A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Primeiro 500 Km de Porto Alegre - Circuito da Pedra Redonda - 1958


Amanhece o domingo, vento minuano havia dado trégua, para esta que seria a primeira prova dos 500 Km de Porto Alegre que se tornaria um clássico do automobilismo gaúcho.
A cidade estava movimentada com porto-alegrenses e o público vindo da região e outros Estados.
Os ânimos exaltados, adrenalina em alta, agitava e muito os pilotos, mecânicos e preparadores. Seria o primeiro, grande e belo confronto entre os paulistas e gaúchos após os incidentes da final das Mil Milhas Brasileiras de 1957. E ainda com a participação dos ‘hermanos’ exímios pilotos argentinos e uruguaios o que só engrandeceria esta.
De São Paulo vieram os pilotos Camillo Christófaro, Celso Lara Barbéris, Chico Landi, José Gimenez Lopes e Luiz Margarido.
Os gaúchos que participaram, Aristídes Bertuol, Catharino Andreatta, Ítalo Bertão, José Asmuz, Nacticvo Camozzato, Orlando Menegaz entre outros.
Os argentinos Juan Galvez e Felix Peduzzi e o uruguaio Rômulo Buonavoglia entre outros.
Os treinos de sábado foi de muita emoção e tristeza, o piloto José Gimenez Lopes, bateu em uma árvore destruindo sua Chevrolet N° 82 tirando também Chico Landi.
A prova consistia em 40 voltas no Circuito da Pedra Redonda. A largada foi às 8h e 45min, com Barbéris na ponta, sendo logo ultrapassado por Orlando Menegaz, fazendo a segunda volta com média de 140 km/h, em sua cola Juan Galvez e Aristides Bertuol. Que superou com maestria Galvez, dando início a um duelo entre os gigantes gaúchos com suas possantes Chevrolet/Corvette N° 24 e N° 4.
O ritmo forte fez com que Menegaz abandonasse a prova na 25ª volta, com problemas no diferencial. Os pilotos que já se encontravam fora desta eram Galvez, Barbéris, Christófaro, Catharino, Felix e Menegaz.
Peduzzi capotou na Praça da Tristeza, saindo também da prova, mesmo assim teve muita sorte pois não teve nenhum ferimento.
Nactivo Camozzato, que vinha em segundo lugar, assumiu a liderança da prova ultrapassando Bertuol que tentou alcançar Camozzato, na 26ª volta Bertuol, perde o controle de sua carretera N° 4, batendo forte em uma árvore e ficando entalado entre duas outras, na rótula da Caixa d’Água de Ipanema. Camozzato conquistou a vitória com bravura.
A prova que iniciou com 19 pilotos, acabou com apenas 6, se tornando num festival de carreteras quebradas e acidentes. O Circuito da Pedra Redonda exigia muita habilidade dos pilotos e resistência das máquinas.

Curiosidades sobre esta prova:

- Aristides Bertuol com sua Chevrolet/Corvette N. 4, que tinha câmbio de quatro marchas para frente e a ré embaixo, como se fosse um afogador, ao ser dada a largada não viu que estava com a ré engatada e largou de marcha ré. Por sorte não bateu em nenhum concorrente, mas teve de ser dada uma segunda largada;
- Aristides Bertuol e Orlando Menegaz, cada um com sua respectiva Chevrolet/Corvette , apostaram Um Milhão de Cruzeiros para ver qual deles seria o vencedor. Quando Daniel Winik e outros pilotos ficaram sabendo rasgaram o cheque, pois isto levaria-os a pilotarem em extrema alta velocidade que poderia ocasionar grave acidente.


Agradeço ao amigo Rui Amaral Lemos Jr. pelo convite para escrever sobre esta tão importante fase do automobilismo gaúcho. A Fabio Poppi que nos presenteou com as fotos e a Carlos de Paula que nos apoiou. Aos amigos Daniel Winik, único piloto passo-fundense de carretera, ainda vivo e meu pai, Nelson Marques da Rocha, ambos enciclopédias vivas que me auxiliaram neste.

