A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quinta-feira, 9 de março de 2023

Apenas minha opinião...

 

Tazio e Gilles ....Os preferidos de Enzo FerrariI

"I piloti... che gente" Roberto Martinez

Rui Amaral Lemos Junior -Tazio foi o maior de todos, Gilles não teve tempo.

Carlos Mano - concordo, mas ambos representavam o espírito de competição da Ferrari.


O dialogo acima foi no Facebook depois que o Roberto postou a foto montagem que mostro acima, comentei e logo a seguir o Carlos e prometi a ele que escreveria lago sobre... então!

Antes sobre meus amigos; Carlos piloto bota de kart, Roberto outro bota que correu em diversas categorias, já postei sobre ambos, na busca do blog citando seus nomes vocês encontrarão.


 

Na foto o grande Varzi explica a essência do que foi Tazio, não lembro onde li mas me parece que Enzo disse sobre o Mantuano “nunca houve, não há e jamais haverá um piloto como Tazio!”. Pelo que sei e li Enzo deixou de correr depois de ver Tazio pilotando...

 

O Caranguejo – Carlos Henrique Mércio - e eu escrevemos inúmeros textos sobre ele, assim como outros de nossos grandes ídolos Fangio e Clark. Meu amigo Adolfo – Cilento Neto – me apresentou mais intimamente a Tazio, eu o conhecia desde bem jovem, mas na época meu grande ídolo era Clark e fim de papo. Nos livros que ganhei do Bambino pude conhecer a grandeza de Tazio e nunca mais deixei de ler sobre ele.

Sem falar do começo de sua carreira nas motos que foi épico, quando chegou ao automobilismo encarou de frente os grandes nomes da época, Varzi, Antonio Ascari Giuseppe Campari...começou vencendo e nunca mais deixou de vencer, venceu de Alfa Romeo da equipe Ferrari, de Maserati...e pouco antes do começo da II Guerra antes da parada do automobilismo foi para sua arquirrival Auto Union para novamente vencer. Venceu na Europa, Africa e EUA, onde tivesse uma corrida lá estava ele, sempre na ponta. Venceu a Targa Florio, Le Mans, Mille Miglia.


Vencendo pela segunda vez a Targa Florio com Alfa Romeo da equipe Ferrari.

Já aos sessenta anos testou com a Cisitalia-Porsche da Formula Um  

    Tazio e a Cisitalia

link 

https://ruiamaraljr.blogspot.com/2011/12/tazio-e-cisitalia.html

Caranguejo escreveu um delicioso post sobre seu final de carreira...

 TAZIO NUVOLARI – CARRO nº1049 

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  https://ruiamaraljr.blogspot.com/2018/11/tazio-nuvolari-carro-n1049.html

Tazio não foi só grande, foi único!




 

E Gilles?

Gilles foi um daqueles talentos naturais que raramente aparecem e enchem nossos olhos com sua magnifica tocada, sua busca incessante pelo limite, sendo que o seu era certamente mais alto que dos carros que pilotou. Era o espetáculo em cada classificação e corrida, aquele espetáculo que faz o coração de quem ama as corridas bater mais forte.

 

Não teve tempo para mais...

 

Ao Caranguejo.


Tazio no Histórias

  https://ruiamaraljr.blogspot.com/search?q=Tazio+Nuvolari

Gilles no Histórias

  https://ruiamaraljr.blogspot.com/search?q=Gilles    

 

Rui Amaral Jr


quarta-feira, 8 de março de 2023

DIA DA MULHER

 No grid, Adolfo conversa com Zé Rossi, Claudinho Carignato conversa com Zé Fercolin e Ricardo com Eduardo. Amigos de uma vida! O Gazeta Esportiva estampado no para-brisas!


Ricardo, eu e Zé Fercolin empurramos o carro depois de uma parada.
Pela manhã Zé Rossi e Zé Fercolin empurram o carro, lá atrás estou eu de camisa vermelha ao lado do amigo João Lindau, não temho a miníma idéia do por que não estava ajudando. Tínhamos trabalhado muito a noite toda.


 

     

Mulher de piloto sofre, sofre de ansiedade ao vê-lo na pista, com a ansiedade dele, e mais do que tudo com tudo que ele apronta para estar naquele lugar.

Então vou contar apenas uma historinha de três amigos de uma vida, que estão sempre em meu coração...qualquer problema com o texto nego veementemente a autoria do mesmo!

Vera e Ricardo Bock são como uma família para mim, assim como o filho Rafa, as mães deles... afinal gosto muito de todos.

Acontece que o grande professor não sabe dizer não, sempre alguém pedindo algo e ele fazendo, o que deixa a Vera um pouco brava. Numa época onde fazer adesivos era complicado ele recortava os decalques à mão com a pericia e criatividade que só ele tem.

Acredito que nas Mil Milhas Brasileiras de 1983 Ricardo resolve fazer uma parceria com ninguém menos que nosso querido amigo Adolfo Cilento Neto. Correram no Passat D3 do Ricardo. Passei a noite ajudando-os nos boxes.

