A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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sábado, 1 de agosto de 2015

GP da Itália 1957 - Monza

Largada as três Vanwall pole #20 Stuart Lewis-Evans, #18 Moss, #22 Tony Brooks e o bico da Maserati de Fangio quarto colocado no grid.

O GP da Itália em Monza foi a última corrida do campeonato mundial de 1957, que Fangio já havia vencido com duas corridas de antecipação em Nurburgring, na corrida anterior em Pescara a vitória foi de Moss e o incrível Vanwall VW5. Em Monza os três carros da equipe largaram nas três primeiras posições do grid seguidos das Maserati 250F de Fangio e do sempre combativo Jean Behra e foi uma corrida emocionante com muitas trocas de posições vencida finalmente por Moss.
1958 ano do primeiro Mundial de Construtores foi o ano em que Tony Vandervell levou sua Vanwall ao topo da categoria conquistando o campeonato, porem o campeão foi um piloto da Ferrari quando Stirling Moss após vencer cinco das dez corridas provou que pode existir honradez mesmo nas mais ferrenhas das disputas! 

Rui Amaral Jr

Fangio e Moss
Jean Behra
Behra e Moss



Aos amigos que acertaram, HCJ sim é o Musso na 801, Walter, Comendador Canini e alguém que não deixou o nome, muito obrigado. E fica aqui a pergunta; o que aconteceu na final do Campeonato  de 1958?


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Vanwall


Finalmente pronto o VANWALL feito por meu amigo Ricardo Bock, sábado tiramos a beleza da caixa de acrílico e apreciamos o que a "Fera" construiu. Poucas foram as peças que não foram feitas por ele, apenas algumas mangueiras, pneus e parafusos...as rodas por exemplo eu mesmo vi sendo feitas parte por parte!
As fotos foram feitas pela Regina Calderoni enquanto conversávamos esperando o Jaime Costa para irmos ao show da Scuderia Tomahawk.

Rui Amaral Jr     











sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

MUNDIAL DE FORMULA UM - 1958

Mike Hawthorn e a Ferrari 246 Dino no GP Casablanca em Marrocos.

Há um ditado que diz: "Quando o gato sai, os ratos fazem a festa". A temporada da F1 de 58, tinha um clima parecido, pois o mitológico J.M. Fangio, com o peso de seus cinco títulos decidira aposentar-se. Natural que seus adversários jogassem-se na disputa pela sua condição de o melhor de todos, de mais puro guerreiro, de maestro. Mas essa não era uma tarefa fácil. Quem estaria disposto a sofrer, a arriscar-se nessa luta solitária? Quatro ingleses apareceram: Mike Hawthorn, Tony Brooks, Peter Collins e Stirling Moss. À exceção talvez de Brooks, todos os demais já haviam sido "marcados " por Fangio. Isso era bom. Talvez aquela proximidade tivesse servido para algum aprendizado. E inicia o campeonato.
Moss vence o primeiro assalto na Argentina, com o pequeno Cooper Climax T45, primeiro F1 de motor traseiro. Mas ao invés de permanecer na equipe, Stirling tinha um acordo com Tony Vandervell e retorna para a Vanwall. O francês Trintignant agradece, e utiliza o Cooper para vencer a segunda etapa em Mônaco. 

Trintgnant de Cooper-Climax em Mônaco, segue Brooks e Hawthorn.
Moss lidera o GP da Holanda em Zandvoort.

O careca não quer ficar com fama de mané e vence para a Vanwall a etapa de Zandvoort, mas em Spa nem larga e o vencedor é Brooks, parceiro de equipe de Stirling. Hawthorn, que foi pole em Spa, termina em segundo e esboça uma reação. Em Reims, Hawthorn faz pole e vence, seguido de Moss. Brooks é quem tem problemas de motor e abandona. Collins está bem para trás. Mas em Silverstone é quem dá as cartas.É o primeiro e Hawthorn junta-se a ele numa dobradinha da Ferrari. Os Vanwalls atrasam-se. Fim da disputa? 

