A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 1 de setembro de 2009

AUTO UNION

Tazio Nuvolare Auto Union Tipo D 1938 .

Alguns anos após o fim da Iª Guerra mundial , a Alemanha totalmente quebrada , unen-se quatro industrias automobilisticas com o simbolo dos Quatro Aros , eram a DKW , Audi , Horch e a Wanderer . Elas se fundem sob a denomunição Auto Union . Não quero entrar aqui em celeumas , problemas politicos e quetais , o certo é que o novo governo apoiou o projeto da nova industria de entrar na categoria GP . Com a entrada de recursos é contratado o estúdio de Ferdinand Porsche , que à época tinha quase pronto um projeto de um carro de GP . Como vemos na foto do chassi abaixo , seu motor V 16 era colocado entre eixos , caixa de cambio de cinco marchas , suspenção independente nas quatro rodas . O motor V 16 com compressor tinha 68mm de diâmetro x 75mm de curso tendo assim 4.358 cc e desenvolvia 295 hp à 4.500 rpm . Seu tanque de combustivel era entre o motor e o piloto . Nos primeiros testes , os pilotos demoram a se acostumarem a nova configuração , alem disso queixan-se da suspenção traseira com eixos oscilantes que provocam mudanças repentinas na cambagem assim provocando um grande sobresterço . Só que o carro era rapidissimo e logo nos primeiros testes já podia mostrar seu potencial .

Hans Stuck num belissimo sobresterço num Tipo A 1934 .

Hans Stuck larga na dianteira no Circuito da Gavea , Trampolim do Diabo .
Mesmo com o problema da dificil saida de traseira Hans Stuck vence no primeiro ano algumas corridas como o GP da Alemanha em Nurburgring , de Berna na Suiça e alguns outros mais . Sem duvida Stuck foi o primeiro grande vencedor com esse carro mesmo tendo outros grandes pilotos na equipe a rivalizar , como o grande piloto Italiano Achille Varzi . Tudo mudou um pouco com a chegada em 1935 de Bernd Rosemeyer sem duvida alguma mais rápido que seus parceiros e alem disso queridissimo na Alemanha . A esta altura já correm com o Tipo B , com o mesmo motor V 16 tendo sua cilindrada aumentada para 4.951 cc com o aumento do diametro dos pistões para 72,5mm , girava esse motor à 4.800 rpm e ganhava quase 100 hp gerando 375 hp . Com esse carro Bernd venceu muito , alem de tudo era o piloto de exibição da fabrica e com ele ao volante foram quebrados muitos recordes de velocidade . Em 1936 o novo modelo Tipo C tem sua cilindrada aumentada para 6.005 cc com o aumento do diametro dos pistões para 75 mm x um curso de 85 mm gerando assim 520 hp à 5.000 rpm . Bernd , Stuck e Varzi continuam a vencer , concorrendo principalmente com as Mercedes e Alfa Romeo .


Bernd Rosemeyer e o Tipo C 1936 .
Bernd Rosemeyer

No ano de 1938 cria-se uma nova formula para os carros de GP , os motores passam a ter no maximo 3.000 cc e um limite minimo de peso . Porsche deixa a Auto Union e o engenheiro Eberan von Eberhorst cria um novo carro tendo como base o antigo , o Tipo D de 1938 , seu motor agora era um V 12 com 2984 cc tendo o diametro de seus pistões 65 mm x 75 mm de curso . Com um compressor mais potente gerava esse motor 485 hp à 7.000 rpm . O novo carro tem os tanques de combustivel laterais para tentar diminuir a saida extrema de trazeira e encontra muitas dificuldades para vencer os rivais .

Tipo D 1938 , simplesmente lindo , só que já não era capaz de vencer seus adversários .

1938 começa dificil para Auto Union , o novo carro pouco competitivo frente aos adversarios e seu grande piloto , que era chamado para bater todos recordes de velocidade , um habito constante para divulgação da marca , sofre um grave acidente com um dos Auto Union aerodinamicos , numa das rodovias expressas da Alemanha bate seu carro numa ponte a mais de 440 km/h eu escrevi quatrocentos e quarenta kilotros hora , vindo a falecer instantaneamente .

