A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sexta-feira, 5 de março de 2021

Curva3

 



 A terceira edição da revista Curva3, que circula neste fim de semana, traz uma matéria especial sobre os 90 anos de Toni Bianco. A lista dos Furias (sem acento, pois é na grafia italiana), a recuperação do projeto do Bino Mark II e porque ele recusou um Mercedes-Benz de presente são algumas das histórias que ele conta na matéria. O exemplar de 28 páginas traz outras matérias sobre o automobilismo brasileiro, custa R$ 15,00. Pedidos pelo e-mail curva3@beepress.com.br.

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Wagner Gonzalez

quinta-feira, 4 de março de 2021

YouTube



  Resolvi ativar um canal do Histórias no YouTube, ele existe já há algum tempo e agora comecei à fazer alguns vídeos.
É complicado, pois minha falta de conhecimento em tecnologia é grande, com boa vontade logo teremos um canal para conversar com os amigos.
O Caranguejo sugeriu uma "live" e vamos tentar.
Ao lado dos posts um link parta ele, e abaixo das foto os links para dois vídeos.
Obrigado pelo carinho e presença,

Rui Amaral Jr 
  


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

INDIANÁPOLIS 500 1966 – WACKY RACER

 

Graham

Edição especial da prova, foi sua 50ª edição. Corrida movimentada, onze dos concorrentes foram eliminados na primeira volta. O texano A.J.Foyt foi o único ferido. Ele machucou a mão ao tentar escalar o alambrado, quando tentava afastar-se do local da batida. No final, apenas sete automóveis ainda estavam rodando, na vez em que o menor número de carros terminou as 500 Milhas. Em sua primeira apresentação, Jackie Stewart liderou a corrida, com o Lola Ford T-90 da Equipe de John Mecom, mas faltando dez voltas, a pressão do óleo caiu e o Cockeyed abandonou. Assumiu a ponta outro recém chegado, Graham Hill, que só precisou puxar a prova nas dez voltas restantes para vencer. Hill tornou-se o primeiro estreante vencedor desde 1927...O vencedor do ano anterior, Jim Clark, teve problemas, com duas rodadas durante a prova que o relegaram à segunda posição. Pela segunda vez consecutiva, os Wood Brothers, célebre equipe dos pits da NASCAR Grand National, foram convidados a atuar nos boxes, desta vez para Dan Gurney (na vez anterior trabalharam com Clark). Mas o carro de Daniel foi um dos eliminados na carambola da primeira volta. A primeira grande baixa das 500 Milhas, antes mesmo dela começar foi Johnny Rutherford. Ele se machucou em Eldora em abril e ainda estava de molho no mês de maio. A Mecom Racing Team, selecionara os pilotos Walt Hansgen, Rodger Ward e Jackie Stewart. Porém Hansgen morreu num acidente treinando em Le Mans no dia 3 de abril (dia azarado, o mesmo em que Rutherford feriu-se). A saída foi chamar Graham Hill, que nem sequer constava da lista de inscritos no programa oficial. Os treinos iniciaram com tempo frio, o que manteve os carros e pilotos longe da pista. Choveu também. E assim, Chuck Hulse tornou-se o mais rápido no primeiro final de semana (149,8 mph). Na segunda feira (2/5), Art Pollard tornou-se o primeiro Rookie a ser admitido na prova, com 145 mph. Stewart também passou nesse “vestibular”. Na terça-feira 10 de maio, Mario Andretti assinalou 164,5 mph, estabelecendo-se como um possível pole-man. A.J.Foyt, George Snider e Dan Gurney também superaram a marca das 160 mph. Na quarta a chuva retornou, mas na sexta-feira 13, Andretti quebrou os cronômetros com 167,4 mph (antes havia rodado em 166-164 mph), apesar da chuva atrapalhá-lo. O mais próximo do ítalo-americano foi Jim Clark, com 165,7 mph. No pole day do sábado 14, Mario confirmou o favoritismo conquistando a posição de honra com 165,8 mph. Em uma de suas voltas, ele girou em 166,3 mph. Entre as baixas, Chuck Rodee, que bateu na Curva 1. Levado ao hospital, não resistiu aos ferimentos. Dezoito carros conseguiram seus tempos neste dia frio. No domingo 15, A.J.Foyt classificou-se com 161,3 mph, após bater no dia anterior. No sábado (21/5), os irmãos Bobby e Al Unser classificaram-se, com Al sendo o mais rápido do dia (162,2 mph). Bobby Grim qualificou seu Roadster Turbo Offy (motor dianteiro) com 158,3 mph. O seu, era o único carro “dianteiro” da competição. 

