A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Conta Carlos...

Guga no alto do podium e Carlos em segundo de camiseta amarela.

Rui, durante um período o Rio foi a capital do Kart no Brasil. Este fato ocorreu em função do trabalho excepcional do Henrique Ribas, "Seu" Ribas para todos. Engenheiro, dono de indústria (Leite de Rosas) e dono de uma paixão enorme pelo esporte. Não por acaso, pai do Guga, nosso primeiro campeão mundial de kart. Enfim, graças a uma organização excelente, colocávamos 120 karts na pista a cada corrida. Na época, justamente por conta de política e desorganização, muitos pilotos paulistas corriam o campeonato carioca.

Foto Bruno Gorski - Guga mostrando sua arte em Limeira dois anos atrás.

Na ocasião, em função de problemas pessoais, tinha parado de correr. Fui convidado por “”Seu” Ribas para fazer a comunicação com a imprensa e tínhamos uma boa cobertura.
Numa quinta feira, na sala do Seu Ribas, discutindo a estratégia para a imprensa, ele atende ao telefone e numa breve conversa pediu o telefone do interlocutor. Era o Senna que relatou o fato de não ter mais o suporte financeiro do pai e não poderia continuar a carreira na Inglaterra. Senna perguntou se não seria possível ajudá-lo a conseguir um patrocínio que pudesse mantê-lo no jogo.
O Ribas pediu um tempo ao Senna e ligou para o pai do Pedrinho, Dr. Pedro da Matta que era na ocasião o vice presidente do Banerj. Perguntou ao mesmo se o Banerj não toparia bancar o patrocínio. Uns 15 minutos depois Dr. Pedro retornou e marcou uma reunião para a terça feira seguinte com o Senna.

O resto da história é de conhecimento público, todos se lembram do carrinho branco com o BANERJ escrito nas laterais.

O que ninguém sabe é que o Senna, enquanto viveu, nunca esqueceu o apoio e sempre tratou o Pedrinho como um amigo, tendo, inclusive, fechado uma temporada para o Pedrinho correr na Fórmula Ford inglesa. De passagem, o Pedrinho guiava muito. Muitas coisas aconteceram durante este período, mas ficou marcado o fato do Senna, o dono do mundo, nunca ter abandonado a amizade e o carinho para com quem o ajudou.

Talvez por ter sido testemunha destes acontecimentos eu tenha tanta dificuldade de aceitar até como brincadeira o monte de gente que publica ofensas a uma pessoa que chegou por mérito próprio ao pináculo de nosso esporte.

Carlos Mano 

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 Hoje em alguns grupos do Facebook existe uma “”guerra” renhida entre Piquesistas & Sennistas, alguns levam tão à sério que brigas homéricas acontecem.
Exageros de ambas as partes, tanto nos elogios quanto nas ofensas, muitos chamando os Sennistas de “viúvas”, chamo o Piquet de Candango! 
Eu apenas brinco e quando as pessoas envolvidas são amigos.
Ídolos todos temos, vejam que mesmo aqui o Caranguejo e eu sempre falamos nos “Três Gigantes” quando nos referimos à Tazio, Fangio e Clark. Mas acontece que na Formula Um e outras categorias grandes pilotos se destacaram, e cada vez que um deles, e entre eles alguns amigos pessoais levaram a Arte de Pilotar ao seu extremo, não podemos deixar de admirá-lo!

Dedico este ao casal Diana e Guga Ribas conheci-os em Limeira apresentado por meu querido amigo Victor Chiarella.

Ao Carlos.

Abraços

Rui Amaral Jr




4 comentários:

  1. Quando corri de kart, antes fiz o curso de pilotagem dado com apoio do Seu Ribas, e ia a casa dele, na Barra, onde via o Mauro e o GUGA (irmãos) e tinha como instrutor o Edu Vargas.

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  2. Conheci o Carlos Mano quando fiquei amigo daquela turma boa do Kart do Rio, o Jean Pierre, o Luis Carlos, o João Manuel, o Rinaldi...o Caique eu já havia conhecido antes, assim como o Biju e o Helcan. Todos grande conhecedores e participativos e cheios de histórias para contar. Fico feliz em ver que o Carlos Mano está por aqui, compartilhando o seu conhecimento. Abraço.

    Caranguejo

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  3. Kart é "a" escola; pode ser a fonte de novos talentos brasileiros, já que o automobilismo vai tão mal.

    Gosto muito da entrevista do cara que foi campeão mundial de kart, batendo o Senna: braço de respeito!

    Sobre os heróis (os nossos e os dos outros), falta uma coisa, nesses tempos de ferramentas digitais: perguntar por detalhes, aspectos, características. Se alguém pensar quem pegava as melhores mulheres, Senna perderia para Piquet; a melhor ultrapassagem, Senna perderia; a melhor volta mágica, Piquet perderia; o mais focado, Piquet perderia. Na categoria marqueteiro, Senna era fera, mas Piquet, com mulher pelada no grid, não era nada bobo. A graça da História é ir além das nossas preferências e chegar mais perto do que, de fato, acontecia.

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Rui Amaral Jr