Bernd Rosemeyer num dos Auto Union aerodinamicos .

Outro dos modelos aerodinamicos .
Hans Stuck já não consegue fazer frente a seus adversários , com melhores carros e vence algumas corridas de menor importancia . A morte de Bernd era muito sentida sob todos aspectos , quando ninguem menos que Tazio Nuvolare é chamado para tentar alguma reação . O Grande Tazio testa o carro já quase no fim da temporada , e vence triunfalmente o GP de Monza dando novo animo a equipe . Vence tambem outro GP e algumas corridas sem a mesma importancia . Em 1939 com a Europa já tomada pela 2ª Guerra , Tazio vence uma ou duas corridas . Com o cancelamento das corridas de GP acaba-se tambem a grande marca , que em cinco anos , perpetuou seu nome na história do automobilismo .


O belo chassi do Auto Union Tipo C , o motor V 16 e o grande radiador dianteiro .


Dedico esta postagen a meus amigos Vera e Ricardo Bock , ele um grande admirador desse carro .

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Boas lembranças








Baita saudades !!!!! Acabei de receber do Junior essas fotos , ele no colo de Chico Landi com Eloi Gogliano , Celso e Lulu seu pai . Na outra Lulu e Chico encostados no Opala D 3 de Luiz Landi filho de Chico . Jr com Adolfo Cilento . Imagino a confusão que o Bambino e o Lulu estão fazendo lá encima . Na outra um recorte de jornal com o Jr começando na motonáutica .
Valeu demais Jr , um abraço .

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

FLEXA AZUL







" O que significam 6,851 segundos na vida de um piloto de competição, quando ele está na boléia de um carro dragster? Praticamente tudo.
O que faz, o que sente, o que passa pela cabeça de um piloto de dragster com motor de terrível cavalaria quando ele está em plena arrancada, correndo o risco de se arrebentar contra um muro? Será que ele tem tempo de sentir medo? É isso tudo que vamos saber, conversando com o mais rápido piloto de dragster do Brasil, o sempre atencioso paranaense de São José dos Pinhais - Maurício Debarba - que, em pouco mais de 6 segundos leva o seu dragster flecha azul do começo ao fim dos 402 metros da pista de cimento do Autódromo Internacional de Pinhais, a mais de 400 quilometros por hora.