Hill
Clark e a Lotus 38.

Domingo 22 de maio, dia do Bump day, Larry Dickson e Ronnie Duman conseguiram “saltar” para o grid, enquanto Greg Weld destruía dois carros (um deles um Granatelli/Novi). Weld não se feriu. No grande dia, quando o Mercury Comet saiu da frente do pelotão e a corrida começou, o canadense Billy Foster quase tocou em Gordon Jonhcock, mas perdeu o controle e bateu na parede externa, dando início a um engavetamento de dezesseis carros. Todos os pilotos conseguiram sair sem problemas (o medo geral era de incêndio, com todos lembrando-se da “bola de fogo” de 1964) e enquanto Foyt machucava a mão, um espectador era atingido por uma roda. A.J. foi examinado e liberado para correr. Dos dezesseis envolvidos, onze estavam além de qualquer conserto e a prova reiniciou com 22 competidores depois de uma hora e vinte e quatro minutos de atraso para limpeza. Após algumas voltas de aquecimento e em fila indiana, a corrida voltou a ser interrompida depois que Johnny Boyd bateu na Curva 1 na primeira volta no “verde”. O primeiro líder foi Mario Andretti, até abandonar com problemas de válvula. Jimmy comandou a prova em três ocasiões e só não liderou mais voltas que Lloyd Ruby, mas as rodadas realmente o prejudicaram. Quando foi a vez de Ruby ter problemas, Stewart passou a líder e ditou o ritmo por quarenta voltas até abandonar e então Graham, que tinha “chegado por último” à sua equipe liderou as dez voltas finais, as que realmente importavam...

Clark controlando uma saída de traseira.
De lado, mas sem tocar o muro.
Andando forte novamente.
Stewart e Clark.

foi quando a confusão começou pois a Equipe Lotus alegou que Clark era o vencedor. É certo que rodara duas vezes, a primeira na Curva 4 no giro 65 e a segunda na Curva 3, volta 87. Mas graças a sua prodigiosa habilidade, não tivera nenhum contato e não desligara o motor. Endireitou o carro e o levou aos boxes para verificar possíveis danos. Não havia perdido tanto tempo assim, parado e a equipe estimou que tinha uma volta à frente de Graham. O mapa da corrida no entanto, mostrava G.Hill à frente de Jimmy, por pouco mais de 41 segundos. No dia seguinte, a USAC confirmou o resultado (Graham primeiro; Clark segundo). Colin Chapman e Andy Granatelli, integrantes da equipe Lotus, não apresentaram qualquer protesto. Uma possível explicação que surgiu foi que o pessoal da Lotus não vira Graham passar por Clark, na ocasião da segunda rodada. Mas para colocar “mais gasolina no incêndio”, o próprio vencedor Graham Hill confessou-se intrigado por ser o vencedor. As más línguas diziam mesmo que ele não havia feito uma ultrapassagem sequer a prova toda. Mas o assunto acabou se encerrando por si só; contudo em tempos recentes se voltou a debater o problema. Surgiu a teoria que os cronometristas haviam omitido uma volta de Clark, o que o colocaria atrás de Graham na classificação. E havia um motivo: o carro de Al Unser tinha as mesmas cores que o do Jimmy. A teoria pregava que quando o Big Al bateu na volta 161, a cronometragem pensou que era Clark. Outra versão diz que ainda por conta da pintura semelhante, a cronometragem tinha creditado uma volta de Al Unser à Clark no começo da prova. Quando os mapas foram redefinidos no final, essa volta “extra” fora corretamente excluída. Há outra teoria, que afirma que nem Graham, nem Clark venceram. O ganhador teria sido...Gordon Johncock. Johncock completou as 500 Milhas em menos tempo decorrido que G.Hill, Jim Clark e até o terceiro colocado, Jim McElreath. Entretanto, Johncock foi um dos atingidos na batida da primeira volta, e teve de parar para reparos e consertar o bico do carro.



