A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Xaropes e Enciclopédicos

 Xarope é o termo usado pelo grande Victório Azzalin quando fala em seus amigos que correram em sua época, ele fala e os olhos brilham.
Depois que comecei a escrever esse blog tive a honra e o prazer de juntar a todos Xaropes que são meus amigos a décadas muitos outros. Hoje escrevo de quatro caras malucos por automobilismo, conhecedores do assunto e com uma memória fantástica. Flávio Tito Tilp, Henrique Mércio o Caranguejo, Fabiano Guimarães e Fabio Poppi são uma enciclopédia de automobilismo ambulante e ainda fazem maravilhas em papelão que transformam em réplicas dos carros em que corriamos.  
Na foto na pista de autorama da Monza algumas de suas fantásticas criações, a Brasilia do Ingo, os VW D3 do João Lindau, José Ferraz o Opala D3 do grande Luiz Pereira Bueno e o VW D3 do Junior Lara Campos.  
 
A oficina de meu amigo Fabio Poppi com as homenagens ao Mestre Luizinho, o Hollywood Berta e o Opala D3.

A criação do Tito para o VW D3 em que o Teleco pilotou com maestria .

Os VW D3 do Expedito Marazzi, Clério de Souza o "Bé" e Alvaro Guimarães.
Carros do Junior Lara Campos
O # 13 do Orlando Belmonte
João Lindau e Sueco.
Luiz Eduardo Duran e Aristides Dalécio.
José Ferraz na versão Mil Milhas de 1984.
Fabio Levorin, Alexandre Benevides e Rui Amaral Mil Milhas de 1984.


Agora como se não bastasse todas as belas criações, fruto de muita pesquiza e trabalho, dos quatro meus totalmente Xaropes e Enciclopédicos amigos eles em "conluio" no blog do Tito mostram como centésima criação o carro em que com o Fabio e o Alexandre corri as Mil Milhas de 1984.  Obrigado de coração e podem ter certaza que falo tambem em nome de meus amigos que vocês com toda sua competência e carinho homenagearam. 

Tito Tilp         http://titotilp.blogspot.com/

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O HOMEM DO "CASCO" AZUL

Nos anos 1950/51 as Alfa Romeo haviam dominado o Mundial de F I, em 50 com Nino Farina e 51 com o incrivel Juan Manuel Fangio. Os motores desses dois primeiros anos da F I eram ou 1.500 cc com compressores ou 4.500 cc aspirados e no final de 51 as Alfas 1.500 cc chegavam a absurdos 410 hp. As Ferraris com um jovem Italiano vinham chegando perto, até andando na frente em alguns circuitos mas uma mudança na categoria se fazia nessessária para que outras marcas pudessem brigar por vitórias. Uns dizem que por medo das Mercedes Bens outros que por força do Comendador o certo é que a FIA através da CSI mudou o regulamento para os campeonatos de 52/53 e como não havia tempo suficiente para novos carros e motores resolveu adotar o regulamento da Formula II para aquelas duas temporadas. Ou seja motores até 2.000 cc aspirados.


Alberto "Ciccio" Ascari cujo pai Antonio havia pilotado junto com Enzo e para Enzo na Alfa Romeo nasceu em Milão no ano de 1918 aos sete anos perde seu pai. Antonio vinha liderando o GP da França em Montlehly com uma Alfa Romeo da equipe comandada por Enzo quando sofreu o acidente fatal.
Começa sua carreira correndo de motos mas logo vai para os carros. A nefasta II Guerra Mundial atrapalhou as carreiras de grandes pilotos entre eles Ciccio que à época começava despontar como um grande piloto.
Logo após o fim da guerra retoma sua carreira incentivado pelo grande Luigi "Gigi" Vilorezi correndo de Maserati. Antes da atual Formula Um venceu correndo com a Maseti A6GCS da Officine Alfieri Maserati alguns GPs. Em 1949 já correndo pela Ferrari,com uma 166C vence o GP de Bari que no ano anterior havia sido vencido por nosso grande Chico Landi.

1950 começa a Formula Um e Enzo tendo perdido Farina e Fangio para Alfa Romeo contrata a jovem promessa junto com Gigi Viloresi e Raimond Sommer para defender as cores da Ferrari. Aquele ano e o seguinte foram da Alfa Romeo com dois grandes pilotos Farina e Fangio embora Farina se condoesse dos anos perdidos para a guerra.