UM RITUAL

A arquibancada lotada, sob sol causticante. Todo mundo impaciente, gritando, louco para ouvir o troar produzido pelos oito canecos do veoitão do dragster azul, envenenado até no certificado de propriedade. O apresentador oficial do espetáculo chama os pilotos de dragster, para entrarem na pista. Nessa altura, Maurício, a partir do seu box, olha o povaréu se espremendo nos degraus da arquibancada, ansioso para ver o espetáculo proporcionado pelo ronco do motor e queima de pneus, do qual ele é o artista principal.
Coloca então o seu macacão especial da marca Simpson, com três camadas de Nomex anti-chama, o seu capacete de Kevlan mais resistente do que aqueles de pilotos de Fórmula 1, a pescoceira para proteger sua coluna vertebral contra choque, o travador de braços, também da Simpson, ligado ao seu macacão e amarrado no cinto de segurança (para manter os braços na posição correta), o cinto de segurança de 5 pontos (Simpson), a sapatilha e, por cima desta, a bota que vai até o joelho, anti-chama também.
Maurício é católico e, leva uma cruz colada no seu capacete, além de uma medalha de ouro, com a imagem do Anjo da Guarda, afixada na parte de trás do seu macacão. Acomoda-se na boléia do carro, uma verdadeira gaiola sentado em cima do baita diferencial. Aí então ele faz uma prece, pedindo proteção para si e para os outros pilotos. Está completo o ritual. Está pronto para arrancar.
Começa o espetáculo, para delírio do público. O motor do dragster é acionado. O apresentador anuncia. Jogam água no cimento quente da pista. Maurício sai devagar, até que os pneus traseiros do carro atinjam a parte molhada da pista e, então, repentinamente, muitas vezes pegando de surpresa os espectadores menos avisados, que se assustam, acelera o motor violentamente, num barulho ensurdecedor. O dragster sai patinando e queimando a borracha dos pneus, na sua falsa arrancada.
O piloto traz o carro de marcha-ré e alinha-o no ponto de partida. O motor gira na lenta e todo mundo que está próximo começa a tapar os ouvidos. Concentração total para não perder o tempo certo. O mundo lá fora é esquecido. Maurício só olha as luzes de sinalização e a reta à sua frente. Mas, ele nem chega a observar a luz verde, que é o sinal para arrancar. Acende a luz branca, depois a amarela e, desta para a verde, são apenas 500 milésimos de segundo. Aí ele ergue o motor para 5.000 giros. Momento seguinte, solta o freio e a embreagem, no pé, juntos, com apenas uma mão no volante. O dragster arranca patinando e já na primeira marcha, atinge a 180 quilometros por hora. Quando o motor atinge a 7.000 giros, Mauricio aciona um botão, no volante, engrenando a segunda marcha. Já na metade do trajeto, por volta dos 3 segundos, o carro está a 300 quilometros por hora.
O piloto não vê nada passar dos lados da pista. Com o rabo do olho, observa o concorrente. Não há tempo para nada. Ele não sente medo. Apenas acelera e procura manter o carro em linha reta. É tremenda, nessa altura, a força que o empurra de encontro ao banco do dragster, chegando ao nível 3G ou, 300 quilos. Quatro segundos, cinco, seis. As coisas passando cada vez mais rápido e, o carro cruza a linha final, numa velocidade de 113 metros por segundo, como se fora um foguete.
Imediatamente Maurício aciona a alavanca que solta os dois para-quedas de freio. Desacelera e, pucha a alavanca manual que aciona o freio, com quatro pinças em cada rodá traseira. Mas, aí começa outro ponto crítico, pois, quando os para-quedas abrem, ocasionam uma força também de nível 3G, mas, em sentido contrário, contra o corpo do piloto. Este dispositivo é a alma do negócio, pois, sem ele, o carro completaria toda a reta e poderia bater no muro, no final da mesma.
Bem lá atrás, a cerca de 600 metros, o povo olha o painel que acusa a performance do carro e, exclama: Uh! O tempo foi de 6,851 segundos e, a velocidade, de 407,02 quilometros por hora. O espetáculo terminou, mais uma vez. Agora, olhando para cima, Maurício apenas agradece a Deus!"

Mais um belo texto de meu amigo Ari Moro , publicado em seu jornal "Cheiro de cano de escape " nº 3 . Valeu Ari !

OBRIGADO

Ferrari 275 GTB
Ferrari 330 GTC Pininfarina

Ferrari California Pininfarina

Hoje quero agradecer a todos que visitam esse blog , ontem foram 475 visitas , que muito me honraram . É gratificante para mim saber que quando escrevo agrado às pessoas . Obrigado a também a todas pessoas que me ajudaram , Carlos , Fred , Fabio , Luan , Crispim , Graziela , Elisa , Nelson , Ari , Gabriel , Vanessa , Peralta , Luiz , Sanco , Carlos Eduardo , Dú , Marcelo . Meus amigos pilotos Victório , Ferraz , Duran , Orlando , Teleco , Ricardo , Jr , Jacob , Chico , Amilton , Edo , Martins . Meu filho Francisco e seus amigos . As pessoas que enviam comentários , algumas vezes elucidativos , como o Romeu que nos mostrou a história da GTO do Camilo .
Uma coisa vocês podem ter certeza , escrevo para cada um , quando escrevo é como se estivesse na mureta de um box , conversando com os amigos , ou relembrando inúmeros papos com o Expedito , o Avallone e um monte de amigos que gostam do automobilismo .
Agradeço tambem a UÊBA , Divulgar Blogs , Central Blogs .