A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
Mostrando postagens com marcador Torneio Sulam 1971. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Torneio Sulam 1971. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 17 de março de 2022

Torneio SUDAM 1971 - Buenos Aires 27 de Junho de 1971

 


  É muito complicada a tarefa de escrever sobre um acontecimento cinquenta anos depois com parcas referencias confiáveis e forçando a memória, mas confesso que mesmo errando algumas vezes é gratificante, nem mesmo sei que título dou a este post, quando terminar de escrever vocês e eu vamos ver!

Nas fotos e nos links que colocarei a seguir toda confusão sobre o Torneio Sudam de 1971. No excelente Racing Sports Cars o que eu classificaria como raund dois da Sudam aparece como Campeonato Argentino de Esporte Protótipos, foi corrido no dia 27-06-1971 no Autódromo Municipal de Buenos Aires, depois da prova do Tarumã.

Então...

A recém-formada Equipe Z precisava de visibilidade e horas de pista, depois de vencer na estreia em Interlagos e se não me falha a memoria nas Seis Horas de Interlagos (não tenho certeza se foi antes ou depois desta prova) procurava um patrocínio e nada melhor para fazer que ir para pista.

E foi logo encarar uma “briga de cachorro grande”, topando de frente com o “Loco” e o “Mago” que pouco depois seria parceiro da Equipe Hollywood em duas criações sensacionais e muitas vitórias.

Luiz em matéria da revista Quatro Rodas queixa-se dos pneus e de sua pouca experiencia com o carro, não custa lembrar que 1971 foi o primeiro ano da plena utilização dos slicks e que o 908/2 foi projetado e construído antes do advento deles. Enquanto o Berta LR Tornado, cujo projeto era do ano anterior estava “em casa” e Luis di Palma já o testara à exaustão inclusive em corridas.

Dois Puma inscritos, Zé Pedro com motor de 2.000cc e Waldemir Costa (que a RSCs escreve Waldemar) com 2.200cc P.V. de Lamare com o belo Fúria com motor GM de quatro cilindros e 2.500cc. E finalmente ele...Antonio Carlos Avallone e sua Lola T70 Chevrolet.




Conta Luiz...



INSCRITOS
Primeira bateria
Segunda bateria

Link, que recebi de meu amigo Walter, para página em que meu amigo e guru Carlos de Paula descreve o Torneio Sudam.


Na QR, apesar que compartilha a reportagem com a excelente Parabrisas Corsa, muito pouco sobre a corrida, nem referencia ao bom quinto lugar de Avallone. Fora o tom que me pareceu de sarcasmo de uma frase no topo de uma das páginas “AGORA ELES ACHAM QUE ESTÃO DEZ ANOS NA NOSSA FRENTE”. Mesmo cinquenta anos depois digo apenas “eles não estavam dez, estavam vinte!”, com cinco títulos mundiais e aquela épica participação na 84 Horas de Nurburgring. Hoje descontamos, e muito, mas continuo admirando o automobilismo portenho, e continuo também não suportando pieguices.

 

Rui Amaral Jr

 

PS: Na prova de 8-08-1971 em Las Flores encontrei a participação de Lian Duarte com o Porsche 910 da Equipe Holliwood chegando em quarto lugar na geral. Mais tarde ligo para o Chico para perguntar, mas foi a equipe formada por Lian, Chico, Crispim e não lembro quem mais, que antecedeu a ida do patrocínio da tabaqueira para a Equipe Z, um dia conto mais.  

REMINISCÊNCIAS: PARABRISAS CORSA - A partir de 1962, minha mãe me levava todo começo de Julho a Montevideo, lá morava seu tio Raphael Angrisani, foi quando comecei a ler a revista, embasbacado com os textos e fotos, depois toda vez que lá chegávamos a primeira coisa que pedia era para ir compra-la, lia tudo e trazia na volta sempre dois ou três exemplares, que se acabavam de tanto folheá-los!     


segunda-feira, 14 de março de 2022

Torneio Sulam 1971 - Torneio Sudam

 

Tite e a Lola T210
Da esquerda para direita, a Lola de Casari, ao seu lado a de Avallone, atrás os Puma talvez do Zé Pedro, mais atrás o Regente de Breno, na frente o Casari  de Jan, o  Berta de Ternengo e o RPE de Renato Peixoto.

O ano começava magico, Luiz, Anísio e Walter montavam uma grande equipe que logo estaria nas pistas. Em março eu finalmente iria estrear. Cascavel, hoje autódromo Zilmar Beux, Tarumã e outras pistas entravam no circuito, finalmente os pilotos brasileiros teriam onde acumular experiencia e nosso automobilismo poderia sair do eixo São Paulo, Rio de Janeiro, evoluindo para o profissionalismo.

No final do ano anterior Emerson havia vencido nossa primeira corrida na Formula Um, e agora era titular e primeiro piloto de uma equipe de ponta. Fora as grandes vitórias dele com a Lola T210 em Interlagos e Tarumã. Carlos Pace e Wilson Fittipaldi brilhavam na Formula Dois e muitos de nossos pilotos rumavam ao Velho Continente.

Nas pistas brasileiros e argentinos disputavam desde há muito, talvez desde a década de 1930, no começo dos anos de 1960 foram trazidos muitos carros antigos da Formula Um, que adaptados com motores “de rua”, altamente preparados, geralmente V8, era Formula Continental. Eles tinham dois pilotos vitoriosos na Formula Um, Gonzalez e Fangio o Quintuple, que com seus cinco títulos mundiais muito fez pelo automobilismo local.

