A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

ARUANDA no VELOCULT






Aruanda, 1º carro-conceito do Brasil, é destaque na Velocult
Um dos destaques da 3ª Velocult, que realiza-se de 28 de fevereiro a 17 de março no Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2.073) é a presença do revolucionário Aruanda.
Considerado o primeiro carro-conceito brasileiro, sua história ultrapassa fronteiras. Projetado numa época dominada por automóveis grandes e pesados, era uma idéia muito à frente do seu tempo.
No ano de 1963, o jovem Ari Antonio da Rocha, estudante de Arquitetura na FAU-USP, idealizou um veículo de uso urbano, altamente econômico e com a proposta de baixa emissão de poluentes. Ari previa que nas décadas a seguir, as grandes cidades se veriam às voltas com problemas de tráfego intenso e poluição, além do alto preço dos combustíveis fósseis.
Assim foi criado o Aruanda, com espaço para até 3 passageiros, para-brisas panorâmico, espaço para carga na parte traseira, bancos deslocáveis, volante regulável, ventilação controlada, portas de abertura lateral, painel acolchoado, anel de proteção, peso estimado em 330 kg e dimensões reduzidas(2,40 x 1x70 x 1,40).
O projeto foi apresentado no Salão do Automóvel de 1964 e recebeu o Prêmio Lucio Meira, criado por Caio Alcântara Machado, idealizador do evento. Aquela premiação foi fundamental para o futuro do jovem projetista, que na época era estagiário na Vemag, no bairro do Ipiranga, em S. Paulo. Convidado por Mario Fissore para criar o protótipo do Aruanda, Ari Rocha transferiu-se para a Itália, onde acompanhou a construção do veículo no estúdio da Carrozzeria Fissore.
Exibido no 47º Salão de Turim de 1965, o Aruanda recebeu o prêmio especial como a proposta mais inovadora. Pela primeira vez no mundo, via-se um automóvel mono-volume em forma de cunha (solução aerodinâmica consagrada na atualidade), que visava minimizar a resistência do ar e, conseqüentemente, o consumo de combustível. O projeto ia de encontro a todos os padrões da época e revolucionava o design automobilístico. O impacto foi muito grande. Várias personalidades, dentre as quais o pentacampeão da F1 Juan Manuel Fangio, foram conhecer de perto aquela novidade. O Aruanda foi capa da mais importante publicação italiana sobre automóveis, a revista Carrozziere.
Inicialmente, a proposta era usar o motor MV Agusta bicilíndrico, de 28 cv, com previsão de consumo em torno de 20 km/litro de gasolina e velocidade máxima próxima aos 100 km/h.
Trazido para o Brasil, o Aruanda foi exibido em diversas exposições. Das propostas surgidas para sua fabricação, uma das mais atraentes foi apresentada pelo Presidente do Senado Australiano, em 1966. O plano era de fabricá-lo naquele país e equipá-lo com motor elétrico de 10 cv. Ari Rocha, no entanto, queria que seu projeto se tornasse realidade em solo brasileiro. As iniciativas de produção nacional esbarraram em barreiras até hoje não muito claras e que contrariavam interesses comerciais de multinacionais recém-instaladas no país.
Em 1973, na primeira tese de Doutorado em Design defendida no Brasil, Ari Rocha propunha a limitação de acesso de veículos aos centros urbanos e a criação de bolsões de estacionamento. Ali, o motorista deixaria seu carro particular e alugaria uma versão do Aruanda equipada com motor elétrico criogênico (que funciona a baixas temperaturas). A idéia era que o público utilizasse essa modalidade de transporte para se deslocar pela área restrita e o devolvesse num dos outros bolsões espalhados pela cidade para ser utilizado por outro motorista. É interessar salientar que essa idéia vem sendo testada atualmente em algumas cidades européias.
Após anos de tentativas frustradas, Ari Rocha desistiu do plano de fabricar o Aruanda.
No ano de 1978, o carro foi levado à fábrica da Puma para reparos. Após uma chuva em que houve uma grande enchente, o carro foi dado como desaparecido. Cerca de 30 anos depois, o veículo foi localizado em Bauru pelo chaveiro Osvaldo Petroni Jr. Sem saber do que se tratava, pesquisou até descobrir que ali estava um exemplar único e de incalculável valor histórico. Conseguiu entrar em contato com Ari Rocha a quem foi devolvido o veículo.
O Aruanda encontrava-se, entretanto, em mal estado de conservação. Entregue aos cuidados do renomado restaurador Ricardo Oppi, encontra-se quase que totalmente recuperado. O veículo foi exibido no Salão Internacional de Veículos Antigos e na edição dos 50 anos do Salão do Automóvel, ambos em 2010.
Uma pesquisa intensa vem sendo desenvolvida visando a conclusão do restauro e a preservação desta verdadeira obra-prima, fruto da engenhosidade e da criatividade de grande brasileiro chamado Ari Antonio da Rocha.
A 3ª Semana Cultural da Velocidade é um evento idealizado pelo designer Paulo Saláriz com apoio da Secretaria da Cultura do Município de São Paulo, Conjunto Nacional, CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) e seu presidente Cleyton Pinteiro. Toda a renda do evento será revertida em prol da organização “Médicos Sem Fronteiras”.
Serviço: 3ª Semana Cultural da Velocidade – Velocult
Local: Espaço Cultural Conjunto Nacional
Endereço: Avenida Paulista, 2,073 – São Paulo – SP
Data: Cocktail de abertura para imprensa e convidados: 27 de fevereiro de 2012
Período de visitação do público: de 28 de fevereiro a 17 de março de 2012