Graziela Marques da Rocha
Passo Fundo-RS

Cantando o Hino Nacional - antes da largada
Momentos antes de alinharem

Largada
"Cupecita la Galera" dos argentinos hermanos Dante e Torcuato Emiliozzi
 Carretera Ford N. 52


Ford 1 e Juan Galvez a direita
Chevrolet N. 3 de Peduzzi
 Ford N. 18, a Gilda, de Nicanor Ollé
 Ford N. 30 e ao fundo Ford N. 53 de Buonavoglia
 Chico Landi e Celso Lara Barberis
 Carretera Ford N. 6 com Camozzato a esquerda
 Ítalo Bertão que correu com a Ford N. 48 de Daniel Winik
Orlando Menegaz com sua carretera Chevrolet/Corvette N. 24
 Aristides Bertuol com sua Chevrolet/Corvette N. 4
Buonavoglia com sua Ford N. 53 
Carretera Chevrolet N. 16 de João Galvani
 Diogo Ellwanger com sua Ford N. 22 - descida para a curva da Pedra Redonda

 Rótula da Caixa d'Água
 Saída da Praça Tristeza, Bertuol com sua Chevrolet/Corvette N. 4 atrás de Menegaz com sua Chevrolet/Corvette N. 24
Camozzato com sua Ford N. 6

Carretera Chevrolet N. 82 de Chico Landi
NT: Quem está ao lado parece se José Gimenez Lopez

Quadriculada vai para... 
Aldo Costa com sua Ford N. 12 - ao completar a prova

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Aproveito para mostrar novamente o vídeo dos  500 KM de Porto Alegre de 1962, que recebi de meus amigos Nelson e sua filha Graziela Marques da Rocha, editado e disponibilizado no You Tube  por meu amigo Fernando Fagundes.



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Interessante, hoje ao abrir a pagina de estatísticas do Historias mais de 10 visitas a este post. 
Foi a primeiro post da sempre competente Graziela, nas fotos que eu havia recebido do Fabio Poppi.
São  fotos antológicas de nosso automobilismo, de uma época de raça e pilotos privilegiados, que corriam com dificuldades e amor ao esporte.
Com este post, me aproximei de alguns amigos do Sul, entre eles o sempre presente Caranguejo e Leandro Sanco que em seu ótimo blog, conta muitas das historias do automobilismo.
À Graziela, Nelson, Fernando e Fabio meu muito obrigado, e um forte abraço!


Rui Amaral Jr

Post original de 13 de Julho de 2009




quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

João Campos e Márcio Campos -pai e filho faturam o primeiro Mercedes Benz Grand Challenge

Com a vitória no último dia 13 de dezembro no autódromo Velopark em Nova Santa Rita-RS, João Campos (pai) e Márcio Campos (filho) gaúchos de Farroupilha, ganharam por antecipação o 1° Campeonato Brasileiro das Mercedes Benz, que reuniu 22 carros iguais, nos diversos circuitos brasileiros.

Para o jovem (24 anos) Márcio, a sequência não poderia ser melhor, pois iniciou em 2010, quando já ganhou o Campeonato Gaúcho da categoria Corsa. Na festa no Velopark, Márcio deu a chave para seu pai dar uma volta com o Corsa – pronto... a adrenalina pela vitória voltou.


Foi uma corrida adquirir a Mercedes, prepará-la e entrar neste seleto grupo o dos 22 carros participantes do Challenge, que começaria na virada para o ano de 2011.


Para João Campos, que teve carreira das mais longas no RS e exitosa também e, que havia pendurado o volante e a sapatilha em 2005 como pentacampeão do Pick Up Racing (Ford Ranger, V-6, Bi-turbo, 300 CV), voltar ao topo aos 56 anos de idade deve ter sido a glória.


O carro: Mercedes Benz 250, #31, 4 cilindros em linha, turbo, 265 HP


João e Márcio levaremos nosso abraço pessoal em algum autódromo, naturalmente, após pódio, no lugar mais alto no correr de 2012


