A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Jaguar XJ13


A década de 1950 tinha sido de muitas vitórias para a Jaguar, na mais prestigiosa corrida para carros Esporte Protótipos as 24 Horas de Le Mans seus carros haviam vencido em cinco edições.
1951 Jaguar XK 120-C type, pilotos Peter Walker/Peter Whitehead.
1953 Jaguar XK 120-C type, pilotos Tony Rolt/Duncan Hamilton.
1055 Jaguar D type, pilotos Mike Hawthorm/Ivor Bueb.
1956 Jaguar D type, pilotos Ron Flockhart/Niniam Sanderson.
1957 Jaguar D type, pilotos Ron Flockhart/Ivor Bueb.
Depois de 1957 ela viu seus rivais Aston Martin e Ferrari dominarem a prova até a chegada dos Ford GT 40 em 1966 e precisava fazer um carro a altura para tentar mais uma vez chegar na frente.
Para isso precisava substituir o motor de seis cilindros em linha do XJ, super confiável e competitivo  em sua época mas que vinha equipando seus carros desde 1948.
A escolha recaiu sobre um V12 que sua engenharia vinha desenvolvendo já a algum tempo. Assim o projeto do XK voltou a tona e foi desenvolvido para equipar o modelo XJ13  para mim um dos mais belos carros de competição de todos tempos.



O XK era um motor  V12 com ângulo de 90º, duplo comando de válvulas em cada cabeçote, duas válvulas por cilindro, 4.994cc com diâmetro de 87mm e curso de 70mm.
Girava a 8.500 rpm desenvolvendo 502 HP e seu torque máximo era de absurdos -para época- de 53.4 kg a 7.600 rpm. A injeção era Lucas. Esse motor recebeu a denominação de XJ12.
Para abrigar o motor foi desenvolvido um chassi monocoque de construção integral que colocava o motor na posição traseira/central. Assim nascia o XJ13.
A caixa de cambio era uma ZF de cinco marchas, suspensão independente nas quatro rodas, freios a disco Girling ventilados.



Foi para pista pela primeira vez em Março de 1967 com o piloto Norman Dewis e nos meses seguintes cumpriu um grande cronograma de testes, chegando a ser bem rápido.
Por essa época os Ford GT40 já vinham dominando Le Mans com motores que já alcançavam potencia maiores e alem disso vivíamos a era pré slick e a largura dos pneus/rodas vinha aumentando gradualmente e para usa-los algumas adaptações foram necessárias. 
Nessa altura a FIA determinou que na temporada de 1968 a categoria Esporte correria com motores até 3.000cc e o projeto foi definitivamente arquivado, alem disso a Porsche com os 917 e a Ferrari com as 512 vinham dominando e investindo pesado nas provas de resistência e a nova administração da Jaguar resolveu que não valia a pena enfrentar seus rivais.
Assim o belo Jaguar XJ13 para desolação dos fãs da marca nunca competiu, ficando apenas na memória dos que seguiram sua trajetória de testes pela imprensa.       

Peter Dodds, George Mason, Bob Blake, Phil Weaver, e Hector Warrington, que junto com Malcolm Sayer ( projetista do type E e type D ) projetaram o XJ13.