A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Luiz Carlos Sansone

 

Firme e forte lá vem Luiz Carlos Sansone...


Ontem acordei preocupado, de maneira alguma ficaria em casa, o bonde da história passava e ...

Estava preocupado com meu filho que estava em Manaus e com passagem comprada para Guarulhos que àquela altura estava inoperante, preocupado com a situação do país, e ainda preocupado com algumas amigas nervosíssimas que trancadas em casa não sabiam o rumo de tudo. O telefone pipocava, no Zap mil mensagens, geralmente com bobagens e teorias que nunca vejo.

Moro entre Jundiaí e São Paulo, de casa vinte minutos até Jundiaí e trinta e cinco até a Praça Panamericana. Na noite anterior o Chico me liga dizendo para não esquecer de completar o tanque do carro, coisa que nunca esqueço, e comentando todo estado de coisas que acontecem.

Precisava ir à Jundiaí pagar um salário e comprar algumas coisas, e pretendia passar pela sede do 12º G.A.C ao menos para mesmo sozinho reverenciar nossa bandeira. Passei na casa de meu amigo Andrei veterinário e R2 para convida-lo, mas ele não estava. Comprei quatro pacotes de cigarros e fui.

Na rodovia Tancredo Neves que me leva até Jundiaí estranhei o pouco movimento. Entrei na cidade com pouco trânsito e fui fazer uma parte de meus compromissos, poucas pessoas nas ruas.

Saí da Ponte São João peguei aquela marginal que leva à avenida do 12º e acesso à Anhanguera e parecia que nada acontecia. Mal passei a loja da Havan e carros estacionados dos dois lados da avenida, o coração palpitava, parecia estar no grid com o aviso dos três minutos levantado.

Consegui estacionar e fui me juntar àquele mundo, nos trezentos ou quatrocentos metros que andei consegui comprar uma bandeira, a minha tinha dado ao Chico numa manifestação anterior, e com ela no peito, junto à Nossa Senhora Aparecida segui.

Da praça em frente ao Batalhão subi a alça de acesso conversando com muitos e cheguei onde havia uma barreira e lá fiquei conversando com o pessoal que já estava por lá há mais de um dia. Tirei um maço de cigarros do bolso e acendi um, o caminhoneiro também o fez e me disse que os cigarros estavam acabando e não sabia onde conseguir mais. Lembrei dos pacotes que havia comprado e lá desci quinhentos ou seiscentos metros para pegar, voltando entreguei um a ele para distribuir entre os que lá estavam e os outros deixei em um caminhão onde voluntários distribuíam água e alimentos.

De lá avistava uma grande Bandeira hasteada no alto de uma grua e debaixo dela o som de nosso Hino que tocava ininterruptamente. Subi aqueles 500/600 saldei-a e lá fiquei só algum tempo, lembrei de meu amigo Arturão, o grande campeão que ao parar de correr amava levar a vida na boleia de seu caminhão, livre leve e solto, e como um marinheiro uma namorada em cada parada.

Descendo para praça passo por um senhor com uma bandeira no peito e segurando outra, ando alguns metros e resolvo voltar e pedir que ele me permitisse tirar uma foto. Conversava com ele que me disse ter oitenta e dois anos e toca meu celular, era minha querida amiga Fátima preocupada comigo e com tudo, conto à ela do senhor e sua idade ao que ele retruca “diga à ela que é o Luis Carlos Sansone!”...o motor deu uma engasgada, depois subindo de giro disse a ele “sou o Rui Amaral!”, nossos sorrisos se iluminaram e um grande aperto de mão e um forte abraço selaram um reencontro depois de talvez cinquenta anos.

Nas duas horas que juntos ficamos muito papo, conheci sua filha e genro e falamos muito dos amigos, para alguns até ligamos. Lembramos com carinho dos amigos Avallone, Arturão, Miguel, Ferreirinha, Pedro, Lolli, Jayme, Gorga, Zambello e tantos outros. A certa hora ele conta do telefonema do Chico horas antes para lembrar do combustível e ligamos para o amigo, mas ele estava fora do ar.

Voltei à minha casa para alimentar a Loira e o Mike, muitos telefonemas e mensagens, mais tarde tranquilo sabendo que depois de todo atraso meu filho já estava em sua casa, e feliz muito feliz com tudo.

Sansone, caro amigo, difícil descrever a alegria em vê-lo firme e forte, daqui a pouco estaremos novamente juntos, até lá um forte e fraterno abraço.


 

Rui Amaral Jr.  






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Rui Amaral Jr