Peter Collins em sua última corrida GP da Alemanha em Nurburgring.


Não, pois o destino volta a embaralhar tudo e em Nurburgring, Collins sofre um acidente mortal na 10ª volta. Brooks é o ganhador de uma corrida triste.Mas talvez o mais inusitado lance tenha ocorrido no GP de Portugal, amplamente dominado por Moss.

Mike Hawthorn no GP de Portugal na cidade do Porto, notem os trilhos de bondes. 

 Hawthorn, esforçando-se para chegar em segundo, roda e é desclassificado por andar na contramão, mas será salvo por Moss que dá o testemunho de que Mike não atrapalhou os adversários com sua manobra. Em Monza, Tony Brooks vence pela terceira vez, o regular Hawthorn é o segundo e Moss larga da pole, mas abandona com problemas na caixa de velocidades. Na etapa derradeira, vitória inútil de Moss. Escudado pelo seu companheiro de equipe Phil Hill, Mike Hawthorn só precisa de mais um segundo lugar (o quinto na temporada) para superar Stirling e sua integridade por um ponto. E os eventos bizarros não culminaram com o coroamento de John Michael Hawthorn como o primeiro campeão pós-Fangio. Três meses após anunciar sua aposentadoria das pistas, talvez ainda chocado pela morte de seu grande amigo Collins, talvez pela doença renal de que padecia, talvez pelo trauma de Le Mans 55, talvez...o campeão de 1958 morre em um acidente de estrada, um outro lance não muito bem explicado. Será que Lewis Hamilton, que já foi punido por mentir, faria algo parecido com o que fez Sir Stirling? Mandem suas opiniões para o Rui.
Caranguejo




quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Stirling Moss

1955 Mercedes Benz 196 em Aintree.


Confesso a vocês que quando comecei a me interessar por automobilismo seu nome para mim era algo distante, quase como o comentário do Fabiani no post anterior. Afinal no começo dos anos sessenta ele estava parado devido ao acidente sofrido no circuito de Goodwood em Abril de 1962 e ainda em recuperação. Depois um belo dia fico sabendo que ele estava em São Paulo para entrega do Premio Victor, que a revista Quatro Rodas entregava aos melhores pilotos do país. Quando comecei a correr e fiquei amigo do Expedito Marazzi soube que o Expedito que ciceroneou o Moss naquela época e foram muitos os papos em que me contou mil histórias a respeito do Grande Campeão sem titulo.
A paixão por automobilismo veio de família pois sua mãe chegou a correr em corridas de Club, tão famosas na Inglaterra e seu pai quando foi aos EUA estudar odontologia chegou a participar das 500 Milhas de Indianápolis.
Seu primeiro carro de corridas, comprado às escondidas de sua família para logo depois seu pai entender que era realmente isso que o filho queria e sabia fazer e ajudar em sua carreira.
Começou a correr em 1948 aos dezoito anos, com um Cooper 500 e logo começou a pilotar tudo que era motorizado e tinha quatro rodas. Correu de Jaguar, me perdoem mas não achei uma bela foto que tenho dele num belo sobresterço em um XK 120, e vários outros carros. Em seu site dizem que foram mais de oitenta, digo oitenta tipos de carros diferentes que pilotou em sua carreira e venceu em todas categorias em que participou.
Parece que foi sua a primeira vitória de um carro equipado com freios a disco, com um Jaguar C-Type na preliminar do GP da França de 1952.
Na Formula Um começou em 1950 aos 22 anos e logo foi chamado pela Ferrari em 1951, mas logo na estréia no GP de Bari seu carro foi entregue a Piero Taruffi, ele abandonou a equipe para nunca mais voltar. 

Com a MB 196 em Mônaco.

Em 1955 foi contratado pela Mercedes Benz para correr ao lado de Fangio e mesmo tendo o então bi campeão do mundo ao seu lado venceu sua primeira corrida pela categoria em Aintree. Com a fabulosa MB 300 SLR venceu as Mille Miglia do post anterior e ainda a Targa Florio e Tourist Trophy em Goodwood.
Com o afastamento das corridas da Mercedes Benz após o acidente de Le Mans, Moss em 1956 foi pilotar na F I para Maserati e venceu dois Gps para a equipe.

