A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quarta-feira, 18 de março de 2015

Conta Junior

Em 1979 inovamos com um cambio seco, ou seja colocamos uma bomba de óleo dupla igual a do motor no cambio, não tinha óleo dentro do cambio, ele ficava em um reservatório, evitando assim o contato da cora e pinhão com óleo, final da historia 200 RPM a mais no final do retaõ em Interlagos. Outra inovação foi a retirada da ventoinha com tomadas na lateral, um erro o local escolhido das tomadas pois nas retas era fantástico mas nas curvas e nos enrosco com outros faltava ar sempre no sentido da curva, acarretando altas temperaturas e varias quebras. No meio de 1979 iniciamos o novo carro que estreei em 1980 e quase fui novamente campeão.

Junior Lara Campos

 E deu trabalho mesmo! Box de Jacarepaguá Manduca, Beto, Eduardo Saraiva e os irmão Levorin, Arno e Marcos trabalham trocando o motor do carro... 
Sem a ventoinha

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

MIL MILHAS BRASILEIRAS 1984 - III por Rui Amaral Jr


Medalha que os pilotos que completaram a corrida receberam, essa é do Ferraz

No final de 1983 os amigos Marcos e Arno Levorin da retífica SALECAR, convidaram-me a correr as MM com Fabio, filho de Marcos, usaríamos meu carro que, havia sido deles e estava parado desde o final de 1982. Correríamos na cat. Hot Car, eles tinham como patrocinador, uma indústria de café, teríamos de mudar a cor do carro para amarelo. Motor poderíamos usar o 1.800 cc. Carro amarelo para mim nunca deu certo de umas oito corridas que fiz com essa cor não terminei nenhuma.


O paper model feito pelo Tito Tilp. Não tenho nenhuma foto do carro que corri com o Fabinho Levorin e Alexandre Benevides

Início de janeiro e dos treinos com 1.800 cc, o torke do carro ficava muito bom e começamos a andar bem rápido, acertamos chassi, agora poderia usar meus amortecedores Koni e iríamos correr com pneus da Peneubras na medida de altura de 20, pois a caixa três já estava com as relações acertadas para eles.
A equipe da rede Record chegou para fazer a chamada da corrida que transmitiriam, e seus repórteres viram aquele VW andando uma barbaridade, quiseram gravar as cenas da chamada... apareci vestindo a touca o capacete e meu nome e depois o carro na pista. Aí o amarelo começou a funcionar. A indústria de café, apesar de já termos pintado o carro, deu para trás.
José Ferraz e Julio Miglioli



Os Levorin receberam uma oferta do Amadeu Rodrigues para dividir a tocada do carro comigo e o Fabinho e, apesar de gostar do Amadeu acabei não aceitando, até hoje me arrependo, e veio o Alexandre Benevides para dividir o carro conosco. O Alexandre, bicampeão Brasileiro de gaiola nunca havia pilotado em pista de asfalto, muito menos com pneus slick. Lembro em um treino ao levá-lo dar uma volta na pista, eu amarrado ao banco com cinto de seis pontas e ele sentado ao lado provavelmente na bateria. Não andaria forte, ia só mostrar a pista a ele, mas quando a 1ª encheu e fui descendo o “Retão” enfiando as marchas em seqüência seus olhos estavam bem maiores que o normal, afinal aqueles Fusquinhas aceleravam uma barbaridade!

Mas além de super simpático o Alexandre não era bobo, afinal era bicampeão de uma categoria que na época era super disputada. Correríamos com o patrocínio da Ind. de Pneus Levorin e verba levada pelo Alexandre.
Na classificação ficamos esperando um jogo de rodas que havia sido levado para dar um passe e de repente o organizador diminuiu o tempo do treino e tivemos de sair com pneus usados, faltando uns 5 min. para o final. E nós que achávamos que largaríamos lá na frente acabamos por largar na 4/5 fila.
Recordando a fantástica equipe de profissionais da CIBIÉ, quando foram instalar os seis faróis, quis dar um palpite e o chefe deles, que já havia feito 20 MM me disse que se não gostasse do modo que colocariam os faróis eles usariam meu palpite! Ficou simplesmente ótimo, e eu que já amava aquela pista de dia fiquei maravilhado de poder andar à noite praticamente no mesmo ritmo.