Em 1951 Ciccio vence para Ferrari duas corridas, Nurburgring e enfrentando valentemente as Alfa Romeo consegue uma vitória espetacular no Templo Italiano do automobilismo Monza. Agora já era o idolo que os Italianos procuravam para dar continuidade a seus grandes nomes.





Em 1952 Ciccio Ascari foi arrasador venceu seis corridas do mundial com sua Ferrari 500 e foi finalmente campeão do mundo inconteste. Ainda encontrou tempo para corer as 500 Milhas de Indianapolis que de 1950 à 1960 faziam parte do calendario da Formula Um, classificou bem mas sua corrida com a Ferrari de 4.500 cc durou apenas quarenta voltas.


1953 começou o campeonato de forma arrasadora com três vitóriasa consecutivas ele e sua Ferrari pareciam imbatíveis. Em Bremgarten no GP da Suiça ele parte na pole e logo abre uma distancia enorme sobre Fangio com a Maserati A6SSG que ao final do campeonato começava a ter seu desempenho parecido com as Ferrari. Na metade da corrida um problema em um dos injetores de seus carburadores faz com que entre nos boxes, perdeu 1m30s mas voltou ainda em sexto lugar. Logo depois já está em terceiro atrás somente das duas Ferraris de sua equipe, Giuseppe Farina agora na Ferrari liderava seguido de Mike Hawthorn, pilotando à sua maneira tirava três segundos por volta de Hawthorn e em poucas voltas já encostava e o ultrapassava para ir em busca de Farina. Apesar de Farina saber que os boxes ordenariam a Ciccio manter posição ele vindo em um ritmo alucinante passou seu companheiro de equipe sem que Farina nada pudesse fazer. Dizem que esse foi o principio dos desentendimentos com Enzo Ferrari. Mas ele era novamente campeão do mundo, bi-campeão em duas temporadas em que pode mostrar ao mundo toda sua velocidade, garra e determinação.

Em 1954 Fangio foi arrasador com sua Mercedes Benz W196 tornando-se assim tambem bi-campeão do mundo de Formula Um. E Ciccio se despedia da Ferrari para tentar na Lancia repetir seus feitos. Em 1954 vence com uma Lancia D24 V6 a tradicional e prestigiosa Mille Miglia, era assim o heroi do povo Italiano, verdadeiro herdeiro do grande Tazio Nuvolari falecido em Agosto do ano anterior. As Mille Miglia neste ano passam por Mântua cidade natal de Tazio em sua homenagem.



Em 1955 com a Mercedes Benz se retirando das competições a Lancia vislumbrava alguma possibilidade de competir de igual para igual com as outras marcas. Ascari com 37 anos estava na plenitude de sua forma, dez anos mais jovem que Fangio ainda tinha muito tempo pela frente.



Em Monaco veio aquele acidente em que caiu no mar e nada sofreu e quatro dias após em Monza onde seu amigo Castelotti treinava com uma Ferrari Sport, antes de ir embora resolveu dar algumas voltas com o carro.

Na curva Di Viallone sua Ferrari escapa e Ciccio num treino que não era seu perde a vida. Hoje a curva de Monza é denominada Variante Ascari.

Aos trinta e sete anos, pai dedicado deixa uma filha e o filho Antonio, nome em homenagem a seu pai. Deixa também a Italia sem seu Grande Campeão, herdeiro legitimo de seu vitorioso pai Antonio Ascari e do Grande Tazio Nuvolari.




Por  Henrique Mércio e Rui Amaral : Nossa modesta homenagem ao Grande Campeão.
 
 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

FERRARI 500

 Os dois primeiros anos da Formula Um foram dominados pelas Alfa Romeo, em 1950 por Nino Farina e 51 por Juan Manuel Fangio. As Alfas com seus motores de 1.500 cc com compressores chegaram ao final de 51 com 410 hp. Nessas duas temporadas era comum carros de Formula Dois completarem o grid de largada, mas para temporada de 1952 a CSI orgão regulamentador da FIA resolveu que os dois campeonatos seguintes seriam corridos com os carros da Formula Dois, medo das Mercedes Benz, vontade de tornar a categoria viavel a uma maior quantidade de equipes? Não se sabe, o certo é que a Ferrari já tinha pronto o carro para os dois anos seguintes. A FERRAI 500 F2.  

