A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Conta Sergio...

NURBURGRING
por Sergio Mateu

Bom dia Rui, este ano é o terceiro ano que visito Nurburg, o primeiro foi em 2012, o segundo em 2014 e em setembro deste ano outra vez.
A região é muito bonita, muito verde, o asfalto das estradas secundárias são de primeira, mas a cidade é muito pequena, mas o importante mesmo são os circuitos, o de Nurburgring e o de Nordschleife. Nestes 3 anos incluímos Nurburg na nossa viagem, sempre vamos para Alemanha, França e Itália, inclusive em 2012 fomos ver as 24 hs de Le Mans e em 2014 estivemos em Hockenheim para ver a CUP PORSCHE, sempre que posso visito um circuito, faz parte do roteiro...
 Em 2015 e 2012 aproveitei para ver a Renault Series, eles usam o circuito da F1, um grande trabalho desta marca de automóveis, é voltado para a família, tendo muitas atrações, inclusive uma exposição de carros antigos da Renault, exposição de carros novos, roda gigante, etc e todas de graça, somente para comer e beber é que você paga, o resto é para desfrutar das corridas. No ano de 2012 conheci o Felipe Fraga que corria de formula 2.0 e o Roberto Pupo Moreno que dava assessoria a uma equipe que tinha outro brasileiro correndo na Formula 3.5, mas não lembro quem era.

 Sergio e seu Cayman S.






Agora vamos para a pista, ainda em 2012, meu carro de uso diário era um Astra Hatch turbodiesel 1.7 de 110 cv e seis marchas e a minha primeira volta em Nordschleife foi de 11"40' 003, apesar de ter algum conhecimento em corridas de automóveis de turismo, desconhecer o circuito não é nada agradável, ainda mais tendo uma grande quantidade de alemães voadores perto de você...mas foi muita adrenalina. Alguns detalhes: após a saída as marchas usadas foram a terceira, a quarta e a quinta, em 4500 rpm o motor corta, na correria esqueci de ver a pressão dos pneus... e o pior de tudo é que tinha bagagem no carro, inclusive uma dúzia de garrafas de vinhos, mas no fim deu tudo certo apesar de que o Astra sofreu de fading nos freios, quase não tinha curso nas ultimas curvas. Mas o engraçado é que estava tão contente, tão feliz que achei melhor não estragar o que tinha realizado, e não dei mais uma volta sequer...outra coisa, sempre tenho que ter em mente que o carro que estou usando é o mesmo que vai me levar de volta para casa...por isso tomei muito cuidado.
Ano passado comprei outro carro , dessa vez usado, um Porsche Cayman S, automático com as borboletas na direção, e lá fomos nós de novo a Nurburg, digo nós porque sempre vamos eu e minha esposa. Dei duas voltas, em dois dias diferentes, a primeira abaixei  1 minuto, fazendo 10" 40' 096 e na segunda com muito menos gente já fiz 9" 59' 640, inclusive foi a melhor de todas pois eu e um Mitsubich Evo fizemos uns bons pegas. Fiquei muito feliz, mas o problema continua sendo o mesmo, não conhecer o circuito, é muita curva, são 73 ao todo, 11 tipos de pisos diferentes e uma diferença de nível de 300 metros, são muitas curvas cega, além de que a pista tem apenas 6 metros de largura...porém o pessoal é muito gentil e educado, os mais rápidos tem sempre a preferência, então tem que olhar mais para os espelhos que para frente...o que torna a brincadeira mais complicada.
Este ano voltamos para ver a Renault Series e fazer o track day, mas o que encontramos foi um grande numero de carros, uma loucura total, tanto que houve vários acidentes, inclusive no dia que chegamos, 11/9, esse dia a pista abria as 17:45 e fechava as 19:45 hs, mas tiveram que antecipar o fechamento da pista em 45 minutos pois houve um acidente grave e foi necessário a entrada da ambulância, não andei nesse dia. Nos dois dias seguintes a pista abria as 8:00 e fechava as 19:00 hs, porém andei sem muita vontade, na noite anterior soube da morte de um primo aí no Brasil e me afetou muito, mas mesmo assim fui, tomamos o café da manhã no hotel e fomos colocar gasolina no posto que chamam de ED, pois esse é o nome da bandeira, calibrei os pneus e fui, mas não gostei tanto, não foi tão divertido, inclusive dei duas erradas terríveis, e meu tempo foi de 10" 20', tinha muita gente, minha esposa chegou a contar mais de 600 carros, era um entra e sai da pista...muitas vezes tiveram que paralisar a entrada dos carros na pista para entrar o carro de socorro e a ambulância. Demorei mais para sair da pista do que para fazer uma volta...




