A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Alfa Romeo 158 1938

Acima e abaixo as fotos que o Milton tirou no museu Alfa Romeo 


Fim de 1937, Enzo vende sua equipe Ferrari à Alfa Romeo, ia buscar o  seu próprio caminho. Ele havia representado a marca nas pistas por longos anos, vencendo com grandes pilotos as principais corridas do pós 1ª Guerra.
Nesta época os aliados Itália e Alemanha lutavam no campo esportivo/político pela hegemonia, com Mercedes Benz e Auto Union representando a Alemanha e Alfa, Maserati pelo lado italiano.
A principal briga no automobilismo era na categoria Voiturette, cujo regulamento permitia motores de 4.500cc aspirados ou 1.500 comprimidos. Ao contrário dos turbos de hoje, na época era usados os compressores  Roots, onde o ar era comprimido para os cilindros através de polias que ligavam o compressor ao motor.
Encarrega a Alfa o engenheiro Gioacchino Colombo para desenvolver o novo carro. A opção de Colombo foi por um motor de 1.500cc, de oito cilindros em linha, comprimido, daí vem a sigla 158. 
Seu motor com curso do girabrequim de 58mm e diâmetro dos pistões de 70mm, tinha 1.479cc, duplo comando de válvulas no cabeçote. Seu bloco era em de liga de magnésio, pesando 167kg, e com o compressor Roots trabalhando à 1,27 bar de pressão, desenvolvia no começo cerca de 200hp a 7.000rpm. 
Seu chassi tubular e o cambio de quatro marchas era instalado na traseira, junto ao diferencial, o que possibilitou abaixar o centro de gravidade e distribuir melhor o peso.
A suspensão dianteira por barras de torção com molas semi elípticas  transversais, e amortecedor hidráulico, a traseira com eixo DeDion, também com molas semi elípticas transversais. 
Seus freios eram os potentes  Lockheed hidráulicos.
A estréia foi na Copa Acerbo de 1938 onde Emilio Viloresi, irmão de Gigi, mostrou todo potencial do carro vencendo. Foram inúmeras vitórias até que a II Guerra interrompense as corridas n a Europa, sendo que um das ultimas no XIV Gran Premio di Tripoli 1940, quando fez 1º/2º/3º com Giuseppe “Nino” Farina, Clemete Biondetti e Carlo Trossi, deixando as Maserati 4CL de Gigi Viloresi e Franco Cortese nas posições a seguir. Neste GP um nome que viria a ser muito conhecido no Brasil chegou em 6º pilotando outra Alfa, era Carlo Pintacuda. 
Terminada a guerra continuou esse carro a vencer na categoria Voiturette até que em 1950 foi criada a Formula Um, e com muitas modificações incluindo no motor dois compressores Roots, que na época já alcançava 430hp à 9.600rpm, fez dois campeões, em 1950 Nino Farina e 1951 o fantástico Juan Manuel Fangio.   


  A suspensão dianteira com as barras de torção e o enorme freio Lockheed hidráulico.
 Tazio e ela!
Fangio
 Bonetto e Fangio em Monza 1949

O carro de Emilio Viloresi após o acidente fatal
Carlo Pintacuda vence na Gávea com um modelo anterior. 


Obrigado Milton, um abração. 


3 comentários:

  1. Rui, como sempre um post ótimo com muta história que a gente não sabia.

    Valeu!

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  2. Bellísima Alfetta; todo un lujo estar en ese museo. Muy buena la historia Rui.
    Abrazos!

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Rui Amaral Jr