A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 2 de março de 2011

DE VOLTA AO HABITAT

Nada melhor para ilustrar nosso estado de espírito que o belo desenho do Maurico.
E a testeira do blog do Orlando feita pelo Ararê.


 Parece que finalmente foi dada a largada, amanhã vamos levar o motor do #13 do Orlando para oficina do Ferraz. Ele vai abrir e ver o que tem no motor, pois ficou 25 anos parado e não sabemos quase nada sobre ele, que comando tem, a cilindrada e outros detalhes. 
 Com a competência do Ferraz certamente vai fazer um belo motor. A intenção é colocar o carro o quanto antes nas pistas e em vários eventos em que já recebemos convites.
  A categoria escolhida pelo Orlando para mostrar um verdadeiro Divisão 3 nas pistas é a Força Livre no Campeonato Paulista, sabemos da dificuldade que será de um carro do passado acompanhar a evolução dos carros da categoria, mas a opção é correr com o carro da mesma forma que no passado com pneus slack. O motor com o tempo vamos desenvolvendo e hoje com tantas opções como injeção e gerenciamento vamos encontrar certamente  mais potencia para encarar a concorrência.
  Hoje recebi um longo telefonema de meu amigo Joel - Joel Marcos Cesetti do Sport Protótipos - que está nos dando um grande apoio, com novidades e logo que as tenhamos confirmadas todos saberão.   
 Fora tudo isto, de alguns e-mails que enviei a amigos meus que trabalham na área de marketing já recebi a noticia de um que entusiasmado com toda nossa movimentação já está procurando alguma empresa que possa abraçar nossa idéia,  certamente quem nos apoiar vai ter um bom retorno, visto que os convites para participação de eventos e demonstrações já são de bom tamanho.
 Confesso a vocês que de tão entusiasmado com a idéia já penso em fazer uma replica de um de meus carros para correr em Força Livre. Atualmente existem nos EUA alguns desses motores com  quase 3 litros e algo em torno de 400 HP bem como freios muito mais desenvolvidos que em nossa época e diversas alternativas para as suspensões, câmbios e tantos outros detalhes. 
  Mesmo com o chassi VW e aquela carroceria feinha que tanto amamos creio que pudesse dar trabalho e muito a alguns carros fabricados hoje em dia.
  Quero agradecer de coração o apoio que estamos recebendo de nossos amigos, sei que ao relacioná-los vou esquecer alguém como sempre faço mas aqui vai; Joel M. Cesetti, Nando, Pedro Garrafa e sua turma, Ararê, Mauricio Morais, Heuler, Francis, Fabiani, Caranguejo -Carlos Henrique Mércio -, Tito, Hiper Fernando, Carlos Fernandes, Fábio Jaqueire, Tomate Shine, Fabiano e Luiz Guimarães...

O #13 saindo da oficina anos atrás. Logo, logo repetiremos a cena.
A primeira versão do carro do Orlando nesta foto pilotado por Mané Simião, MM 1973.
Um Alicatão em ação, Orlando no Bico de Pato.

Uma pequena amostra do que foi a categoria e alguns grandes pilotos.
Arturo Fernandes e Jr Lara Campos fazendo pose e abaixo se pegando no Autódromo do Rio.

Nesta largada Arturão #1 e Bruninho de Brasília largando no estilo deles, com a faca entre os dentes!

Conde - Luiz Henrique Pankowski , Alvaro Guimarães, Elcio Pelegrini e Sueco - Carlos Aparecido Gonsalves. 
Duran o certo é para o outro lado, para de rodar e deixe Nossa Senhora Aparecida que você sempre leva em paz! Também sou devoto Dela.
De uma sequência de fotos de Luiz Guimarães em que todos rodam na Reta dos Boxes.  
Emboglio no Rio, na ponta Jr, seguido de Bruninho, Arturão e Amadeo, o #88 é de Expedito Marazzi.
Conheço o piloto Lusitano deste carro!
Ah! É o Ferraz, aqui na Um e acima em outro ângulo da mesma curva com...
Luiz Cruz, Orlando, Arturão, Ferraz, Bruninho e eu.


Arinda

 Amanhã dia 3 de Março minha mãe completaria 95 anos, relutei em postar aqui uma pequena homenagem a ela, afinal é uma página de automobilismo. Mas logo em seguida lembrei que mais do que um blog de automobilismo temos um lugar de encontro, aqui reencontrei antigos amigos e vou reencontrar muitos mais, fiz novas amizades e vou fazer muitas mais. Gente querida escreve aqui comigo e as manifestações de carinho e amizade são muitas, então é sim o lugar para mostrar essa mulher que deu muito carinho e tudo de si aos pais, filhos, marido e netos, amou muito e foi muito amada. 
Obrigado mãe.     


Aos 50 anos fazendo pose.
Com quem ela mais amou, o neto Francisco em Campos do Jordão e abaixo com ele e sua eterna companheira a irmã Carmelita.

Com meu pai e eu em Campos.
A você também minha amada D. Emma por todo amor que nos dedicou e todo apoio que deu a sua querida amiga e a todos nós.


Com muito amor, carinho e saudades de seu neto Francisco e seu filho Rui, sei que daí de cima ao lado de Deus, você nos olha e protege.


terça-feira, 1 de março de 2011

SPEED 1.600 por Pedro Garrafa


Melhor impossível! Pedro e "simplesmente" Camilo Christófaro.