Alguns lances interessantes: uma boa parte dos carros eram da Inglaterra, Holanda, e paises nórdicos. A grande maioria dos carros eram Porsches e BMW, mas tinha até vans, motos, comerciais leves...na verdade havia de tudo, carro normal, esportivos, protótipos e muitos preparados com santo antonio, pneus sliks etc...Os restaurantes da região são quase todos de italianos e muitos falam a língua o que nos ajuda muito. Em torno de Nurburg tem várias cidades que valem a pena conhecer, nós adoramos Adenau (9 km), e um pouco mais longe (175 km) está Frankfurt.





O circuito de Nurburgring tem uma ótima infra-estrutura, muitos banheiros, lanchonetes, lojas de roupas com as marcas de carros mais famosas, local para sentar, kartodromo e inclusive um hotel de 5 estrelas. A cidade é muito pequena, em menos de meia hora já se vê tudo e não tem muita coisa para ver a não ser o castelo. Para ir a pista de Nordschleife que fica a 2 km distante de Nurburg, temos duas alternativas, fáceis porém depende de que hotel você está hospedado, chegando lá você encontra uma loja, um restaurante/lanchonete, um local para aluguel de carros (com ou sem piloto) e um local para a venda dos tickets (cartão eletrônico) para entrar na pista, banheiros e três pátios para estacionar os carros enquanto não abrem a pista, tudo muito bem organizado.

Finalizando, existe uma matéria sobre Nurburgring/Nordschleife na FLATOUT que é ótima, alí explicam como alugar um carro para dar uma volta no circuito e muita informação pertinente a Nordschleife. Rui, espero que se alguém tiver um sonho de conhecer esse Inferno Verde (Green Hell), vai valer a pena torná-lo realidade, é algo fantástico, principalmente toda aquela atmosfera que há em seu redor, e se puder assistir a Renault Series, também vai gostar pois é uma grande festa, abraços 

Sergio Mateu.

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Sergio e eu nos conhecemos desde moleques quando minhã mãe tinha um apartamento de férias na cidade de Santos, mais precisamente na rua Jorge Tibiriçá esquina com a Galeão Carvalhal, lá uma cambada de moleques se juntava e aprontávamos o dia todo, Sergio, Sergio Fontes, Izo, Alvaro, Ricardo... Praia, bola, autorama e tudo mais...com os outros estou de vez em quando, mas o Sergio reencontrei tempos atrás no Face e retomamos a amizade e logo nos veremos novamente. 

Obrigadão Sergio e um abração!

Rui Amaral Jr  

terça-feira, 20 de outubro de 2015

João Carlos Sobreira


Domingo uma tragédia se abateu sobre o autódromo de Goiânia na Super Bike quando o piloto Joãozinho Sobreira passou reto no final da reta e bateu forte na segunda volta da primeira bateria da corrida, parece que teve um mal súbito e bateu já desacordado, à sua família meus respeitos e os mais sinceros sentimentos de pesar, sei como é difícil acompanhar alguém apaixonado por motociclismo ou automobilismo, mas sei e muito bem que foi a vida que ele escolheu. Descanse em Paz João. 

Alertado por meu amigo Adolf Schartner assisti ao vídeo abaixo estupefato. Já escrevi aqui sobre essas pessoas incríveis que nas pistas são nossos Anjos da Guarda, pois de sua atuação depende e muito nossa segurança e via de regra eles não falham. Neste ano no Japão eles mancaram para logo à seguir na Russia um deles num ato de extrema coragem tirar um pedaço de carenagem que poderia furar um pneu e causar uma tragédia. Em Goiânia assusta o desespero com que eles pedem no rádio à direção de prova que a interrompa e toda a demora da direção em tomar uma atitude.


Rui Amaral Jr

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

TAZIO


 Agosto de 1953, morreu o Mantovano Volante. Não mais teríamos o espetáculo, o fogo, a arte do genial Tazio Giorgio Nuvolari, o primeiro Gigante das Pistas. Ao saber da notícia, Enzo Ferrari parte para Mantua, mas se perde no labirinto de estradas do lugar. Resolve parar para pedir informações e avista a casa de um latoeiro. Desce do carro e pergunta ao velho profissional, o caminho para a casa de Nuvolari. O artesão deixa o que está fazendo e ao invés de responder, circunda o carro de Ferrari. Ao avistar a placa de Modena, ele parece compreender, aperta a mão de Enzo com vigor e sussurra: “Obrigado por terem vindo. Um homem assim não vai nascer de novo”.

Tazio numa Alfa Romeo da equipe comandada por Enzo.

CARANGUEJO


Com Vincenzo Flório 

Certas vezes o Caranguejo me surpreende como hoje. Sem combinarmos meu amigo me envia este pequeno e sublime texto sobre nosso grande herói. Sobre o Tazio sempre conversamos muito e ele sabe que quem me apresentou a épica carreira do Mantovano Volante foi Adolfo Cilento outro grande amigo e piloto de primeira. Na época apesar de ler muito sobre automobilismo Tazio era uma lenda distante...agora graças ao Caranguejo a lenda continua presente em nossas páginas.

Abraços

Rui Amaral jr 





sexta-feira, 16 de outubro de 2015