Ele reiniciou a corrida do pit lane e os fiscais não consideraram essa sua primeira volta, o que causou um atraso por tempo...Há quem garanta que Colin Chapman tenha desistido de qualquer protesto formal por um “acordo informal” com os organizadores. Façam suas apostas...

À memória dos queridos amigos Jeaan Pierre Calvignac e Arturo "Turito" Fernandes.

CARANGUEJO



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Chapman x Fittipaldi...ou Emerson x Colin

 


Colin
Ronnie

Comecinho de 1973,  estava no Rodeio, ótima churrascaria daqui de São Paulo, com alguns amigos, bebíamos alguns Scoths e esperávamos a maravilhosa carne que até hoje lá é servida. 
Eu estava entusiasmado, pois naquele ano completaria 21 anos e poderia correr sem ter que “fals...” ops, adulterar nenhuma autorização, além disso meu pai prometia finalmente me apoiar, e além disso tínhamos um Campeão do Mundo na Formula Um, um cara sensacional, pilotasso, nunca fomos amigos, afinal ele é uns 8 anos mais velho que eu, e nunca frequentou a turma que frequentava minha casa, amigos de meu irmão, que é 12 anos mais velho, mas tínhamos alguns amigos em comum, e amigos caros de ambas as partes.  
Aí chega um amigo meu, publicitário conhecido e entrosado em tudo que dizia respeito ao automobilismo e me segreda, “o Emerson fechou com o Teddy Mayer e leva com ele a grana da Marlboro, vai de McLaren em 74, existe até a possibilidade dos Fittipaldi ficarem com a equipe”. 
De cara eu disse “é loucura, ele briga pelo Bicampeonato e tem toda as chances de conquistar, assim  fica difícil!”











Notem que na época já se falava “à boca pequena” do projeto brasileiro da FI.   
Aqui um parêntese; Colin e Emerson...o inglês contratou o brasileiro ainda na Formula 3, apesar da vitória nos EUA, Emerson amargou o ano de 1971 com um pouco da falta de experiência e a grande carga de levar uma equipe cujo Campeão do Mundo havia perecido. E Colin sempre o apoiou!
Outro parêntese; Emerson ao contrário de nossos pilotos de hoje, nunca teve medo de cara feia, e sempre foi para qualquer equipe disputando com quem quer que fosse o lugar de primeiro piloto, e isso, ao contrário de hoje não era dito por nenhum assessor de imprensa, mas por seu pé direito e sua enorme capacidade técnica! 
Não dou razão a um ou outro, o certo é que Emerson em 74 foi para McLaren com a Marlboro e foi Bi.
Quanto à briga de 73 foi entre dois CACHORROS GRANDES, dois GRANDES PILOTOS, e a meu ver DOIS GRANDES HOMENS; Emerson e Ronnie. E quem tirou vantagem nisso foi um certo Jackie Stewart, vocês conhecem?


Ao Emerson, um herói de verdade, ontem e hoje! 

Escolhi as fotos aleatoriamente em meus arquivos, vocês melhor que eu saberão  identificar cada uma.

Um forte abraço à todos

Rui Amaral Jr

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NT: Escrevi este post em 18 de setembro de 2012, ontem conversando com o Caranguejo resolvemos escrever sobre este campeonato, ainda vamos tentar convencer o Ronaldo Nazar à participar, com dados técnicos e tudo mais, vamos ver...

Rui 

Link para o post de 2012 com comentários do Caranguejo e Ronaldão.