A historinha...

Adolfo chega ao box onde a Vera pacientemente observa a louca correria dos dias que antecedem a icônica prova e lá não estando o Ricardo vira para ela e conta “consegui um patrocínio da Gazeta Esportiva pede ao Ricardo fazer o adesivo grande para o para-brisa”.

No dia da corrida, que largava à meia noite, a agitação é grande e todos chegam com muita antecedência, menos o Adolfo que sempre estava correndo, dentro ou fora das pistas.

Chega um repórter da Gazeta e ao ver o adesivo agradece de forma efusiva a Vera e Ricardo. Acontece que mais tarde chega o representante do jornal que bancava o patrocínio e ao ver o titulo do rival estampado no vidro fica fulo da vida e fala um monte, obviamente que para o Ricardo já que o Adolfo...

Ele havia simplesmente trocado o nome do jornal ao falar para Vera!

 

Neste dia dedico este à todas mulheres e muito especialmente às queridas Vera, Vera Ligia, a saudosa e querida Lia Lara Campos mãe, irmã e mulher de pilotos, às queridas amiga Regina, Lou e muitas outras que sempre estão ao meu lado e à querida namorada Cláudia.

Um fraterno beijo no coração de todas.


XIII MIL MILHAS BRASILEIRAS

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Rui Amaral Jr 

 

quinta-feira, 2 de março de 2023

Weber 48 IDA

 

De lado, as duas canetas com os giglês de ar aparecendo!!!


1972 - Cheguei na loja/oficina de mestre Silvano – Pozzi – se não me engano na rua Tabapuã, pedi a ele dois Weber 48 IDA, os coletores, acionamento e poucas coisas mais. Mais tarde ficaria sabendo que aquelas “poucas coisas” eram muito importantes para o acerto deles.

Naquela noite dormi com eles no criado mudo e talvez os tenha examinado umas cem ou duzentas vezes.

Novato no ano anterior já os havia usado, mas novato e em carro alugado não podia dar muitos palpites, muito menos tocar neles.

Naquele ano estava com meu amigo Expedito Marazzi na escola de pilotagem, que nunca fiz, ajudando e preparando meu VW D3. Apesar dos pedidos dele nunca saí na pista com nenhum aluno, muito menos palpitei, estava lá para trabalhar e aprender, não para ensinar.

Tempos depois com o Chapa aprendi muito sobre eles, e com a chegada do Carlão em 82 mais ainda, era um mestre no acerto deles.

Aprendo que as “poucas coisas” eram ou são muitas...

A altura dos coletores de admissão, geralmente combinando com o comando e escapes, cruzados ou quatro em um. As canetas onde iam os giclês, duas que podiam ser F2, F7, F11 e por aí vai, centenas de giclês, brocas para abri-los e medidor. Tudo isso e muito mais acondicionado em uma caixa com divisões, eram centenas de peças e reparos para os dois que os VW usavam, alguns ainda devem ter o privilégio de usá-los.

Hoje meu amigo Roberto Mombelli Jr parece que acordou acelerando com eles, foi essa a impressão que passou ao me dar bom dia no Facebook.

Muitos mais detalhes técnicos eu poderia tentar lembrar, deixei de falar de difusores e outras “cositas”, mas o que nunca esqueço era daquelas quatro bocas sugando o ar para misturar com o combustível, este barulho as vezes era bem audível quando os acelerávamos.       

Com álcool em Interlagos ou no Tarumã os VW D3 faziam cerca de 1.6 km/l no Rio talvez 2km/l, sempre alimentados por bombas elétricas, como já comentei outro dia.

Valeu Roberto, teu sonho me inspirou a escreve estas pequenas lembranças.

 

Rui Amaral Jr




terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Quebrando...

Foi ali naquela janelinha que tentei acertar o retrovisor!

Confesso a vocês que não tenho a mínima ideia de quantas vezes quebrei, meus arquivos de corridas desapareceram e garanto que foram mais de setenta por cento das vezes em que larguei, algumas como a Copa Brasil de 1972 nem cheguei a largar.

Lembro uma vez em 1971 ainda novato quando uma correia de meu VW D3 pulou, era Porsche a correia comprada na Dacon por uma bela grana, quem me devolveu foi meu amigo Julio Caio que estava com sua mãe e pai e na época corria de kart.

De 1978/79 não tenho ideia e pouco lembro, ah! Aquele dia em que testava um comando de válvulas novo e se não me engano uma relação de marchas um pouco mais curta, o Chapa mandou que desse duas voltas para conferir as válvulas e quando fui colocar as luvas chiou e disse “vai sem luvas mesmo....”, na época a saída dos boxes em Interlagos contornava a curva Um por dentro, um muro as separava. Pois bem...ao olhar o retrovisor de meu lado vi que estava desregulado e enfiei minha mão na janelinha do acrílico para ajustar, e meu relógio, um presente de minha mãe ameaçou cair, ao tentar segura-lo enfiei o pé no acelerador e o motor que tinha se tanto quatrocentos metros de pista foi para o espaço. O contagiros marcava algo como 9.000 rpm, quando enfiei a mão atrás do mesmo para procurar a chave de retorno da espia não encontrei, o Chapa havia guardado com ele, da bronca que levei faço absoluta questão de não lembrar, apenas que fiquei macambuzio no box enquanto um novo motor era colocado.


