A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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segunda-feira, 24 de abril de 2023

Lembrando...

 

Jayme, Pedro e Camilo.

Outro dia ao mostrar a linda foto dos dois Furias, uma brilhante criação do amigo Tony Bianco, o do Jayme com motor BMW e o outro do Pedro com motor Chevrolet 2.500 do Opala, logo atrás Camilo e sua icônica carretera. Notei que não errei tanto ao dizer que a reta que sai do Sol até o Sargento devia ter mesmo uns quatrocentos metros. Mais tarde fiquei olhando a foto por algum tempo, notando e lembrando muitas coisas.
Notem que Jayme já passou a linha que marca os cinquenta metros antes da curva do Sargento e já vem acelerando, Pedro antes da marca no asfalto que marca os cem metros ainda vem acelerando, provavelmente para frear ali na dos cinquenta, ou um pouco antes, Já Camilão com a carretera mais pesada que os dois, motor dianteiro e apesar de toda evolução dela já vem freando, bico enfiado no asfalto, creio que cerca de duzentos metros antes da curva. Era ali que começava a frear meu Dart, bombando os alicates, era um sufoco frear com tambores.
Com freios a tambores também corri na D3 como Novato, calçado com pneus Cinturato freava pouco antes dos cinquenta metros, até porque mo carro tinha o tanque de combustível de oitenta litros, pois havia corrido uma Mil MIlhas pouco tempo antes, pilotado por Marcio Brandão filho do grande técnico, não sei o parceiro. O combustível para corrida curta nesta freada ia todo para frente causando um certo desconforto, e mesmo após entrar na curva jogava a frente do carro para fora, o jeito era mudar a entrada jogando o carro mais para dentro antes da tangência, mais tarde nos VW D3 com slicks e discos nas quatro rodas a freada era nos cinquenta metros. Foi saindo do Sol que com este carro dei uma daquelas rodadas de arrepiar, comecei onde acabam as marcas no asfalto na saída do Sol e vim rudupiando até onde está o Pedro, freei de ré, o carro jogou a frente, enfiei a primeira da Cx3 e fui embora. Num desses rudopios, e foram uns três, vi um bandeirinha agitando freneticamente a bandeira amarela com listras vermelhas, avisando de óleo na pista. Nunca fiquei sabendo se o bandeirinha notou o óleo quando rodei ou já vinha balançando a bandeira e não vi. 

Meus amigos Camilo e Claudo não tiveram a mesma sorte, como vemos na foto.

Notem bem na foto que deveria ser no final da tarde a sombra dos carros e o motivo pelo qual aquela maravilhosa curva se chamava de Sol. Com raio grande devia ter cerca de quatrocentos ou quinhentos metros e a certa altura e conforme a hora o Sol batia de frente.


Alicatão no Sol!

Do barranco do Sol certa vez estava ao lado de um campeão da Stock, vi meu amigo Guaraná num carro da categoria vindo pendurado. O gajo olhou para mim e disse "no Sol ele enfia mais de um segundo em todos nós!". Era lindo ver meu amigo Guaraná e o Peterson a contornando!

Rui Amaral Jr

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

José Asmuz por Luiz Borgmann


 José Asmuz em sua carretera.


Olá Rui, boa noite,
Sim o José Asmuz, o Turco, faleceu ontem 01 Agosto, aos 88 anos, sua esposa já havia falecido no ano passado.
Vou aproveitar este momento para enviar a você algumas fotos que havia recebido dele quando fez 80 anos.

Na foto onde aparece o motor da carretera, ele está com o mecânico Homero Zani. Talvez esse seja o motor ao qual o grande Bird Clemente se refere em seus comentários.

Opala D3 de Asmuz. 