A CORRIDA.
Opala de João Lindau/Roberto Ferreira/Sebastião Santos
Fotos de meus amigos Luiz e Fabiano Guimarães
Camillo Cristofaro Filho/Bel Camillo/Bertinni
Tucano empurra seu Escort na chegada

Chovia “canivetes”, eu largaria, lembro de conversar com o Fabinho e o Alexandre e ver a preocupação em seus rostos, fomos para o grid. O único senão era que usaria pneus PIRELLI de F 3 cuja altura era de 22 o que tornaria o câmbio muito mais longo e a largada bem mais lenta até encher à 1ª.
Ao contrário do que escrevi antes, estava bem atrás da Alfa Romeo do Paulão e ele teimava em não fechar a porta, certamente para refrescar e eu preocupado. Ao acender a luz vermelha os carros das filas de trás já largaram, e olha que eram mais de 60, esperei o sinal verde, largando com toda dificuldade, pois a 1ª marcha com aquela relação e pneus 22 atingia mais de 120 KM/H e tirar o carro da imobilidade não foi fácil. Não vi o acidente da largada, estava no lado esquerdo da pista e preocupado com aquele enxame de Fiat, Passat e etc. da D1 que iam ultrapassando-me. Na descida do “Retão” comecei a tomar as posições desses carros que eram muito mais lentos que eu, os Pirelli grudavam na pista e até a junção tinha retomado muitas posições. Aí encontrei o Fiat Hot Car amarelo nº 25 do Chico Lameirão/Paternostro, quando fui ultrapassá-lo no “Café” notei algumas bandeiras já dentro da pista, tirei o pé preocupado com os que viam atrás , felizmente nada aconteceu, eram nossos “Anjos da Guarda” fazendo seu trabalho, cuidando de nossa segurança. Só ao chegar aos boxes fiquei sabendo do que ocorrera na largada, uma alicatada de um piloto inexperiente e a afoiteza de quem vinha atrás. Graças a Deus ninguém se feriu com gravidade.
Acredite se quiser, apesar de toda tensão em nosso Box, fui buscar um telefone para ligar a minha mãe, que assistia e devia estar preocupada, com ajuda do grande amigo Carpinelli.
A segunda largada foi mais tranquila, com a perda de muitas posições, mas logo recuperadas – dos Divisão 1 no “Retão” passei um monte e, no final da 1ª volta já vinha entre os 15. Os Pirelli grudavam no chão e o motor empurrava muito, com o câmbio me ajeitei, usando uma marcha mais curta que o normal e a 4ª somente na “Reta oposta”, “Reta dos Box” e “Retão”. Duas ultrapassagens lembro bem, o Capeta Palhares/Murilo Piloto de Alfa Romeo nº 33 que encontrei na freada da “TRÊS” e apesar de vir bem mais rápido só ultrapassei-o na freada do “Sargento”. A “Alfona” vinha o tempo todo de lado, da “Quatro” até a “Ferradura” o tempo todo derrapando, quando dava motor saia de traseira aí corrigia - grande piloto o Capeta . A outra foi quando ultrapassei o Paulão/Fabio Souto Mayor com a outra Alfa nº 22 , foi na curva do Mergulho, depois do “Bico de pato”, ele vendo que eu vinha muito mais rápido fez um sinal com a mão e tomei a curva antes dele. Campeão é campeão até cedendo a posição ele foi um grande piloto.
Lá pela 8ª volta já estava entre os dez, e ao chegar na “Junção” notei a pressão de óleo a zero e entrei no Box - motor havia estourado. O interessante é que por conta do câmbio longo não o havia forçado, andando mais em cima dos pneus e freios
Motor foi trocado rapidamente e voltei à pista. Não tinha completado meu turno.
Na freada da “Três” uma desagradável surpresa, a ambulância que estava parada no Retão, atrás do Guard Rail havia saído, e como era meu ponto de referência quase estampo ali mesmo.
José Ferraz/Julio Miglioli