Parado entre o Sargento e o Laranja.


Esta foto é de 1982 na TEP/D3, minha primeira corrida na temporada, vinha brigando pelo segundo lugar quando na saída do Sargento, na reta que levava ao Laranja o motor apagou. Esforçando a memoria e agora escrevendo penso que foi a bomba elétrica de combustível logo depois trocada por uma de Cesna.



Edião, eu e Chapa. Sinceramente, gosto do Chapa como um irmão bem mais velho, mas ele não precisava ficar com a chave do contagiros nem dar tanta bronca!

 

“Rui, vai no Campo de Marte e compra uma bomba de Cessna...”, e a mando do Chapa lá fui eu, sem saber o modelo da aeronave comprei uma que conversando com o vendedor pensei ser a certa. Bomba nova fui ligar o motor, chave de ignição ligada quando liguei a da bomba só um barulho esquisito, ao apertar o botão de partida nada! Não vinha o combustível. Algumas tentativas e o Chapa resolve abrir um dos Weber 48, a boia da cuba estava parecendo um papelão, amassadinha que só ela, no outro a mesma coisa. Tinha comprado a bomba de alimentação do motor, com uma pressão talvez umas dez vezes da que precisávamos. Lembro que voltei e conversando com o vendedor troquei por uma de transferência de combustível entre os tanques que foi a que usei durante a temporada, foi muito gentil o vendedor em aceitar uma peça cuja caixa havia sido aberta.

 

E por aí vai...


A você Chapa, amigo querido de tanto tempo.

 

Rui Amaral Jr      


 

sábado, 18 de fevereiro de 2023

Radio Paddock

 

Tomando o S...

O ano não lembro, 1978/79 ou 80, tinha o carro, dois ou três motores feitos pelo Chapa – Flávio Cuono - e todo resto, mas não tinha a mínima vontade de correr, porem tinha e ainda tenho os amigos  e eis que chega em casa o Adolfo – Cilento Neto – e diz “vamos, você vai correr!”, juntou-se a nós o Ricardo – Bock – e o Celso que seria o mecânico.

O regulamento da Divisão 3 dizia que os escapamentos dos VW não poderiam exceder um certo tanto da carroceria, acontece que os escapamentos 4 x 1 onde as quatro saídas de escape juntavam-se em uma única saída sempre excediam essa medida, o mesmo com os cruzados se bem que menos.

No treino da sexta feira num comunicado nossa Federação alertava para este fato, e a Radio Paddock já tocava alto, quem não estivesse no padrão não largaria.

Serrar um escapamento não é só pegar uma serra e tirar um tanto, a harmonia do conjunto vai-se embora, muda tudo.

Adolfo e Ricardo, que mais tarde viria a se tornar o grande mestre da engenharia automotiva, conversando chegam a um consenso a uma ideia “genial”, soldar uma lata na traseira para que os escapes ficassem “dentro do regulamento”.

No sábado quando chegamos a gozação foi total, “é um aerofólio?” foi o que mais ouvimos, fora outras chacotas. Foi aí que resolvemos largar com ela, já que ninguém respeitou o comunicado pois seria muito difícil que mais de trinta carros se adaptassem a ele, coisa que nunca ocorreu.

Notem que a maravilhosa peça de engenharia foi feita para um escapamento 4 x 1 mas estou usando o cruzado, não me perguntem porquê.

Lembrei agora, a lata era azul! 

Aos queridos amigos Adolfo, que já nos deixou, e Ricardo, um irmão sempre presente.

 

Rui Amaral Jr




domingo, 5 de fevereiro de 2023

Antônio Octávio Ferreirinha - 14 de Fevereiro de 1936 - 4 de Fevereiro 2023

 

Ferreirinha e Chico - Já aos oitenta anois ajudando o Chico e seu super Fusca...
De bermudas brancas vencendo com Ricardo Achcar - Formula Ford Rio.

O papo rolando solto no paddock em Interlagos, Ferreirinha e Arturão... 
Torneio Internacional de Formula Ford 1970 - Seu sorriso sempre franco e sincero, com Liane Engeman. Atrás de camisa branca vejo Luiz Pereira Bueno.
 