Na Vanwall com o # 20, tendo a seu lado na primeira fila o #18 de Lewis-Evans, o 22 de Tony Brooks e a Maserati de Juan Manuel Fangio.

Com o Vanwall em Mônaco 1958.

Em 1958 venceu o GP da Argentina pela Cooper e depois foi para Vanwall embora tenha recebido um convite da Ferrari. Neste ano foi protagonista de uma bela pagina do automobilismo quando disputava o titulo com  Mike Hawthorn da Ferrari. Na ultima corrida do campeonato o GP de Portugal, Moss já tinha um ponto pela volta mais rápida, quando Hawthorn em uma rodada foi acusado pelos comissários de andar na pista no sentido contrario, em seu depoimento Moss afirmou ao contrario, dando assim o titilo a Hawthorn. Parece que meu amigo Caranguejo vai contar o fato mais detalhadamente.


Argentina 1958.

Sua ultima vitória na Formula Um, pilotando uma Lotus 18/21 do Rob Walker Tean.
1961 em Nurburgring.

Foi sua a primeira vitória com um carro de Formula Um com motor traseiro, ao derrotar na Argentina rivais de peso e levar seu Cooper ao primeiro lugar.
Venceu, venceu e venceu, foi quatro vezes vice campeão do mundo de Formula Um, participou num total de 585 corridas entre todas categorias, venceu 212 delas, sendo que 20 de Formula Um.
O acidente quase fatal de Goodwood pois fim a sua carreira aos 32 anos. 

Apesar do tombo que levou no ano passado aos oitenta anos Moss continua ativo e participando de inúmeros eventos de automobilismo.  



sábado, 20 de fevereiro de 2010

VANWALL

Fim da década de 40, Tony Vandervell decide que irá construir um carro de corridas genuinamente britânico e para isso resolve comprar um carro italiano, que eram então os melhores e desmontá-lo para ver como funcionava. Simples, né? Só que quando faz sua proposta à Alfa-Romeo, ouve dos homens da Equipe do Trevo um rotundo não (como diria um certo político). Determinado, Tony vai à Ferrari e com Enzo tem melhores argumentos. Ocorre que Vandervell era o representante para a Europa do rolamento Clevite, de paredes delgadas. Esse componente fora criado nos Estados Unidos e era muito empregado em aviões e melhorava sensivelmente o desempenho do fracote motor V12 da Ferrari. Falando às claras, Vandervell ameaçou interromper o fornecimento dos rolamentos para Enzo, se eles não fizessem negócio. Mas o Comendador sabia ser desaforado. O primeiro modelo enviado, um 125C era uma sucata remendada e Tony o devolveu. O mesmo destino teve o segundo carro e só o terceiro foi aceito, tornando-se a famosa Ferrari Thin Wall Special, pilotada por Peter Whitehead nas primeiras temporadas.
 Enzo Ferrari e Tony Vandervell tiveram outros desencontros. Ferrari achava que Tony o pressionava porque de alguma forma, ainda trabalhava para a BRM. Certa vez ele o deixou esperando por uma entrevista por três horas, o que fez Vandervell prometer que iria criar um carro para derrotar "os malditos carros vermelhos". Em 1954, nascia o Vanwall, primeiro campeão de construtores da F1. A Equipe só competiu até 1958 quando Vandervell, desgostoso com a morte de Stuart Lewis-Evans, decidiu encerrar suas atividades.
Três Vanwall na primeira fila do GP da Itália em Monza 1958, # 22 Tony Brooks, # 18 Stuart Lewis-Evans e #20 Stirling Moss.

Stirling Moss pela ruas do Principado no GP de Monaco de 1958, ano em que  seu companheiro Mike Hawthorn e o Vanwall venceram o mundial de Formula I.


Por Henrique Mércio