segunda-feira, 29 de novembro de 2021
segunda-feira, 22 de novembro de 2021
GP Brasil 1973- Algumas lembranças...
Desta vez fui a todos
os treinos, e na corrida não faria como na anterior, que homologou o circuito,
quando com uma amiga chegamos tarde e mesmo com credenciais assistimos a
corrida do barranco da Subida dos Boxes, isto depois de só conseguir parar o
carro na Avon, quando tivemos que subir toda avenida, totalmente congestionada,
e conseguir à duras penas encontrar um lugar naquele morro.
Agora o Rato era rei,
corria com o #1 de campeão e ainda Pace, Wilson e Luiz lá estavam.
Eu já tinha feito cerca
de 7/8 corridas lá como Novato, mal sabia que voltaria a correr apenas na
segunda parte do ano já como graduado.
Nos dias que
antecederam a corrida fucei e olhei bem em tudo, alguns pilotos já conhecia das
corridas da F.Dois e Três em temporadas de anos passados, alguns como Jackie
Stewart, o bi campeão do mundo nunca havia chegado perto.
Nas duas fotos com Ickx e Pace o malabarismo para pilotar os carros de então. Ickx vem saindo de traseira em ambas, na segunda talvez tenha se perdido um pouco, a 312 B2 era um carro complicado. Já Pace com a TS14A vem em ambas saindo muito de frente.
Se Pace sofria com a TS14A imaginem Luiz com a TS9B, acredito que contemporânea das Alfettas de 1950/51! Notem a "parede" que era a asa traseira! Bico de Pato, Luiz deve ter batido o volante no batente para fazer a curva!
Sempre gostei de
assistir treinos em alguns de meus lugares favoritos, onde podia captar a
técnica dos grandes pilotos. Em Interlagos alguns desses lugares me
maravilhavam. O barranco da curva do Sol, aquela curva maravilhosa que separava
os homens dos meninos, ou pouco antes da linha de chegada, naquele barranco,
onde podia ver a descida do Retão, a Três, a Ferradura, Subida do Lago e Reta
Oposta, a saída do Sargento, o Laranja, o S até o Bico de Pato e depois virando
ver eles passando muito rápido na Reta dos Boxes. Outras vezes ficava na parte
de dentro da curva Um ou lá embaixo na Três...Interlagos era intenso, forte e
desafiador.
Na Ferradura sempre me
impressionou o traçado que Luiz fazia, já tinha visto com inúmeros carros que
pilotou, vinha mais aberto que os outros para tomada da segunda perna a
esquerda e começava acelerar antes dos outros. Ronnie, Emerson, Stewart, Clay e
outros já vinham pendurados, sendo que o Rato deixava o carro escorregar do
meio para saída e rumava forte para a Subida o Lago. Outra coisa que nunca vou
esquecer, a telegrafada que Lole dava no contorno da perna a esquerda.
Pode ser que deixe de
escrever muitas coisas que vi, mais tarde na certa vou lembrar de tantas outras,
mas nunca vou esquecer quando em algum dos treinos estava um pouco antes da
Ferradura, acredito que tenha parado o carro ou moto naquele estacionamento, no
meio da reta que ligava o Sol ao Sargento,
quando vejo Srewart saindo do Sol com Emerson grudado nele e bem na
minha frente o Rato tira seu carro para a esquerda e toma o Sargento na
frente... é nunca vou esquecer!
A corrida? Bem sobre a corrida
talvez um dia lembre muita coisa, apesar da decepção da quebra de Luiz que
mesmo naquela tranqueira que Surtees lhe entregou vinha bem, e também com as quebras de Pace e
Wilsinho.
Tudo foi compensado pela brilhante vitória do
Rato, e o êxtase de todos e toda alegria de vê-lo no lugar mais alto do pódio.
Rui Amaral Jr
sexta-feira, 19 de novembro de 2021
GP do Brasil 1973 - Interlagos - a saga de Luiz...
Deletei ao lembrar de um advogado que
tive, membro de um grande escritório, era sábio e ponderado e me dizia sempre “falar
é prata, calar é ouro”, e nesse instante lembrei de outra dele “é ouro sobre
azul”.
Luiz era ouro sobre azul.
Dedico este aos queridos amigos que
foram muito próximos ao Luiz em seu final de vida; Bird, Chico e ao casal Sonia
e Ronaldão Nazar.
Rui Amaral Jr
quarta-feira, 17 de novembro de 2021
Conta Chico...