Uma palavra sobre Antônio Octávio Ferreirinha:

Uma pessoa extremamente sincera cujo prisma era a verdade nua e crua ….. sem subterfúgios algum …. Grande profissional em que pilotos famosos se apoiaram em seus conhecimentos para vitórias incontestáveis …. Luiz P Bueno e Ricardo Achcar tiveram várias delas na Inglaterra a meca mundial de Motor Racing através do trabalho único de Antônio Ferreirinha …. A lembrar que chegaram lá ao meio da temporada e ao término dela Luiz Bueno se sagrou Vice-Campeão tendo o Ricardo também ganho corridas …. Era só Antônio a trabalhar nos dois autos da SMART  {{ Stirling Moss Auto Racing Team }} …… !!! Sempre estando seus motores dentro dos regulamentos vigentes que fazia questão absoluta de assim lavorar …. Na Super V, dentro do regulamento, os engenhos de Antônio eram os melhores ….

Que Deus o Receba de Braços Abertos em Sua Nova Jornada …. 

Chico Lameirão

 

 

Altas horas do sábado volto de São Paulo e ao chegar logo vejo uma mensagem de meu amigo Zé Carlos “Rui, o Ferreirinha...estamos perdendo nossas referencias meu amigo”

Ligo para o Benjamim Rangel, que está na Califórnia “Biju o Ferreirinha nos deixou”, triste meu amigo começa lembrar de seu tempo na Inglaterra junto a ele, “era um Lord Rui...”

Melhor que eu meus amigos falaram por mim.

Descanse em paz mestre. Vai fazer muita falta.

 

Rui 


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

sábado, 28 de janeiro de 2023

GP da Argentina 1973 por Ronaldo Nazar

 

