A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

SPEED III

Mostro novamente este post em que meu irmão conta do amigo Agnaldo de Goes, e sua loja de automóveis, a SPEED. Pois bem, recentemente encontrei na Quatro Rodas edição de Março de 1963 um relato de meu amigo Expedito Marazzi, de uma visita a ela e dos grandes carros que lá estavam. Na matéria algumas fotos, que mostram alguns amigos e carros, como a Ferrari descrita por meu irmão e alguma outras jóias. Acredito que aquele Porsche 356 seja de nosso amigo Kiki. 
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Agnaldo Araújo de Góes Filho.
Agnaldo foi piloto , dirigente , dono de equipe , um baita cara , foi sua a Equipe CEBEM , única representante da alemã BMW no Brasil , onde trabalhava também nosso amigo Kiki - Karl H . Kraus - antes disso possuía uma loja de autos na Av. Sto. Amaro . A seguir um relato de meu irmão Paulo Amaral sobre seu amigo.



Não vejo o Agnaldo nesta foto, mas sentado no Porsche, atrás nosso amigo Kiki, que tempos depois trabalhou com Agnaldo na CEBEM, revendedora BMW.

" Sua loja no inicio da Av. Sto. Amaro chamava-se SPEED AUTOMÓVEIS , tinha duas entradas grandes , e era bem profunda , basicamente os carros com que ele trabalhava , eram automóveis de corrida , como FERRARI , MASERATI , MECÂNICA CONTINENTAL e autos de luxo , como ROLLS ROYCE , LINCON CONTINENTAL e outros , ao todo caberiam em sua loja mais de vinte autos , e por lá sempre achávamos preciosidades . Certa vez ele me ofereceu uma FERRARI BERLINETA 12 cilindros uma maravilha , fiquei com este carro por algum tempo , pelo que me lembro era do Chico Landi . Era uma maravilha seu motor não roncava , "URRAVA" , um dia na Av. Paulista dei uma esticada em 1º que foi até os 90 KM/H , andar nela era muito bom ,apesar de difícil condução . Vendo atualmente os valores destes carros , vejo a fortuna que ele teria hoje guardada , só que na época eram caros mais não valiam tanto . Lembro também da alegria com que ele nos recebia , amigos e clientes , sempre encontrávamos com Celso Lara Barberis , Chico Landi , Camilo Cristofaro , Ciro Cayres , Gilberto Demargos e outros .Certa vez ele me ofereceu a FERRARI TESTAROSSA 3000 em que o "Veludo" se acidentou na curva 2 , depois de algumas voltas com ela resolvi não comprá-la , era muito rápida . Este era meu amigo Agnaldo , sinto saudades das reuniões que fazíamos todas as tardes em sua loja , de onde nós saiamos para ir até o Totem , uma lanchonete muito bem acabada , montada em lona como uma tenda árabe de luxo , seu terreno era de esquina bem amplo e sua comida muito boa e foi o precursor de drive in no Brasil seu nome vinha do enorme totem indígena na sua entrada , que também era na Av. Sto. Amaro , próximo de sua loja e ponto de encontro de automobilistas e kartistas , onde estavam sempre o Cláudio Daniel Rodrigues , Luiz Pereira Bueno, Maneco Combacou , e meus amigos Victor Simonsen , Acácio Canário Mancio o "Geléia" , Gilberto Demargos , "Kiki" , Ricardo Amaral , Niltinho "Gun" Guinter , Luciano Mioso , Fernando Simonsen . Tudo isso vale como lembrança dos bonitos anos 60 "

Quatro Rodas acervo digital, Março de 1963.

AOS AMIGOS; de ontem e de hoje.

 

5 comentários:

  1. Muito bom relembrar os locais que freqentavamos e as pessoas citadas pelo Paulo.
    Algumas infelizmente já nos deixaram.
    Conheci a Speed na Sto. Amaro e o Toten.
    A loja do Agnaldo era passagem obrigatória para ver as novidades em matéria de esportivos.
    Apenas uma duvida, a Testa Rossa que bateu em Interlagos, era pilotada pelo Fernando Antonio Mafra Moreira, que corria com o pseudonimo de Rio Negro, não me lembro do apelido "Veludo".
    Mais uma vez, obrigado por relembrar as histórias da época do nosso "inocente" automobilismo.
    Romeu.

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  2. Oi Romeu, tudo bom?
    Veja em 63 eu tinha 11 anos, ia ao Totem com meu irmão e seus amigos.
    Será essa TR que vc cita?
    Acho que essa é a que o Agnaldinho chegou em 2º nos 500 KM de 1961.

    Um abraço

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  3. Rui, esse Maloqueiro tá perdendo o medo...
    A Ferrari que se acidentou tirando a vida do Rio Negro, era uma Testa Rossa que pertencia ao Agnaldo. Reza a lenda que o Agnaldo estava inscrito para essa prova, mas se machucou jogando futebol(quebrou um braço)o Rio Negro pegou o carro emprestado e se espatifou nos eucaliptos entre a um e a dois..
    O acidente foi em 20 de Maio de 1962, portanto, depois dos 500 Km de 1961.
    A Testa Rossa destruida, foi comprada pelo Camillo, que inclusive colocou a suspensão traseira De Dion da Ferrari, na famosa e inesquecível Carretera 18.
    Romeu.

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Rui Amaral Jr