Um abraço,
Graziela M. Rocha e Nelson M. da Rocha

quarta-feira, 6 de julho de 2011

PASSO FUNDO SOBRE RODAS, DAS BARATAS ÀS CARRETERAS

No dia 26 de setembro de 1948 acontecia a Copa Rio Grande do Sul, promovida pelo Diário de Notícias e patrocinada pelo Banco Agrícola Mercantil S.A., esta grande prova, a maior acontecida no Estado, em 824 km e com gride de largada de 28 carros.
Largada e chegada em Porto Alegre, passando pelas cidades: São Leopoldo, Nova Petrópolis, Caxias do Sul, Vacaria, Lagoa Vermelha e Passo Fundo; fim da primeira etapa, onde os carros e pilotos foram abastecidos.
Esta etapa foi vencida por Ernesto Ranzolin, bom de braço e pé pesado, gaúcho de Antônio Prado-RS, mas radicado em Lages-SC, assediado por Alcídio Schröeder, o Leão da Serra, representando Passo Fundo, e bota assédio nisso.
Para o trecho final, com chegada na capital, inverteram-se as posições, em 1º lugar, chegou Alcídio e em 2º lugar Ranzolin.
Na soma dos tempos, Alcídio levou os lucros da vitória.
Alcídio teria dito na parada, em Passo Fundo, que a corrida seria dele, pois conhecia o trajeto como a palma da mão. Eis que era motorista de ônibus, da linha Passo Fundo/Porto Alegre.
As bandeiradas de largada e chegada foram dadas pelo governador do Estado, Valter Jobim.


Resultado:
1º lugar: Alcídio Schröeder com Ford V/8, 1939, Nº 14
2º lugar: Ernesto Ranzolin com Ford V/8, 1947, Nº 10
3º lugar: Oscar Antônio Silva com Mercury, 1941, Nº 20
4º lugar: José C. F, Bastos com Ford V/8 Nº 40
5º lugar: Nicola Corvina com Mercury, Nº 54
Da grande festa automobilística, a lamentar o gravíssimo acidente em que participou o piloto Antônio Fonini Filho com a carretera Ford V/8, Nº 30, de Guaporé, um dos últimos pilotos a partir, quando sobrou na fechada curva, já no fim da Av. Farrapos, atropelando muitos assistentes: quatro morreram no local e quarenta ficaram feridos, a prova não foi suspensa.


Curiosidades:Germano João Rigotto, correu com Cadilac Sedanete, Nº 28 (pai do ex-governador Rigotto, do RS.)
Com caminhonete Ford V/8, Nº 12, participou Ulisses Bottaro
Com Stubacker, Nº 22, disputou Felipe Mollé
Com Jaguar Mk-V, Nº 50 disputou Erwino Franke
A rádio Farroupilha que transmitiu toda a prova, deslocou posto para Passo Fundo.
O Ministro da Defesa, Nelson Jobim é neto do Governador Valter Jobim.


Relação dos Acompanhantes:Alcídio: Carlos E. Rochester;
Ranzolin: Hélio Malta;
Oscar: Guilherme G. Haas;
Bastos: Ivo Dienstmann;
Nicola provavelmente correu só. A mídia não cita acompanhante.

Assim fica mais um registro da 1ª Copa do Rio Grande do Sul


Fontes:


Antônio Ranzolin, filho do exímio piloto Ernesto Ranzolin, EUA
Museu da Comunicação Social, José Hipólito da Costa, Porto Alegre-RS
Armando C. Burlamaque, Passo Fundo-RS
Nelson Marques da Rocha, Passo Fundo-RS

Por Graziela Marques da Rocha

domingo, 7 de novembro de 2010

ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS DE PILOTOS GAÚCHOS, CONVIDADOS (PILOTOS) E CIRCUITOS GAÚCHOS, LAMENTAVELMENTE AS MORTES FORAM MUITAS - capítulo I

1˚) GP Cidade de Porto Alegre, 15 de novembro de 1935, no Circuito do Cristal (1˚ de ruas da capital gaúcha) acontecia também a exposição do Centenário da Revolução Farroupilha.

O resultado foi homologado junto a F.I.A:

1˚ lugar: Norberto Jung com Ford V/8, #16

2˚ lugar: Olyntho Pereira com Ford V/8, # 12

3˚ lugar: Oscar Bins com Ford V/8, # 4

4˚ lugar: Joaquim Fonseca com Ford Modelo A, #8

O piloto uruguaio Ramon Sierra, capotou seu Ford V/8, # 2 nos treinos, felizmente ele e seu co-piloto não se machucaram.