Stewart, Emerson e Cevert


E foi no dia 28 de janeiro de 1973, que escreveu-se uma das mais belas páginas das corridas em todos os tempos. Local, Autódromo Municipal de Buenos Aires. A corrida , prova inaugural do campeonato mundial de fórmula 1 . Os protagonistas... Emerson Fittipaldi, François Cevert e Jackie Stewart. O início da mais esperada temporada de F1 com o duelo direto entre Emerson Fittipaldi o novo campeão mundial e o escocês Jackie Stewart bicampeão mundial 1969/1971, que queria porque queria ganhar o tri em 1973 e assim encerrar a sua brilhante carreira como tricampeão. Havia ainda mais atrativos para engrossar o caldo.  O recorde de vitórias de outro escocês voador Jim Clark estava perigosamente ameaçado pelo compatriota Stewart. Faltavam apenas 3 vitórias para que Jackie igualasse o recorde de Jim.  O regulamento mudava em favor da segurança. A CSI resolveu se mexer após tantas mortes de pilotos. Esses mesmos pilotos liderados por Jackie Stewart vinham num movimento cada vez maior em prol desse importante quesito. Sendo assim as equipes deveriam a partir da 4ª etapa , Espanha , apresentar seus carros com a estrutura do chassi deformável quando em colisões frontais. Os tanques de combustível, deveriam ser de borracha ao invés dos até então metal rígido, usados desde os primórdios. Tentava-se assim diminuir os tão frequentes incêndios. O que se veria é que como sempre a teoria e a prática nem sempre convergem. A prova foi o pavoroso acidente de Clay Regazzoni no GP da África do Sul e o acidente fatal da jovem promessa inglesa Roger Willinson com transmissão via TV ao vivo para todo planeta das cenas horríveis durante a disputa do GP da Holanda . Do lado técnico, após anunciar a sua retirada a Firestone, que era o pneu campeão pois equipava a Lotus, resolveu continuar. Só que aí já era tarde. As duas grandes forças foram para a Goodyear, Lotus e Ferrari. O fabricante americano de pneus começava com grande vantagem sobre sua concorrente tb dos EUA. A equipe campeã JPS Lotus, tinha como principal piloto o brasileiro Emerson Fittipaldi o vencedor do título de 1972. O seu companheiro equipe seria outra fera, o sueco Ronnie Peterson, que substituiria o medíocre australiano David Walker, que após brilhantes temporadas nas fórmulas menores, simplesmente parece que esqueceu como andar rápido.  Colin Chapman, faria alterações nas suspensões para que a vencedora Lotus 72, continuasse seu reinado. E parece que o Gênio acertou a mão mais uma vez. Os pneus Goodyear caíram como uma luva na 72 D. Na Tyrrell apesar de fechar a temporada de 1972 com duas dominantes vitórias nas derradeiras corridas no Canadá e EUA, o competente projetista Derek Gardner passou os meses de novembro e dezembro debruçado sobre a prancheta desenhando novas atualizações para a nova Tyrrell agora denominada 005/2 a de Stewart e 006/2 a de Cevert. A ordem de Tio Ken Tyrrell era ser campeão de preferência com o super escocês Jackie Stewart. Cevert seria o fiel escudeiro. Com toda certeza o promissor piloto francês seria o 1º piloto a partir da temporada de 1974, com Stewart atuando como consultor técnico. Mas como quase sempre a teoria diverge da prática. Que pena Cevert. No resto do grid, tínhamos mais uma vez uma claudicante Ferrari com seus eternos problemas internos, com o Comendador Enzo Ferrari dispensando Clay Regazzoni e contratando o pequeno mas bom piloto Arturo Merzario para ser o companheiro do belga Jacky Ickx, que já não tinha aquela MOTIVAÇÃO TODA. Iniciariam a temporada com velha e confiável 312 B2 em seu 3º ano, aguardando a tão sonhada 312 B3, que era conhecida nos bastidores como a Ferrari Lotus, dado o seu desenho em cunha.... seria um grande e estrondoso fracasso. A Mclaren veio para a América do Sul do mesmo jeito que terminou a ótima temporada de 1972. Os pilotos, Denny Hulme e Peter Revson e o M19C. Era aguardada o novíssimo M23 que estrearia na 3ª etapa na África do Sul. A BRM após uma temporada em que desperdiçou importantes chances com excesso de carros, devido ao polpudo patrocínio da Marlboro, agora vinha enxuta, com apenas 3 carros. Jean Pierre Beltoise continuava sendo o principal piloto, secundado por Clay Regazzoni e a jovem promessa Niki Lauda. O modelo P160 revisado e prometendo um motor mais potente. A Brabham dispensou os serviços do bi campeão Graham Hill que resolveu montar o seu próprio time, seguindo o caminho de Jack Brabham, Dan Gurney, Bruce Mclaren, John Surtees. Graham estrearia na Espanha, junto com outra equipe a americana Shadow. Carlos Reutemann e Wilson Fittipaldi Jr seguiriam junto com o projetista Gordon Murray, que finalizava o esperado BT42. Bernnie Ecclestone o dono do time, cada vez mais usava a sua astúcia para ir dominando os bastidores do circo da F1, e a partir de então, transformando-o e um negócio altamente lucrativo. O baixinho de bobo não tinha NADA. A equipe Surtees vinha de um ano mediano e já tinha feito a lição de casa, estreando na Argentina o novíssimo TS14A para Mike the Bike Haillwood e seu novo companheiro de equipe o brazuca José Carlos Pace que tinha feito ótima estreia na corrida dos campeões em Brands Hatch, onde chegou na 2ª colocação. Pace deixou o time de Frank Williams que por pouco não faliu de vez. O perspicaz inglês, juntou-se à empresa italiana Iso Rivolta. Juntos conseguiram o patrocínio da Marlboro italiana e reestruturaram a equipe que contava agora com o neozelandês Howday Ganley e o italiano Nanni Galli. A March depois da perda do sueco Ronnie Peterson e de Niki Lauda e um mal campeonato em 1972, estava praticamente na roça. Veio para a Argentina com apenas um carro para o novo integrante da equipe, o francês Jean Pierre Jarier. No carro particular continuava o inglês Mike Beuttler. A grande ausência seria a equipe Matra que declinou da F1 para focar no campeonato mundial de Marcas. Com isso por enquanto o neozelandês Chris Amon estava a pé. Nos bastidores havia rumores que ele seria a grande cartada da equipe Tecno que preparava um novo modelo. Ao todo apresentaram-se para disputar o gp argentino, 19 carros. Nos treinos classificatórios as surpresas já começaram acontecer. Clay Regazzoni cravou a pole, provando mais uma vez que mandava o sapato onde sentasse. A BRM ainda comemorou o 7º tempo de Jean Pierre Beltoise. E a Firestone tb estava VIVA. Com o 2º tempo, a 3 décimos do pole, o campeão mundial Emerson Fittipaldi mostrou que não estava para brincadeira. Abrindo a 2ª fila, e como sempre veloz o belga Jacky Ickx ladeado pelo escocês Jackie Stewart numa não tão costumeira 4ª posição. Na 3ª fila Peterson estreando relativamente bem na Lotus e François Cevert que não gostou nada do seu posicionamento. O francês deixou escapar que tinha ótimo carro para a corrida. Os brasileiros Wilson Fittipaldi fez o 12º tempo, dentro do esperado no BT 37 que ele usava pela 1ª vez. José Carlos Pace após um monte de problemas conseguiu o 15º tempo. O novo Surtees tinha que ser ainda bem desenvolvido. 


Clay na pole.
Na largada o Rato pula na frente, Ickx tenta enfiar a Ferrari entre eles.
Clay já na ponta com Cevert e Emerson.