Na foto onde aparece a largada das 12 Horas de 1962, realizada no circuito da Cavalhada-Vila Nova, suponho de Asmuz seja este que se dirige ao DKW #23. Nesta mesma foto também se pode identificar o Henrique Iwers , DKW #9, também Antonio Pegoraro no Simca #17. Em outra foto, na mesma prova, o Simca #17 de Pegoraro e Dante Carlan também está sendo perseguido pelo DKW #23.
As fotos da carretera exposta no antigo Museu da Ulbra (já desativado) vê-se que ela foi mantida sem qualquer tipo de restauro desde o abandono das pistas, exatamente como havia participado de sua última prova. Anos depois, foi reativada para participar de uma volta noturna em Tarumã quando Asmuz foi homenageado antes da realização das 12 Horas, a carretera nesta ocasião fumaceou bastante devido ao longo período de inatividade, mas completou o circuito de 3.016m.(matéria do jornal Zero Hora).





Aí Rui um grande abraço, até breve.

Luiz Borgmann

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Algum tempo atrás em conversa com o Borgmann pedi que ele transmitisse ao Asmuz minha admiração e enviasse um abraço. Hoje Borgmann volta nos trazendo assim como o Bird um réquiem ao amigo.

Um forte abraço Borgmann,

Campeões não morrem, apenas sobem e viram História!

Rui Amaral Jr 

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Amarelo 18


Celidonio recebe a bandeirada de Eloy Gogliano, Camilão vibra...

Meu amigo Roberto desenvolveu o chassi para este belo exemplar da famosa Carretera #18 de nosso ídolo Camilo Christófaro é a réplica do carro vencedor das Mil Milhas Brasileiras de 1966 quando Camilão fez dupla com Eduardo Celidonio, a carroceria é feita em resina, mais informações e encomendas devem ser feitas diretamente com ele...






quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Sem palavras...

...levei um susto ao receber hoje de meu amigo Marcelo Afornali as fotos do fotografo Carlo Papagna que mostro agora, antológicas, uma preciosidade.  
Meu amigo é um kartista de mão cheia e hoje em seu atelier restaura os karts que fizeram história em nossas pistas, além disto é filho de Danilo Afornali, grande piloto paranaense de motos e preparador.

Obrigado pelo privilégio e carinho meu amigo e um abração.

Rui Amaral Jr







Fotos; Carlo Papagna

Marcelo numa das maravilhas que ele restaura.

Danilo Julio Afornali por Ari Moro

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Conta Borgmann...

CARRETERA x OPALA = onde irão se encontrar?
 José Cury Neto em Curitiba.
Opala D3 de Nelson Ely Filho.


Olá Rui, olá amigos,

O ano de 1968 marca, no sul, o fim do apogeu das carreteras no Sul.  Realizada a última corrida em pista de rua improvisada, os 500 km de Porto Alegre, no Circuito da Pedra Redonda, teve a vitória incontestável do BMW de Francisco Landi e Jan Balder. Em seguida será inaugurado o Autódromo de Tarumã, e a única carretera que ainda se mostrará competitiva será a do paulista Camilo Christófaro.

"Seu" Chico e Jan com o troféu da vitória dos 500 KM...à esquerda Vitório Andretta segundo colocado e direita Henrique Iwers terceiro.

A carretera do Catharino Andreatta, no Sul, tinha muitos admiradores.
A história da carretera vem de SP, nas mãos de José Gimenez Lopes, que importou motor e câmbio de Chevrolet Corvette para seu Chevrolet visando  a participação nas Mil Milhas Brasileiras em 1957. Mais tarde, quando passou às mãos de Camillo Christófaro, teve a carroceria rebaixada, freios a disco nas 4 rodas, e outros aperfeiçoamentos. Foi vendida depois ao paranaense José Cury Neto, que depois a vende ao gaúcho Catharino Andreatta.
Encerrada a fase das carreteras, o piloto Ruy Souza Filho adquire o carro e participa de vários km de arrancada.

 José Gimenez Lopez e o motor Corvette V8.
Gimenez Lopez nas Mil Milhas Brasileiras de 1958.
Nelson Ely Filho X Ruy Souza Filho em Lajeado 1978
Ruy Souza Filho arrancada em 2 de Agosto de 1969.
Ruy Souza Filho.
Pedro Victor e o Opala D3.