2˚) G.P Folha da Tarde (vespertino gaúcho), em 14 de fevereiro de 1937, no Circuito do Cristal

Resultado da prova:

1˚ lugar: Nascimento Junior com Ford V/8, #6

2˚ lugar: Olyntho Pereira com Dodge, #2

3˚ lugar: Quirino Landi com Bugatti, #10

Oscar Bins, ótimo piloto gaúcho, capotou seu Ford V/8, #8, fraturando a clavícula

3˚ ) Prova Rádio Gaúcha/Folha da Tarde, em 17 abril de 1938, no Circuito do Cristal

Resultado:

1˚ lugar: Júlio Carvalho com Ford V/8, #4

2˚ lugar: Clemente Rovere com Ford V/8, #14 de Santa Catarina

3˚ lugar: Norberto Jung com Ford V/8, #10

4˚ lugar: Oscar Bins com Ford V/8, #16

5˚ lugar: Diogo Ellwanger com Ford V/8, #22

Diogo inicia nesta prova, aos 22 anos de idade carreira esplendorosa, foi tetra campeão gaúcho, sempre na Força Livre.

Morreu num acidente durante os treinos, o repórter da Folha da Tarde, Plauto Azambuja Soares e feriu-se gravemente, o repórter do Correio do Povo, Saady R. Saady quando davam uma volta no circuito, no carro Ford V/8 do piloto Carlos de Martini, que emprestara o carro para a dupla sentir a sensação.

Ainda na 1ª volta, aconteceu outro acidente, gravíssimo, o piloto Antônio Costa Fonseca, chocou-se com um poste, ferindo-se gravemente, seu mecânico, Oswaldo Mancini morreu.

4˚) Copa Rio Grande do Sul, 26 de setembro de 1948, promoção do jornal Diário de Notícias/Banco Agrícola Mercantil

Prova esta disputada por 824 km, que teve como resultado:

1˚ lugar: Alcídio Schröeder com Ford 1939, #14, de Passo Fundo-RS

2˚ lugar: Ernesto Ranzolin com Ford 1947, #14, de Lages-SC

3˚ lugar: Oscar Antônio Silva com Mercury 1940, # 40

4˚ lugar: José C. F. Bastos com Ford

5˚ lugar: Nicolau Corvina com Mercury

Nesta prova aconteceu gravíssimo acidente quando quatro espectadores morreram e quarenta ficaram feridos, quando um dos últimos pilotos largou, sobrou na curva fechada, quase no fim da Avenida Farrapos, o protagonista, Antônio Fonini de Guaporé-RS, dirigia carretera Ford V/8.

A prova não foi suspensa.

*Ernesto Ranzolin, radicado em Lages-SC era gaúcho de Antônio Prado, na serra gaúcha.

5˚) Prova Washington Luiz, em 08 e 09 de outubro de 1949, na capital e interior de São Paulo

Resultado da prova:

1˚ lugar: Catharino Andreatta com Ford V/8

2˚ lugar: Oscar Bay com Ford V/8, de Caxias do Sul

3˚ lugar: Luiz Ambrósio com Ford V/8

4˚ lugar: Godofredo Viana Filho

Acidentes: Aristides Bertuol, caiu num rio com sua Sedanete Chevrolet 1948, ele e o acompanhante não se feriram;

Argemiro A. Pretto foi atropelado por um trem em sua carretera Chevrolet;

Ambos acidentes aconteceram por falta de sinalização.

O acidente fatal envolveu Chico Landi que ficou sem freio em sua Nash 1948, atropelando um espectador ao jogar carretera numa parede.

Agradeço ao amigo Nelson Marques da Rocha, de Passo Fundo-RS, a parceria neste.

Continua na próxima semana!


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Os gaúchos e suas brilhantes carreteiras - por Ari Moro

Alcidio Schröeder ocupa lugar de destaque na galeria formada pelos mais expressivos pilotos de carreteira do Rio Grande do Sul, ao lado de Catarino Andreatta, Breno Fornari, Diogo Luis Ellwanger e muitos outros.

Um de seus feitos mais brilhantes foi vencer na categoria Força Livre, uma prova da Copa Rio Grande do Sul de automobilismo de competição, disputada em 26 de setembro de 1948.

Dessa memorável prova participaram 28 carros, numa distância de 824 quilometros de estradas de chão, com saída de Porto Alegre/RGS e passagem pelas cidades gaúchas de São Leopoldo, Caxias do Sul, Vacaria, Lagoa Vermelha e Passo Fundo, onde pilotos e carros paravam para descanso, consertos e reabastecimento.