Saindo da “Subida do lago” notei óleo saindo de meu motor novo, tentei ir até o box, mas o motor apagou na freada do “Sargento” e lá ficou meu carro!
Ao parar logo veio um bandeirinha, deles escrevi neste blog “Anjos da Guarda” e segurando meu braço levou-me até um lugar seguro, para logo a seguir com seus companheiros sinalizar ao lado do carro, e veja bem um lugar dificílimo onde os Stock, Maverick e outros carros vinham numa freada forte, dificultada pelas condições do tempo.
Ao atravessar a pista, subindo pelo lado do “Sargento” algumas pessoas que assistiam dali a corrida aplaudiram-me - devo ter feito umas 5 ultrapassagens naquela freada. Chateado agradeci-lhes e um deles com o carro junto à cerca além dos aplausos ofereceu-me um copo de Congnac, agradecido bebi. Agora já podia, para chegar a meu box e ver o Fabinho e o Alexandre cabisbaixos, nossa corrida tinha acabado.
Confesso a vocês que fiquei muito chateado. Em momento algum forcei os motores, o conta-giros JONES com espia foi prova disso, confesso também que com os Stock parando para reabastecer muito antes de nós tinha a esperança de entregar o carro ao Fabinho numa boa colocação, talvez até na ponta.
Nunca mais corri, já tinha 32 anos, e se alguém algum dia me convidar a pilotar um carro de corridas que, por favor, não seja amarelo!
O destaque negativo dessas MM foi o atropelamento de um espectador por um Maverick em pleno "Retão" , o bandeirinha que veio me contar quando voltei a Interlagos quase no final da corrida ainda estava emocionado .

Agradeço à Graziela Rocha , Fabiano Guimarães , José Ferraz , Duran , Romeu , Cláudio , Rui , Bifulco , Joel pelo apoio .
Dedico esta postagen à memória de dois amigões , os saudosos Arno Levorin e João Lindau Neto.
João
Arno e Marcos




A seguir o relato do Romeu para a largada .
F250GTO disse...
Nessa Mil Milhas de 84 eu estava lá.
Exatamente na linha onde estava o Opala do Beto.
Na hora da largada desabou um verdadeiro toró em Interlagos.
A largada erroneamente numa situação dessas, foi dada com os carros parados no grid.
O carro apagou justamente na hora de largar, e o piloto ficou com o braço levantado acenando desesperado e já prevendo o pior, pois atrás dele largavam mais de 60 e tantos carros.
Alguns, que vinham log atrás, perceberam e desviaram e por milímetros não acertaram o Opala.
Mas o pessoal que vinha detrás mesmo, sem visão por causa do "spray" e em maior velocidade encheu a traseira do Opala e bateram uns nos outros, algum tiveram inclusive principio de incêndio.
Se não me engano, apesar dos estragos (grandes) dos carros, ninguém se feriu gravemente, felizmente.
Poderia ter sido bem pior.
Romeu.





terça-feira, 10 de agosto de 2010

Expedito Marazzi na Divisão 3

Uma bela briga em Interlagos, Luiz Henrique Pankowski, Alvaro Guimarães no carro que o Expedito correu no Rio de Janeiro e Elcio Pelegrini.
A batalha dos VW e Passats na D3. Interlagos "Subida do Lago" aqui os Passats despejavam toda potencia para a subida da "Reta Oposta".

Expedito Marazzi



Eu sempre gostei de correr de automóvel. Faço isso já há alguns anos. Participei de talvez mais de cem corridas, pegando o fim diz era das carreteras, passando pela tempo das Equipes de Fabrica e chegando hoje, na mono marca.

Mas existe uma categoria que é toda especial: A Divisão 3 a bem da verdade é preciso que se diga que eu comecei nela apenas no ano passado, quando fiz. somente uma corrida noturna. Mas neste ano acabo de participar da terceira prova do Torneio Rio/S. Paulo, no Autódromo de Jacarepaguá.