Na largada Emerson conseguiu um ótimo pulo, ponteou os primeiros 100 metros que foi ultrapassado simultaneamente por Clay Regazzoni e François Cevert que veio babando da 3ª fila.  Ao fecharem a 1ª volta das 96 voltas previstas, Regazzoni liderava, seguido de Cevert, Emerson, Peterson, Beltoise, Ickx, Hulme, Stewart que fez péssima largada, Reutemann e Revson.  Wilsinho em 11º e Moco em 13º. Na 3ª volta Stewart começa e sua ascenção, ultrapassando o campeão mundial de 1967 Denny Hulme. Logo atrás Peter Revson passa Carlos Reutemann que passa a correr secundado por Wilson Fittipaldi e Niki Lauda que fazia uma boa estreia na BRM. Estamos na 7ª volta e Stewart passa Ickx indo para a 6ª posição. Lá na frente tudo igual. Todos economizando pneus, esperando os tanques baixarem, já que naqueles tempos não havia pit stops. Piloto tinha que se virar com o mesmo jogo de pneus e acertar nos ajustes de suspensões para que o carro tivesse desempenho satisfatório do começo ao fim da corrida. Regazzoni liderava sóbrio seguido de Cevert,Emerson,Peterson, Beltoise,Stewart. Todos juntos. Um pouco mais atrás, Ickx começou a ficar seguido de Hulme, Revson, Reutemann, Wilsinho, Lauda. Na 11ª volta abandono simultâneo tirando a equipe Surtees da corrida. Moco com várias vibrações dos pneus Firestone sobre a suspensão que não resiste e quebra, Hailwood tem o diferencial quebrado. Muito trabalho pela frente para o time. Na 13ª volta Stewart passa Beltoise e assume a 5ª posição colado em Peterson. O escocês como sempre fazendo uma bela corrida. Na 16ª volta Carlos Reutemann abandona com pane na caixa de marchas. A torcida argentina fica frustrada. A corrida segue sem novidades com os 5 primeiros andando juntos até que na 24ª volta Stewart passa Peterson assumindo da 4ª posição. O sueco começa a ter problemas no motor da Lotus. 


Cevert passa Clay e Stewart encosta em Emerson.
Wilsinho e a Brabham.




Na 29ª volta François Cevert ultrapassa Clay Regazzoni. O suíço tem mais uma vez um azar danado. Assim como no GP de 1972, Regazzoni passa na reta de chegada e um pedaço de papel aloja-se no bico do BRM, fazendo o motor perder rendimento devido alteração na temperatura do mesmo. O suíço começa a perder posições até ter que recorrer aos boxes. Na 30ª volta Stewart faz uma manobra espetacular e ultrapassa Emerson Fittipaldi indo para a 3ª posição. Na 32ª volta Stewart passa por Regazzoni fazendo a dobradinha da Tyrrell. Depois de passar a 1ª volta na 9ª posição fez uma recuperação estupenda. Na 33ª volta Emerson finalmente passa Regazzoni fixando-se na 3ª posição. Na 34ª volta é a vez do sueco Ronnie Peterson ultrapassar Regazzoni. Assim tínhamos nesse momento da corrida as 2 Tyrrell, as 2 Lotus e as duas BRM nas 6 primeiras posições. Depois vinham Ickx já bem atrasado com sua Ferrari, as duas Mclarens de Hulme e Revson e já bem atrasados, mas correndo juntos Wilsinho e Lauda. Cevert liderava com maestria e começava a abrir de Stewart que começava a perder terreno para Fittipaldi. O esforço do escocês para voltar para o bloco dianteiro começava a cobrar o preço devido ao maior desgaste de pneus. Na 47ª volta o Belga Jacky Ickx finalmente ultrapassa seu ex companheiro de equipe Clay Regazzoni alojando-se no 5º lugar, mas distante 30 segundos do quarteto líder da corrida. Na 58ª volta Regazzoni vai aos boxes devido a um furo no pneu traseiro. Faz a troca os mecânicos tiram o papel que tanto atrapalhava o desempenho do BRM e o suíço retorna à prova na 12ª posição. Na 60ª volta Emerson já está colado no câmbio de Stewart e os dois iniciam uma tremenda batalha pela 2ª colocação. O escocês apesar do desgaste de pneus vai fechando a porta para o brasileiro e assim Cevert vai abrindo na ponta. A vantagem do francês sobre a dupla já é de 3 segundos. Ronnie Peterson já vem a 10 segundos dos ponteiros com sua Lotus perdendo cada vez mais rendimento. Na 67ª volta o austríaco Niki Lauda encerra sua estreia na BRM abandonando com o motor estourado. Na 75ª volta Wilson Fittipaldi ultrapassa Beltoise ganhando a 7ª posição. Na 76ª volta Emerson Fittipaldi após 40 voltas de luta intensa consegue ultrapassar Jackie Stewart, não antes de ser espremido pelo escocês, que vendeu caro a posição. Emerson teve que pôr os dois pneus direitos na grama para consolidar a ultrapassagem. Agora o brasileiro tinha que ir buscar Cevert que abrira 4,6 segundos na ponta. Estava difícil, mas não impossível. 


Cevert, Stewart e Emerson indo a sua caça.
Já colado...
Lauda sai para as Feras...

Vindo com tudo num belo sobresterço para cima de Cevert.





Na 79ª volta Emerson Fittipaldi na sua caça a Cevert crava a melhor volta corrida, 1'11¨22'" novo recorde da pista argentina. Na volta 82 Emerson cola na traseira de Cevert . Faltando 14 voltas para o término da corrida esse duelo estava pegando fogo. Todos os 10 mil brasileiros que se deslocaram para a Argentina, que estavam assistindo a corrida das arquibancadas estavam de pé torcendo muito por Fittipaldi. Na volta 86, na curva La Horquilla, Emerson retarda a freada em manobra radical, conseguindo surpreender Cevert que nada pode fazer para defender-se. O francês é inapelavelmente ultrapassado pelo brasileiro, que vai para a ponta e começa abrir vantagem. 