Dali partiam a Marau Casca, Guaporé, Bento Gonçalves, Farroupilha, Feliz, São Sebastião do Caí e novamente Porto Alegre. A chegada, para quem resistisse, acontecia na avenida Farrapos esquina de rua São Pedro, bairro Floresta, na capital gaúcha.

Numa das fotos de hoje (acervo do antigomobilista gaúcho Nelson M. Rocha), flagrante da chegada do vencedor Alcídio Schröeder e sua carreteira Ford 1939, número 14, recebendo a bandeirada dada pelo então Governador Valter Só Jobim, avô do ex-Ministro do Superior Tribunal Federal e atual Ministro da Defesa Nelson Jobim.

Em segundo chegou Ernesto Ranzolin, gaúcho radicado em Lages/SC, com a carreteira Ford 1947 número 10 e em terceiro lugar Oscar A Silva com a carreteira Mercury 1941 número 40.

Taça Bardhal

Outro piloto de carreteira gaúcho de expressão cujo nome está gravado naquela galeria é Orlando Menegaz.

Nos dias 23 e 24 de novembro de 1957 ele disputou e venceu, em parceria com outro astro do automobilismo de competição do Rio Grande do Sul - Aristides Bertuol, a II Mil Milhas Brasileiras, tendo como palco o autódromo de Interlagos, em São Paulo/SP.

Na oportunidade, pilotou a carreteira Chevrolet número 4, equipada com motor de Corvette, perfazendo 200 voltas no traçado de 8 quilometros. Em segundo ficou a dupla Catarino Andreatta/Diogo Luis Ellwanger com a carreteira Ford número 2 e em terceiro lugar a dupla Julio Andreatta/Dirceu Oliveira com a carreteira Ford número 6, todos pílotos gaúchos.

A grande experiência dos gaúchos em provas de longa duração explica o sucesso deles nas primeiras Mil Milhas. Na outra foto de hoje (acervo daquele antigomobilista também) aparecem funcionário da Promax (E), radialista Antonio Augusto Meireles Duarte e Orlando Menegaz (Passo Fundo/RS), ao lado da carreteira número 4 e da imensa Taça Bardhal, esta com 1,80m de altura. Este maravilhoso troféu trazia, ao seu pé, plaqueta na qual eram gravados os nomes dos vencedores das provas Mil Milhas Brasileiras.

Agradeço ao jornalista e amigo Ari Moro de Curitiba-PR, a cedência deste que foi publicado primeiramente no Jornal do Automóvel de Curitiba e Paraná Online.
26/08/2010 às 00:00:00 - Atualizado em 25/08/2010 às 20:57:18

sábado, 31 de outubro de 2009

III 500 KM de Porto Alegre 1962 -Prologo

O grande e vitorioso piloto Orlando Menegaz recebendo o troféu da vitória .
A largada da corrida .

Recebi ontem de minha amiga Graziela Rocha o DVD contendo a filmagem dos 500 KM de Porto Alegre de 1962 . Simplesmente espetacular , já assisti duas vezes e não paro de admirar . A Graziela vai escrever , com uma pequena ajuda minha a história dessa corrida e mais importante com a ajuda de seu pai Nelson Rocha , sobrinho de Orlando Menegaz , que acompanhava todas corridas da época .
Voltando ao vídeo , lá aparecem os maiores pilotos e carros da época , várias carreteras , o VW-Porsche , Simcas , DKW e vários outros carros , vê-los correndo me emocionou . Vamos também colocar esse vídeo no YouTube . Na parte de entrega dos prêmios vários pilotos da época e a figura impressionante e sempre elegante do Orlando Menegaz .
Esperamos postar sobre a corrida em mais uns vinte dias , tenho certeza que com toda capacidade que a Graziela tem para escrever , e a fantástica memoria de seu pai Nelson vamos ler mais uma bela história como a que ela nos contou dos 500 KM de Porto Alegre 1957 .

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Quando elas sabem mais do que eles!!!!!!!