Agora a disputa era com os carros que disputavam o Mundial de Marcas, e o Torneio Sudam começou no templo gaúcho...

O Berta de Ternengo.
O Volunta de Alonso.

Na primeira etapa os argentinos vieram apenas com dois carros pouco competitivos. o Berta Tornado, o primeiro modelo do Mago ainda com motor dianteiro, pilotado por Jorge Ternengo. E o belo Volunta Tornado, um carro mais avançado com configuração dos grandes E&P da época, motor traseiro central, pilotado por Ruben Alonso. Ambos com o motor Tornado de seis cilindros em linha e 4.000cc.

O Casari A1 com Jan.

Do lado brasileiro alguns dos melhores carros que corriam por aqui.

A equipe Brahma do Rio de Janeiro com a Lola T70 para Norman Casari, o Casari A1 para Jan Balder e o REPE para Renato Peixoto.

A fera Antonio Carlos Avallone com sua Lola T70.

P.V de Lamare com o Bianco com motor Chevrolet.

Zé Pedro Chateaubriand com Puma.

O paranaense Luis Moura Brito com um protótipo motor VW.

Dino de Leone com o protótipo Aragano.

O grande Breno Fornari com um Regente (!)

E Tite Catapani com a Lola T210.

Na corrida pela Copa Brasil no ano anterior Emerson fez a pole com a T210 com o tempo de 1`7”, Tite, nesta época começando no automobilismo virou 1`11” fazendo a pole e tendo ao seu lado Jorge Ternengo.

Muitos carros quebraram e nesta primeira bateria P.V de Lamare chegou em segundo.

Na segunda bateria, mesmo tendo Tite largado em quarta marcha por problemas na embreagem, logo assumiu a ponta, vencendo com Norman Casari em segundo duas voltas atrás.

Bem...escrevi tendo como base a revista Quatro Rodas, que era excelente nos testes de carros, mas precária no automobilismo nacional, nas matérias importadas com grandes nomes assinando era passável, de minha parte ficava com a Auto Esporte e Auto Sprint.

A T70 do Baixinho.


Algo que desejo comentar há muito é sobre a bela Lola T70, um grande carro que nunca deu certo, nem aqui e muito menos lá fora, mesmo nas mãos de grandes pilotos. Aqui Norman e Avallone e lá fora com Jo Bonnier, David Piper e outros. Talvez as maiores vitórias dela tenham acontecido em Interlagos nas mãos de Wilsinho Fittipaldi e também na CanAm, com o modelo aberto, nas mãos de Big John Surtees.




 

Rui Amaral Jr 

PS: As duas T70 ao final deste ano estavam acabadas, a da Brahma pegou fogo na tomada da curva Três em Interlagos nos treinos para os 500 Quilômetros de Interlagos, Norman nada sofreu. A do Avallone também nos treinos, acredito que na Copa Brasil, Marinho Antunes bateu logo após a linha de chegada em Interlagos, Expedito Marazzi e eu estávamos do outro lado embaixo das arquibancadas conversando e vendo o treino. Ainda falai para ele uma ou duas voltas antes da panca “velho a Lola está chimando, alguma coisa errada na suspensão dianteira...”. Não deu tempo de falar com ninguém pois logo a seguir ela bateu no guard rail e capotada começou a pegar fogo.

Lembro de minha angustia, certamente do Expedito também com a demora do Marinho Antunes em sair...quando finalmente saiu lembro de seu cabelo na parte de trás do capacete chamuscando, estava sem a touca. A Lola queimou muito tempo...

A Quatro Rodas fala em Torneio Sudam, acredito que o correto é Sulam, masss...


 ...a credencial de minha participação no Torneio Sulamericano, talvez tenha me confundido por este motivo. Corri as duas etapas de Interlagos, ainda Novato pela equipe De Lamare como notase pelo número do carro. 

 

 



segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Torneio Sulam




Nas belas fotos do Rogério a largada de uma das duas etapas do Torneio Sulam, na Lola #6 Antonio Carlos Avallone o Baixinho no Truenõ logo atrás Pedro Vitor de Lamare.
Logo mais procuro mais fotos para mostrar à vocês, mas deste torneio com duas provas em dois finais de semana lembro perfeitamente de ter conhecido  este cara fantástico que foi o Baixinho, amigo de meu pai à quem fornecia Gordinis sorteados por nossa industria Cestas de Natal Amaral e que mais tarde em 1961 cedeu à meu pai legenda em seu partido na cidade de Jundaí  para que ele concorresse à Câmara Federal, quando se elegeu.
Desculpem as reminiscencias mas papai e o Baixinho são duas figuras que fazem falta no Brasil de hoje e que me são muito caras. Aliás em minhas conversas sobre o automobilismo atual com o Chico sempre que falamos do Baixinho sai um "ele faz falta!

Já ia esquecendo, neste torneio corri ainda como novato com o VW D3 de Pedro Vitor e nos boxes ficava olhando o Opala D3 dele e o Truenõ, não tenho nenhuma foto mas guardo com carinho minha credencial. 
Volto breve com mais fotos e noticias sobre o torneio.

Rui Amaral Jr

À dois grandes homens, Antonio Carlos Avallone e Rui Amaral Lemos.