Se cuida François...




Nas 10 voltas restantes Emerson roda num ritmo seguro controlando Cevert que se contenta com a 2ª colocação. O brasileiro cruza a linha de chegada ganhando uma corrida de forma espetacular com 4.5 segundos de vantagem sobre Cevert. Jackie Stewart chega na 3ª colocação a mais de 30 segundos. O belga Jacky Ickx resiste com sua Ferrari terminando na 4ª colocação a mais de 40 segundos de Emerson. Em 5º lugar o velho urso Denny Hulme , seguido por Wilson Fittipaldi que com o 6º lugar marca o seu primeiro ponto no campeonato mundial em espetacular corrida com o já ultrapassado Brabham BT37. Pela 1ª vez em uma corrida válida pelo mundial dois irmãos marcam pontos numa mesma prova.  Após o pódio a torcida brasileira levou Emerson nos braços celebrando essa brilhante vitória. Foi uma grande vitória do campeão mundial Emerson Fittipaldi. O automobilismo estava devidamente emplacado no coração do torcedor brasileiro, que iria ficar mais feliz ainda com nova vitória de Emerson, só que agora no GP Brasil. Tudo isso há 50 anos.... EEeeehhhh saudadeeeeee....




 

Ronaldo Nazar

 

Post original do Ronaldo no Facebook.


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Ronaldão, meu irmão do coração, não lembro o motivo, mas não assisti esta corrida e lendo seu relato parece que estava ao seu lado na mureta dos boxes em Buenos Aires com você berrando ao meu lado a cada momento. Quem assistiu diz que foi a corrida da vida do Rato e lendo seu relato concordo.

A Sonia e a você, o querido casal, um beijão no coração.

 

Ronaldão, Caranguejo – Carlos Henrique Mércio e eu escrevemos sobre o GP da França 1973... 

GP DA FRANÇA 1973 




quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Rádio Paddok

 

Uso a imagem de um motor VW boxer da D3 apenas para exemplificar.


Alguns chamam de “rádio paddock”, prefiro fofocas, são as conversas ouvidas nos boxes sobre tudo e todos, deixariam de cabelos nem pé aqueles que escrevem sobre “famosos” em revistas e programas de tv.

Comentei anteriormente sobre carros que competem com algum item em desacordo com o regulamento, seja no motor, câmbio, suspensão, peso ou qualquer outro, geralmente para “melhorar” o desempenho do carro frente aos demais, lá nos boxes damos a alcunha de “fora” (fora do regulamento) a estes.

Vamos a um pouco deles;

Muitos contam que nos motores boxer dos VW, onde existem dois cabeçotes, os comissários abriam sempre um só lado, para que com o paquímetro em mãos aferissem o curso X diâmetro e assim conferissem a cilindrada do mesmo. Acontece que muitos juram de pé junto que alguns pilotos/equipes em “acerto” com o examinador usavam do outro lado pistões de maior diâmetro, que aumentava a cilindrada regulamentada. Nada é impossível, mas fico pensando no enorme desequilíbrio e na grande vibração pois lembro de cátedra como era difícil o balanceamento correto desses motores mesmo com tudo conforme o regulamento. Lembro bem que nas Mil Milhas de 1984 corri com o motor de meu D3 com 1.800cc, o regulamento da época permitia, a diferença para os 1.600cc era enorme, em Interlagos o Fabinho Levorin e eu andamos cerca de seis segundos mais rápidos que eu em 1982 na TEP, na Subida do Lago, Reta Oposta, saída do Sargento e Junção a diferença era gritante.

Outra é a do formula, carro campeão brasileiro com um grande piloto, protestado e examinado em várias ocasiões nunca nadinha foi encontrado. Seguiu o campeão para outras pistas e vendeu o carro e o que se conta é que o artificio que burlava o regulamento se encontrava dentro do tanque de combustível, difícil de crer.

Quanto ao combustível adulterado é ou era um fato visível, causando até mortes depois de acidentes em que os carros pegavam fogo, triste mas real. Alguns usavam à vontade, lembro bem de um amigo convidado a pilotar para uma equipe e nos treinos começou a tomar um tempo absurdo do “astro” dela. Observando notou que o tal ao sair do box enfiava a mão sob o painel, em sua próxima saída enfiou sua mão no mesmo lugar e encontrou um botão que apertou, e para surpresa do todos o tempo veio igual ao do “astro”.

Infelizmente isto existe em todas as categorias, sempre alguém mais esperto que quer levar vantagem, desde a Formula Um até a mais simples das categorias, e como disse meu amigo Walter “quanto mais elaborado o regulamento, mais possibilidades de se driblar o mesmo”.