Sábado passado quando terminei de escrever sobre o X20 fui olhar meu outro blog e com surpresa vi uma nova seguidora , alem do Édo e do Fred que sempre me prestigiam tinha uma nova seguidora , a Leandra . Cliquei em sua foto e descobri que ela também escreve um blog , e dirige um centro automotivo e como minha Cláudia é pedagoga !!!Nas suas postagens ela conta como é seu convívio na sua empresa com homens , nenhum admite que uma mulher saiba sobre carros mais do que eles , e nas suas entrevistas para sites e outros meios de comunicação a reação dos homens é absurda . Já escrevi sobre a Lella , Danica e Mouton três mulheres que venceram muitos marmanjos , outro dia mostrei três beldades junto com as Ferrari , e logo em seguida lembrei de minhas queridas amigas Elisa e Graziela antigomodelistas e que entendem e muito sobre carros .

Elisa e o " Flecha de Plata " no Museu Fangio .
A Elisa alem de ser antigomodelista , promotora de eventos tem um site o ANTYQUA e escreve um blog em que mostra suas andanças pelo mundo dos carros antigos com muita propriedade e conhecimento . Ao ler sua postagem " Festival de Relíquias - Os Argentinos " fiquei até emocionado pelo jeito como ela descreveu os construtores de carros antigos Argentinos . Alem de tudo é Diretora Executiva do Mercedes Benz Club Brasil e Diretora Regional -PR da Federação Brasileira de Veículos Antigos . Graziela Rocha

E a Graziela então , achei-a escrevendo sobre carreteras no site ANTYQUA , antigomodelista escreve um blog que mostra os dragsters e arrancadas . Escreveu para nós no " Histórias " a corrida " 500 KM de Porto Alegre " e " Orlando Menegaz " duas postagens com ótimos textos e que fizeram um baita susseço . É sobrinha neta de Orlando Menegaz , filha de Nelson Rocha que acompanha corridas desde os áureos tempos .


Elisa seu amigo que corre na GT3 , Enzo Monteiro do Nascimento , e Nelson Rocha

Sidney e Dani Frigo , Nelson e Graziela .
Em seu blog Graziela conta a vida da família Frigo , Dani e Grandão seu marido . Dani piloto de dragster , mãe de três filhos um casal de gemeos com 9 anos e um filho com 6 anos , todos pilotos de dragsters . Dedicada ao que faz pilota seu dragster resoluta enfrentando qualquer desafio .

Leandra
Por fim a Leandra , não a conheço , mas lendo seu blog vejo que é uma batalhadora , pedagoga como minha Claudia , dirige seu centro automotivo e escreve muito bem em seu blog . A homenagem que escreveu a seu marido Dyonisio é algo imperdivel .

Como se vê os comentários maldosos que fazem a respeito da mulher que lida com automóvel e automobilismo é puro preconceito de quem deve entender do assunto muito menos do que elas e com isso se sentir diminuídos . Poderia descrever aqui de mais uma dezena de mulheres que lidam com automobilismo , Bia Figueiredo , Christina Rosito , Graziela Fernandes mas resolvi escrever de minhas duas amigas Graziela e Elisa e da Dani e Leandra que não conheço .
Inteligentes , bonitas elas sabem o que fazem e entendem de carros mais que muitos marmanjos .

Elisa Asinelli do Nascimento

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Primeiro 500 Km de Porto Alegre - Circuito da Pedra Redonda - 1958