É estranho que, mesmo sem conseguir um bom resultado, eu tenha me apaixonado pela categoria. É que se trata de algo muito especial não somente os carros são diferentes na maioria bezouros - e uns poucos Passats, completamente modificados. Com as latarias "engordadas" a fim de cobrir os pneus largos do tipo "slick". E com os motores muito envenenados, muito velozes e, por isso mesmo, muito fáceis de quebrar. . . O Lara Campos, por exemplo, leva consigo nada menos do que quatro motores de reserva. Seu carro tem conseguido bons resultados, mas as vezes ele é obrigado a usar todos os motores. Mas quase todos os demais participantes tem sempre, no mínimo, dois motores de reserva...

A verdade é que o pessoal é todo muito unido: na pista cada qual quer ganhar de qualquer jeito, desde que não prejudique os demais. Mas se qualquer um dos participantes sofrer uma injustiça por, parte dos organizadores imediatamente todos se unem a fim de defendê-lo. 

Nesta corrida do Rio, por exemplo, aconteceu algo assim comigo.

Meu carro não estava bem acertado, pois o Toninho, o dono da Equipe Motor Girus, não teve tempo de fazer nenhum treino. Assim, a muito custo, depois de terem faltados os freios, de ter sido trocado o motor, de ter sido improvisado um jogo de amortecedores e demais providências que custaram o sábado inteiro, prejudicando inclusive uma melhor classificado (ficamos em 13º. no grid), conseguimos largar.

Largar é uma palavra mágica, uma espécie de vitória antecipada ... quando se consegue realmente por o carro na pista. A largada falsa que se usa no Rio, inclusive, é muito ruim para os pilotos, mas, vai lá. Fui andando no meio do bolo, até as posições mais ou menos se definirem. De repente, o grande inimigo da Divisão 3 apareceu: o óleo na pista. Logo surgiu também uma bandeira preta tirando o carro que estava sujando a pista e eu fiquei contente pela presteza com que isso aconteceu. Continuei andando, ao fim da bateria, sem lutar com ninguém, pois havia um bolo à minha frente, que eu não podia alcançar e um bolo à minha retaguarda, que não podia  por sua vez  me alcançar. Salvo um piloto, egresso da Divisão 1 onde se costuma dar "totós" (e ele ainda tinha esse mau cos­tume) que me empurrou por trás tudo foi normal.

Quando parei, porém, qual não foi a minha surpresa ao ser informa­do de que estava desclassificado, porque desrespeitara a bandeira preta. De nada adiantou argumentar que meu carro não estava jogando óleo (era apenas uma mangueira mais baixa) e que eu não vira a bandeirada para mim. A decisão das autoridades da prova era irreversível.

Muito chateado voltei ao Box e e meu Chefe de Equipe estava macambúzio. Ai chegou o repórter Sidney, deste jornal, e quis saber do que se tratava. Inteirado de tudo sugeriu: é um caso para o Edson Yoshikuma. Este, que acabara de vencer a bateria após uma árdua luta com Affonso Giaffone Jr., ainda enxugava o suor, quando imediatamente tomou as dores da Injustiça sofrida por mim. Foi parlamentar com os responsáveis pela corrida, que se mostraram irredutíveis na decisão tomada. Então a confusão foi crescendo e todos os pilotos inscritos se reuniram com o Yoshikuma e resolveram: ou o Marazzi larga na posição que lhe coube, ou ninguém larga. Até os dois gaúchos, que estavam participando "hors concours'' pela primeira vez acrescentaram: "Oi tché, se alguém largar nós quebramos os para brisas deles”.

Nessas alturas a decisão foi reconsiderada e eu fui procurado com um pedido de desculpas, onde me informavam que deveria me aprontar para a largada, no lugar correto.

