras de torção e o sempre confiável motor Ford Cosworth DFV. Apesar de estranhar muito o carro no inicio, resolveu correr a temporada de 1970 com ele.
Começa a temporada de 70 quebrando na África do Sul e Espanha, mas a partir do GP de Mônaco o que se vê é Rindt dominando a categoria, apesar de apenas um oitavo lugar na corrida seguinte na Bélgica. Vence quatro corridas seguidas Holanda, França, Inglaterra e Alemanha e quebra na Áustria. A partir do GP da Inglaterra tem um novo companheiro na equipe, um jovem brasileiro recém saído da Formula 3, Emerson Fittipaldi.
Lembro perfeitamente que em uma de suas primeiras entrevistas quando testava pela primeira vez um Formula Um Emerson contou que ao testar um Lotus 49C com Rindt, ao reclamar que o carro saia um pouco de frente, Rindt apenas lhe disse “aperta mais o pé direito!” e certamente nosso campeão seguiu o conselho.
Veio o GP da Itália em Monza e nos treinos a tragédia, andando sem o aefolio traseiro Rindt escapa na Parabólica e lá encontra seu fim. Muita coisa foi escrita sobre o acidente, que estava sem a parte que prende as pernas do cinto de segurança, etc. etc. mas a verdade é que os carros de Formula Um na época eram inseguros e a probabilidade do piloto se machucar em um acidente séria.
Nas quatro etapas que faltavam para o fim do mundial ninguém conseguiu chegar aos 45 pontos dele, apesar de Regazzoni vencer em Monza e Ickx vencer as duas das três ultimas corridas , ambos pilotando Ferraris 312B. No GP dos EUA onde conseguiu sua primeira vitória Rindt foi muito bem representado pelo menino que ele havia aconselhado a pisar mais no acelerador, a vitória foi de Emerson pilotando o carro dele.
Rindt Campeão do Mundo de 1970, sem duvida alguma um pé direito pesado, um grande piloto.

Rui Amaral Jr

Caranguejo: 
Rui. Essa é a história desse veloz, temperamental e atirado piloto meio alemão, meio austríaco. Nada a acrescentar, exceto talvez que na Áustria, Rindt virou tema de ópera. Tenho algumas histórias engraçadas sobre ele, mas acho melhor explorá-las mais adiante ou perderíamos o enfoque mais dramático da vida de Jochen.

E com ele, as coisas eram mesmo dramáticas: perdeu os pais num bombardeio na II Guerra Mundial; foi alertado sobre seu destino por Ron Tauranac quando foi para a Lotus e viu sem nada poder fazer, a morte de seu amigo Piers Courage na Holanda em 1970.
ah, e tinha como empresário um inglês baixinho, um certo Bernard...Ecclestone, se não estou errado.