Amanhece o domingo, vento minuano havia dado trégua, para esta que seria a primeira prova dos 500 Km de Porto Alegre que se tornaria um clássico do automobilismo gaúcho.
A cidade estava movimentada com porto-alegrenses e o público vindo da região e outros Estados.
Os ânimos exaltados, adrenalina em alta, agitava e muito os pilotos, mecânicos e preparadores. Seria o primeiro, grande e belo confronto entre os paulistas e gaúchos após os incidentes da final das Mil Milhas Brasileiras de 1957. E ainda com a participação dos ‘hermanos’ exímios pilotos argentinos e uruguaios o que só engrandeceria esta.
De São Paulo vieram os pilotos Camillo Christófaro, Celso Lara Barbéris, Chico Landi, José Gimenez Lopes e Luiz Margarido.
Os gaúchos que participaram, Aristídes Bertuol, Catharino Andreatta, Ítalo Bertão, José Asmuz, Nacticvo Camozzato, Orlando Menegaz entre outros.
Os argentinos Juan Galvez e Felix Peduzzi e o uruguaio Rômulo Buonavoglia entre outros.
Os treinos de sábado foi de muita emoção e tristeza, o piloto José Gimenez Lopes, bateu em uma árvore destruindo sua Chevrolet N° 82 tirando também Chico Landi.
A prova consistia em 40 voltas no Circuito da Pedra Redonda. A largada foi às 8h e 45min, com Barbéris na ponta, sendo logo ultrapassado por Orlando Menegaz, fazendo a segunda volta com média de 140 km/h, em sua cola Juan Galvez e Aristides Bertuol. Que superou com maestria Galvez, dando início a um duelo entre os gigantes gaúchos com suas possantes Chevrolet/Corvette N° 24 e N° 4.
O ritmo forte fez com que Menegaz abandonasse a prova na 25ª volta, com problemas no diferencial. Os pilotos que já se encontravam fora desta eram Galvez, Barbéris, Christófaro, Catharino, Felix e Menegaz.
Peduzzi capotou na Praça da Tristeza, saindo também da prova, mesmo assim teve muita sorte pois não teve nenhum ferimento.
Nactivo Camozzato, que vinha em segundo lugar, assumiu a liderança da prova ultrapassando Bertuol que tentou alcançar Camozzato, na 26ª volta Bertuol, perde o controle de sua carretera N° 4, batendo forte em uma árvore e ficando entalado entre duas outras, na rótula da Caixa d’Água de Ipanema. Camozzato conquistou a vitória com bravura.
A prova que iniciou com 19 pilotos, acabou com apenas 6, se tornando num festival de carreteras quebradas e acidentes. O Circuito da Pedra Redonda exigia muita habilidade dos pilotos e resistência das máquinas.

Curiosidades sobre esta prova:

- Aristides Bertuol com sua Chevrolet/Corvette N. 4, que tinha câmbio de quatro marchas para frente e a ré embaixo, como se fosse um afogador, ao ser dada a largada não viu que estava com a ré engatada e largou de marcha ré. Por sorte não bateu em nenhum concorrente, mas teve de ser dada uma segunda largada;
- Aristides Bertuol e Orlando Menegaz, cada um com sua respectiva Chevrolet/Corvette , apostaram Um Milhão de Cruzeiros para ver qual deles seria o vencedor. Quando Daniel Winik e outros pilotos ficaram sabendo rasgaram o cheque, pois isto levaria-os a pilotarem em extrema alta velocidade que poderia ocasionar grave acidente.


Agradeço ao amigo Rui Amaral Lemos Jr. pelo convite para escrever sobre esta tão importante fase do automobilismo gaúcho. A Fabio Poppi que nos presenteou com as fotos e a Carlos de Paula que nos apoiou. Aos amigos Daniel Winik, único piloto passo-fundense de carretera, ainda vivo e meu pai, Nelson Marques da Rocha, ambos enciclopédias vivas que me auxiliaram neste.

Graziela Marques da Rocha
Passo Fundo-RS




Aldo Costa com sua Ford N. 12 - ao completar a prova

Quadriculada vai para...


Rótula da Caixa d'Água

Diogo Ellwanger com sua Ford N. 22 - descida para a curva da Pedra Redonda



Saída da Praça Tristeza, Bertuol com sua Chevrolet/Corvette N. 4 atrás de Menegaz com sua Chevrolet/Corvette N. 24

Camozzato com sua Ford N. 6

Emoção na largada

Momento da largada!

Cantando o Hino Nacional - antes da largada

Momentos antes de alinharem

Chevrolet N. 3 de Peduzzi

Ítalo Bertão que correu com a Ford N. 48 de Daniel Winik

Buonavoglia com sua Ford N. 53

Ford N. 50 de Luiz Américo Margarido com Chico Landi (a esquerda) e Celso Lara Barbéris (a direita)

Ford 1 e Juan Galvez a direita

Ford N. 18, a Gilda, de Nicanor Ollé

Ford N. 30 e ao fundo Ford N. 53 de Buonavoglia

Carretera Chevrolet N. 16 de João Galvani

Carretera Ford N. 52

Orlando Menegaz com sua carretera Chevrolet/Corvette N. 24

Carretera Ford N. 5

Aristides Bertuol com sua Chevrolet/Corvette N. 4

Carretera Ford N. 6 com Camozzato a esquerda

Carretera Chevrolet N. 82 de Chico Landi