Iwasa é desclassificado por carro irregular, e Fittipaldi herda 3º na corrida 2 da F2 na Itália                                                                                       Link 

 

Rui Amaral Jr   

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Fora. Fora! Fora?

 

Escolhi a foto de quatros amigos para mostrar a confraternização depois de uma disputa. Os saudosos Zé Pedro ( Chateaubriant Bandeira de Mello ) e Guaraná ( Alfredo Guaraná Menezes )  e os sempre presentes Chico ( Lameirão ) e Julio Caio ( Azevedo Marques ). 



Após a bandeirada quando os carros entram nos boxes são conduzidos a um pátio fechado, lá os comissários vão verificar alguma irregularidade ou alguma reclamação, seja na conduta durante a corrida ou ainda uma reclamação de outro concorrente sobre as especificações técnicas.

Seja qual for a categoria equipe e piloto tem a obrigação de preparar o carro seguindo e obedecendo atentamente seu regulamento, acontece que “alguns” ou se aproveitam de falhas deste ou “prestam menos atenção” a ele!  

No pátio fechado após a corrida fora as fofocas e a comemoração dos vencedores, respeitando o tempo regulamentar, algum piloto/equipe que sentir-se prejudicado pode fazer a reclamação formal, sobre uma atitude anti esportiva ou ainda técnica, ou seja o carro estava “fora”, este fora que sempre falamos é fora do regulamento, quando espertalhões correm nitidamente com  algum item, seja suspenção, cambio, motor em desacordo com o regulamento.

A equipe/piloto ao fazer o protesto deposita uma quantia estabelecida, feita a vistoria, as vezes com abertura do motor ou cambio, constatada a irregularidade o carro/piloto é desclassificado e a “grana” é devolvida ao reclamante caso contrário ele a perde.

Vejam bem, em muitas categorias pilotos/equipes correm com orçamento apertado, com a grana contada, e as vezes mesmo percebendo alguma irregularidade em outro concorrente deixam de fazer a queixa. Ou muito, mas muito pior que isto é após a corrida pilotos/equipes que bradam aos quatro ventos que tal carro estava fora, sem a devida constatação, numa atitude feia, desprovida de ética ou ao respeito que devemos aos outros competidores.

Lembro bem; tinha uma certa desconfiança que um adversário corria com outoblocante quando este era proibido pelo regulamento, acontece que cheguei logo atrás dele, mas durante a corrida nunca cheguei perto o suficiente para perceber qualquer irregularidade, fiz a melhor volta da corrida mostrando que meu carro era tão rápido quanto o dele, e não reclamei, muito menos numa atitude que seria de desrespeito a um competidor tão sério quanto eu comentar com alguém a minha desconfiança.

Temos aqui no Histórias um post sobre a reclamação que Claudio Muller fez contra o carro do Chico Lameirão sobre o uso de calços de molas ( calços nas molas de válvulas nos cabeçotes dos motores da Formula Ford ), quando foi constatado que que eram regulamentares. Duvido, duvido mesmo que meus amigos Chico e Miguel Crispim Ladeira tenha corrido em qualquer categoria e em qualquer tempo com um carro “fora do regulamento, sei nas inúmeras conversas que temos que sempre o liam atentamente usando de todos os recursos disponíveis e respeitando-o.

Abaixo no link um excelente texto do amigo/sócio/consultor Caranguejo – Carlos Henrique Mércio – com “pitacos” meus, a pedido obviamente e uma deliciosa resposta do Chico.


O cabeçote da discórdia.



 

CANCHA RETA II – FORMULA FORD 1971 - TRÍCLIPE COROA

https://ruiamaraljr.blogspot.com/2014/11/cancha-reta-ii-formula-ford-1971.html

 

 

Aos amigos.

 

Rui Amaral Jr

 

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PS: São tantas as “fofocas” a contar, mas fico quieto, estes assuntos no Histórias deixo para um amigo que lá dos Pampas o faz com mais sabedoria, propriedade e sempre com um delicioso texto!

Tá vendo Caranguejo, não disse que era você, jamais diria!

Rui


terça-feira, 3 de janeiro de 2023

CULTURA DO AUTOMÓVEL - JANEIRO 2023

 

“Começo da década de 1980 os cigarros Camel e a Land Rover realizaram uma competição que era mais um raid que propriamente um rally. Os participantes se aventuravam nos lugares mais inóspitos do mundo conduzindo seus Land Rover, um amigo se inscreveu para participar, e não sei se esta história foi com ele ou outro participante. Numa época sem internet ou celular estavam os participantes num lugar onde não havia nada, nada mesmo, no meio da selva se não me engano na Guiné. Chegam na aldeia onde foi montada uma base para os participantes e a molequada rodeou-os, sem ninguém que conhecesse o idioma ou melhor o dialeto local este meu amigo ou outro competidor pegou uma bola que trazia e jogou para eles ao que logo um dos meninos fala...” Pelé”!

Este foi ou vai ser sempre o Rei.

Rui Amaral Jr”

NT: Perdão Gabriel, mas lembrei e tinha que contar.

Rui