O ARUANDA tendo a seu lado Ricardo Oppi

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

TRAGÉDIA ANUNCIADA?

Há três anos escrevo o Historias e tento dividir com todos um pouco do que nós, meus amigos e eu, passamos nas pistas e um pouquinho do que conhecemos sobre automobilismo.
Quando do acidente na Copa Montana que dizimou o  piloto Gustavo Sondermann coloquei o blog à inteira disposição do Sergio, o diretor de prova para que escrevesse o que tivesse vontade. Ele que já escreveu aqui e muito educadamente preferiu não se manifestar, e respeitei  sua vontade.
Nos recortes que vou mostrar um caso semelhante e que abalou muito um amigo, eu apesar de não estar presente no dia conheci e conheço muito de perto os desdobramentos e sei o quanto foi difícil para os Bock a superação do fato.
Tenho guardados há dois anos os arquivos do Ricardo, quase tudo digitalizado e arquivado, e por respeito à amizade guardei algumas coisas entre elas esses recortes para mostrar com a autorização dele. 
Algumas semanas após o acidente recebi os Bock...Vera, Ricardo e o filho deles Rafael em nosso sitio para um almoço e sei bem o quanto eles sofreram com o ocorrido, e esse foi um dos motivos que me levaram a guardar por tanto tempo esse material.  
Duas ou três semanas atrás em sua casa conversamos sobre a panca e ele me perguntou se havia mostrado. Então aproveito agora para mostrar, esses recortes que  já mostrei a alguns amigos como o Caranguejo e o Fabiano, e ao mesmo tempo saber a opinião de todos sobre o assunto. 

Um abraço à todos,

Rui Amaral Jr 



CLIQUE NAS FOTOS PARA AMPLIAR.



segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

OPALAS - Divisão Um

Para meus amigos Tito, Caranguejo e Fabio mais alguns Opalas, estes em que o Prof Pardal correu na década de 70 do seculo que passou. 









sábado, 18 de fevereiro de 2012

IV Copa Festa da Uva 1961

Há 51 anos acontecia a IV COPA FESTA DA UVA em Caixas do Sul-RS


A prova vencida pelos exímios gaúchos, o piloto Ítalo Bertão representante de Passo Fundo e o co-piloto Passo-fundense, Daniel Winik com a carretera Chevrolet 1938, motor Corvette com caixa de 3 marchas + ré Corvette também, diferencial blocante de pick up Chevrolet, a famosa Caninana, N° 9 -montada em Passo Fundo por mecânicos da terra.
Conquistando o segundo lugar os curitibanos Germano Schlögl e Adir Moss.

Curiosidades:- Germano Schlögl, além de exímio piloto foi também grande preparador.
Foi passear com a carretera em um domingo à tarde, e após abasteceu-a e ao sair do posto foi abalroado por ônibus, morrendo tragicamente.

- a N° 9 ganhou também em 1961, as Mil Milhas Brasileiras de Interlagos com a dupla Orlando Menegaz e Ítalo Bertão

Publicado primeiramente no Jornal Zero Hora⁄Almanaque Gaúcho-Ricardo Chaves
17 de fevereiro de 2012
Colaboração: Nelson e Graziela M. da Rocha