Amigo Rui

Sobre a Speed 1600, tenho muita coisa boa para lhes contar:
Após o termino da categoria HOT CAR , percussora da DIVISÃO 3 ,quase que ficamos sem opção para a pratica do automobilismo esportivos pois as categorias mais especializadas como as Formulas com varias denominações e a recém criada Stock Car com os  valentes Opalas , eram  categorias  quase que inaccessíveis para aqueles que não tinham nenhum patrocinador ou pouco recurso financeiro, mas tinham muita vontade de pilotar um carro de corrida ,  dai então foi criada a categoria Speed 1600.Eram carros de uma só marca, com poucas modificações, preparação bastante limitada e fácil acessibilidade, pois era necessário apenas tirar a carteira de piloto para poder ingressar na categoria.

 O  carro era o valente fusca que já tinha demonstrado em outras épocas que era um veiculo versátil e de fácil preparação.
Não precisou muito tempo para a categoria tornar-se uma verdadeira coqueluche .
Conforme o regulamento os carros deveriam manter a aparência externa original, com a eliminação dos parachoques, e algumas pequenas modificações estéticas, por exemplo, era possível cortar parte da saia traseira, para implantação de escapamentos especiais de competição que proporcionavam uma melhor performance e um ronco tremendamente inconfundível, que parecia até um instrumento musical quando a carburação estava bem afinada, os paralamas podiam ser rebatidos internamente para não cortarem os pneus, na frente era possível instalar na caixa de estepe um sistema de radiador de óleo e bomba de circulação, enfim mais algumas pequenas modificações mecânicas na suspensão e retrabalho interno nos carburadores que também deveriam manter a aparência externa original, em suma eram pequenos detalhes de preparação, mas que faziam a diferença de um preparador para outro.
A categoria começou a firmar-se, e não demorou muito para se tornar a coqueluche do automobilismo paulista, pois a cada prova aumentava ainda mais o numero de carros no grid, e consequentemente as disputas. Foi nessa categoria que surgiram grandes nomes do automobilismo, pois ela era considerada uma categoria escola, aberta para quem quisesse praticar um automobilismo barato e competitivo, basta dizer que era a categoria que mais alinhava carros no grid a cada prova, números esses sem exagero na qual passou a reunir mais carros do que uma MIL MILHAS, pois teve provas que o grid passava de 65 carros  alinhados para a largada.
As provas eram agradáveis de serem assistidas, pois as disputas alem de acirradas eram garantidas e se desenvolviam verdadeiros pegas até pelas ultimas posições, devido ao numero crescente de concorrentes e também a capacidade pessoal de cada piloto.A platéia tinha possibilidade de ver de tudo desde derrapagens sensacionais, até capotamentos homéricos, pois o espetáculo era garantido, enfim não havia tédio nas provas nem desfile de carros na corrida, e sim disputas acirradas onde vencia aquele que não apenas tinha o melhor carro, mas aquele que tinha braço.





 ¨12 Horas de Tarumã¨e ¨500 Milhas de Londrina¨


Um bela largada em Londrina.

Tamanho o sucesso que a categoria alcançou, que começaram logo a surgir em outros estados campeonatos regionais baseados na categoria paulista , e que obedeciam o mesmo regulamento. O sucesso foi tão grande que os Speeds 1600 , chegaram a ter provas  interestaduais entre os estados do Rio Grande do Sul , Paraná e São Paulo.
Mas o sucesso da categoria também deu-se em virtude da versatilidade do Fusca, que era um carro ultrapassado, fora de linha, sem aerodinâmica, mas que tinha um histórico muito grande de versatilidade no passado, e que tinha se transformado num verdadeiro carro de corrida devido ao trabalho incessante e incansável de alguns preparadores e pilotos amantes do fusquinha.
A categoria cresceu tanto que o Speed 1600, passou a participar até de provas multimarcas e de longa duração, inclusive varias vezes as MIL MILHAS, e até os dias de hoje ainda se vê nas pistas não só do Paraná como também do Rio Grande do Sul os Speeds participando de provas como ¨12 Horas de Tarumã¨e ¨500 Milhas de Londrina¨.

Até tu Pedro Garrafa! Uma rodada na saída da curva Caixa D`Agua em Londrina.



Convém lembrar que até os dias de hoje ainda existe um Campeonato Regional em Londrina de Speed 1600 , ainda com motor a ar, no Rio Grande do Sul eles também tem o Campeonato de Fuscas , mas com outra configuração de motor, assunto esse que trataremos em outra oportunidade, e também em São Paulo ainda poderemos ver alguns Speeds na Categoria dos Clássicos de Competição.
Os Speeds ainda  resistem bravamente, e eventualmente  podemos vi em qualquer pista do Brasil nas mãos daqueles saudosistas, seja em treinos esporádicos ou até mesmo em provas, pois o fusca tem um DNA de competição que jamais será eliminado.
Com certeza ainda veremos esse bravo carrinho ressurgindo nas pistas brasileiras, nas mãos daqueles que realmente amam fazer automobilismo.
Ainda teremos muitas coisas e historias para contar.....

Pedro Garrafa

FUSCA   AME-O OU AME-O

Pedro ao centro ladeado por seu filho Diego e Jefferlim Puppo, lá atrás de óculos escuros e cabelos brancos Carlos Jaqueire seu eterno parceiro e ainda na equipe de mecânicos Fábio Jaqueire. 

Benedicto Lopes no BandeiraQuadriculada.

 Em um belo trabalho de pesquisa Paulo Peralta mostra em seu Bandeira Quadriculada a vida de Benedicto Lopes.