Sinceramente, fiquei comovido, a ponto de meus olhos quererem me trair, deixando escapar algumas lagrimas. Jamais, em corridas, eu havia sido tratado com tamanha consideração. Todos os pilotos, in­clusive os ponteiros habituais como Amadeu Campos, Arturo Femandes - todos, enfim - não somente haviam apoiado a "blitz " como foram me defender pessoalmente. Quando fui agradecer ao Yoshikuma, ele simplesmente me disse: "Não há o que agradecer, faríamos isso por qualquer um de nós "

Na segunda bateria, embora o, meu carro fosse o mesmo, fiquei tão animado que consegui terminar umas três posições à frente ( 15º na primeira e 12º na segunda ). Mas eu corria com um sorriso de orelha a orelha. Pouco me importava que a minha posição fosse aquela ou até mesmo o último lugar: eu estava muito feliz porque me sentia integrado numa sociedade de gente boa, que falava a minha linguagem, acelerava um bocado na pista, mas continuava a ser gente fora dela. Edson Yoshikuma desta vez, penso conseguiu chegar na frente de Giaffone: inverteram-se as posições. Mas para todos os pilotos da Divisão 3 ele é o grande vencedor, o líder que defende os direitos de cada um. Por isso gosto de correr de Divisão 3 ... e não pretendo parar tão já!



OS ACIDENTES



Houve alguns acidentes na prova do Rio, que eu pude ver: um deles aconteceu no inicio da segunda bateria, quando o carro de Jefferson Elias tentou passar o carro de Dimas de Melo Pimenta, na curva que antecede aos boxes. Acabou se en­roscando e ambos rodaram, saindo da pista!. Mais tarde o mesmo Jefferson saiu da pista na curva veloz que existe após o box, aquela, que se faz em quarta de pé em baixo. Curioso que , algumas voltas depois, um Passat marrom que eu não pude ver de quem era capotou e foi ficar parado pertinho do carro de Jeffeson. Outro Passat, vermelho, capotou na curva Sul, após o retão.

Felizmente ninguém se machucou, nem mesmo os motociclistas, que correram entre as baterias da Divisão 3 e caíram pra valer. Aliás, ninguém gostou da idéia de unir motos e carros no mesmo dia, nem pilotos nem motoqueiros. Parece que isso não vai mais acontecer.

Eu não pude ver a corrida no seu enfoque geral, pois estava participando dela. Mas o meu mecânico preparador, o Ney, que fica torcendo - elétrico - nos boxes, no final me contou tudo o que aconteceu. Além dos destaques de Yoshikuma e Giaffone, que ficaram com os dois primeiros lugares, os carros do Sul andaram muito bem, passando todos os outros nas retas. Havia até quem achasse que seus motores estavam fora do regulamento. Amadeu Campos ficou em terceiro lugar, na soma dos pontos, usando já os pneus com novo composto. Lara Campos ficou em quinto, Amadeu Rodrigues em sétimo, José Antonio Bruno, em oitavo, Alvaro Guimarães em nono e a Passat de João Franco em décimo, Nós tivemos de nos contentar com o 13º. Mas valeu a penal. Expedito Marazzi


Box do Jr no Rio, Manduca - Armando Andreoni - conversa com Carlos Alberto Levorin, de bermuda o Saraiva, e trabalhando para fazer de quatro motores um para corrida o saudoso Arno Levorin e agachado seu irmão Marcos Levorin.

Anatomia de um post.



É a segunda vez que mostro este texto de meu amigo Expedito, da primeira o Jr. -Lara Campos- digitalizou como foto e ficou ilegível, agora ele digitalizou como documento então pude copiar e postar corretamente.



Ao telefone



Jr: Ruizão agora digitalizei certo.
Rui: Obrigado Portuga.
Jr: Pô o Expedito escreveu que eu estourei quatro motores.
Rui: Mas não é verdade? Voce mesmo contou que em Tarumã foram outros quatro!
Jr: É verdade.