Eis que o piloto gaúcho Nelson Ely Filho adquire o Opala 4 portas que pertencia ao piloto de SP, Pedro Victor de Lamare, este passando aos GM de 2 portas.
Vale lembrar que os dois veículos mencionados são de épocas diferentes e nunca haviam competido juntos, mas...
Em 1978 o Opala e a carretera se encontram para medir forças em um KM de Arrancada, na cidade de Lajeado (RS). Dizem...dizem...que foi uma das poucas derrotas que a carretera sofreu. Será que foi nesta prova?
Hoje, restaurada, a carretera se encontra no Museu do Automobilismo Brasilweiro (Paulo Trevisan) em Passo Fundo(RS). Tive oportunidade de ver a carretera restaurada, maravilhosa...
A respeito de um comentário no seu blog, questionando o paradeiro da carretera "Brigite" que pertencia ao Catharino Andreatta: penso que a carretera #2 que mede forças com a #75 na foto abaixo, seria a famosa Brigite. Será? 

Um abraço


Luiz Borgmann

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Conta Borgmann...

A CARRETERA ARGENTINA (TC) QUE FOI TENTAR A SORTE NA EUROPA
 Embarque da TC no transatlântico, rumo à Europa.
Página da revista com a propaganda de um dos patrocinadores.

Em 1953, o automobilismo argentino dominava o cenário latino-americano, especialmente com Juan Manuel Fangio, que já brilhava nas competições da Europa.
ERNESTO PETRINI, piloto que brilhava nas corridas de estrada argentinas (TC Turismo Carretera) acreditava que sua carretera Ford com motor 4.500cm3 faria sucesso nas pistas européias. Aprontado o carro, foi feita a apresentação à imprensa, tendo inclusive a presença do presidente argentino General Juan Perón, que era um apreciador das corridas de automóveis, apoiando o esporte e levando seu nome pintado nos carros.

 Apresentação da TC de PETRINI com o Gen  JUAN PERÓN. Note o motor V8 flathead com 4 carburadores. 
 Revista COCHE A LA VISTA de Julho 1953 ( na capa estão os três irmãos GÁLVEZ todos pilotos da TC com sua mãe).

A carretera foi embarcada no transatlântico argentino "EVA PERÓN", no qual também seguiu o piloto ERNESTO PETRINI, seu co-piloto FIORENTINI e o jornalista OSVALDO AGUILAR que enviaria as matérias cobrindo a participação.
A intenção do piloto PETRINI era de participar da corrida Liège-Roma-Liège na categoria esporte, com extensão, non-stop de 3.500 km.
Esta corrida já tinha sido vencida em 1951 pelo Jaguar XK120 de Johnny Claes e Jacques Ickx (pai do piloto de F1 Jacy Ickx), e em 1952 vencido por um Porsche 356.
Talvez julgando o percurso excessivamente longo e também considerando a necessidade de carros de apoio, PETRINI anuncia sua decisão de não participar mais. Informa então que participaria de algumas provas locais na categoria esporte e também de subida de montanha. Participou ca corrida de AOSTA onde chegou em 5° lugar, prova vencida por SCOLTI com Ferrari.
Assim, PETRINI retorna à Argentina e se prepara na participação da IV Carrera Panamericana, no México, com um automóvel Lincoln na categoria Turismo.

Revista COCHE A LA VISTA de Dezembro 1953 em que aparece o Lincoln #64 de PETRINI durante a IV Carrera Panamericana.
Um Porsche se preparando para a largada.
Foto da equipe Porsche de apoio;

A IV Carrera Panamericana de 1953 teve como vencedor Juan Manuel Fangio Lancia)com o tempo de 18h11min à média de 169,220kph. Na categoria Turismo o vencedor foi o norte-americano CHUCK STEVENSON (Lincoln) com o tempo de 20h31min à média horária de 149,910kph. PETRINI (Lincoln) chegou em 9° lugar coim o tempo de 22h28min.