A Ferrari 500 chassi tubular com suspenção dianteira de braços triangulares e traseira De Dion, peso de 600 kg .
Seu motor de quatro cilindros em linha tinha 1.984,85 cc, duplo comando de válvulas no cabeçote, duas velas por cilindro e rendia 185 hp à 7.500 rpm.

Como se vê a Ferrari estava preparada para  o cenário dos dois próximos mundiais de Formula Um.  

domingo, 21 de fevereiro de 2010

JABACULÊ EXPLICITO.



O tal "padrão Globo" tem seus pontos positivos. Nivela por cima algumas coisas, mas por outro lado é uma grande merda em outras.Digo isso porque li no sábado da semana passada (13/04) este post no Blog do Flavio Gomes e ontem assistindo ao Jornal Nacional pude confirmar (mais uma vez) esse babaquice que a Globo faz, inventando nomes e siglas com a alegação que não pode fazer propaganda de graça para os patrocinadores.

Sou formado em Publicidade e Propaganda, pós graduado em Marketing Esportivo e estudante de Jornalismo, além de ter trabalhado em agência de propaganda, ter tido uma empresa de marketing esportivo e ter prestado serviços de assessoria de imprensa, e com esse pouco de bagagem que tenho posso afirmar que muitos empresários negam patrocínio à esportistas graças ao "padrão Globo" de não mostrar a logo do patrocinador, não citar o nome correto da equipe ou fazer qualquer menção a quem de fato está bancando o esporte.

Fico "pê" da vida com isso. Dá um trabalho danado pro cara conseguir um patricínio, montar uma equipe, um time ou seja lá o que for pra uns sacanas desses inventarem um monte de asneiras pra não mostrar e/ou citar o nome do patrocinador.

Aqui em Floripa a RBS (afiliada Globo) mostra, por exemplo, matérias da Superliga de Voleibol e trata o time da CIMED como CIMED, mas se a matéria vai pra Globo nacional passar a ser o "Florianópolis" e não mais a CIMED.

Ontem a noite vi a matéria no "JN" falando do Lucas Di Grassi na Manor. Manor?!?! Pô, vão se f*#&%! A Manor não existe mais (nunca existiu de fato, só no papel), é VIRGIN RACING e ponto final.

Se a desculpa é essa de não poder fazer propaganda e por isso pegam nomes do passado, comecem a chamar a RENAULT de Benetton. Chamem a Red Bull (ou "RBR", como a Globo gosta) de Jaguar, ou Stewart. Passem a tratar a Toro Rosso ("STR") de Minardi. Tratem a Force India de Jordan, ou Midland F1, ou Spyker.

Quero ver a Globo ter coragem de não chamar a Ferrari de Ferrari. Chamem ela de "SF" (Scuderia Ferrari), afinal Ferrari é marca, e se não pode fazer propaganda de um, não faça de outro.

Babaquice sem tamanho. A Globo ainda vai acabar com o esporte no Brasil - já contribui um bocado pra isso -, como vem fazendo nos últimos anos, metendo no rabo dos patrocinadores, inventando posições novas pras câmeras (só pra não mostrar o nome e a logo de quem paga a conta), fechando close na cara dos atletas e mostrando só os olhos e o nariz e mais um monte de outras merdas que fazem.

Dá nojo disso, e o nojo aumenta mais ainda quando são petulantes e pedantes a ponto de mostarem comerciais deles mesmos dizendo que incentivam o esporte, apoiam os atletas brasileiros e tudo mais. Hipócritas de uma figa!

PS: Como bem colocou o Flavio no seu post, a Globo só passou a ser Globo em São Paulo em 1966. Antes era a "TV Paulista".

Aqui em Santa Catarina é o canal 12, ou 7, depende da região. Que tal se ninguém mais chamar de Globo? Passaremos a tratar a 'vênus platinada' de "Canal 12", Canal 7" ou qualquer outra bobagem. Francis Henrique Trennepohl


Da bela Florianópolis o Francis Henrique Trennepohl escreve seu POEIRA NA VEIA mostrando o automobilismo Catarinense corrido na terra com o conhecimento de quem já participou. Hoje pela manhã ao ler seu texto acima logo coloquei um comentário em que concordava com suas palavras e assinava embaixo.
Aqui o transcrevo e assino embaixo. Rui Amaral  

NT. Jabaculê : Dinheiro oferecido "por fora" para radialistas, jornalistas e quetais divulgarem musicas, eventos e nomes em seus programas.