Obrigado Jr. Quantos amigos e quantas lembranças! Um abração.



quarta-feira, 31 de março de 2010

SALECAR




Ontem a noite conversando com o Jr ele dispara “achei uma foto do motor Renault Gordini e estou te mandando” de repente ele para e “olha! Achei umas fotos de uma corrida no Rio com o Marcos, Arno e Carlos Alberto Levorin vou te mandar. Aí ficamos conversando sobre nossa longa amizade com eles. Saudades!


Os Levorin eram donos da Retifica Salecar, nome que sempre apareceu em nossos carros, pois era lá que trabalhávamos nossos motores o Jr, Adolfo,Manduca, Ricardo, Julio Caio e outros mais. Lá nós éramos recebidos como filhos o Marcos e o Arno sempre na correria, mas sempre com tempo para dar atenção a nossas loucuras. Mais tarde o Fabio filho do Marcos também correu na D3 e em 1983 correu as Mil Milhas com o Jr  em 84 comigo. Coitado agüentar os dois chatos de ter sido terrível!

 
O Arno era mestre torneiro, de verdade, professor do Liceu de Artes e Oficio e estava sempre pronto a nos ajudar, com seu passinho curto e seu sorriso ia para o torno fazer as maiores loucuras que pedíamos. Já nos deixou mas lembramos sempre dele com carinho.
 
 
                                                                              Arno e Marcos 
 

“Nesta corrida no Rio em meu box, onde os irmãos Arno, Marcos e Carlos Alberto Levorin junto também o Manduca e Saraiva este veio a correr também na Divisão 3, todos sem camisa trabalhando rsrsrs, pois tinha quebrado meus 4 motores nos treinos, todos com o mesmo problema derretia a cabeça do pistão, não era acerto de carburação ou ponto de ignição e sim excesso de aperto nos cabeçotes, nosso torquimetro deu defeito (ferramenta com medidor de aperto de parafusos e porcas), mas dos 4 motores quebrados fizeram 1 que teria de economisa-lo na classificação para poder correr no domingo. Ganhei essa corrida na somatória dos pontos pois fiz 2 lugar nas duas baterias, que foram ganhas 1 pelo Afonso Giaffone de Passat e outra pelo Bruno de VW se não me falha a memória.” Jr Lara Campos. 
 

Podium no Rio, Adolfo Cilento, José Antonio Bruno, Jr Lara Campos, Yoshikuma, Manduca e Bruno Brunetti. Ao lado Jr persegue Bruno.


Na foto do Fabiano Guimarães Tony Pirillo.
Adolfo Cilento
Ricardo Bock
Rui nos traços de Yassuo Igai

Na versão do Tito o carro que o Fabio e eu corremos as Mil Milhas de 1984.

O Chapa me apresentou à eles, eram muito amigos, e não sei porque lembrei do Chapa me dizendo “vai lá Rui eles estão colocando Elicoil em duas carcaças nossas, vê se o Arno já acabou”. O Elicoil era colocado nos orifícios dos prisioneiros das carcaças VW, substituindo as roscas prejudicadas com tantos apertos.
Em 1982 convidei e passaram comigo alguns dias em Campos do Jordão o Arno, Marcos, Chapa e esposas até hoje lembro de nossas conversas ao pé da lareira, sempre sobre automobilismo, pobres das esposas. 
Na ida para Campos o Chapa sempre afoito e veloz ao volante ia à frente com seu carro quando naquela saída para Taubaté ao pé da serra deve ter feito uma barbeiragem e o Arno que dirigia o carro de trás acabou batendo sem gravidade em outro. Lembro como se fosse ontem o Arno dizendo “ele é louco vinha da duzentos por hora e errou o caminho” e o Chapinha só ria.
Ah! Ia esquecendo a Salecar era na Rua Lopes Chaves na Barra Funda e na rua ao lado íamos sempre almoçar no Afonso que fazia uma bisteca deliciosa e nos recebia com seu sorriso. Por ali estávamos sempre em casa.
 
Dedicamos esse post a nossos queridos amigos Marcos, Fabio, Carlos Alberto e ao saudoso Arno que estão sempre em nossos pensamentos e corações e são sempre lembrados com muito carinho.
 
Jr e Rui