Luiz Borgmann


domingo, 24 de maio de 2015

Conta Borgmann

O CIRCUITO DA PEDRA REDONDA

Nas décadas de 1950 e 1960, a zona sul de Porto Alegre tinha, anualmente, uma corrida que atraía multidões. Para assistir, não era necessário pagar ingresso, bastava escolher o melhor local, levar uma cadeira e assistir a prova. Impressionam os registros de velocidade (médias horárias): em 1963 o piloto José Asmuz venceu a prova em 3horas e 36 minutos, à média de 138km/h. Em 1965 venceu Catharino Andreatta à média de 135km/h. Surpreende a precariedade na segurança do público e a não ocorrência de acidentes de grandes proporções.
O circuito da Pedra Redonda era uma pista de rua improvisada, no sentido anti-horário, com extensão aproximada de 10km. A prova mais conhecida neste circuito era os 500km de Porto Alegre, o que vale dizer que seriam necessárias aproximadamente 50 voltas no circuito. Panes mecânicas, avarias, acidentes ou pneus furados já significava perder a corrida, pois a extensão da pista não permitia o auxílio da equipe ou carros de apoio. O conhecimento técnico e a habilidade do piloto para o conserto eram de vital importância para a continuidade na prova.

Vários pilotos de outros estados e países participaram das provas, entre eles Juan Gálvez (ARG), Oscar Gálvez (ARG), Felix Peduzzi (ARG), Rômulo Buonavoglia (URUG),, Celso Lara Barberis (SP), Altair Barranco (PR), Jaime Silva(SP), Jan Balder (SP), Francisco Landi (SP).

Em 1962, com o desenvolvimento da indústria automobilística brasileira, passam a ocorrer duas provas: uma para veículos nacionais (JK, Simca, Renault Gordini, DKW, etc) e a prova de fundo, a Força-Livre.



FIM DE UM CICLO

A última corrida realizada no Circuito da Pedra Redonda foi em 1968. De São Paulo, comparecem Francisco Landi e Jan Balder, com um BMW. Vencem a prova com folga, marcando o declínio e encerramento definitivo do ciclo das carreteras. Em 2° lugar chegou Vitório Andreatta (carretera Ford) e em 3° Henrique Iwers (DKW Malzoni). Em 1970 é inaugurado o autódromo de Tarumã.


 Uma prova na década de 1950 onde aparecem Gabriel Cuchiarelli, Aldo Costa (ambos com Simca 8) e Karl Iwers (DKW) todos na prova até 1300cm3.

 Rômulo Buonavoglia (Uruguay)
Felix Peduzzi (ARG) após a capotagem na praça da Tristeza
Carreteras na subida da Vila Conceição, pouco antes do mergulho da Pedra Redonda
A curva da praça da Tristeza
 Largada/Chegada na praça da Tristeza
 Uma das primeira edições dos 500 KM
Chegada de Vitório Andreatta na última edição dos 500 KM
Pancada de Breno Fornari em 1968
O carro de Breno Fornari após a pancada
Curva na descida da Pedra Redonda #22 Diogo Ellwanger #53 Rômulo Buonavoglia
Entrando no bairro Ipanema #24 Orlando Menegaz
Curva da caixa d água no bairro Ipanema
Curva do POSTO DE GASOLINA no bairro Ipanema
Preliminar para carros nacionais
Entrada no retão da Av.Otto Niemeyer
Entrada no retão da Av.Otto Niemeyer
Na entrada da reta da Av.Niemeyer, #24 Orlando Menegas e #4 Aristides Bertuol
Na subida da Av Otto Niemeyer na carros nacionais, lidera a Simca #3 de Aldo Costa
Com BMW, Francisco Landi e Jan Balder vencem a 6ª e última edição dos 500km em 1968.

Luiz Borgmann