A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

“Dexa sorto...”



Em 1976, a Chevrolet lançou o Chevette GP, carrinho hoje cultuado pelos colecionadores, mas que na verdade, como disse o Marazzi, pintaram o Chevette com um monte de faixas e uma rodinhas esportiva e diziam que era um esportivo. Bom, este Chevette GP era o carro oficial do GP do Brasil em 1973, e cada piloto, chefe de equipe e alguns mecânicos ficaram com uma para se locomover dentro da cidade.
Estava eu indo para os boxes pelo estacionamento quando ouço um estrondo vindo do túnel, eram três Chevettes com as seguintes figuras, Ronnie Peterson no primeiro, Colin Chapman no segundo e Jean Pierre Jarier. Eu já estava no portão quando ouvi o barulho, os carros estavam totalmente detonados, amassados e os escapamentos deviam ter ficado em algum canto da cidade, mas não estavam no carro, por isso o enorme barulho. Acho que eles vinham “rachando” deste do hotel, pois ninguém tirou o pé até Peterson dar um cavalo de pau sendo seguido pelo Colin e Jarier. Em seguida, Peterson acelerou o carro e começou a fazer “zerinhos”, o pobre do manobrista, segurava o chapéu e gritava..-“-Aqui..Aqui...” Apontando a vaga para o Peterson. Ronnie saiu do “Zerinho” e enfiou o carro na vaga como um raio. O manobrista botou a mão na cabeça segurando o seu chapéu e disse: “-Tão bão..Dexa sorto.”. Colin estava parado e ria sem parar, o manobrista sempre segurando o seu chapéu indicou...-“-Aqui..Aqui..”, lógico que Chapman fez a sua gracinha, acelerou o carro e foi até o final do estacionamento, fez um cavalo de pau e voltou acelerando rumo ao pobre manobrista que não estava entendendo nada...-“Aqui aqui..” Apontava e apitava...Colin deu um cavalo de pau na frente do pobre coitado e entrou na vaga. “-Dexa sorto...” Com mais autoridade, fez sinal para o Jarier, este, foi mais educado de somente estacionou o carro onde o manobrista endicou... “-Tá bão, brigado...Mas dexa sorto”....

Mario Souto-Maior.

2 comentários:

  1. Rui, Mario,

    Mais uma deliciosa história dos tempos em que o automobilismo e a Fórmula 1 não transformavam os homens em máquinas de correr. Imagine os pilotos (chefes ou donos de equipe nem pensar) chegando para um GP guiando o próprio carro, tirando raxa, fazendo gracinhas.
    Hoje, chegam em helicópteros, longe dos fãs, precisam fazer força até pra dau um "tchau" para a torcida (só se aparecer o patrocínio no sovaco).

    Abraço,

    Danilo Kravchychyn
    Ponta Grossa - PR

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  2. Fabiani C Gargioni #2711 de fevereiro de 2012 às 17:33

    Grande Rui,vcs aqui sempre dando um show de HISTÒRIAS QUE VIVERAM,e o Danilo tem razão a coisa tá difícil hj em dia!!!Uma pena!!!

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